Poemas românticos de amor
OLHARES, DESEJOS, POSSIBILIDADES
Em nossos olhares
Haviam, desejos, possibilidades...
Ficamos ali parados decidindo
O que quiséssemos escolher:
Querências prazeres e outras vontades.
E se pretendêssemos seguir em frente
Sendo vistos por tantos outros olhares
O caminho estaria livre, desimpedido
Mas, resolvemos ficar ali parados
Nossos olhares estáticos, tesos à mercê.
Durante alguns minutos permanecemos
Separados, Imaginando como seria
Carícias e toques afetuosos pretendidos.
Mas, havia uma outra verdade
De outros tempos, de outros lugares
Quando percebi o compromisso
No dedo anelar da sua mão esquerda
Entendi que por mais que quiséssemos
Sequer poderíamos um beijo, um afago
Porque a voz da razão não permite
Transpor o limite de certos olhares!
MINHA TENTAÇÃO
Por mais que eu queira
Impedir esses impulsos
Esse querer tentador...
Acabo entregando-me
Ao prazer do seu amor!
Oh! Minha doce tentação
Porque será que não resisto
E tão facilmente cedo
E sucumbo ao desejo pecador?
QUANDO ESTOU CONTIGO
Quando estou contigo
Minh'alma se sente aquietada.
E se me perguntas o porquê?
Porque tua alma também junto
Da minha, sente-se ajustada.
Enquanto nossos corpos
Vibram prazerosos e inquietos
E tremem pulsando ardentes
Por beijos, desejos indecentes!
DAS MINHAS ILUSÕES
Hoje mais que nunca
Preciso das minhas ilusões.
São elas que farão
Amenizarem as feridas
Que sangram do coração.
Hoje eu preciso deixar
Que flua a esperança
Transbordando minh'alma
E que a felicidade floresça
Em cada gesto, palavra
Que dará apoio, sustança
Na força do recomeço
Ao meu peito de criança!
A ESMO
A esmo perco a noção
Do tempo, das horas!
Se a saudade me lembra
Reviro a página do dia
D'angustia, do pensamento
Sigo a reta, vou embora.
Com que pernas devo
Fazer esse caminhar?
Com pernas de aventureiro!
Precisando d'água, do sol
Do vento no firmamento
Na reluzente calmaria
Que sopra leve no arrebol.
E depois do banho da chuva
Lavada minh'alma
Meu corpo pedir calmamente
Que me entregue por inteiro
Descubro que é dormindo
Que esse sonho sem rumo
Me leva ao paraíso.
Aí, como um faz um amante
Ao ver chegar a noite sorrateira
Me contorcendo me aprumo
E volto. Volto sem medo
A passos longos e céleres
Sem limites, sem fronteiras!
PAI
Diante de ti, todas as vozes se calam.
Diante de ti, todos os olhares se curvam!
E não só por respeito, mas também por
carinho, admiração pelo homem que foste
e continua sendo, porque quem amamos
nunca haveremos de esquecer.
Sobre as saudades que sinto, continuam
cada vez mais profundas e afetuosas.
Nas minhas orações, mentalmente, você
vive presente, permanentemente.
E nessas vibrações positivas, carinhosas
é com entusiasmo e alegria que relembro
do homem iluminado, fonte inesgotável de
sabedoria. Mas é justamente quando me
reporto ao posicionamento criterioso passado
em ensinamentos de dignidade e honradez
brotado em nós, como semente pródiga,
fruto do teu único e verdadeiro amor que
cada vez mais descubro o homem sincero,
simples e digno pelo qual conduziste nossas
vidas. Todavia, hoje mais que nunca,
sentimos tua falta, porém tranquilos, sabemos
do plano superior em que te encontras.
Daqui, receba meu abraço e a certeza de que
cedo ou tarde haveremos de nos encontrar.
Paz e luz!
Que assim seja!
ABRAÇANDO A ALMA E O CORAÇÃO
Quando te abraço
Abraço verdadeiramente
Sentido o calor do prazer.
E de todas as maneiras
Sem cortes nem pedaços
Abranjo todo meu querer!
Abraço tem que ser sincero
Envolvimento perfeito
Colado, batendo peito no peito.
