Poemas que falam do Silêncio
Falem de mim
Digam...Que sou bicho!..Que sorvo,no silencio ...As feridas do fracasso...Que no, cume das alturas...Em nuvens tristes,cinzentas...Encontre a pessoa do meu, ente disfarçado...Riam-se de mim...Talvez?.., outras figuras indigentes,vos escutarão, a troco do duma moeda furada. Riam-se de, mim, mentes ignoradas”...Escutem-vos ..,até que os vossos sentidos definhem
ao sussurro contundente, lamuriante da ignorância ... Gritem... ! Abram vossas lojas cariadas ,putrificadas...Ninguém quererá,ouvir absolutamente, o vosso nada...Além das tímidas e tristes gentes, da plebe despojada...Algumas sim , ouvem sim mas, as suas próprias vozes, alucinadas...:”Ecos em labirinto restrito... “Soada, em antro isolado,aferrolhado, em hospício,algures, despovoado ,escondido! ...Soltem vossas vozes delirantes esfomeadas,litigantes...Quem sabe?,,talvez o mundo dos outros; equidistantes, “no além ; vos oiça; vossos impiedodos e veris bramidos
A hipocrisia ,não tem mâe : é madrasta má..! “anda ai, por perto!.., havemos de saber afastarmos-nos dela silenciosamente. Riam-se de mim....Até que a terra desista de vos tragar.Talvez o inferno vos acolha ,por compaixão ,e vos reduza a pó intolerável da vossa
da vossa promiscuidade
Valentim Casimiro
“Olhar nos teus olhos castanhos
Reencontrar a nobreza do menino
Que em seu silencio diz amar
Evolveu-se em meus braços
E por ali quis ficar
Permaneceu por alguns instantes
Dois segundos distantes
Abriu asas para voar. “
o segredo está no silêncio
O segredo também é um silêncio.
Se você ama alguém e tem medo de dizer,
Se está com medo de ser rejeitado
Não diga que ama,
Quando você não demonstra sentimentos,
Você não sofre pela ausência deles.
Prefiro ficar em silêncio com meus pensamentos, quanto menos pessoas saberem dos meus objetivos, mais chance eles terão de ser concretizados.
Lailison Douglas.
No mundo da Lua
O silêncio da noite me encanta.
Sim. Talvez devido eu viver no mundo da Lua.
Um mundo só meu, meio isolado.
Distante dos muitos barulhos que ouço, mas não escuto.
Onde posso escutar os meus pensamentos e organizá-los.
E ainda viajar pelo imaginário, sonhar acordada.
Enfim, esse é meu mundo interno, o mundo da Lua!
(Edileine Priscila Hypoliti)
(Página: Edí escritora)
Mundo ao Contrário -
No silêncio dos Astros indiferentes,
na terra, algo de oculto aconteceu!
O mundo estava velho e sem Deus ...
As pessoas não morriam,
o Sol anoiteceu,
os bebés não nasciam,
a Lua não voltou,
as bocas não sorriam ...
Havia gritos nas esquinas e desejos
incumpridos ...
Choravam os alegres e os tristes,
a cantar, lamentavam o destino!
A vida ao Contrário trazia na algibeira,
mortalhas e angústias que pesavam
sobre o corpo.
A esperança não se via,
havia dor por todo o lado
e os olhares eram turvos.
E tudo isto sobre o silêncio dos Astros
indiferentes porque o mundo estava velho
e sem Deus!
(Perdão Senhor ... Perdão!)
ANTES DO ÚLTIMO
Que estros fugitivos me deixou aqui
No silêncio... e a mim não mais veio
Ilhando a trova sem frescor e asseio
Que me falta, e que por ele me perdi
Em que seda de lacuna me envolvi
Se hoje parece um sonetar alheio
Com palavras sem zelo, sem freio
E, em qual da imaginação remordi
Achei que fosse meu o teu prazer
E que no versejar eu fosse te ter
Eternamente, e você... de saída!
Partiste, bem antes do último verso
E o soneto na imensidão submerso
E a emoção numa saudade perdida...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/10/2020, 14’22” – Triângulo Mineiro
Antes da tempestade
O silêncio e os dedos de uma criança
Tocam a frágil teia de aranha
Sobre o olhar cauteloso de um cão
O vento atinge as folhas
E meus olhos cansados escutam
Um chamado ...
Tão familiar e distante
Eu queria ser um rei
Sem nada que pudesse me derrotar
Apenas por um dia ...
Nós somos amantes
Isso é um fato
Nada nos matem juntos
Nada nos separada
Por apenas um dia ...
Perguntam o que penso,
ébrio, o meu silêncio é sincero.
Peço a saideira, ensaio a saída, outra rodada...
Perguntam quem sou.
Penso e não mais estou.
Mãos à obra,
pé na estrada,
o resto é prosa fiada!
No silêncio da madrugada
Em que se ouvem grandes barulhos
Das atitudes de nosso subconsciente
Coisas que aconteceram acontecem, vividas.
