Poemas que Falam sobre Ilusão
Você Foi Uma Ilusão!
Você foi um enigma que tentei desvendar,
de uma história que comecei a contar,
num livro que não consegui terminar,
porque você foi uma ilusão que eu criei,
num sonho lindo que ousei sonhar,
mas a realidade insistiu em me acordar.
Será que estou sonhando? Ou será pura ilusão?
O teu sorriso mexeu comigo e encheu de esperança o meu coração;
Quero definir o teu sorriso como um sorriso encantador...
Posso te fazer uma pergunta?
Você aceita ser o meu amor?
Soneto I
Amo-te por amar, sem condição, Pois amar por razão, seria ilusão. Não sei porquê, mas te amo, não, Outra forma há de amar, só a paixão.
Te amar assim, sem lógica ou razão, é a única maneira de me entregar. Não há conveniência em meu coração, Amar-te é simplesmente me encontrar.
Por que amar? Não sei responder, apenas sinto, Este amor que transcende qualquer explicação. É a essência pura, que em mim habita, e eu minto,
Se não confessar, é você, minha inspiração. Então, que seja assim, um amor instinto, Que só sabe amar, sem pedir razão.
MENTIRA
Acreditei em ti, poética, no emocional
Verso, foi assim, que me vi com ilusão
Cevando dentro de mim algo especial
O amor singelo e ledo, na composição
Pensei ter alcançado então, um final
Enredo, cheio de alegria, de emoção
Tão desejado, e, tão transcendental
Num soneto com sentido e sensação
Tudo em vão, mentiste, burlou tudo
Disfarçou cada detalhe do conteúdo
Deixando túrbido poetizar que delira
Ah! a ode de paixão que tanto ansiei
E o sentimento que contigo poetizei
Acabou, afinal, sendo uma mentira!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08 maio, 2024, 13’18” – Araguari, MG
ILUSÃO???
De onde vem essa vontade de amar?
De onde vem esse desejo te ter?
De onde vem essa força ao abraçar?
De onde vem esse querer?
Talvez seja mais forte que eu
Talvez seja apenas ilusão
Talvez o amor já morreu
Talvez nem nasceu na conclusão.
O que sei é que continuo remando
Na maré alta ou baixa vou em frente
Com remos de madeira se quebrando
De tão forte bate na água de repente
Rodeado pelas águas escuras da solidão
Não posso em momento algum fraquejar
Pois um vacilo e o amor sai do coração
Mais o desejo maior é do seu lado estar
Digo sim ou não isso não importa mais
Apenas sigo remando em uma só direção
Não sei se chego lá ou não chego jamais
Mais mesmo fechando os olhos posso sentir
O tamanho do amor que tem em seu coração.
VERSOS IN POESIA
Oh meu dulcíssimo amor,
Na ilusão, és sim pecado!
Sou fido à sua formosura,
Junto ao desejo revelado!
Paixão, és lira desta vida!
Nela, a idealizo e a quero,
Com os versos, in poesia!
Cada palavra que eu lembro
É como se tivesse me ferindo
O ser sofre pela ilusão
Que você me fez sentir
Enfim a tristeza da alma
O amor é uma ilusão que plantei no meu coração
O sonho é um pensamento que deixei ao acordar
Deus é uma benção que veio me salvar
O mundo é a realidade que a vida resolveu me cobrar
você já sentiu o gosto da decepção
fecha os olhos e quando abre vê que era uma ilusão.
Então...
Já viu uma arte e na verdade só um borrão.
já assoprou um dente de leão e era de borracha
já escutou alguém te chamar e era um passarinho.
já escutou gritaria e era na casa do vizinho.
já comprou um doce e o doce era salgado.
Já viu disco voador e na verdade era um avião.
já viu no mar um peixe achando que era tubarão.
já escutou uma explosão e era só um trovão.
já pensou que podia e correu sentado.
já viu verdade e na verdade era uma mentira.
já viu sereia e era pedras, algas, na costa, encosta para ver, é só uma ilha.
já viu magia e no fundo da cartola há um coelho dizendo " sorria " você está sendo filmado
num filme de terror você foi mais um abandonado, isolado, mesmo não tempo a perder, e perdeu
sem saber o que fazer, caiu, levantou, mas tem mais um para te bater, e a vida bate, bate
com força, com nome mulher e essa mulher é muita moça e escorrega, o chão é escorregadio
acha que é esguio, ta mais devagar que lagoa querendo virar rio, e ela ri, da gargalhada
você pedi licença e o obstáculo na sua frente que te ultrapassa, te amassa, nem pede desculpa, desculpa para que ?
ta tão atordoado sem saber o que fazer, para onde ir, tenho certeza que essa rua eu já estive
ou já passei por aqui...
