Poemas Quem Sou Eu
"Quem sou"
(Marcus Demétrios)
"Nenhuma antipatia pessoal,por sectarismo ou vassalagem,será capaz de apagar do meu escopo o estilo marcante de provocar o amor e o ódio e fazê-los sangrar.Pode não ser a melhor ou a pior das qualidades,mas é,certamente,um traço da minha personalidade que a ninguém é dado desconhecer.Personalidade forte na plenitude da expressão,nada me falta:nem os grandes pecados que os meus inimigos derramam sobre os meus ombros,nem as grandes virtudes com que os que me amam(e me suportam) alinham o manto com que me vestem.Por isso,pelas contradições,me é tão legitimo o rótulo,por mais que os rejeitem,de humano.Não tenho mais pecado do que me atiram pedras,e a esses eu chamo de levantadores de infámias,nem menos virtudes dos que me afagam,e por isso me dou por inteiro a esses.Quem em mim atiraria a primeira pedra?Os desafetos que ontem faziam juras de amor eterno e cantavam minhas virtudes?Ou os amigos de hoje que em outroras assacavam contra mim todas as leviandades.Eu mudei muitas vezes.Os outros também.Todos nós mudamos várias vezes quando as circunstâncias impõem a urgência do fascinío do renascimento.Sou humano porque forjado no calor subidas e descidas impostas pela vida,sou amado e odiado a cada dia e a cada nova curva.Porque aprendi com a vida os ardis e a frieza de engendrá-la sem medo.Sou o espelho que alguns teimam em não enxergar.Ora se o amor e o ódio são eternos e o ódio é um amor enlouquecido,e mesmo que todos se perguntem até hoje-Quem é Marcus Demétrios?-os respondo que sou um ser humano.E é preciso ver os humanos como são.Sem maquiá-los de anjos ou demônios com o verniz vivo da admiração ou a tinta morta do desprezo.O humano não tem disfarces.Sou feito de ousadia e me entrego sem máscaras aos carinhos dos que me admiram ou ás garras dos arbutres.Tudo em mim é um destino."
Natal,04 de abril de 2010.
Já não sei quem sou mais
Perdi meu coração e alma
Em algum lugar dentro de ti
Peço que não os devolva
Pois em você andam vivos
E em mim jazem mortos
Estandartes da dor e beleza humana
Em sempre diversa dualidade
Me fazem chorar com palavras
Poemas de dor
Poemas de amor
Cujo tema constante
É aquela que roubou minha calma
Meu coração e alma
Que une sonhos com realidade
Em cada traço de seu corpo
em cada trecho de sua história
E como um beija flor
Todo dia tomo do teu mel
Que corta,fura e dilacera
Como uma seta
me fazendo menos humano
e mais poeta...
Já me pergutaram várias vezes,
Quem sou eu, do que minha pessoa gosta,
Porque sou assim...
Eu sei a resposta,
Mas não sei responder.
Complicado não?
Eu me vejo simplesmente,
Igual a uma cerveja.
No começo sempre é ruim,
Ninguém gosta da cevada de primeira,
Mas depois você aprende a beber,
Ou simplesmente não consegue.
Se conseguir aprender a beber,
Pode ser que consiga se acostumar,
Com o gosto estranho,
E se você insistir,
Vai perceber que vai se torna gostoso.
Só presta quando está gelada,
Tem horas que ela se torna inapropriada,
Se tiver quente passa a ser intolerável,
Só quem já é conhecido de longa data,
Consegue beber quente...
Só quem aceita ela em qualquer momento,
É quem já conhece há muito tempo,
Em que ela já faz parte da sua rotina,
E gosta do sabor, independente da situação.
Eu sou assim, intragável,
Invariável, inaceitável,
Mas se você insistir,
Acaba se acostumando,
Acaba gostando.
Tem horas que ninguém gosta,
Em alguns momentos só quem encosta,
São os amigos de verdade,
Que sabem que por trás,
Desse momento de irritabilidade,
Existe um idiota legal.
Sei lá, eu sou assim,
Uma cerveja,
Principalmente porque pra você me conseguir,
Não precisa gastar muito.
Quem sou eu?
Acordar com a sensação de correr para longe
Chorar até os olhos arderem,
E olhar para o céu em busca de respostas!
A vida é injusta ou justa?
