Poemas sobre a Morte
Amor e Morte por Saik
Me levanto, me concentro e me faço de forte
Ainda hoje me fascina essa minha falta de sorte
Sou por ser, sou o que sou, não que eu me importe
Com a luz ou escuro, com bem ou com mal, com a vida ou a morte
Por que sinto que sou todo feito de amor
Sinto que é mero detalhe esse sentimento de quase dor
Me sinto em total estado permanente de torpor
Quero apenas que a vida seja algo, seja lá o que ela for
No teatro da existência sou o único ator
Atuando todos os papeis, sem edição, sem corte
O fim é o começo e o começo é o amor
Se o começo é o amor, o fim é a morte
minha morte parte do destino que me consome
de longe tristeza me domina profundamente,
todos detalhes meros de mais um dia.
despir meu sentimentos transpor os jeitos
maneiras de um ritual pagão...
transmorfo neste dimensão...
solidifica meus sentimentos...
sobre uma cripta devoro a alma...
numa literatura perdida nessa vida.
por Celso Roberto Nadilo
Pedrinho
Quem se levantará pra vingar minha morte?
Em que dia a justiça será feita por mim?
O que há de ser dito quando eu estiver frio,
com minha mãe chorando na boca da minha vala?
Quem sabe a verdade se calará e me esquecerá?
As luzes se acendem na minha cabeça,
aquela mulher me roubou a paz, tudo incerto,
meia culpa disso tudo é minha, eu sei,
os amores de sangue me virarão as costas,
e os de Deus chorarão por mim, outra alma perdida;
injusto, injusto demais, eu seria um benfeitor,
agora escolho se dou a minha mãe um filho homicida,
ou um pacote de carne pra ela por num buraco,
toda via peço desculpas à plateia,
não era assim que o show deveria terminar.
A morte,ritual mero sobre linha do inferno
desejo profundo em todos sentimentos,
entre os frutos da criação...
Mero sentido mulher!
diga tudo mais nunca será belo amor.
A VIDA DIFERE DA FICÇÃO !
Estamos todos tristes com a morte do grande "ator" Roberto Gomez Bolaños, mas seus personagens, Chaves e Chapolin Colorado, serão eternos em nossos corações. O que é necessário é que entendamos que a vida contraria a ficção. Em uma época em que preconceitos, discriminações sociais e raciais são realidades que não podemos ignorar, experimentemos morar em um barril de carvalho, vestir-nos com roupas remendadas e jamais troca-las, sejamos ingênuos e não tenhamos olhos para a maldade, não trabalhemos e vivamos em um mundo de "faz-de-conta", será que alguém consegue imaginar como seria viver assim? Em um mundo de rótulos e aparências, não existe lugar para os Chaves e os Chapolins da vida e é por isso que os amávamos tanto, a prova disso é o fato por si só: Roberto Gomez Bolaños, a "realidade" se foi, Chaves e Chapolin Colorado, a "ficção", ficaram e serão eternos...
os mortos sempre fazem questão
nunca se cala porque ninguém quer ouvir,
saiba que a morte desejou
muitos gritam pela imortalidade
esperam descansar eternamente
mutantes de parador monumental
veja seus olhos sangrarem
nessa passagem nada se foi
embora seja apenas a morte.
por celso roberto nadilo
O caminho
Na ânsia da vida o homem vive,
produz e reproduz,
na ânsia da morte mostra que produziu e reproduziu,
porém, o fez pra si ou para outrem?
Em sonhos, sente e ressente, o lamento foi tarde, aconteceu.
Os risos, vezes alegres outras tristes,
molhados, suados, tensos sem graça.
Na ânsia da vida o homem vive,
na ânsia da morte, lhe é mostrado
Este, é o caminho da feliz-idade!
toque meu coração pois está frio
sinta gosto da morte... o sangue
é um partido para vida...
não seja simplório em beber a vida....
que corre como um rio feroz...
tenha todos os prazeres
sente se a morte não espera
acredite no sangue
beba ate ultimo gole
tudo pode ser um surpresa
senti teu coração me chamar
entre as chamas eternas
viveremos banhados de sangue...
abandonei meus sonhos
tenho apenas sede
vem viver nesse mar de sangue.
por celso roberto nadilo
PARTIR (B.A.S)
Ele partiu pra morte...
Ele partiu pra morte...
Ele partiu pra morte...
De óculos escuro e carro esporte
Ele partiu para o fim.
Ele partiu pra vida...
Ele partiu pra vida...
Ele partiu pra vida...
O operário partiu para luta
Numa jornada sofrida e obscura
Nem eu nem você
Sabe o destino, o fim desta estrada
Felicidade, fome, vida morte, guerra...