Aquela sensação de beco sem saída, de veneno, se sentindo pequeno, ameno, você se mata ou da para alguém morrer, isso te sufoca, desfalecendo, pedindo socorro, ansioso, por liberdade, por esperança, que é a ultima a morrer, e morreu, pedindo esmola de amor, como uma uma novela, " o cavalheiro e o plebeu", como vou dar algo, algo que alguém nunca me deu...
Tudo tive nesta vida
Vida de ilusão, onde tudo termina na terra, mais precisamente embaixo do chão!
Tudo tive que me desse prazer… Nunca o dinheiro foi o que eu queria como prioridade merecer!
Tanto que muitas vezes nem cheguei a receber.
Tive casas; tive carros; tive mulheres; tive empresas;
tive prêmio de loteria; tive empregados a me servir;
Tive patroa e patrão, nunca ganhei nada de graça, tudo foi conquistado com o suor de meu rosto e os calos de minha mão.
Mas, não me apeguei a nada disso,
pois era só para usar enquanto satisfazia meu coração,
tive momentos em que por falta de apego deixei escapar pelas mãos,
não choro o leite derramado, pois me fez feliz enquanto estava bom!
Os maiores prazeres que tive, foi ver realizado um projeto a mim confiado,
com dedicação e amor fiz tendo em mente que o resultado de um trabalho bem feito,
deixaria o outro em paz e eu descansando satisfeito.
Tive amigos de montão, claro que nos momentos em que tudo estava bom, nos momentos de dificuldades contei alguns nos dedos da mão.
Tive oportunidade de plantar um pé de manga, um de goiaba e um de mamão, fazer dois filhos e escrever vários livros que agradaram meu coração.
Nada levarei daqui, a não ser o amor que plantei nos corações, e nas obras que fiz com minhas mãos,
espiritual e físico, mas de coração.
Deixarei marcas que nunca se apagarão.
JC Gomes
Redemoinhos não semeiam furacões.
Nos meus sonhos, vivo a ilusão demasiada.
No caminho de esperança, lenda que encarna os corações.
Para uma poesia de uma sonhadora alada.
Nos dias de tempestades, me resta apenas uma sombrinha quebrada.
Ao desejo ardente, calmaria valente nos braços da eterna virtude idealizada.
Sentei no barco da saudade
Rumo ao mar da ilusão
A caminho da felicidade
Atraquei na solidão
Arrependi de verdade
Porém sem explicação
Perdi boa parte do meu coração
Um frasco amigo da ilusão
Já vazio
(Sinto mais empatia por ele do que pelos homens)
Um perfume barato
Na lista de desejos indesejados
Uma pele que ficará desidratada
"iNatura"
Um toco de sabão
Um pedaço agora inútil
Talvez fútil
(Como meus dizeres)
Tantas vezes te usei
Ou você me usou
Nada disso importa
Pois no fim tudo acabou...
Ou não
Ainda acabará
Com uma ação que acarretará numa infinita inação
TODA DOR DO SONETO
Toda dor do soneto, por mais que doa
Na própria ilusão encontra o refrigério
As lágrimas doídas de um despautério
Veda-as no desabafo duma poesia boa
O que conforta, a sensação que povoa
Que faz sonhar, um refundir, o critério
Que nos repara, nos valida, o cautério
Da gana n’alma. O amor tudo perdoa!
Quando a poesia compõe o outro lado
E, depois de descarregar a amargura
Do verso que sentiu... tudo é passado!
Noutra parte há de, acalanto, a ventura
Conjurando aquele instante apaixonado
E o poema segue num adeus à tristura!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 de maio, 2023, 12’59” – Araguari, MG
Na ilusão de ter você, eu me perdi!
Você era tudo para mim mas no fundo eu não era nada para você!