Poemas que falam do Silêncio
Se você não pode dar flores, não atire pedras...
Se você não sabe elogiar, não faça críticas...
Se você não tem nada para falar, fique em silêncio.
O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: “Se eu fosse você…” A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta”.
(em “Se Eu Fosse Você”, do livro ‘O Amor Que Ascende a Lua’. Campinas/SP: Papirus, 1999.)
Ode ao silêncio
Assobios, cantos embutidos entre folhas no vazio, silêncio da minha alma, cantigas que escorrem entre os dedos da minha palma ao coração, vivo, sinto. Tum-tum... Respiro, o vento me quer vivo, pois senão parava e não mais perturbava o silêncio da minha palma, que escreve sem parar... Minha alma grita, mas é tanto silêncio... Tum-tum... Estou vivo.
Trago no bolso uma grande vantagem
Inteligência é prata e o silêncio é ouro
E vale mais que qualquer nave na garagem
Bom Dia
Hoje é dia de profundo silêncio, respeito e muita oração. De espera, muita fé e esperança. Por amor a nós Ele morreu e é por esse amor que você vive.
Obrigada Senhor pelo seu imenso amor!
Sábado - 03/04/2021
Silêncio
Busco-te entre as constelações infinitas
Carrosséis de estrelas a rondarem a lua
Subtrai-me a calma a dolorosa ausência
Frias madrugadas clamam tua presença
Desfio nas contas dos desejos os sonhos
Preciso compor para ti ternas melodias
Nos varais estendo apaixonados versos
Busco o teu sol para desenhar sinfonias
Espreito nas nuvens as imaginárias flores
Acomodo-as nos jardins sob tuas janelas
Emolduro-as com o dourado das cortinas
Entrego-te nas manhãs doce primavera
Enveredo-me sedenta em tuas entranhas
Loucos sonhos imploram urgente viver
Mas, retenho os gritos, sufoco as lágrimas,
E na penumbra sorvo em silêncio esta dor...
O silêncio da madrugada é quebrado pelo barulho dos meus pensamentos.
Madrugada sombria e fria por que me causa tanto tormento?
Em meio a quietude e escuridão, devora meu pobre coração.
Noite
Mãe dos seres nefastos, rainha ornada com uma coroa pálida, você que acolhe almas carcomidas por um passado obscuro como o véu que você exala.
Somos nada mais que vultos mórbidos que se refugiam na melancólica penumbra; tentando se libertar desse ergástulo.
Somos seres que amam a desolação, o frio e o orvalho da chuva.
Noite fúnebre que nos faz refletir
Sobre esse caos que impera nesse mundo abastardo de ignorantes.
Por isso que amamos a solidão, o silêncio e os mórbidos rangidos agourentos das árvores tristes sob a luz moribunda da lua.
Desaba(feio)
É por não querer ser refém de nenhuma palavra que me livro delas. Assim não posso ser considerado negligente nem tão pouco um ser centrado, bitolado ao silêncio ou fadado a meias palavras. Eu nem preciso ser ouvido, nem lido, nem interpretado... Vou falar, vou escrever e vou blefar. Sim, vou blefar. Quero minha privacidade explicita, quero ser espalhafatoso discreto. Mas não posso me negar ao grito, ao sussurro e as letras. Mesmo que não consiga dizer nada. Mesmo que nada que eu escreva tenha clareza. Quantas músicas não possuem rimas? Quantos poemas não estão sob a organização rigorosa da métrica? Quantas pinturas são abstratas? Deixo que elas surjam em minha mente. Que venham de uma experiência de vida, que venham de uma mancada, que venham da interpretação tirada de uma música, que venham do meu olhar ao céu e claridade do dia ou que venham do escuro da noite. Que venham do nada. Mas que venham... Que não me faltem palavras para musicar, para falar ou simplesmente para calar. Elas nunca estarão presas a mim.
Silêncio
Silêncio...
que retumba em cada poro,
em cada gesto, em cada olhar,
que fere e pode matar,
que diz muito sem nada falar...
Silêncio...
eterno, que faz a alma penar,
que mente sem pensar,
insano, sempre a gritar...
Silêncio...
que cala, a esperar,
perseguindo, sem parar,
capturando, para aprisionar...
Silêncio...
que acompanha quem deixou de amar...
e ouve o coração chorar,
que lamenta, sem perdoar...
a oprimir, a torturar, a castigar...
Silêncio...
Guardo
Guardo bem quieto em meu peito,
o amor que por ti tenho.
Guardo-o dentro de um coração
triste, calado.
Faço do meu silêncio o meu
sincero confidente.
Sabe ele a realidade, desse querer
que sinto.
Junto a mim ele viaja a tantas
paragens distintas.
Finge que é alegre, tenta de várias
maneiras aconselhar-me,dizendo:
- Conta um pouco desse amor,
de há muito em teu peito guardado.
