Poemas sobre a Escrita
Jovens
Escrevam o que quiserem
No estilo que acharem melhor
Já correu sangue demais por baixo das pontes
Pra continuar acreditando – acredito
Que só se pode seguir um caminho:
Em poesia tudo é permitido
Ultimamente eu escrevo só na madrugada
Onde os sussurros do silêncio vêm me auxiliar
Os barulhos de tiro não deixam eu dormir
Me lembram que eu não posso errar
Desalento
De tristeza minh’alma está completa;
A sentir furadas de espinhos;
Na noite em que me sinto sozinho;
Revendo conversas trocadas com você.
Na impossibilidade de ter, caminhei na contra mão do destino, E agora, eu dissipo meus sentimentos sozinho, escrevendo em folhas;
Pensando em você.
-Wesley Giovanny
Centenas de livros na minha estante
milhões de palavras e nada do que está
escrito, consegue me me entender
Nada pode me conduzir a salvação
Não há palavras de conforto ou inspiração
Pedir a magia que eu via os livros
O momento que esqueci o sentido de escrever
PauloRockCesar
EU ME SINTO
Sinto-me como uma criança colocada a força em um balanço e presa nele, enquanto ele gira em torno de si mesmo sem parar.
Como uma criança que não consegue ver nitidamente o que lhe cerca, o mundo a sua volta.
Como uma criança sem forças para parar o balanço, mas exausta de tanto tentar.
Como uma criança com tanto medo dentro de si que não consegue gritar.
Como uma criança que tudo o que faz é chorar.
Como uma criança, esperando que alguém possa me salvar.
Como uma criança com um imenso desejo de que tudo apenas acabe.
Inspiração vem à mente,
anoto tudo para não esquecer.
Quando estou inspirada
eu sou uma máquina de escrever.
Tornei inesquecível os seus olhos
Seu sorriso e a frequência de sua voz
Os seus gestos carregados de sutileza
Transformei você em poesia
Memorável em meu peito e em minha escrita.
Há quem beba, há quem fume
Há quem chore, há quem ria
A vida, a tristeza, a alegria
Eu escrevo-a,
Minha tinta é licor, fumo
Lágrima, sorriso
Tudo ela sabe
Tudo ela esquece
E nos seus traços
Me aquece
Saudade
Toda saudade é bonita;
Inexiste saudade feia;
Em nossos corações ela habita,
faz passagem na mente que vagueia;
Acompanhada de um longo suspiro;
São meus castelos de areia.
Escrever é tarefa difícil.
É somente para os mais ousados.
Significa abrir seu coração e compartilhar pedaços da sua essência com outras pessoas
Só queria dizer
Quando olho tua foto a saudade bate mais eu consigo me esquivar do caos,
A arte de escrever me mantém protegido das tempestades, nos meus versos estão o resgate, o salvamento e a minha expansão de sentimentos,
A respiração mais pura, o combustível para o coração, a sensação da liberdade de poder esta em qualquer lugar e a qualquer momento, ou em qualquer mente, tudo isso eu encontro através da minha escrita,
Só queria dizer.
O que eu faria com meu primeiro salário?
Eu investiria em bens que de mim
ninguém iria tirar
Compraria cursos para me aperfeiçoar
Com meu primeiro salário geraria valor em mim
Para em enfim,
colher resultados e com os demais as vitórias partilhar
Aquilo é poesia
Escrever aquilo que se pensa
Pensar naquilo que se sente
Sentir aquilo que se ama
Amar aquilo que se escreve
Declamar aquilo que se cria
Criar aquilo que se observa
Observar aquilo que se constrói
Construir aquilo que se declama
Gostar daquilo que se faz
Fazer aquilo que se quer
Querer aquilo que se perde
Perder aquilo que se gosta
Lutar por aquilo que se acredita
Acreditar que aquilo se consegue
Conseguir aquilo que se vence
Vencer por aquilo que se luta
Terminar aquilo que se começou
Começar aquilo que se imaginou
Mas para que escrever tudo isso ?
Apenas para que aquilo seja Poesia
Quando escrevo, me aproximo de mim muito mais do que gostaria ou de que minha mente sã possa suportar.
Por isso me faço de louca e nuns versos soltos eu desabafo afetos que nem cheguei a vivenciar, só pra continuar alimentando histórias de um sonho antigo, particular.
