Poemas que Falam sobre Ilusão
Ilusão desmedida, desenfreada, devassa, estúpida!
Que circunda minh'alma vaga...
e a faz desordenada , alada!
Que vem estragar minhas palavras...
Com um olhar destrincha os gestos,
desarma, desnuda, rebusca.
Se ao menos eu gritar teu nome pudesse...
VIDAAAAAAAA...
O que mais hei de entregar-te?
Se quando me olhas,
já não sou eu,sou metade.
Inteira, mente, só a ti pertences.
Antes que eu morra pelo platônico descompasso
e antes mesmo de ser findado meu querer,
sem haver, alento, começado.
Vira-te, que contemplar prefiro as suntuosas nuvens,
ou ao breu da noite, atravessar ...
À tempestade, até mesmo, se vier.
Pois apenas uma senha entrega-me,
an-da...
Vá pra onde não me alcança teu olhar.
E em secreto esconde meu pesar.
D'onde nenhum ser possa avistar.
A maior ilusão é acreditar
que o amor entre duas pessoas
aumenta naturalmente com o passar do tempo,
pois se as pessoas são seres
que enfraquecem com o tempo
o que ela sentem também o será,
dessa forma devemos procurar
fazer de tudo para que esse enfraquecimento
seja o mais lento possível.
Como o corpo precisa de atividades físicas
para se manter por mais tempo ativo na vida,
o amor necessita de mais cuidados
para se manter vivo entre os que se amam.
Nossas mentes nutrem muitos inimigos: ganância, raiva, ilusão, pessimismo, desconfiança, arrogância e preocupação.
Os inimigos externos são fáceis de se enfrentar.
O difícil é derrotar os inimigos de dentro das nossas mentes.
carruagem
as pessoas sem ilusão
vivem só nas quimeras
repetem a mesma condição
o improviso são esperas
e o trem da vida sem vagão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
TALVEZ ILUSÃO, QUANDO SENTI (soneto)
Talvez ilusão, quando senti, mas sentia
Que, ao desânimo da alma nela enleada
Entre a dor, o fôlego, pelos poros subia
Numa preamar de esperança prateada
E eu a via no olhar, olhava-a... Ferroada
Assim em cada raio, aí então eu resistia
E construía degraus nesta dura escada
Mesmo que se risco corria... ou se feria...
Tu, alegria sagrada! E também, capital
Sede das sedes!... que venha por nós
Tal reticências, e não como ponto final
E, ó desejada! E tão buscada, aporte
Como um emaranhado de um retrós
Súbito. Vi que rompe na medida sorte!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Novembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ENGANO FEITO
No que restou da ilusão busco vontade
Das poéticas que um dia me apaixonei
Do desejo, do tudo mais, vem a saudade
Neste vazio do silêncio a quem me dei
Ah! ó fatalidade que no vão me esquece
Numa sensação de uma urgência sentida
De onde aquela emoção não mais aquece
E o descolorido no apenas tinge a vida...
De tropeço em tropeço vou neste mundo
Porque a dor no peito arregaça bem fundo
E nestes pedaços, me vejo sem mais jeito
E, assim, poetar triste na culpa eu assumo
De tantas culpas, tantas, o sombrio rumo
De uma escolha malfeita e o engano feito!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08, junho, 2021, 09’17” – Araguari, MG
Metade
Metade da laranja
Parte iguais de um todo
O amor, deliciosa canja
Sem ilusão sem engodo
Sem meias verdades
Sem lodo
Sem meias vontades...
No verdadeiro par
Igualdade
No genuíno amar
Unidade
Única forma de atar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Cerrado goiano - 12/07/2015 - 20'58"
PÁGINA ÍNTIMA
Meus poemas tão cheios de ilusão... os perdi
os deixei de cantar, mansos, estão no destino
apertando a sensação, tão solitários, os dilui
lastimando ou rindo no meu poético destino
Era boa canção de um coração de um menino
singelos versos, e que não feria, se então sofri
feliz fui, muito adquiri no trançado do figurino
pois não sabendo, entretanto, que iniciava ali
Aí, cada pranto, cada sorriso, cada um norte
e a sorte, a quimera, a inspiração, ora brando
ora forte, mas sempre com o sonhador porte
Ó página íntima, tão cheia de ilusão querida
Da lembrança, saudade, a lágrima chorando
Sigo eu em outros poemas, à minha vida! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 25/07/2021, 15’55”
EMPRAZAR
Na minha poesia eu te citei, bendita
Dita. Em ti falei dos amores e de ilusão
Das dores e duma certa estorva ferida
Outras emoções e as afeições em vão
E vejo, agora, ao envelhecer da vida
Que sentimentos nos encontros serão
Espinhos e flores, na mesma medida
Pois, o destino são sementes ao chão
Brotarão ou não, depende do fraterno
De se ser amigo, de a alma enamorada
Sem as promessas do agrado eterno...
Em troca, cada minúcia é ter contigo
A vivida canção à sensação dedicada...
No detalhe, amor e paixão, bendigo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2021, 06’58” – Araguari, MG
Sou do tipo falastrão, pois não gosto de mentiras, falsidade ou de gente que se apega na ilusão...
Às vezes peco pela sinceridade, coleciono alguns inimigos, pessoas que não gostam da verdade, a maioria se apresenta como gente manipuladora, que não se aguenta em pé diante de um fato, de uma realidade...
Não me escondo, pois a minha vida é como um livro aberto, exposto, em cada página registrada...
