Poemas que Falam de Verdade
Por favor não quero que me apedreja por dizer o que penso; melhor ser realista do que iludir quem quer se seja.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
Me dei ao luxo de ser,
Não parecer, para ser verdade!
Descobri que sou creatividade
Fluxo em atividade, sem saber
Que dificuldade é permanecer!
PRESENTE ESPERANÇA
Então vamos exercer
a nossa Democracia !
Nas areias do poder
nossa sorte escrever
De novo pagar pra ver...
Mostrarão sua presença
o sabido e o simplório
o feliz e o merencório
Independente da crença
vez que o voto é obrigatório
Então vamos dar demão
à nossa Cidadania !
Por direito e imposição
chancelar com precisão
esperança e comunhão
Firmarei pela vitória
antes das cinco da tarte
resoluto e sem alarde
minha parte nessa história
tão carente de verdade
Aprendendo com o passado...
É, não seria pedir muito!
Vir a ter bom sono... fiar no poder do bem
Acordar sem ver minha gente aos lamentos
Andando sem rumo, como gado a pastar
Que fosse curricular a história da humanidade
Aprender sobre reis, faraós, ditadores e heróis
Entender os diferentes regimes de governos
Monarquia, ditadura e democracia
Não mais prantear tenebrosos ocorridos
Nutrir amor próprio e pelos iguais
Saber que profundas feridas se curam
Que traumas, são sequelas inevitáveis
Fazer do passar dos dias, tempo de bem viver
Ter fé que a humanidade ainda se dará conta
Que nela, milhões de pessoas não se anularam
E deram suas vidas por um e por todos nós
Morreram sós e às centenas
Sem abandonar um sonho
Sem deixar de lado a coragem
Que tantos, por medo, a negaram
A democracia não é nenhum achado
A monarquia, nada decide, não tem voz
A ditadura, governa com punho de ferro
Dá vida ao terror que abraça uma nação
É, não é pedir muito!
Ter direito ao respeito
Saber que mais vale amar
Ter um lar, trabalho e poder sonhar
A Verdade é única e absoluta!
O ser humano pode ser único, mas nunca será absoluto!
Acredito que, dentre outras coisas, viver resume-se em administrar diferenças e estabelecer limites: Quem sempre impera sua razão, pode até ganhar o pleito mas ao fim, festejará sozinho!
A questão é: vale a pena?
Se não está dando certo, mude de personagem!
Que tal vestir-se de si próprio? Só assim pra saber quem você é, o valor que tem e quantos realmente o amam.
Desafiador!!!
Comece por se perguntar quem você seria, sem selfies, festas, ornamentos, fantasias, diplomas, reconhecimento, curtidas e elogios!
Aliás, quem te elogia, o faz pelo que você expõe, pelo que você tem ou pelo que você é?
Crise existencial? Jamais. Chamo isso de ponto de equilíbrio!
Nos comportamos como juízes de tudo e só nos colocamos no lugar da vítima, quando esta somos nós!
Egoísmo? Não sei... porém vez ou outra nos achamos o centro do universo!
Seria tão bom nos permitir conhecer as pessoas e entender sua história! Perceber que cada cicatriz tem um nome, uma data, uma profundidade e um ensinamento diferente!
Se me adjetivo com defeitos, porque haveria de me exclamar com surpresas?
Se meu artigo é definido, que os indefinidos não me defraudem!
Interrogar-me-ei pois na certeza do encontro, do ponto... de partida!
Pois mesmo bem conjugado, meu futuro pode ser tudo, pode ser nada. Pode ser do passado, pode ser do presente, pode ser imperfeito... pode até me ser tirado!
Ama em segredo.
Não confie a fonte do teu sorriso ao inimigo.
O amor não tem culpa de tuas extravagâncias!
Há que se respeitar o tempo das coisas!
A natureza tem tudo sublimemente organizada, e observa-la, senti-la, fazer sua leitura, é preciso!
Afinal, somos parte dessa natureza! E o tempo é só uma questão de contemplação sinergica de tudo o que nos cerca.
Já tive pressa... e caí. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: no mesmo ponto de queda, com a opção de fazer diferente!
Já fui paciente... e perdi. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: olhando pra perda e abraçando a opção de agir diferente!
Primavera, outono, inverno, verão.
Dia, noite, madrugada.
Chuva, sol, vento, frio, calor.
A natureza é o que é e não vai mudar...
Enquanto isso dentro desse ecossistema privado que temos, chamado CORPO, qual o clima? Qual a temperatura? Qual a velocidade das coisas?
Entenda que seus conhecimentos acadêmicos, sociais, empíricos ou observatórios, não se limitam apenas a área específica do aprendizado, eles devem ser aplicados a tudo na sua vida!
Sua natureza é mutável... a natureza é soberana.
Adeque-se a ela e o tempo será seu melhor amigo.
Desafie-a e condene-se ao descontentamento.
Exercite o respeito ao tempo das coisas!
Quem se ofende pela expectativa criada é como o paciente que se envenena pela overdose de remédios.
