Poemas sobre a Morte
Querida morte, como vai?
A maioria das pessoas aqui te odeiam, mas não eu.
Não entendo todos os desígnios do universo ou de Deus, a força criadora e mantenedora da vida, tão pouco os mistérios velados da morte, mas, de uma coisa eu sei; você é boa e não má como afirmam.
A dor que você deixa é um legado da consciência daquele que eu seu colo repousou.
Tenho pensado muito em você ultimamente, viver uma vida morna é bem pior que descansar em seu colo.
Quando vier me visitar me conte uma historinha de ninar, a canção nunca ouvida.
O evangelho de Cristo é a única vacina que protege da morte, não a morte física, mas a eterna.
Temei antes, aquele que pode destruir no inferno tanto a alma como o corpo. Mateus 10:28
Quando a morte chega
O café esfria e ninguém o toma
O tempo se torna o total inimigo
Pois segundos fazem diferença
O tempo fica lento
As cenas param
As pessoas ficam
E você vai
E nessa hora tudo faz sentido e ao mesmo tempo todo sentido se perde
Você entende tudo e
Não entende nada
Lágrimas escorrem
Livres
Mas escorrem
E assim como secam
Morrem com um último suspiro
E nesse último segundo
Toda a vida passou na frente dos seus olhos
E você agradeceu por tudo
Por todos
Por tudo de bom que passou
Por tudo de ruim que passou
E você acreditou
Mas não é mais
Você se foi
O tempo acabou.
(A MORTE)
Vingativa como Hera,
Que acendam uma vela.
Monarca ou plebeu,
Ela visitará e não importa se você é saudável ou adoeceu.
Ela faz o que der na telha.
Para ninguém se ajoelha.
A uma deusa se assemelha.
Visita bandido e artista,
Milionário e modelo capa de revista.
Ela também vai te dar um oi,
Pois não importa quem você é ou quem você foi.
VISITA
A triste Morte, no final do dia,
veio tentar tirar-me deste mundo...
Pedi a ela só mais um segundo
para encerrar a última poesia.
Ela aceitou, com desprezo profundo,
e ficou lendo os versos que eu fazia,
notei, então, centelhas de alegria
a transformar seu rosto moribundo.
E ela entendeu: como levar-me embora,
se a minha essência estava eternizada
nas tantas rimas e versos que eu fiz?
Então, jurando voltar outra hora,
Pediu-me uns versos para ler na estrada,
deu-me um sorriso e lá se foi, feliz...
Tenho a fragilidade de um eclipse
Sem perecer nos braços da morte
Preferindo o perfume de uma flor
Do que um veneno desfarçado de sorte!
Nnão devemos lamentar a morte,
já que é um destino inexorável,
mas ao mesmo tempo é difícil justificar.
Vida frágil
Facho de luz
Instante, instável
Um dia você é forte
No outro,
flerta com a morte
De vc a dor toma conta
De saúde nem uma ponta
Apressa o passo pro fim das contas
Vida frágil
Barato plágio
De felicidade utópica
De mais intenso só amor
Rivalizando com a dor
E ambos nos calam
É o que dizem
É o que falam
Aproveite seus dias felizes
Pois o que te espreita na esquina
É o crescer do sofrimento
E o alívio que vem da morfina
No fim , todos sem dignidade
Não importa a idade
Todos a perdem
Se for só uma noite
Que bom, que já passou
Saímos vivos dessa
Pois essa não nos matou
Se acima Lobão dizia
Abaixo também me serve
Cazuza e a vida louca, vida
Vida breve
E meu observar
por aqui não para
Como o tempo a acelerar
Ao fim da estrada
Como é rápida
Como é repentina
Como nos surpreende
O viver essa vida
É tal qual, no palato
O contrastar do doce
Num instante, num ato
O azedo fosse
É como raiar do dia
Em um segundo passa-se
E não mais raiasse
Produzindo a noite em agonia
É como o verter das águas
Interrompesse o ciclo
Obstruído pelas mágoas
Do que outrora fora vivido
A vida passa
E o humor perde a graça
A tristeza se instala
E o fôlego , como fogo, se apaga
Tão óbvio,
Tão previsível
Estamos fadados
Como se fosse escrito
É como se o verão
Desce lugar ao inverno
E o abrasar do coração
Esfriasse por completo
E se assim disse Cartola
Por que não Adoniram
Afinal sem demora
Se parte o trem da vida vã
E o que se encerra
Se não o sofrer em pranto
E o descansar a espera
Do chamar do Santo
Auto mestria:
Não temer a morte não é o mesmo que desistir da vida. Significa que você não tem medo de Passar por ela, pois já aprendeu a desapegar-se dos bens da matéria. Desapegar-se dos bens materiais não é o mesmo que deixar de gostar de viver, você pode amar a vida e viver tendo proveito de tudo que lhe é dado, apenas não se apegue pois tudo é passageiro...ame e permita-se ser amado, ame seus filhos, seus familiares, amigos e quem estiver do seu lado para te fazer feliz...mas lembre -se cada vida é única e possui sua própria autonomia. Não busque sentimentos fúteis que te são por " apegos " o amor não é apego, o amor é livre o apego é " escravidão " e " doentio ". Sentimentos assim expurgue-os de dentro de ti...aprenda a viver com o " simples " com o " necessário ", sem o sentimento de querer mais...torne-se seu próprio mestre e verá que o portal da morte é tão preciso quanto o da vida. Quando não tiver nada a deixar pra trás é porque você já está pronto.
Um certo dia falávamos da morte,alguns planejando seus funerais eu ali só os ouvia.
Chegaram a mim e perguntaram, como seria o meu.
Respondi assim que liberado meu corpo da autopista, iria direto para Cremação, sem Velório sem choros.