Abraço é capaz de transformar
De unir, contribuir, apaziguar.
Abraço dado bem apertado
É vibrar em desejo ardente
Liberar toxinas de renovação
E na profundeza da alegria
Abraçar a alma e o coração!
DO POUCO QUE SEI
Pra falar a verdade
Nunca me preocupei
Com títulos, nobreza!
Do muito que a vida
Me deu, proporcionou
E que muitas vezes
Refletidamente recusei
Não foi por ingratidão
Falta de brio, de clareza.
Muito pelo contrário
Sempre me contentei
Com o aprendizado
Que por toda vida recebi.
Do pouco que sei
E dos caminhos que andei
Nunca quis tirar proveitos
De uma tal 'esperteza'.
Por isso especificamente
Não posso e nem devo
Ser culpado, penalizado
Por aquilo que sem saber
Deixei de fazer por dúvida
Ou mesmo por incerteza.
PEITO EM CHAMAS
Desatrela-se do teu peito
O meu peito em chamas!
Ficam para trás teu sorriso
Beijos e o fulgor do desejo.
Doravante, tudo irá mudar...
Estações, planos, costumes.
Também sentirei saudades
Daquilo que nunca foi dito
E que nem mesmo virá depois
Pois, o depois nunca existirá.
Seremos sonhos interrompidos
Entre palavras e promessas
De uma vida de amor a dois!
SEM MENOS ESPERAR
Assim, sem menos esperar
Uns te cumprimentam, te abraçam
Te olham nos olhos, te falam
Coisas, sentimentos, verdades
Sem uma prévia determinação
Como se fossem velhos amigos!
Aconteceu comigo outro dia...
Paralisado, tentei compreender
O porquê do gesto espontâneo
Simples, afetuoso, desinteressado
No meio da balburdia, da agitação.
Pra suavidade de um gesto nobre
Não havia uma explicação!
É a vida! Muitas vezes acontece
Esses anjos aparecerem pra nós
De onde menos imaginemos.
De onde vem tanta gentileza?
Vem de Deus! Da generosidade.
Da lei do amor! Da reciprocidade.
AH! COMO EU QUERIA
Ah! Como eu queria
Queria poder decifrar
Todas as mensagens
Que vêm do teu olhar!
Queria poder ter o dom
De poder navegar
Decifrando sonhos
Anseios, quereres
Vontades pertinentes
Que afloram dentro d'alma...
E avivam ao pestanejar.
Mas na verdade Anjo
O que impede a intenção
É a forma desregrada
Do meu estado de ilusão!
A LENTIDÃO DAS HORAS
A lentidão das horas
Atordoa meu pensar.
Adio datas, compromissos
Ignorando, retardo tudo aquilo
Que leva o pensamento
Como um moinho de vento
Girando contra o próprio tempo
Prestes a parar, encalhar!
Passam-se segundos, minutos
E as horas... continuam,
Continuam lentas no ponteiro
Esperando calmas e silenciosas
Como um filme em câmera lenta
Retardando todo o desenrolar
Do enredo do seu mensageiro!
TUDO QUE IMPORTA
Tudo que importa
É acreditar em você!
Se por ventura o desânimo
Se infiltrar na sua vida
Não desanime, nem esmoreça!
Busque forças, abra um sorriso
Alegre-se! Vire de ponta cabeça.
E desvencilhe-se de tudo aquilo
Que não presta, te faz mal:
Pensamentos negativos
Aborrecimentos banais
Acontecimentos desinteressantes
Problemas adversativos...
Espelhe-se no sorriso das crianças!
Saiba: nada é mais importante
Que no limiar de um novo tempo
Ter fé, amor, carinho e esperança.
TEMPO FELIZ
Na minha memória
Vive um tempo feliz!
Tempo em que aprendi
A escutar o coração
Quando muitas vezes
Houve tristeza, desilusão!
Quando fecho os olhos
E viajo na canção
Relembrando momentos
Percebo claramente
Que quando agimos
Com lógica e sabedoria
Subimos mais um degrau
No caminho da evolução.
Aí, tudo volta a se encaixar:
O que não havia sentido
O que se havia perdido
O que nem era percebido.
APRENDENDO A VIVER
Com sábios, aprendi a ler a vida!