Sua ansiedade jamais alterará as leis da física!
Seu amor jamais alterará a frieza das coisas!
Sua dor é intransferível!
Seu mundo.
Nos tornamos num produto e fizemos de nossa vida uma vitrine, onde nos agrada a apreciação alheia, mas nos apavora uma possível posse!
Tudo é comum: O de todos é meu, mas o meu não pertence a ninguém.
E me ofende o óbvio dos absurdos que eu mesmo falei, na boca de terceiros!.. porque minha liberdade é sagrada em detrimento da liberdade alheia!
E, curiosamente, sou parte dessa loucura toda!
Preciso reciclar-me, antes de perder-me e ser só mais um na multidão!
Emprego, trabalho, serviço... me nego a "rótulos" ou condições que me escravizem.
Sou forjado na inspiração diária que me motiva a amar a obra das minha mãos e no reconhecimento de que nada faço sozinho!
Todo dia, uma nova história!
Sou daquele tipo de cara que acredita!
Vou acreditar até a morte que os melhores dias da minha vida estão por vir.
Vou acreditar que há muito amor verdadeiro resistindo por aí.
Apesar das fofocas, das mentiras, das invejas, das invenções de mentes criativas e más... eu vou sempre ACREDITAR EM MIM.
Porque só Deus e eu sabemos das lágrimas derramadas, das dores sentidas, das perdas e dos lutos vividos.
Só Deus e eu sabemos das cicatrizes ocultas nesse emaranhado de sorrisos frouxos e livres que oferto todos os dias!
Por isso escolhi não me defender e deixar partir a todos que assim quiseram, por não quererem ouvir, por me medirem segundo seus conceitos ou rasuras, ou simplesmente porque assim tinha que ser.
A poesia nasce do vácuo, do limbo, do deserto... do momento de oxigenação das experiências, e assim vou escrevendo.
Porque acredito! Acredito na eternidade da luz, no caminho do vento, na sinceridade da dor, na mentira da imaginação. Acredito no último suspiro.
Queria acreditar mais, todavia sou pequeno face ao que penso e vivo!
E isso me faz eterno e suavemente feliz.
Esse acreditar a mim pertence. É meu... sem financiamento alheio ou dependência. Sem hipocrisia!
E quando eu morrer... não duvide...
Vou acreditar que o jazigo ainda não é o fim.
Pois a crença do acreditar não morre na morte de quem vive sem a culpa de ter sido apenas o que nasceu pra ser: H.U.M.A.N.O.
Tantos padrões.
Tantos conceitos e convenções.
E mesmo assim, nada faz sentido se tua verdade não te faz feliz.
MAR DE EMOÇÕES – O medo
Tire as sandálias dos pés, ponha-os na areia e caminhe lentamente em direção as águas, atentando ao leve vento que toca tua pele e acaricia teus cabelos.
Respire o cheio do mar... o mar!
Sabe, o mar nunca vem só, ele é um conjunto de coisas!
O mar é a única coisa no mundo que reflete com exatidão o sorriso do céu e colhe com amplitude as lágrimas das nuvens.
O mar é o espelho de Deus! Mar é poesia!
... não te atenhas, segue andando...
Logo estarás à beira da praia e as ondas saudar-te-ão.
Então molharás teus pés... e o frescor da água do mar já não te será estranho.
... enfim...
Logo estarás nele envolvida, mergulhando, abraçando-o incansavelmente ... sereis um só!
Porque o mar é um conjunto de coisas...
E ele jamais será mar, se uma dessas coisas, não for VOCÊ!
Abrirei portas
Cruzarei fronteiras
Atravessarei desertos
Subirei montanhas.
Me perderei na ida
Me acharei na volta
Viajarei...
Mas se porventura não voltar
Onde quer que esteja
Ali será meu lugar.
O lugar onde jaz minha história
Meu caminho, meu livro, meu lar.
E tu serás convidado a entrar
Para se perder e se achar...
Lá nos encontraremos
E jamais haverá fim, pois
Somos os leitores da vida que alguém escreveu!
independente das dores
seguimos sendo atores
nesse teatro de ilusões
em busca de verdadeiros amores
quem me dera se pelo menos hoje
eu tivesse a certeza
de algo real igual a tristeza
ou o efeito entorpecente da cerveja
eu e tu
nu e cru
seres autênticos e originais
vivendo na selva
iguais animais
aí vem uma pergunta na minha mente
será que realmente esse lugar nos pertence?
já nem sei mais
e já é meio tarde pra voltar atrás
me vejo em delírios frequentes
neurônios fritando em frequências diferentes
da gente que se diz normal
mas me diz aí
o que é normal?
eu realmente não sei
afinal, isso é real?
esse livro a gente começa a escrever
já sabendo do final
Ao vento, foram as palavras.
Ao léu, o mesmo sentido:
Nem uma brisa de amor;
Nenhuma atitude à favor.
Uma capa de verdade,
Conteúdo vazio.
Não há arrependimento,
mas tudo foi uma droga.
Quase o meu vício.