Poemas sobre a Escrita
"Leitura e escrita constantes afiam a mente, reduzem erros e evitam a mediocridade."
Ney Paula Batista
Atos não ficam gravados na história, pois a história é escrita, e quando escrevemos uma narrativa, podemos ou não mudar detalhes insignificantes que mais tarde poderão mudar o rumo do futuro.
s pessoas se gostam, se amam, mas, preferem dizer que não. Sentem ciúmes umas das outras, mas também preferem dizer que não. Esconder os sentimentos sempre foi o forte do ser humano. Alguns escondem por medo ou defesa, outros por orgulho. Amizades de anos, famílias e laços acabaram simplesmente por conta do orgulho. Não sabemos ser sinceros com o que sentimos. Não sabemos deixar de lado esse sentimento e preferimos morrer por dentro do que dizer o que sentimos.
Eu sempre consigo, facilmente, me colocar no lugar dos outros, por assim dizer, e ver o mundo através do olhar deles.
O livro de Sarah Bellows. Histórias que se escrevem sozinhas e que ganham vida. Quem começou com isso?
Eu quero escrever o romance do nada. Eu quero mostrar a mais secreta das suspeitas humanas: a de sua própria inutilidade.
Como muitos artistas aprenderam ao longo de suas existências, ela sabia que muitas respostas só vinham em momentos de solidão. A magia era uma arte e deveria ser cultivada como tal
Escrever é uma espécie de poder sobrenatural. Como ver os mortos ou fazer levitar os móveis da sala.
Não há como agradar a todos, porque esse livro mítico com um final que todos querem não pode existir - vocês querem coisas diferentes, cada um de vocês. A única coisa que posso fazer, à luz desse fato, é escrever uma história honesta da melhor maneira possível.
Será que a reforma ortográfica da língua portuguesa fez tantas mudanças assim?
Ou é moda escrever errado nos dias atuais?
Qualquer poder humano pode sofrer resistência e ser mudado por seres humanos. Resistência e mudança em geral começam na arte, e muitas vezes na nossa arte: a arte das palavras.
Escreve-se para não ser solitário e por amor aos outros; se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.
O meu “problema” talvez seja a compulsão. Escrevo, tenho de escrever, é o que me dá vida. Talvez eu não seja um grande escritor. Mas sou um escritor.
Certas situações confortáveis são desconfortáveis, e sendo o mundo literário de momentos de inclusão e exclusão, o jeito é ficar alerta. E isso significa o quê? Trabalhar.
Em primeiro lugar eu escrevo para existir, eu escrevo para mim. Eu existo no mundo e a minha existência repete-se nas outras pessoas.
Escreve-se para preencher vazios, para fazer separações contra a realidade, contra as circunstâncias.
Eu me sinto muito mais confortável escrevendo do que dizendo as coisas. Eu gostaria de poder viver a vida inteira no papel.
Tem frase que flui naturalmente, outras levam tempo para amadurecer. Há aquelas elaboradas, mas as que eu prefiro, são as que trilharam o caminho do coração.
Joyce, acho mesmo que não seja legível – não é certamente traduzível em chinês. O que é que se passa em Joyce? O significante vem rechear o significado. É pelo fato dos significantes se embutirem, se comporem, se engavetarem, – leiam Finnegan's Wake – que se produz algo que, como significado, pode parecer enigmático, mas que é mesmo o que há de mais próximo daquilo que nós analistas, graças ao discurso analítico, temos de ler – o lapso.