Poemas que Falam sobre o Olhar

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Olha para mim, amor, olha para mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.

Legião Urbana - Sete Cidades

Já me acostumei com a tua voz
Com teu rosto e teu olhar
Me partiram em dois
E procuro agora o que é minha metade.

Quando não estás aqui
Sinto falta de mim mesmo
E sinto falta do meu corpo junto ao teu.

Meu coração é tão tosco e tão pobre
Não sabe ainda os caminhos do mundo.

Quando não estás aqui
Tenho medo de mim mesmo
E sinto falta do teu corpo junto ao meu.

Vem depressa pra mim
Que eu não sei esperar
Já fizemos promessas demais
E já me acostumei com a tua voz:
Quando estou contigo estou em paz.

Quando não estás aqui,
Meu espírito se perde, voa longe

Hino

Santa Maria! Volve o teu olhar tão belo,
de lá dos altos céus, do teu trono sagrado,
para a prece fervente e para o amor singelo
que te oferta, da terra, o filho do pecado.

Se é manhã, meio-dia, ou sombrio poente,
meu hino em teu louvor tens ouvido, Maria!
Sê, pois, comigo, ó Mãe de Deus, eternamente,
quer no bem ou no mal, na dor ou na alegria!

No tempo que passou veloz, brilhante,
quando nunca nuvem qualquer meu céu escureceu,
temeste que me fosse a inconstância empolgando
e guiaste minha alma a ti, para o que é teu.

Hoje, que o temporal do Destino ao Passado
e sobre o meu Presente espessas sombras lança,
fulgure ao menos meu Futuro, iluminado
por ti, pelo que é teu, na mais doce esperança.

Edgar Allan Poe

Nota: Tradução do poema "Hymn".

Pedaço de mim

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

ASSIM MORO em meu sonho:
como um peixe no mar.
O que sou é o que vejo.
Vejo e sou meu olhar.

Água é o meu próprio corpo,
simplesmente mais denso.
E meu corpo é minha alma,
e o que sinto é o que penso.

Assim vou no meu sonho.
Se outra fui, se perdeu.
É o mundo que me envolve?
Ou sou contorno seu?

Não é noite nem dia,
não é morte nem vida:
é viagem noutro mapa,
sem volta nem partida.

Ó céu da liberdade,
por onde o coração
já nem sofre, sabendo
que bateu sempre em vão.

Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui.

EM MIM

Quis te encontrar em outro beijo,
Quis ver o brilho de teus olhos em outro olhar,
Cheguei mesmo a sentir o teu perfume em outro corpo,
E acabei apaixonando-me por você novamente
Amando uma outra pessoa...

Tudo o que sonhamos jutos,
Todas as nossas promessas jogadas no chão...
Acredite, nada terminou
Por que a cada dia que passa eu tenho mais absoluta certeza
De que eu ainda estou em você
Assim como você está em mim.

Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.

Eu confessei à Lua
Tudo aquilo que eu sentia
E ela leu em meu olhar
O que falar eu não conseguia
Pois o amor nos torna transparentes
Claros feito a luz do dia
Ficou sabendo, pois, a Lua
Que eu te amava e para sempre eu te amaria

Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?

Basta de enganos! Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.

Olha: não posso mais! Ando tão cheio
Deste amor, que minh’alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...

Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso.

De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.

Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha.

Não me refiro ao olhar apaixonado.
Falo de algo além.

Falo do olhar que paralisa no outro
e não se pode desligar.

Que se apavora de adivinhar-se
possivelmente feliz e se descobre em profundidade
e espanto no poço do outro, no fundo do qual
mora uma certeza nunca antes confirmada.

Pousa um momento,
Um só momento em mim,
Não só o olhar, também o pensamento.
Que a vida tenha fim
Nesse momento!
No olhar a alma também
Olhando-me, e eu a ver
Tudo quanto de ti teu olhar tem.
A ver até esquecer
Que tu és tu também.

Só tua alma sem tu
Só o teu pensamento
E eu onde, alma sem eu. Tudo o que sou
Ficou com o momento
E o momento parou.

Biografia

Entre o olhar suspeitoso da tia
E o olhar confiante do cão
O menino inventava a poesia...

Mario Quintana
Apontamentos de história sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

SÚPLICA

Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.

O meu colo é arrninho imaculado
Duma brancura casta que entontece;
Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!

Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d`astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz alcatifa, oh faz, de meus cabelos!

Os meus braços são brancos como o linho
Quando os cerro de leve, docemente…
Oh! Deixa-me prender-te e enlear-te
Nessa cadeia assim etemamente! …

Vem para mim,amor…Ai não desprezes
A minha adoração de escrava louca!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!

ISABELA
Eu me perdi em teu olhar
Eu me encantei com teu sorriso
Fiquei fascinado com cada nuance de teu ser
E tentei desviar meus olhos de cada curva de teu corpo
Esforço inútil, eu não consigo

Mas ainda tentei dissimular
Fuji do assunto, escapei, me fiz amigo
Quando a verdade é que eu te quero
Eu te quero, eu confesso, enfim te digo...

Meninos falam que querem namorar uma princesa;
Homens se esforçam para conquistá-la.
= Atitudes valem mais do que mil palavras!

Eu estou cansada dessas músicas de amor,
É tudo pura ilusão.
Elas não falam do buraco que você deixou,
Dentro do meu coração.

Eu sei que ainda não entendo,
Minhas amigas falam
Que eu gosto de sofrer
Está cada vez mais velha
Essa história de nós dois
Eu não consigo esquecer

Eu sei você está namorando,
E eu não sei porque não consigo achar ninguém
Pra fazer que nem você.
É que pra mim não é tão fácil
Fingir que eu superei,
Acho que eu não sei mentir bem.
Se não for você, eu não quero ninguém

O tempo passa e as coisas mudam,
Você faz graça e eu prefiro ignorar.
É que não vale a pena
Acreditar sempre em você.
Então eu vou deixar pra lá
Mas agora eu já aprendi
E dessa vez, eu sei que eu não me engano.
Não vou me iludir,
Só vou esperar a gente crescer
Te vejo daqui mais alguns anos

Eu sei você está namorando,
E eu não sei porque não consigo achar ninguém
Pra fazer que nem você.
É que pra mim não é tão fácil
Fingir que eu superei,
Acho que eu não sei mentir bem.
Se não for você, eu não quero ninguém

Carta a um Amigo


Sabe Francisco
Eu vi pela televisão
Notícias que falam do mundo
Mergulhado em confusão

Parece Francisco
Que tudo o que você falou
Somente os peixes e as aves
É que prestaram atenção

Você disse que é melhor
Amar que ser amado
Mas tem gente que ainda vive
Dando amor pré fabricado

Você que um dia arrancou
A roupa do teu corpo e ousou
Mostrar com sua nudez
Coisas que outro homem jamais fez

Venha de novo
Fazer outra revolução
Pois quem sabe dessa vez
O mundo preste atenção

Não, eu nunca serei um "grande escritor",
destes que os intelectuais falam com pompa e entusiasmo,
e que povoam as galerias dos imortais,
ou que são estudados nas aulas de literatura.
Não tenho este tipo de pretensão,
mas não seria nem se eu o quisesse,
pois a natureza não me fez assim.
A natureza me fez poeta, apenas,
e se isso for lá grande coisa,
não me importa que me chames 'um poetinha', tão somente,
se é que se faz necessário chamar-me de alguma coisa.
Se não, me chame apenas pelo meu nome, e isto basta.