Poemas que falam do Silêncio
Benditas sejam todas as palavras ditas em silêncio. Porque não há força maior que a fé, nem voz mais alta que a oração.
Ame como a chuva fina. Esta cai em silêncio, quase sem fazer notar, mas é capaz de transbordar rios.
Nunca confunda meu silêncio com ignorância, minha calma com aceitação, minha bondade com fraqueza ou minha sinceridade com arrogância.
A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras. Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas. A atenção flutua, toca as palavras sem ser por elas enfeitiçada. Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!
O silêncio é a única reposta que deves dar aos tolos. Porque onde a ignorância fala, a inteligência não dá palpites.
Estou muito próxima, de um modo geral. É bom e não é bom. É que sinto falta de um silêncio. Eu era silenciosa. E agora me comunico, mesmo sem falar. Mas falta uma coisa. Eu vou tê-la. É uma espécie de liberdade, sem pedir licença a ninguém.
Pior é que eu berrei. Berrei com o pior tipo de desespero do mundo. Meu silêncio, meu conformismo, minha aceitação,
minha quase maturidade. Eu tenho a impressão que a hora que eu chorar, vai ser das coisas mais tristes do mundo.
Por enquanto há diálogo contigo. Depois será monólogo. Depois o silêncio. Sei que haverá uma ordem.
Não posso mais ouvir em silêncio. Preciso falar com você pelos meios de que disponho neste momento. Você partiu minha alma. Sou metade agonia, metade esperança. Não me diga que é tarde demais, que sentimentos tão preciosos foram-se para sempre. Ofereço-me para você de novo com um coração muito mais seu do que quando você quase o despedaçou há oito anos e meio atrás. Não se atreva a dizer que o homem esquece mais rápido do que a mulher, que seu amor morre mais cedo. Eu tenho amado somente você, mais ninguém. Injusto posso ter sido, fraco e ressentido também, mas nunca inconstante.
Amigo é aquele com o qual se pode compartilhar o silêncio… como se partilha a palavra.
O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio.
Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos!
Ela refletia tudo sem nunca refletir, e que, com tanto silêncio e sombra, conseguia ficar à altura de qualquer luz.
A convivência entre poeta e leitor, só no silêncio da leitura a sós. A sós, os dois. Isto é, livro e leitor. Este não quer saber de terceiros, não quer que interpretem, que cantem, que dancem um poema. O verdadeiro amador de poemas ama em silêncio...
As grandes almas sofrem em silêncio porque entendem que a dor é como uma dessas varetas de ferro que os escultores enfiam no barro para sustentar a estrutura e sabem que só nos livramos de um sofrimento depois de o haver suportado até o fim!
O silêncio só é necessário quando não se tem nada de válido a dizer. Ele faz com que até os idiotas pareçam sábios por um minuto.