Importante fazer o meu melhor.
com a morte me deito
com morte me levanto
com divina trindade
abandonei esta vida para servi la
diante tudo sois maior morte
com teu cajado carrego teu nome
e assim elevo aqueles que devem ser levados
morte sois tudo ate o filho de Deus foi levado
sois soberana entre as asas do teu manto me guardo
nos teus ideais prossigo pois somente ti tem
a voz sentida entre os anjos...
Deus concedeu imortalidade alem da vida
sempre tendo ceifar todas almas para sempre
sou teu instrumento quando me chamar serei
teu diante tuas vontades seguirei sem perguntar
pois morte se cala diante os vivos,
somente os anjos podem saber onde estará
devo ti tuas vontades sempre será única.
A realidade sem poesia
é a própria morte rotineira.
Se nada se faz com alegria,
o ser definha, com certeza!
De nada vale uma vida
onde se exista pela metade,
mas se a alma de beleza for desprovida
resta apenas tristeza e calamidade.
POST MORTEM
SEI QUE UM DIA
A MORTE ME FARÁ UMA VISITA.
QUE ELA NÃO CHEGUE
ME ATROPELANDO
NEM ME DILACERANDO,
QUE SEJA SORRATEIRA.
QUE ESTEJA DISPOSTA
A TOMAR UMA XÍCARA DE CAFÉ
OU DE CHÁ SE PREFERIR.
SE ME VER LIGADO EM APARELHOS,
ESTÁ DECIDIDO:
É HORA DE PARTIR.
NÃO QUERO SER ALIMENTO
PARA OS DECOMPOSITORES,
QUERO QUE MEU CORAÇÃO BATA NOUTRO PEITO
E EXPERIMENTE NOVOS AMORES.
O QUE RESTAR DE MIM,
QUERO QUE SEJA CREMADO,
DENTRO DE UM CAIXÃO
NÃO QUERO SER NENHUM FARDO.
SÓ VIVE EM VÃO
QUEM CONSTRÓI ALTOS MUROS
AO PRÓPRIO REDOR,
E NÃO GRANDIOSAS PONTES
QUE AS LEVEM PARA UM LUGAR MELHOR.
TENDO A FAMÍLIA E A POESIA
SEMPRE AO MEU LADO
CONTO MEUS DIAS
EM VERSOS AUTOBIOGRÁFICOS.
Hj acordei voltando a vida
Depois de uma morte morrida
Por causa de uma paixão
Hj acordei com saída
Hj não acordei destruída
É sim com uma enorme vontade
De dar a volta por cima
Um dia da caça e outro do caçador
Não desejo sua dor
Só desejo minha liberdade
Minha vontade de alegria de volta
Meu novo sonho a realizar
Minha cabeça livre de culpa
Não tenho culpa
Dei o melhor de mim
Vc não quis
Agora também não quero mais
Vou voar em outros céus
Derramei meu féu no caminho
Agora sigo sozinha
E pronta pra um verdadeiro amor
A pior dor que é sentida
não é a morte,
pois ninguém sente só
lamenta e sim a decepção
que aí, sim pode morrer
um sentimento profundo...
que talvez acabe o eterno...
Decerto a gente daqui
Jamais envelhece aos trinta
Nem sabe da morte em vida,
Vida em morte, severina;
e aquele cemitério ali,
branco e verde na colina,
decerto pouco funciona
e poucas covas aninha.
Tudo muda sempre
Não só os mals
Quem te traz vida amanhã tem cheiro de morte
Olhos vazios mas sempre estiveram lá
A euforia do novo o cobril
Quis tanto algo que excluiu o que sabia não valer
Tudo vai passar e com o tempo vai perceber que o bem e o mal tem o mesmo gosto, começa e temina extamente da mesma forma
Que tudo na verdade não estar acima e sim do lado esperando os dias fracos para le dar a falsa inlusão de nuvens e chão.
LONGE DE MIM
Distante de mim
lá longe, perto do fim
havia um homem
Próximo da morte
quando perto da via
todavia distante
enfim
No próximo instante
tão longe da sorte
e já perto de mim
jazia aquele homem
De tão sujo, imundo
ninguém apareceu
era o fim do meu mundo
o homem era eu
trajes de minha alma,
disperso em um momento que seja minha morte,
de tais sois apenas o fogo clamor,
esquecido pelo tempo...!
sou obscuro ninguém senti tal desejo,
que se desdem no momento singular
qualquer desejo que defina!
neste horizonte quem fui apenas num estante
que o fogo devorou os céus...
bem como esteja o luar perdido no espaço,
meramente um sonho,
de fronte a real dor que mundo não compreende,
apenas prefiro pensar do nada para o além,
subjugado pelo ciúmes,
notoriedade de talvez o ar do passado.