Poemas que falam do Silêncio

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⁠O silêncio é a prece da sabedoria do sábio
quando ele fala em pensamento; aquilo que
o tolo nunca irá compreender!

Silêncio

⁠Ando meio calada ....
Até pareço mansa!
No silêncio de meus lábios
há um estado de atenção
que somente os quietos compreenderão!!!


Gosto de silenciar minha voz,
guardar dentro de mim minhas
próprias opiniões.

Saber ouvir, é um dom primoroso,
Quando se ouve com o coração,
Com a singeleza da sabedoria;
Bem mais que falar,
Especialmente, quando as palavras
Não são projetadas para o que elas intentam dizer;
Ou, quando são ditas apenas
Para preencher o vazio
Que o silêncio se encarregou de deixar.

Pelo coração passam as lágrimas das palavras mortas em silêncio.

Doctorstrangelove

Não era o silêncio do sereno;
era o silêncio do aflito.
Não era silêncio de mudança;
era silêncio de despedida.
Não era o silêncio do indiferente;
era o silêncio do apaixonado.
Não era o silêncio do quieto;
era o silêncio de quem já tinha ido.
Não era o silêncio do que concordava;
era o silêncio do que desistia.

Ouça o silêncio; interprete-o...
O silêncio fala.

São as noites escuras que trazem o silêncio
A calmaria da brisa, um leve vento

Num oceano de imaginações fora do tempo
O céu fechado, sombrio do meu pensamento

Cansado, refletindo no que se passou
Nas supostas horas felizes, ficaram a dor

Na angústia, na falta, nos risos de momento
Percebi que só falava por respeito e agradecimento.

pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela

à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...

durmo neste ritual!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

Na Calada da Noite

A noite cai!
O silêncio vem acompanhado da madrugada,
Um lápis a mesa, algumas folhas,
Fluência natural de ideias asseguradas em sentimentos,
Algum tempo depois, um coração respira alegremente.

POEMA EM SILÊNCIO (soneto)

Meu verso está amordaçado
As palavras dentro da vidraça
Represadas e tão sem graça
Estou calado, o poetar calado

Inspiração diluída na fumaça
O vazio estridente e arestado
Ácido em um limo agargalado
Inebriando tal qual cachaça

Meu pensamento está suado
Ofertado como fel numa taça
E na solidão, então, enjaulado

O poema em silêncio, bagaça
Oh! Túrgido sossego enfado
Diz nada, só tira a mordaça...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Eu e meu silêncio sabemos coisa que ninguém mais sabe, que não podem ser ditas.
Vagam apenas em pensamentos.
Verbalizar seria mostrar ao mundo dor, medos e fraquezas, e não viria nenhum alívio ou solução.
Por isso elas continuam lá, até evoluírem ou sumirem.
04-09-2015

Coisas íntimas entre você e Deus:
Oração, jejum, ajuda, dons...
Isso é, só entre você e Ele,
e não se deve anunciar a ninguém.
O silêncio tem que ser
maior que o seu ego.

Ainda Tenho em Mim
.
Ainda tenho em mim,
O perfume do teu amor,
A canção dos teus toques
E a revelação do teu olhar.
Por Deus!
Ainda tenho em mim,
A rima do teu silêncio
E a luz do teu falar.
E se te encontro em meus desertos,
É que me farto de ti
Em ilusória convivência
Das vezes que foges de mim.
Tua sombra me acompanha
Numa presença que soma
Meus pecados por te querer.
Pois tu és a indulgência que eu preciso,
O alívio de um suplício
E a triste ausência que me faz,
Em desalento destino,
Por ti, de saudades, chorar.

⁠Refletir e agradecer!
As vezes procuramos
nas palavras alheias
um conforto que somente
o nosso próprio silêncio
pode nos trazer.

⁠SUSPENSO
Hoje estou propenso
Pra algo mais denso
E por isso eu penso
Melhor o silêncio.

⁠Em momentos triviais,
Precisamente como este,
De um silêncio visceroso,
É que sinto plenamente materializado,
A imensurável insuficiência que insiste,
Em existir,

⁠Me ame por quem eu sou.
Não por aquilo que deveria ter dito.
Sou silêncio, sou inexpressão,
Pois seus olhos já me dizem tudo
Meu silêncio dói,
teu choro dói ainda mais.
Mas é no abismo de teus lábios
Que está a morfina de minha existência.

⁠Às vezes,
não é silêncio.
É só um grito profano
de tudo que não foi dito.

⁠Silêncio Cego

Eu vejo dançarinos nas calçadas
Entre mendigos camelôs e padres
Crianças procurando presas pra devorar
Numa savana eletrificada

E na TV uma granada explode
Do outro lado um ditador aplaude
Caem os muros e ficam as heras
E os inocentes à mercê das feras

Do lado norte, onde o Sol é mais forte
Deus é a nuvem que nunca aparece
E o vento sempre sopra certo em qualquer direção
Moinhos é que esperam sempre na contramão

Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras

E você diz que está indo tudo mal com a tua vida
Você nunca se contenta porque não sabe
O quanto dói a minha ferida
Duvidoso é o silêncio
De certas palavras
Duvidoso é o silêncio
Que cega as palavras

⁠Quem fala é o silenciado.
A gente fala sem gritar.
A gente fala sem ferir.
A gente fala sem matar.
A gente fala sem mentir.