Brinco, me divirto e dou inúmeras risadas, sou feliz e adoro mostrar a minha história, a minha jornada, enfatizando que sou fiel e que não tenho medo de nada...
A vida é feita com etapas, já tive momentos tristes, com choro e lamentos, com pedras que já me foram atiradas, mas em contrapartida, recebi muito mais flores perfumadas...
Este é o desabafo de um menino que cresceu na estrada, que já brigou com o mundo, mas que nunca perdeu o rumo da jornada, pois Deus sempre esteve com ele, e estará por toda caminhada, pois a vida não termina, ela apenas segue para uma nova etapa...
Realidade e Ilusão
Realidade é quando coloco os pés no chão
E sinto que são mais frágeis que eu pensei.
Ilusão é quando danço em brasas vivas,
Para manter viva a chama de uma paixão.
Sonho e Ilusão
Me vejo nesse sonho de ilusão, onde tudo parece não ter solução...mas quando te vejo, meu coração quer sair da razão...e quase morro de paixão...
Meu coração bate forte...acelerado...preciso me conter,
para não ceder à esse meu coração apaixonado.
Me vejo nessa briga...noite e dia...pedindo para meu coração...se liga não vai pela emoção...isso não vai te fazer bem...ah! esse meu coração!
Canto uma canção...meu coração dorme na ilusão...e quando acordar vai ver que foi só um sonho...uma ilusão.
Melhor triste com a verdade...
Que feliz com a ilusão...
A verdade por mais amarga ela sempre lhe trará portas pra um novo começo...
A felicidade ilusória sempre temerá um fim!
Só faço-lhe esta pergunta;
Será o amor uma doce ilusão?
Ele chega como um belo sonho
E ao mesmo tempo que vem
Entorpecer,enobrecer,nos faz sofrer
Nos deixa com as pernas bambas
E logo,nos faz arder em chamas.
E quando o amor acaba,só resta
A lembrança,o frio,o vazio e a solidão.
Pobre coração!
Venho a pensar que o amor sofre de uma doença
Ele é bipolar.
E quase que no mesmo instante
Que te faz querer viver
Te dá vontade de querer morrer.
Quimera Matinal
Deixa-me sonhar...
Deixa-me divagar
Nas asas da ilusão,
Enquanto posso...
Deixa-me que eu coma as manhãs
Nesta ceia matinal
Com sabor de vida fresca.
Deixa-me mergulhar
Neste azul de mar
Que invade minha janela
E que este vento
Possa passear todas manhãs
Na minha face
E beijar toda a manhã
Com essa ternura infinda
Que a natureza premia.
Deixa que eu esqueça as dores,
O sofrer, as agonias, os dissabores
E me derrame nesta “doce poesia
De cada amanhecer.”
Ai! que não quero esquecer jamais...
Este azul (quase violeta),
Que desta paisagem brota.
Das águas doces da lagoa,
Possa eu sempre me banhar.
Que eu deixe neste mergulho
Qualquer desconforto
Da minha carne sofrida.
Deixa-me, mãe natureza,
Que em teus braços,
Assim como um pássaro, eu cante
Sem me queixar... Do que não tive
Ou do que não tenho.
Leva-me, terno sonhar...
Para teus bosques distantes...
Faz de mim flor,
Flor brejeira, flor do campo.
Que eu me sinta feliz
Como orquídea em Primavera,
Enfeitando a vida
Que há na morte e na dor.
Mas não me deixe
Vagar sem sonho,
Sem verde, sem o canto das aves
E sem versejar o amor que canto,
Sem a água deste mar...
Não me deixes.
Quero morar nas frias tardes
E dormir serena e morna nas noites,
No balançar destes ventos,
Nesta rede de contentamentos,
Refrescar meu coração cansado.
Beijar meus netos
E com eles dormir
Um sono sossegado...
O tempo passa eu fico mal é ilusão achar que tudo está igual você, apareceu pra mim
não posso evitar, me sentir assim o que eu faço pra escapar dessa vontade que eu tenho de falar toda hora com você faço planos impossíveis pra te ver mas pra mim são tão reais
o que aconteceu eu não me lembro mais eu poderia escrever mil canções só pra você
poderia te falar meus motivos pra gostar tanto de você me diz quando a gente vai se ver
pra eu poder te abraçar e tentar te explicar a falta que você me faz eu não aguento mais
ficar tão longe de vocêvocê me diz que não tá bem que não para de pensar em mim também
Agora antes de dormir por dois segundos, eu consigo até sorrir porque, essa complicação distância é o fim pra quem tem coração será que eu devo te dizer que eu quase choro, quando falam de você mais eu consigo segurar pra ter certeza, que ninguém vai reparar
que eu to cada vez pior e a saudade em mim é cada vez maior .
Fico pensando, até quando?
Até quando essa paixão...
Essa intensidade...
Essa ilusão reinará em mim?
Saio por aí, e em todos os rostos só vejo você.
Fico na esperança de te encontrar, de te falar...
O quanto foi um prazer te conhecer.
O quanto sua vida me fez enriquecer.
Mas não te encontro...
Espero, no entanto, um milagre acontecer...
Meu suspiro libertar-se,
Meus olhos se aconchegarem sobre você.
Fico pensando: por que o destino quis assim?
Ironia?
Ou
Bondade?
Seja lá o que for, já é tarde.
Algumas tardes...
Porque um dia, eu sinto que vou ter-te...
E assim reviver o que não é tarde.