Poemas que Rima com o Mundo

Apesar de viajarmos o mundo para encontrar a beleza, devemos carregá-la conosco ou nós não a encontraremos.

Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difícil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.

Há mais do que uma sabedoria, e todas elas são necessárias ao mundo; não é mau que elas se vão alternando.

O mundo é um grande quebra cabeça onde a última peça se recusa a se encaixar.

Tenho certeza de possuir uma alma, e todos os livros com os quais os materialistas enfadaram o mundo não me convencem do contrário.

Aqueles que se lembram de que devemos ter um fim neste mundo, as suas querelas cessam prontamente.

Há no mundo uma conjura geral e permanente contra duas coisas, a poesia e a liberdade; as pessoas de gosto encarregam-se de exterminar uma, tal como os agentes da ordem de perseguir a outra.

O mundo muda constantemente, e, na Natureza, / ser constante seria uma inconstância.

Existem duas verdades que nunca podem ser separadas neste mundo: 1ª que a soberania reside no povo; 2ª que o povo nunca deve exercê-la.

Muitas vezes a juventude é repreendida por acreditar que o mundo começa com ela. Mas a velhice acredita ainda mais frequentemente que o mundo termina com ela. O que é pior?

Ao dar às pessoas o poder de partilhar, estamos tornando o mundo mais transparente.

Com a sua intuição a juventude sabe que o mundo está cheio de forças; mas não chega a entender qual o papel que a fraqueza, nas suas diversas formas, desempenha no mundo.

Certamente é bom que o mundo conheça apenas a obra bela e não as suas origens nem as condições em que foi gerada; pois o conhecimento das fontes de onde provém a inspiração para o artista causaria frequentemente perturbação e espanto, neutralizando assim os efeitos da excelência.

Nalguma preferência uma estima é baseada,
E estimar todo o mundo é não estimar nada.

Não acredito ter qualquer imortalidade. O maior mal no mundo, hoje, é a religião cristã.

Ninguém se sente tão completamente desiludido com o mundo, nem o conhece tão profundamente, nem o odeia tanto que, observado por ele com benevolência por um instante, não se sinta em parte reconciliado com ele.

Só como fenômeno estético a existência e o mundo aparecem eternamente justificados.

O mundo é o repertório das nossas possibilidades vitais. Não é, pois, algo à parte e alheio à nossa vida, mas é a sua autêntica periferia.

Se a ociosidade fosse banida do mundo em breve desapareceriam as artes de cupido.

Se um homem se apegar resolutamente aos seus instintos, o mundo acabará por ceder diante dele.