Poemas sobre a Morte
Sacrifício de Jesus
Neste dia tão sublime
Da morte do meu senhor
Eu relembro com carinho
Seu ensino, legado e amor
Por ele ter me amado
Antes de eu o conhecer
Por ter se desfigurado
Da ecelsa perfeição
Por deixar seu habitat
Sua vida junto ao pai
Por compaixão e piedade
Veio ao mundo por vontade
Pra salvar os seus irmãos.
Ao longo de sua vida
Cristo sempre ensinou
O amor, a paz, a justiça
Para todos ao redor
Mas foi no fim da jornada
Que mostrou sua bravura
Ao sacrificar sua vida
Pela redenção da criatura
Com a coroa de espinhos
E as chagas em seu corpo
Levou sua estaca de tortura
Sofrendo em cada passo
Mas mesmo assim, não desistiu
Não deixou o medo vencer
Ofereceu-se em sacrifício
Para nos fazer renascer
Seu sangue derramado
Lavou as nossas culpas
Sua dor nos trouxe alegria
Sua morte trouxe a salvação
E agora, em seus passos
Seguimos com amor e fé
Levando o seu ensinamento
Com coragem e permanente
Do ocidente ao oriente
Na brevidade da vida, a morte leve,
Um sopro suave em nossa existência,
Como uma bola de neve que se move,
Num vai e vem que escapa à nossa ciência.
Passamos pelos dias, como o vento,
Numa dança fugaz de alegrias e dores,
E assim seguimos, num eterno movimento,
Em busca de sonhos, em busca de amores.
Mas eis que a vida foge em seu trajeto,
E a morte, silente, nos abraça enfim,
Como uma roda nos esmaga com efeito.
A cada instante, somos lembrados assim,
Que a vida é breve, o tempo é suspeito,
E devemos viver cada momento, até o fim.
Temor
Viver no temor do fracasso
no temor da miséria
e no temor da morte?
Que sensação penosa
agravar o fardo
do bem viver
Sou senhor
do meu destino
e árbitro da minha sorte
Temor é algo
que só existe
onde não há bom senso
Tentei me jogar da ponte
Mas a morte segurou minha mão
E disse que a graça da morte é esperar a ida e não antecipá-la
Se não houvesse Vida Eterna, a morte em sí já seria um descanso - descanso inconsciente. O humano tem pela frente dois
problemas. 1) Ele deseja um descanso consciente. 2) antes do descanso consciente, ou não, ele passa pelo sofrimento, por mais breve que seja.
A fé em um futuro radiante alimenta a nossa esperança de dias fulgurantes.
A aprendizagem é a nossa própria vida, desde a
juventude até a velhice, de fato quase até a morte;
ninguém passa dez horas sem nada aprender
Pós-Morte
Um dia impetrei a Deus
Alguns momentos após morte,
Momentos de dor,
Em que eu precisava ser forte.
Queria que fosse um sonho
Ou pior, um pesadelo
Esse vazio que havia na minha alma
Já não era mais o mesmo.
Todos à beira do meu caixão, contando suas lembranças
Ao mesmo tempo que estavam perdendo as esperanças
De ser apenas uma mentira, uma piada ou brincadeira de mau gosto
Dava para ver a tristeza estampada em seus rostos.
Chegando em casa, minha família não conseguia acreditar
Eu era muito quieta, meus sentimentos não fui capaz de expressar
E por uma ajuda psicológica nem se quer quis passar.
Eu queria estar de volta
Poder dar um abraço em meus pais
Com as pessoas conversar demais, aproveitar tudo que podia antes
Mas agora não posso mais.
Digo a você que tudo irá passar
Às vezes parece sem escape, sem solução
Parece que não tem ninguém para estender a mão,
Até coisas que escuta pioram a situação.
Você pede ajuda em meio aos sorrisos,
Sei que é difícil passar por tudo isso
Mas te peço para amar a vida
Mesmo que conheça a parte ruim dela ainda.
Ame-a com desvelo,
Esse é meu simples e último apelo.
Um castelo é construído do zero
Se vocês esperam por minha morte
Não esperem o meu fim
Meus versos são eternos
Sempre estarão aqui
Á você que me deseja a morte,lhe desejo vida longa.
Á você que me deseja a doença,desejo lhe muita saúde!
E citando Chico Xavier:A quem fiz mal,peço perdão!
A quem ajudei,queria ter feito mais.