Eu faço que não o ouço.
Não vejo para esse amor perspectivas,
de que seja aceito.
Para não mais padecer, deixemo-lo
guardado onde está, que permaneça
desse jeito.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
SILÊNCIO
Vagueio como um pedinte pelas ruas ermas e orvalhadas
nada escuto além do sussurro do vento, apenas meus pensamentos sombrios...
As trevas e a névoa engolfam todos os lugares ao meu redor com um manto deprimente...
É naquela hora gélida e lúgubre, provida de um silêncio fúnebre...
Eu me sinto totalmente em paz... ignorando meus medos sepulcrais...
E nada mais escuto a não ser o vento; mórbido e agourento.
Me sinto tão bem, mesmo naquela melancólica calada noite...
Me pergunto porque amo o ermo e o frio do inverno... assim como a noite...
Mas o silêncio é a única resposta que ouço...
Precisamos do silêncio para entender
que não trilharemos sempre o caminho certo.
Porque, às vezes é preciso errar para
aprender a valorizar o que nos ensina
a viagem chamada "Vida".
Porque esse silêncio?
Não percebe que isso me faz sofrer?
Seu silêncio incomoda minha alma, e machuca meu coração.
Sou do tempo...
Que se beijava as mãos dos pais,
Avós, madrinha e padrinho pedindo a benção.
Sou do tempo...
Que tarefa dada era tarefa cumprida.
Sou do tempo...
Que acordava cedo para ir a igreja rezar.
Sou do tempo...
Que o lar era o local respeitoso e harmonioso.
Sou do tempo...
Que se rezava na ceia.
Sou do tempo...
Que se respeitava uma mesa farta,
Onde não existiam sobras, porque a comida era sagrada,
(a dedicação da mãe em prepará-la; não se podia jogar o amor fora e nem chamar de restos o alimento).
Sou do tempo...
Que se respeitava o ser humano, os idosos acima de tudo, que chamávamos de pessoas mais experientes.
Sou do tempo...
Das travessuras, das surras; isso não deixa ninguém revoltado, simplesmente era punido e pedia perdão.
Hoje o tempo meu ultrapassou e nem sei mais quem sou!
Deixa eu te contar uma coisa,você também machuca o outro quando ele espera de ti a resposta e sente o frio do seu silêncio.
Também é falta de respeito dizer que está envolvido emocionalmente mas não respeita o outro tendo a consideração de dar e ele o apelo ou o pedido.
O silêncio machuca por que vem seguido de uma indiferença calada.
Velar o emocional do outro é uma daquelas obrigações que fazemos "por" e com prazer... Entende?
Não faça o outro se sujeitar a ti por que você sabe que é a dose que machuca mas também a que chega e traz cura.
Isso é cruel.
Ninguém merece isso.
Isso é tratar o outro com desrespeito,não importa se você acredita que não. A verdade é essa! Por que a verdade é uma só,quando você se importa você se importa. Entende? Não há mais palavras a adicionar ou complementar é apenas isso.
Escuto a voz, o princípio vital no fluxo de representações prementes, uma via privilegiada para o conhecimento.
Sinto o silêncio, o precípuo perceber rescaldado da alma, a limiar aproximação entre o estar só e a entrega ao livre fluxo das associações.
Chego a conclusão: É... estar só se constitui um fenômeno altamente sofisticado e trabalhoso, estar só e o estar em silêncio assumem diferenças significativas; estar sozinho não necessariamente reflete estar em silêncio, e estar em silencio, não obrigatoriamente significa estar sozinho.
A Fase Pós-Guerra: A Fase Pós Você.
Ontem à noite, após retornar para casa, eu senti que começou o que eu chamei de "Fase Pós-Você". Seria, para mim, o equivalente ao que já conhecemos como Fase Pós-Guerra.
Entrei no meu quarto e comecei a perceber quanta coisa eu deixei para trás durante o duro e doloroso período de "guerra" que enfrentei. Tanta dor e sofrimento... Batalhas difíceis... Eu quase morri e isso quase aconteceu mesmo. Eu já poderia ter partido, mas fui forte para não desistir de viver. Claro que ele não foi o único motivo que me deu vontade de tirar a minha própria vida. Agora eu vou tentar conseguir forças para reconstruir tudo o que a "guerra" destruiu. Tentar levar uma vida normal, que já não era muito normal, convenhamos. Já era ruim, mas com você ela se tornou pior.
Mas, com o tempo, e não demora muito, as lembranças dessa "guerra" que tanto me causaram dor vão começar a sumir aos poucos. Elas já começam a ir embora. Eu já consigo enxergar isso. Agora inicia-se a esperança de novos tempos de paz na minha vida. Prefiro que seja de silêncio e de paz. Sem mais os horrores da "guerra". Amor e paixão são componentes de guerra. Se for assim, eu não quero mais.