Poemas sobre a Morte

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Medos


Não tema a morte.
Tema sim a sua forma.
Não tema a vida.
Tema por vidas.
Não tema a escuridão.
Tema sim, nunca mais enxergar a luz.
Não tema o silêncio.
Tema a falta das palavras.
Jamais tema as batalhas.
Mas morra temendo a covardia.
Nunca tema seus inimigos, principalmente os fortes.
Mas tema sim, seus aliados, os que são fracos.
Não tema a enfermidade.
Tema a falta da cura.
Não tema a solidão.
Mas sim o esquecimento.
Temores são presentes e vivos em nossas vidas.
Temores motivaram guerras e criaram inimigos mortais.
Temores fizeram uniões e separações.
Na maioria das vezes por temermos tanto, tomamos providências para evitá-los e acabamos dando vida aos nossos medos e fazendo deles a mais terrível realidade.
Por mais que não seja possível acabar com nossos medos, mesmo que não possamos evitá-los, devemos sim, usar estes mesmos medos como fonte de força.
Não para tentar evitá-los ou mesmo destruir a fonte causadora. Mas sim, como força para olhar a vida de frente e descobrir no medo a forma que ele mesmo o tem.
Descubra seus medos e tente mudar o foco.
Crie uma blindagem e se transforme em um super-homem, sempre com a bandeira do bem.
Lembre-se que, os mesmos que lhe dão medo, também temem alguém ou alguma coisa.

Não cantes como eu,
Os outros por bebedeira
Não saúdes
A morte em literatura
Boa negra
Voltada para as estrelas
Pés de chumbo
Cravados na lama:
O canhão
E sua escandalosa metafísica

No dia em que eu estiver no meu leito de morte

Faísca que se apagou -,

Acaricia ainda uma vez meus cabelos

Com tua mão bem-amada

Antes que devolvam à terra

O que deve voltar à terra,

Pousa sobre minha boca que amaste

Ainda um beijo.

Mas não esqueças: no esquife estrangeiro

Eu só repouso em aparência

Porque em ti minha vida se refugiou

E agora sou toda tua [Hino à morte]

"Quero sorrir para a vida!
Se ela sorrir para mim...
Quero zombar da morte!
Pra morte fugir de mim...
Quero viver bêbado, ser fiador,
não quero ter dinheiro!
com dinheiro não compro amor..."

'' O melhor dia para se viver é o dia
da sua morte! Não sabes quando será
este? Então viva cada dia como
se fosse o último."

Trazemos no corpo
o mel do suor,
trazemos nos olhos
a dança da vida,
a morte vencida.

O destino do homem e de todos os seres vivos, é único, universal e irremediável: A morte.

Necrofobia: Mãe de todas às religiões.

Professar uma verdade absoluta: É um ato de loucura.

Já passeipelo vale da sombra da morte !
La encontrei aperto ! tristeza angustia !solidão!

Os meus passos traziam dor , e até mau descanso achei pertubação !
Parecia um caminho esquisito e que não tinha fim , como estar morto e estando vivo assim me sentia .
L a estar vivo me causava dor a alegria chorava a cada momento !!! as estrelas derramavam lagrimas , a lua tinha o seu brilho ofuscado e o sol queimava forte deixando em cinzas minhas emoções .

foi isso que passei e descubri que no vale da sombra da morte as coisas são mais duras que a propia morte.

MORTE EM VIDA


Viver lúcido num mundo cheio de fantasias é difícil. Acreditar no que não vemos também.
Parece até loucura ver que a morte para alguns chega em vida, pois a vida acaba em meio a desilusão da própria vida que se faz morte... Por pensar nos sonhos que não viraram realidade, por não alcançarmos o objetivo nela proposto. Sim, é essa morte quase vida que comina no desesperador desejo de vencer, e se entregar de corpo e alma a eminente derrota de um ser. Que não tem força para reagir e reverter esse quadro clínico que é imposto pela sociedade.
Lá vai o trabalhador levando o seu utensílio da labuta, pronto para vencer na vida se matando no sofrer, pois, o sistema humilha quem trabalha e oferece loros da vitória a quem suga o suor amargo do labor. Sentado fica de braços cruzados vendo entrar em seus cofres o poder do “Real” absolutista da minoria favorecida.
Nos paraísos tudo acontece... Mas não há provas! Porque elas só existem no seletivo da vida, que são feitas como leilão, quem dá mais, pode mais. E quem nada tem, não! Não vai dá pra viver!
Enquanto isso, o corre, corre nas cidades continua na busca por dias melhores dentro da grande ilusão desse espetáculo da vida. A folha de cheque que traz a esperança a cada vencimento, traz consigo, a dor de cabeça por conta da frase não vai dá. Então, vem à única certeza do servidor, vou ter que me desdobrar... Aumentar horas para que a velha vida, não se torne morte no momento daquela quitação atrasada pela situação desfavorável.
Para muitos, a vida vira uma morte, que aos poucos assume sua verdadeira identidade nas mentes e corpos dos trabalhadores abatidos pela injustiça e falta de oportunidades. Nesse caso, só resta a indignação banhada pelas lágrimas do sofrimento, seguido da morte em vida. Depois além, além, além...

De tudo somos possuídos:
coisas, pessoas e idéias.
Mas só a morte nos possui de vez.

Uma Fração de Segundo!

Um segundo é o que separa a vida da morte, a tristeza da alegria, o sonho da decepção, o amor do ódio, a lembrança do esquecimento...
Um segundo e tudo pode mudar....