Á quem me ajudou,agradeço de coração!
UM HOMEM OLHANDO A SUA PRÓPRIA MORTE
Longe, o mundo se desfaz
Em cores, não há mais
A confusão repousa
O Universo era demais
.
Toda espécie de vida
Generalizou-se na morte
Toda diferença de outrora
A si mesma subtrai
.
Resta apena o nulo
Sem cor, talvez escuro
Resta apenas a dor
De não se ter mais dores
E a tênue liberdade
De não haver mais muro
.
Então é assim?
Diz a impiedosa pergunta
Que não mais se satisfaz
Então é assim...
Pulsa prá sempre a resposta
Que repousa no jamais
[publicado em Terceira Margem, vol.25, nº45, 2001]
.
Passarinha por Saik
Eu sempre soube que eu não tinha sorte
Nunca tive medo da vida ou da morte
Eu podia jurar que eu era forte
Não importava quão profundo era o corte
Quem diria que voce iria mexer tanto comigo?
Que eu não iria suportar a idéia de sermos só amigos?
Toda essa crise de ansiedade que me deixa tão mordido
Eu que nunca me arrependo, me sinto tão arrependido
Eu aqui finjo que tenho medo de te perder
Mas isso é completamente impossível acontecer
Eu já te perdi, e aceitar isso vai doer
Mas voce me deixa sem escolhas, doce ilusão só minha
Vou sempre sentir saudade de quando eu te chamava de gatinha
Voce pode até ser de outro, mas vai ser sempre minha passarinha
Não há cobrador mais implacável que a morte.
Não se engane achando que, em algum momento, escapou dela por um triz.
Ela não se atrasa, não comete erros e não muda de ideia…
A morte só cobra uma vez!
ERVA DA FOME -
Sou Erva da Fome
que nasce da terra
da solidão que nos come
à morte que enterra!
Sou Erva da Fome
não sou Erva ruim
na esperança que dorme
tão perto de mim!
Sou Erva da Fome
que nasce e persiste
na dor que consome
faz de mim um ser triste!
Sou Erva da Fome
correndo vales e montes
e afogo o meu Nome
no silêncio das Fontes!
Escrevo poesia como alguém que pede a morte
Que espreita se esconde na sombra tornando meus dias de dor imortais
Sete vezes me definho esfolio minha alma a quem por ti destruo
Minha pele como escama cai no vazio sobre o som do relógio
Lanço minha carne e arranco meu membros aprisionado neste ser rejeitado
A dor escorre a seiva que melindra pelas fendas da minha alma
Entre as veias o magma em fel que ressurge com a eterna fênix
E no siclo vicioso morro todos os dias
Meus pensamentos labutam e sobre faces distintas cada um morde por dentro os sentidos na gastura desta luta sem fim
Saudade do seu amor é como uma baba viscosa dentro da cabeça que não se escapa
Um silencio ensurdecedor preso no vaco lanço me no vazio e sobre melodias sou apunhalado
Minhas chagas são abertas pelas lagrimas acido inesgotável.
Quanto mais eu penso, mas longe vou... a cada pensamento é mais um passo a beira da morte. As vezes penso tanto que me perco dentro de mim.
A morte não é fim e sim um recomeço.
Temos que encarar a morte com naturalidade.
Estamos aqui apenas de passagem uns ficam mais tempo outros vão embora mais cedo.
A morte e uma transição. Você deixa o corpo e vai para outra dimensão.
Já notou que toda noite você morre. Quando você dorme você apaga tudo fica morto.
Quando acorda você renasce novamente.
Pode ter certeza de uma coisa você morre aqui e renasce em algum lugar deste planeta.
A morte não é um fim e sim um recomeço.
“CUGINA” FLÁVIA
Se da morte predomina a saudade
Da saudade a lembrança de porte
Doce menina, nunca pela metade
Tenho na falta uma saudade forte
Um vazio tão cheio de recordação
Que invade a todo momento o dia
Pulsa abafante, árduo. Tristura não
Pois deixaste aquela boa simpatia
E, tenho da privação aquele pesar
O teu olhar arraigado no passado
Numa carência do silêncio a surrar
Ah! o tempo distância mais e mais
Mas também abrevia o reencontrar
Pois, tivemos a regalia de te amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 de março, 2022 – Araguari, MG
*data natalícia da prima Flávia Magalhães Nogueira (In Memorian)
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