Presas ao passado na gaveta da mente esquecidas
Consciência ausente do mundo
No reflexo desses acontecimentos
Tal como a luz de um flash em fração de segundo
Corpo em repouso de um sono profundo.
Vem e volta torna-se vida
De algum lugar, do real distante.
Relativo ao consciente
Do passado ao presente até o submerso do futuro
Saltando a janela da mente
Faz-nos viver em um mundo paralelo a realidade
Dormindo ou acordado é a mesma verdade.
Ausência
O Ar será o silêncio
Das faltas
Só terá nostalgia
Desse viver acelerado
Haverá lamentos,
Haverá angústias,
Mas o ser aprende
Que faltas são inevitáveis.
Preciso ir embora
O silêncio nunca feriu tanto a alma, tornando-se uma verdadeira diabete, a cada dia aumentado a ferida provocada pela ausência. Se um dia isso vai passar? Não sei. O que tenho certeza é que nunca mais a vida será a mesma, pois as rotas dos ventos mudaram de forma definitiva.
É no meu silêncio que encontro o meu barulho.
É no meu calar que escuto as respostas.
E no parar que vejo o quanto já caminhei e que ainda posso caminhar
Falo muito, mas calo ainda mais.
Calo meus barulhos com os meus silêncios
À BEIRA DO CAIS
De João Batista do Lago
O velhinho sentado à beira do cais
é silêncio puro
num final de tarde febril
no ocaso de um dia de abril
onde o sol não sorriu para os cabelos brancos
feito asas de gaivotas soltos na imobilidade do vento
Sento-me ao seu lado
vazio...
e calado...
e mudo na prenhez do tempo e do espaço…
Os meus cabelos ainda estão viçosos
alinhados e sem quaisquer querelas com o vento
estão nervosos
e bem mais sofridos que aqueles cabelos brancos sustentados de experiências
capazes de tudo falarem sem uma palavra sussurrar
E eu tão jovem querendo auscultar
o lamento que somente as ondas do mar ouvem
caladas e correm como loucas para...
para guardar na profundidade do seu mar profundo e eterno
as minhas queixas...
as minhas querelas...
e todas as minhas
mágoas guardadas na plenitude daqueles cabelos brancos feito asas de gaivotas famintas do peixe
De repente
o velhinho sentado à beira do cais
levanta-se
e sem me dizer uma palavra
sem um adeus
sumiu na plenitude do tempo e do espaço
Fiquei só sentado à beira do cais...
Meu paraíso é a solidão,
onde encontro a paz do meu ser.
Longe das vozes, no silêncio,
é onde posso me entender.
Cléber Novais
No silêncio da madrugada o orelhão que ainda restava na rua tocou com seu alarme insistente.
O bizarro não é isso.
É você imaginar...
Quem estava do outro lado da linha?
Seus olhos, universo diverso, que inspiram meus versos.
Silêncio profundo, que habito e reflito.
Que me conheço e reconheço.
Que me afogo e sobrevivo, que em silêncio me inspiro.
O silêncio lhe assusta?
Vazio explosivo que inquieta a mente narcisica.
Afago contínuo de quem dele se inspira.
Numa noite em Bhopal, o silencio da morte,
O grito do desastre, as vítimas a sorte.
Nas entranhas da fábrica, negligência em teia, a dor das vítimas, humanidade alheia.
Homens de poder, cifrões em mão,
Prioridades distorcidas, sem coração e razão.
Em gastos de guerra, fortunas se vão,
Enquanto em Bhopal, nenhum tostão.
Não é só a tragédia que devasta,
É a falta de humanidade que a decadas nos arrasta.
Líderes em vez de cuidar, preferem guerrear,
E as lágrimas de Bhopal, o mundo ignora ao tempo passar.
Que estas palavras sejam um eco a soar,
Para lembrar que a nossa humanidade devemos preservar.
Que em meio às sombras, uma luz possa brilhar, e em Bhopal, justiça e dignidade novamente possam reinar.
Eu procurei por palavras a serem ditas, procurei em meio ao silêncio a melhor forma de sentir saudades. Mas em mim não existe saudades, existem diferentes tipos de apegos; apego as lembranças que eu deveria esquecer, apego as pessoas que foram embora quando eu pedi pra ficar; apego aos desejos e sonhos mais antigos, como aqueles deixados bem no fundo de minhas memórias. Mas o que eu poderia fazer para não me sentir apegado?
Eu procurei em meio ao silêncio a melhor forma de sentir amor. Amor as lembranças que precisam ser lembradas; amor a pessoas que ficaram quando eu pedi pra ficar; amor aos desejos e sonhos novos e também os mais antigos, porque sei que algum lugar eles se guardam. Mas como poderia existir amor em alguém que não acredita sentir saudades?
Então eu procurei em meio ao silêncio a melhor forma de viver, porque vivendo eu saberia que é possível sentir apego na mesma intensidade que é amar e sentir saudades.