Volte para mim,mostre seu coração
O amor cresceu,a vida deu você e eu
A morte te pegou,a solidão nasceu...

o amor, às vezes, é um pássaro ensaguentado, à beira da morte, que encontramos no meio da neve, e perdemos todas as dimensões de tempo e distancia pra cuidá-lo e curá-lo, impensavelmente mesmo que todo sacrifício venha a ser em vão no final…

o amor, às vezes, é uma nuvem negra que surge quando tudo o que precisamos é de chuva forte, e nem sempre nos damos conta do quanto estivemos secos e sem vida em nossas clausuras infecundas, frias e empoeiradas…

o amor, às vezes, é como despertar num domingo de manhã com a preocupação de atraso, e então nos damos conta que está tudo bem, pois podemos ficar quanto tempo quisermos, porque não precisamos sair, pois não há lugar melhor do que onde estamos…

o amor, às vezes, é tão pequeno a ponto de levarmos pra todo canto, e grande o suficiente pra que nossas vidas o orbite sem que venhamos a cair, porque o amor é como um orvalho que salva a flor, e nele se refletem o céu e todas as constelações de andrômeda.

amor é sei lá o quê e nem sei pra onde, nem como, nem bebo, nem cuspo. apenas me assusto quando chega tombando os trincos, e agarro às cegas, olho, beijo, unho, pra não deixar assim por vir e partir, porque amar também é um rasgo, um bocejo, e entender que nem sempre devemos ter por onde ir.

“A morte é a curva da estrada”

A morte, com licença, é irônica por demais. E trágica, com a devida vênia, por excesso.

Ela é “a curva da estrada”, conforme poetou Fernando Pessoa no “Cancioneiro”.

Ah, senhora brincalhona! Ah, dona das estradas do mundo vasto mundo! Vosmecê tira a vida, mas eu a canto; vosmecê arranca o que as pessoas têm de mais importante, mas eu, pobre poeta, celebro o que elas possuem de mais caro, qual seja, a vida, ainda que Severina ou Caetana:

Bem, dona morte:
Está certo que a sra.
Anula toda sorte!
Todavia, as ações
Realizadas vão ficar
Imortalizadas de A a
Z: logo fim não há!

Era uma menina
Viva à procura do sEU
Adão de sua sina!

Ah, dama negra que quase tudo pode! Quase tudo, repito. Vosmecê arrebata Beatriz na curva da estrada, mas Dante há de continuar a longa caminhada...

Vosmecê, rainha das trevas, se apossa sem avisar da pequena Eva, mas Adão há de permanecer em vigília constante, atado às lembranças especiais. Porque a vida – presente da ventura – segue...

Até que um dia, na curva da estrada, a morte, pela enésima vez, aplicará o golpe fatal. Porque, como bem disse o poeta maior, “a morte é a curva da estrada / morrer é só não ser visto”.

Não é que Cristo temeu a morte, mas lembremos que existiu Nele uma dualidade pelo fato de ter assumido nossa humanidade.
Enquanto homem ele temeu no corpo a dor por saber ao que seria submetido.
Enquanto filho de Deus Ele sabia que só entrando na morte de Cruz ele encontraria a vida.
Cristo já compreendia o que nós humanos temos dificuldades de compreender: compreendia que só o Amor é capaz de nos fazer nascer de novo, que só o Amor nos dá a vida e a vida em plenitude.
E Deus é Amor!
E só compreende isso quem vive na amizade e intimidade com Ele.

O que é a morte...
joga seu véu negro suavemente
Sobre as pessoas ou animais que amamos
e sai de fininho como chegou...
Sem olhar pra trás, se vai...
Deixando apenas o corpo inerte
E corações despedaçados a chorar
Com força e coragem
Temos que reconstruir
os pedaços que sobraram
e seguir nossa vida!

Maria Jeremias Santos

A velha amiga Morte

Não devemos ver a Morte como inimiga, pelo contrário, devemos vê-la como um velha amiga. Aquela que irá nos trazer a chave para o grande mistério da vida, que não cabe a nós conhecermos antes de sermos levados.
Devemos acolhê-lá sem questionar. Aceitar o fato de que a nossa vida terrena terminou.
A tecnologia avançada, tendo a capacidade de tornar nossas vidas um pouco mais prolongadas, mas nenhuma tecnologia impedirá a chegada da velha amiga.
Ela, muitas vezes, chega sem avisar e sem fazer barulho. Nos leva tranquilamente, como se estivéssemos com sono e fossemos dormir... Só que para sempre

Fé sem obras é fé morta
Fé sem amor já é morte
Fé é do saber, consorte
Só vale onde o amor exista

Um amor sem fé vale muito
Uma fé sem amor supura
Crença que só degenera
A cura é amor resoluto

Amor esse que suporta
Amor que gera perdão
Amor que se faz na ação
Na escolha que liberta

Não quero sua fé sem amor
Não quero sua fé pedante
Não quero sua fé de morte
Fé só É quando Amor For

O grande medo que eu tenho
Não e da morte, nem mesmo de animais selvagens...
O meu grande medo e de perde você.
Meu grande medo e viver longe de você...
A sua voz e como um manto, quente é amoroso.
O seu abraço e como raios de sol.
Que o meu amor que sinto por você, nunca morra.
Que o amor que eu sinto por você, se transforme na calma
Que você vive.
Que suas lembranças sejam todas do amor que eu senti por você.

Haveria ressurreição se não houvesse a morte?
Haveria alegria se não houvesse a tristeza?
Haveria a certeza se não houvesse a dúvida?
E quanto a ordem, será essa?
Quem nasceu primeiro, a dor ou a alegria?