Me perguntaram porquê, sem Velório sem Cerimônia ?
Porquê devemos ser lembrados todos os dias.
Devemos Amar um ao outro todos os dias.
Devemos abraçar mesmo que sem vontade.
Devemos sempre dar um bom dia boa noite.
Devemos ser sempre o oposto da Solidão ou do esquecimento.
Devemos chorar e blindar a vida.
Devemos sentir falta em vida.
Mais jamais chorar da morte.
Pois o dia de cada um de nós, está por vir !
Assim como o meu.
Vivamos o hoje o amanhã poderá ser tarde demais !
A morte de Ivan Ilitch, de Tolstói
A melhor coisa que comprei pra mim neste ano foi um Kindle e assinei o Kindle ilimitado.
Já li vários livros.
Ontem comecei a ler 'A Morte de Ivan Ilitch', novela de Tolstói. Quem me indicou foi minha neta. Quem indicou pra ela foi um professor... que, segundo ela, lê muuuuiiiito.
Ele disse pra ela que chorou quando terminou a leitura. Claro que foi o que me motivou a ler o livro... fiquei curiosa pra saber o que o fez chorar.
Já sei como termina, porque o autor faz o favor de contar quase no início... o fim.
Já li 75% do livro - tecnologia Kindle que diz quanto falta pra terminar um capítulo... quanto você já leu do livro todo... quando você liga está exatamente na página em que você parou de ler... enfim 😉
Aos 60% eu já havia entendido porque o professor da minha neta chorou. Não foi pelo que acontece com o personagem no fim, não... o que acontece com Ivan acontece com todo no mundo no fim... e o autor, como eu disse, já falou quase no começo o que acontece com Ivan... o título já diz 🙄 foram outras razões que trouxeram lágrimas aos olhos do professor... e eu não sou boba nem nada pra dar spoiler...
Claro que ainda há 15% do livro que podem me surpreender e ir por água abaixo o que tenho pensado que tenha feito o professor da Gi chorar... claro que posso chegar a um fim mais terrivelmente triste do que li até agora.. E não, não se engane.. a tristeza não está escrachada em fatos... a tristeza está entremeada em sentimentos e pensamentos de nosso personagem principal.
Talvez tenha algo mais no fim... mas eu só saberei mesmo no fim... por enquanto é isso.
O mundo está falando,
de corona vírus.
Pandemia.
Doença.
Morte.
Sepultamento.
Cemitério.
Busca realizar os sonhos,
que você consegue.
Existe, o Paraíso.
A vida eterna.
Acredito que todas as pessoas,
vão ser salvas.
São filhos, e filhas de Deus.
Deus é o Pai, amoroso.
Cada pessoa, tem valor.
“O Destino Final” part 2
Vida para além da morte
Desta vez sem ressurreição
E pouco a pouco o mundo foi se tornando um ancião
Tudo ficou para trás
Até o que nunca esteve em frente
Oportunidades que nunca foram aproveitadas
E chances que nunca nos foram dadas
“No meio do inverno sombrio”
Últimopensador
Vida
Morte
Como sabemos
Quê estamos
Vivos
E se estamos
Mortos
Para medicina
O cérebro
Para
Mortos estamos
Será que é só isso
Nascer comer dormir morrer
E o que nos move
Nosso pensar
Nossa essência
Tudo acaba
Em putrefação
Nada se eleva
O fechar eterno
Dos olhos
A pele fria arroxeada
O ar não entra
Só rodeia
O corpo sem vida
O cheiro da.morte
Logo chegará
Qual é o significado
Tantos dando fim
Na vida....
Outros tantos vivos
Sem vida
Pessoas robotizadas
Que até seus pensamentos
São induzidos
Tem preguiça de viver
E tantos querendo viver
E sabem viver
Morrendo
Querendo
Um pouco mais de tempo
Mas.....
Nas vésperas morrem
Que dor a morte
Fico estática
Nada posso fazer nada
A não ser chorar
Até secarem as minhas lágrimas
Até o soluço
Parar
Até dormir
Até acalmar
Saudades eternas
De ti
De ontem para hoje morri!
E não foi uma morte,
Igual a dos dias anteriores.
Só sei que hoje, eu já não era o mesmo de antes,
...e ontem e depois,
...de depois ontem,
...e dias a mais anteriores.
Senti-me não renovado.
Senti-me não mais como eu era igual aos dias passados...
E percebendo que apartir de todos os outros dias era Eu, agora na vida tentando de novo me reconhecer.
"Hoje o sol inverna seu brilho.
Hoje por aqui não verão sorriso.
Hoje a morte triunfa sem piedade.
Hoje uma pessoa deixa saudade.
Amanhã o Sol da Justiça brilhará em fulgor.
Amanhã não haverá nem pranto nem dor.
Amanhã a Vida Eterna chegará
Amanhã você, queridos, novamente poderá abraçar"
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Uma vida tosca
Chapada e fosca
Sem sentido
A pedido, repedido
na aniquilação da essência
Que me solapa a digna existência
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Quero ser livre dos padrões
Das grandes e antigas paixões
Porque viver preso
Viver teso
Nesta louca rigidez
Me impede, me tortura, me rouba a fluidez
Eu não tenho medo de viver a morte,
Eu tenho medo de viver na morte
A morte de tudo, do sentido
Do vivido
Do extraordinário
Do que me é primário
Temível é este muro, tão duro
este lugar do silêncio escuro
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte
Que me apaga me judia
Me gira, me rodopia
Em um circular de padrões
Eterna armadura de tensões
“Faz o que te mandaram”
E eu segui o que me ensinaram
“Vai vai” me diziam
Aqueles que não sabiam
E hoje, meu amigo,
Eu não tenho medo de viver a morte
Eu tenho medo de viver na morte.
Lilian Scortegagna
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