Com crédulos, a ter fé esperança.
Com jovens, aprendi que nem todas às vezes
se prevalece a força, a pujança.
Com idosos, aprendi que bom senso,
maturidade e paciência ajudam a envelhecer.
Com sonhos, aprendi que nem tudo é ilusão.
Com a necessidade, aprendi a dar valor as coisas
que a vida sublimemente me ofertou.
Com erros, aprendi que é se errando
que conseguimos aprender.
Que a melhor forma de combater alaridos
excessivos, é silenciando.
Com o amor, aprendi o poder da transformação!
Com guerreiros, aprendi o bom combate.
Que a melhor forma de encarar o medo,
é encará-lo de frente.
Com ideologistas, aprendi que lutar com a alma
é sempre a melhor arma.
E com a dor, aprendi o caminho da libertação!
REPRIMENDAS AO CORAÇÃO
Tento frear vontades...
Os impulsos me condenam!
E por mais que eu queira
Por mais que eu reprima
Não consigo! Meus desejos
Falam mais alto, contrariam.
Pela insanidade dos meus atos
Que se tornam incontroláveis
Perco o equilíbrio, a estribeira
Por anseios de mera ilusão.
E sem dó me flagelo como punição
E tudo que eu disser...
Serão apenas palavras.
Palavras sem qualquer sentido
Sem fundamento, sem razão!
INCOSTÂNCIAS
Ando um tanto sensível.
Qualquer sorriso superficial
Qualquer palavra, gesto
Qualquer abraço apertado
Ou mesmo um carinho afável
Um elogio na rede social...
Me faz tremer, desabar!
Agora, sou alguém que chora
Por lembranças, recordações.
Nem mesmo consigo controlar
Quaisquer Impulsos voláteis
Nas inconstâncias das coisas...
Que desmorona minhas emoções!
NOTAS, ACORDES, FALSETES
És minha por inteiro!
Posso dizer que afirmo
Ao descobrir cotidianamente
Por ser amor verdadeiro.
Talvez o amor pra muitos
Seja breve, passageiro
Mas, pra mim especialmente
Transborda de felicidades
Afinando-se perfeitamente.
Compomos letras, melodias
Solfejamos o mesmo desejo
E sempre a misturar-se
A loucos irreprimíveis beijos!
Em nossos toques
Não há notas dissonantes...
Tudo soa magistralmente:
Corpos, sentimentos, prazer
Notas, acordes, falsetes!
SOU APENAS UM POETA
Não tem nada nesta vida
Nenhuma força bruta, indevida
Nenhuma ameaça ou falseta
Que me obrigue, me submeta
A me fazer desistir de sonhar.
E se puder me entenda
Eu sou apenas um poeta!
Um poeta que tenta descrever
Sentimentos em prosas e versos.
Um poeta que vive pra amar.
Amar a natureza, amar a vida
Amar as coisas do seu lugar.
E ao mesmo tempo que transcreve
Seja um texto longo ou breve
É seduzido e se deixa levar
Por palavras, canções
Que tocam a alma e corações!
Portanto, não me deseje mal.
Talvez o que você queira ouvir
Não seja tão fácil assim...
Quem sabe esteja inserida
Numa palavra cruzada, indireta?
Então, volto a repetir:
Mesmo que você não entenda
Quando escrevo exclamando
Ponto e vírgula, reticências
Abraçando, sonhando, amando
A poesia me completa.
Não sendo pobre ou rico
Eu sou apenas um poeta!
ACHO QUE ÀS VEZES
Acho que às vezes
Escuto sua voz
No meu ouvido sussurrar
Aquele poema canção
Que escrevi pra te dar.
Não sei se você lembra...
À época você adorou!
Nele, continha a mensagem
Mais linda que compus
Para expressar meu amor.
Coração apaixonado,
Pelo amor enfeitiçado
Não sabe o que é certo
Muito menos o que é errado!
Acho que era prenúncio do fim...
E assim, um dia desmoronou.
Tava cantada por um canto
Num ritmo de uma poesia
Onde a palavra amor
Deixava-se embalar
Em sonhos e fantasias.
Era mais que uma declaração:
Eram doze acordes na utopia
De um poeta sonhador!