Depende dos olhos!... Sou eu um grande homem,
Ou sou eu apenas mais um homem?
Não ter respostas e aceitar o sopro do vento,
Mas enfrentar os leões e viver a vida.
Quem sou eu, um louco lunático?
Ou um ser inexplicavelmente evoluído?
Sou feito de amor, de sonhos, de desejos e medos!
Preciso da liberdade do eu, preciso da liberdade da mente.
Sorrir para o possível e acreditar no impossível.
Quem pode modificar a criação e quem pode ditar as regras?
A vontade de sumir passou, e a vontade de ser feliz chegou.
Quem sou eu?... Sou um homem cheio de amor!
É seu
É seu o meu amor primaz
Que me faz ser quem sou
E me permite viver
É seu o meu amor maior
Que move todos os outros amores
Viventes em mim
É seu o amor delirante
Que faz ferver meu sangue
Enquanto percorre minhas veias
É seu esse amor tranquilo
Que me envolve em mansidão
E se torna inspiração
É seu esse amor que ilumina
E acende a luz do meu viver
Como o sol que faz brilhar o dia
É seu esse amor que faz da noite
A hora em que toda a magia
Te faz ser minha mais linda poesia
É seu esse amor que impulsiona
E me faz ser poeta
Em meio a tantas dores
É seu esse amor que incendeia
Num simples piscar dos seus olhos
Provocando meus instintos
É seu esse amor suplicante
Que implora pelo som da sua voz
Sussurando em meus ouvidos
É seu esse amor incondicional
Que não se importa por saber
Não ser meu o seu amor...
no meio da multidão não mais que toca teu coração,
simplesmente deixo para observar sentir quem sou,
além pequenas pronuncias dei destino tomar conta,
amo profundamente com certeza que nunca deixaria
entre as gotas da morte bebo meus sonhos que nunca
são comuns mesmo caço entre seus maiores pesadelos.
Quem sou?
Ando feliz durante todo o dia
Meu caminho é sempre colorido
Na alegria não faço economia
Felicidade agora é meu apelido.
Quem sou?
Você não sabe ainda responder?
Sou quem denuncia seu amor
Sou quem te faz agora perceber
Que a vida é bela igual a uma flor.
Quem sou?
Você precisa de mais uma dica?
Estou em você, sempre a pulsar
Suporto as dores de quem fica
Procurando esse sentimento abafar.
Quem sou?
Hum... agora você descobriu
Isso me deixou emocionado
A descoberta naturalmente fluiu,
Já sabes que sou apenas o seu
coração apaixonado.
Sou quem sou e não me envergonho da maneira que vivo;
O romantismo é digno, verdadeiro e infinito ;
Como as cortinas de seda que resplandece o meu próprio coração;
Quem sou eu?
Uma mulher comum em busca do autoconhecimento.
Uma mulher que vive eterno conflito interno, dividida entre a sombra e a luz.
Uma mulher que acha natural o diferente,que ama o simples e admira o sofisticado.
Uma mulher que ama sem fronteiras, sem bem entender o amor.
Sou a dualidade em pessoa que busca o equilíbrio do desequilíbrio .
Percorro as veredas da escrita sem dominar as letras.
Ando descalça entre espinhos, sentindo a brisa no meu rosto...
Sou aquela que canta sem saber cantar , que grita sem soltar a voz e que chora sem liberar as lágrimas.
Sou um ser em desenvolvimento revoltado e conformado, vivendo a eterna condição de aprendiz!
Eu sou simplesmente Hilda.
toquei a morte como num sonho,
beijei profundamente não senti mais nada,
nem sei mais quem sou,
apenas flutuo nessa transmutação,
tento compartilhar meus pedaços,
nem sei quem fui nesta presunção...
tudo não tem cor,
meus flagelos são igual minha alma
na onde estou, pelo qual ainda respiro...
abandonei está vida,
nem olhei para trás,
o espaço vazio não existe nessa vibração,
tento gritar mais ninguém me ouve,
toquei a morte num beijo de amor.
sinto que tarde para olhar para trás,
grito teu nome mais só o vazio...
nessa transmutação olho profundamente,
me despedaço nesse vazio, grito
ninguém me responde,
meus olhos caíram na obscuridade
caminho sem sentir mais nada desda vida,
mas ainda sinto meu coração clamar,
entre os mundos sorri pois senti...