Só quem escreve sabe o peso de cada palavra. Da ficção, à realidade sempre há um pouco de si, de suas verdades. Fora o imensurável prazer, quando se percebe, que apesar das diferenças, somos tão iguais, pois, o que se escreve também se encaixa no necessitar de outro alguém. Não importa se amadores, consagrados ou só por passatempo. Escrever sempre será o ato de derramar-se, porque não se pode conter a tempestade de palavras que se tem na alma. Há varias maneiras de expressar-se, e através delas busca-se a liberdade. Na escrita, nada difere, cada palavra desacorrenta, é como um aplanar suave sobre os nossos sonhos, e uma brisa que se sente quando conseguimos fugir do que nos aprisiona. Escrever sem dúvida também é um ato de coragem, pois, nem todos aceitam se expor. É quando se transforma o “eu” em palavras, desnuda-se alma, e você está ali em cada ideologia, crença, poesia, escrito, ficção, em cada linha, em cada pensamento.
Ainda que pareça vão cada palavra, sua missão é rara, é dádiva. O segredo é sempre utilizar das armas que tem, para o bem. Utilizar-se da escrita para mover o próximo para o novo, para seguir sempre em frente e ver a vida de forma realista e consistente.
Escrever é um ato de libertar-se, a mesmo tempo em que se alforria outras mentes.
Nem o céu é o limite
Quando os sonhos
São maiores que
O próprio Universo.
Encare a vida como um céu azul,
e as nuvens como apagador,
que a cada passada deixa a
lousa limpa para uma nova
história ser escrita.
As nuvens sempre passam.
Podem ser nuvens claras ou
escuras, mas sempre passam.
Talvez tenha que chover uma
tempestade, mas ela também passa.
Compreenda que você não é nuvem, você é céu.
Estávamos assim, frente a frente,
Eu e o meu eu lírico,
foi um intrigante discussão...
Há tempos que ele me cobra,
me intimida, incomoda.
Sua primeira pergunta...
Que tal transformar a dor em flor?
Eu cego, no meu ego, franzi a testa e respondi...
Não consigo falar, sem a mim observar.
Só sei falar de mim,
da minha própria dor, do meu desamor...
Meu eu lírico, triste, decepcionado,
Colocou-me contra a parede e propôs-me um desafio...
Tente, ao menos tente, seja o que vier na mente.
Aprenda a flutuar, ao escrever sejas tudo. Permita-se.
Antes que eu lhe perguntasse, nem mesmo deixou que eu falasse,
Transportou-me de mim mesma, a ser outras coisas,
a ter outros olhares. Olhe em volta! Veja os versos!
Dos poetas que admiras. Eu, o eu lírico, sempre estou.
Num poema sejas flor, no outro, um gato
ou qualquer outro bicho…
Seja uma dama recatada…
Em outro uma amante debochada…
Fale como se fosses um nobre Cavalheiro,
ou quem sabe sejas, um bêbado na estrada…
Criança, adulto ou idade avançada,
liberte-se e escreva sobre tudo!
Seja o que desejares, o que na escrita te inspirares!
Na natureza sejas tudo!
Fogo, água, ar, tempestade!
Sinta e seja todos os sentimentos,
para uma escrita intensa, fundamentada.
Fale de fé, com cuidado e respeito,
fale do bem e fale do mal.
Eu já sem fôlego, entusiasmada e o eu lírico?
Não parava, pois, era infinito o seu ser,
e queria a minha escrita ampliada!
Enquanto ele falava, eu fechava os olhos
e tudo imaginava.
Desejando que ele nunca mais se calasse.
E segui caminhado na imaginação da minha estrada,
passando por eles, todos os personagens,
que na caminho me esperavam.
À medida que eu andava, percebi,
eu e o eu lírico éramos um,
ele era tudoo que eu internamente desejava.
E todos os meus futuros poemas,
há tempos moravam em mim.
Gatafunhos
Escrever
é viver
de certo modo
e no entanto tudo
na sua aflição infinita
nos conduz a intuir
que a vida jamais estará escrita.
Escrevo
só
em último caso
ou como quem alcança
o último carro
como quem
por um triz
por um fio
não fica
no fim da linha
de uma estação sem flores
a ver navios.
Lamúrias
Deste amor que dilacera minh’alma
Pouco vivido, que de tão vívido, não traz calma.
Tanto fez sofrer e que nem o tempo o deixa morrer.
Quantos, porquês!
Que chega a sangrar e doer, sem convalescer.
Da lamúria intermitente, que inquieta a alma vivente.
Mesmo assim, como uma sobrevivente, deste sofrimento persistente, que deixa a alma doente e insuficiente.
Que nunca a permitirá em paz viver.
E que ainda assim, o viveria, de tudo e todo. Pois prisioneira sou, e sem nenhum esforço, me afogo nesse poço. Onde me perco pouco a pouco.
Por Léla Dias