Poemas que falam do Silêncio
Entre as fragas ecoam sons,
palavras vazias de silencio,
punhais que despedaçam
ferem, enfeitiçam, reduzem
a nada o corpo a alma..!
Silêncio feito de ausências, renovadas do caminho
palavras suspiradas embriagadas, desviadas da mente.
Continuidade do amparo de tantas decisões,
deixadas e esquecidas
à porta da igreja, fechada, perdida na dor da saudade.
Onde rejeita, pisa, mata, arrasta o tempo, suja,
urros de gritos, maldade vazia, lábios serrados, fechados.
Noite fria, onde a neve cai suspirando sem soluços adormecida
míscaros no chão, come o javali onde é caçado e comido.
Caçador furtivo, escondido como um animal selvagem
procura o lobo solitário perdido da alcateia no monte.
Velhos sabores, cheiros floridos de vários trajetos sentidos
inspiração de novas poesias, sem ilusões, sem murmúrios.
Noite gasta de risos, de lágrimas, promessas sem fôlego
ouve ao longe o sino tocar, a chamar a gentes da aldeia.
Rezar às alminhas com devoção de todas as incertezas
sem medo dos labirintos, receios da paz que invade a mente!
Mas nós dançamos no silêncio,
choramos no carnaval.
Não vemos graça nas gracinhas da TV,
morremos de rir no horário eleitoral.
Nas horas difíceis
No silêncio, ouço cantos
Que acalma minh ‘alma
E levam-me a refletir
Partes da vida
Onde ocorreram feridas.
Em cada uma delas
Percebo que não estive sozinho
E mesmo, diante tanta dor
Contei com um amor
Silencioso, acolhedor
Um amor amoroso
Que me afagou
E ainda, no sofrimento,
Sua paz foi meu cobertor.
vivemos aprendendo e não aprendemos nada,
gritamos em silêncio num sofrimento intenso
de manter a voz calada.
Imaginar o momento, menos agitado, sempre causa aquele medo por causa do silêncio de brigas. Mesmo na pior desgraça de palavras desajeitadas, mas bem surradas, não quero que esqueça nunca do que reina. Nada interferiu nesse nosso amor, nem mesmo tantas interrogações consideradas enciumadas. Respiro fundo e tento deixar pra trás uma cegueira que nem combina com os olhos abertos de uma alucinação que tem o dom da caligrafia. Nunca, mas nunca mesmo, vou te deixar escrever tristeza, mesmo que venha de palavras aconselhadas. É amor que sente a força do hábito, que se enxerga nas dificuldades e que franze a testa esperando as pazes.
Eu te amo nervosamente, eu te amo absolutamente, eu te amo agarrada no cós da calça…
… de todos os seus oitos deitados.
[EVIDENTEMENTE SUA]
~*Rebeca*~
-
"Em florestas e desertos me perdi.
Caminhei...,saltei e corri.
...em silêncio vivi!
Nem sequer me importa saber, se venci!...
...só quero saber de ti!...
PARA IVO RODRIGUES JÚNIOR
(in memorian)
Momentos de silêncio...
Mas sua voz, para sempre, reinará.
O seu, o meu, os nossos ventos,
Transmutados estão.
Agora já não há mais tempo ou espaço
Dias incertos, lobas, estepes, verduras,
No entanto, o cheiro do mato e o pinhão,
Já que o céu existe, aqui continuarão.
Hoje e sempre nossas palavras, serão suas.
A vida realmente é “Gozada”.
Não podemos lhe ver em presença física
Mas você era legal, nós sabemos.
Talvez em alguma estação do ano,
Pode até ser na primavera, nos reecontremos.
Então, Voe! Sobrevoe sutilmente o infinito
Já que o finito, ainda que nossos corações
Estejam contritos, não existe.
Pois agora, atemporal, é todo o seu tempo.
Entoe com os anjos as mais belas canções
Estrela que brilhando está, no firmamento.
A cada palavra dita suspirei
Pari cada desejo
Cada beijo
E me deti
No teu silêncio como resposta
Vou enterrar aqui
O toque de veludo das tuas mãos
O cheiro forte do teu corpo vivo
As mentiras ditas em favor do amor
E os enfeites usados nas palavras do poeta
Quando quer fingir
Se todo poeta é um fingidor
Finjo que era amor
O que entreguei a ti
E a dor do"meu" poeta que deveras sente
Deixa na alma da mulher sempre donzela
Que pintou um arco-íris em aquarela
Imaginando que seria dela
Um homem tolo,poeta falso
Macho que mente.