por celso roberto nadilo
"CAMÉLIAS"
Queria colorir as mágoas
Não me perguntes quem sou
Acordei e bebi o meu silêncio
Atirei fora as minhas respostas
Perdi as memórias nos espelhos
As manhãs são de luta e neblina
Tropeço na cegueira das emoções
Nevoeiro de acácias íntimas e feridas
Adormeço no muro das indecisões
Abro as mãos às últimas palavras
Descontentamento da alma que me dói
Benditas camélias que estão a chegar
Que tocaram o meu mais profundo coração!
pensei que fosse meu amigo
pensei que não se importava com quem sou
pensei que em você eu podia confiar
pensei que você fosse aquele que sempre iria me ajudar.
eu pensei errado sobre você
meu amigo nunca queria ser
peço desculpas então
agora sei que você
nunca será meu irmão.
Nem sei nem mais quem sou!
Não sei porque respiro, se já me roubaram o coração..
já nem posso mais sentir!
..
Um bangalafumenga.
Um vírgula entre zeros.
Do que eu era não sei quem sou.
Não mais.
Descanelado no meio do novelo da vida.
Não tenho vergonha de mostrar quem sou:
As vezes estou sereno, as vezes irado.
As vezes alegre, as vezes triste.
As vezes manso, as vezes revoltado.
As vezes penso para falar, outras falo sem pensar.
As vezes penso para agir, outras ago no calor da emoção.
Esse sou Eu, mas as vezes acho que nem sei quem sou ainda!
Eu me permito ser quem sou.
E te permito ser quem és.
Você faz suas escolhas.
Se você for gentil comigo eu serei gentil contigo.
Se você for meu (ou minha amiga) procurarei te conceder o meu melhor.
Juntaremos nossas asas.
Mas eu faço minhas escolhas.
Isso não significa que julgarei as suas.
Sem você não sei quem sou, onde estou, pra onde vou!
Sou peixe fora da água, raiva sem mágoa, ódio sem dor,sem vida,sem valor!
Sou começo e fim sem meio, perfume sem cheiro, com dor e com medo!
Amor sem amar, viver sem sonhar, dizer sem pensar, não ter onde pousar e nem descansar!
Sou água sem rio, sem ter direção, imerso ao vazio do meu coração!
FAVELÁRIO NACIONAL
Quem sou eu para te cantar, favela,
Que cantas em mim e para ninguém
a noite inteira de sexta-feira
e a noite inteira de sábado
E nos desconheces, como igualmente não te conhecemos?
Sei apenas do teu mau cheiro:
Baixou em mim na viração,
direto, rápido, telegrama nasal
anunciando morte... melhor, tua vida.
...
Aqui só vive gente, bicho nenhum
tem essa coragem.
...
Tenho medo. Medo de ti, sem te conhecer,
Medo só de te sentir, encravada
Favela, erisipela, mal-do-monte
Na coxa flava do Rio de Janeiro.
Medo: não de tua lâmina nem de teu revólver
nem de tua manha nem de teu olhar.
Medo de que sintas como sou culpado
e culpados somos de pouca ou nenhuma irmandade.
Custa ser irmão,
custa abandonar nossos privilégios
e traçar a planta
da justa igualdade.
Somos desiguais
e queremos ser
sempre desiguais.
E queremos ser
bonzinhos benévolos
comedidamente
sociologicamente
mui bem comportados.
Mas, favela, ciao,
que este nosso papo
está ficando tão desagradável.
vês que perdi o tom e a empáfia do começo?
...
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
Caminhos(in)versos
Desnudam-me a arte, o espelho, o tempo e os trilhos.
Mostram-me quem sou, quem não sou,
quem poderia ter sido...
Quem não deveria ser de jeito nenhum!
Ao reverberar em mim, a arte, faz surgir a poesia.
No espelho, meu corpo adquire forma,
enquanto desconforma a vida em sua imensa sabedoria,
conforma-se meu corpo, na silhueta errante refletida no espelho.
O tempo, dá-me, os limites de que preciso.
Na exatidão de teu agir, molda-me a seu bel-prazer
com a precisão cirúrgica de um bisturi.
Os trilhos são os descaminhos, os segredos guardados, os espinhos.
Neles, sigo em apresentação solo, sem platéia ou aplausos
sigo, errante como sempre, e fazendo um monte de merda.