Sem ti é estranho
Sentir este silêncio
O ar deixou de circular
O relógio parou
O tempo passou ao desespero
As sombras
Vieram fazer-me companhia
Oiço os gritos
Sinto falta dos gemidos
Procuro-te nesta casa vazia
E nada encontro
Quero encontrar qualquer memoria
Que traga-te perto de mim
Apenas encontrei este silêncio
Em formas de sombras!
Este inferno que amordaça-nos
Do silêncio da lareira.
Onde arde o carvão que grita o infinito
Cego de dor
De angústia
Vicio feito em egoísmo.
Ironia sem fumo.
Sem raízes
Vedado
Condenado
Enganado
Em gestos de palavras
Da própria dor, onde rasgam os lábios
Pedra sôfrega sem nome.
Terra impura sem flor.
Sacia a fome entre os muros.
Do sofrimento e felicidade!
Digo-te que: Mesmo que o silêncio tire de
mim a coragem de me revelar diante a ti,
saiba que haverá sempre jeito de dize-lo.
Nossos Sons
Silêncio, silêncio.
Deixa tudo assim,
quietinho, mudo,
que eu não mudo.
Shiuuu, Shiuuu.
Tem muita gente
querendo ouvir
o que eu ouvi.
Fala não, fala nada não.
Que há de permanecer
guardado nos nossos corações
marcado como calmas canções.
Conhecer em parte
julgar
pregos
vidros quebrados
arame farpado
Fico
com o silêncio
compreensão
perdão
tempo acolhe
me ensina
nem tudo é como imaginamos
mas será de acordo como escolhermos.
O Silêncio da Cidade
Quando essa chuva parar...
vou aí te visitar
vou aí dizer que te amo com
a barra da calça molhada
vou aí te avisar que esperei deitado o tempo acalmar, que
não estive em outras residências
vou aí te servir de cobertor contra o frio
vou aí levar seus doces prediletos
vou aí conversar sobre o clima
vou aí te fazer dançar
vou aí ouvir tuas lágrimas
vou aí planejar o amanhã (porque agora acredito no futuro)
vou aí saber como ficou tua solidão sem mim
vou aí para provar que a minha solidão não ficou bem sem ti
vou aí para esperar a próxima chuva
vou aí por gostar de estar aí
vou aí brincar com teu olhar água de rio
vou aí costurar algumas notícias em teu ouvido
vou aí na terceira intenção do desejo
vou aí porque me chama por aqui
vou aí até matar tua sede
vou aí até aliviar minha fome
vou aí sabendo do perigo
vou aí escrever mais uma carta em tua parede
vou aí para crer na tua fé
vou aí ouvir os sapos almejando mais chuva
vou aí sentir o gelo da tua mão
vou aí guardar o sol do teu abraço
vou aí provar de novo um dos teus beijos
vou aí pedindo tempestade
quando essa chuva parar, vou aí te visitar
como quem quer tudo do mundo!
porque o silêncio da cidade após uma chuva
é o que me faz querer te ter por perto.
...E chega a hora que voce cultiva o poder interno do silencio.
Sem forças nem controles.
Apenas a vontade de ser paz.
E nesses refúgios Deus me vista.
O anjo o observava em silêncio. Aproximou-se lentamente e o envolveu num abraço fraterno, sussurrando em seu ouvido:
– “Quem sou eu?”, tu perguntas, meu irmão! Sou o Arcanjo Gabriel,enviado do Reino Celestial para resgatar-te desta prisão terrena e libertar-te desta carcaça humana,
(Extraído do livro “O Anjo poeta.”)
Sobre uma bela manhã
O sol toca suavemente sobre a rocha
Cânticos de um silêncio natural
Flores em meio ao orvalho
E entre milhões de rosas tu és a minha
A mais bela de todas
E entre todas, como a música perfeita o coração
Meu Presente divino
Amo-te porque és minha Mãe!
Nos dias de silêncio.
O meu coração não tem voz.
A dor dos outros, são os meus olhos.
Que vê a profundidade da alma.
Os segundos passam.
Ficam as lembranças.
Na mente.
No corpo.
Elas só dizem que o tempo passou.
O resto é só saudade.
Triste das ondas, de uma voz calada.
Boca fechada.
Olhar ausente.
Hoje simplesmente.
Joguei o devaneio ao vento.
Num breve momento.
Sinto que a alma é livre.
Para toda a eternidade de uma vida vazia.
Murmurada ao vento.
Na sombra.
Cantada numa melodia triste.
Triste das ondas de uma voz calada.
Nos dias de silêncio, é só silêncio!