Poemas que falam de Mulher e Mãe Guerreira
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Por ela nós: odiamos a Deus, falamos seu nome em vão, desonramos pai e mãe, matamos, roubamos, levantamos falso testemunho, cobiçamos o que os outros têm.
Fazemos tudo para conquistar nosso ego pelo olhar do outro. E para alcançarmos essa conquista vivemos nos iludindo como se fosse verdade.
VONTADE DE MINHA MÃE
Hoje amanheci com vontade de mãe. É, amanheci, feito pão esquecido no cesto da noite para o dia, um murcho, outro seco, sem saber o que seria feito deles.
Amanheci assim, precisando tomar meus remédios, mas sem ter que tomar a iniciativa. Querendo alguém que me lembrasse, aqui estão seu remédios, não se esqueça. Ou então, apenas um - dormiu bem?
Coloquei-me em pé e segui em direção à cozinha como faço todas as manhãs.
Ao atravessar a sala de jantar, me aproximei de um pote de cerâmica, colocado no aparador, diria até, estrategicamente, herança que trouxe lá da “nossa” casa, quando tudo foi dividido, por ocasião da morte de meu pai.
Parei e com as mãos em concha, deslisei-as em todo o seu contorno, como se dentro dele estivesse todas as lembranças concretas, desde o dia em que juntas, mamãe e eu, compramos aquela peça.
Na época era cara, de bom artesanato. Ela gostou tanto e eu também. Isso foi há muitos anos, nem sei quantos.
- Ah leva mãe, não precisa dizer ao pai quanto custou!
Voltamos rindo do feito, com todo cuidado para que não quebrasse e sobrevivesse aos sacolejos do ônibus, na sua volta, mais de quatrocentos quilômetros longe daqui.
Respirei fundo para afastar a lembrança, a vontade de mãe, e entrei na cozinha.
Fui logo passar um café. Adoro café de manhã. Acho o meu café muito bom. Só que eu queria que ela estivesse ali para experimentá-lo e dizer que meu café estava “sehr gut”.
- Nossa, filha, você aprendeu a fazer um café sehr gut!
Levantei a xícara acima de meus olhos e ocultamente ofereci a ela. Então, desci a xícara devagarinho, como num ritual sagrado e quando senti aquele cheiro quente bem próximo às minhas narinas, sorvi gole a gole em silêncio.
Nunca uma xícara de café me pareceu conter tanta vontade de mãe...
melanialudwig - 21/08/19
Hoje mostrei a minha mãe um perfil no Instagram. São diversas fotos de um jovem que aparece com frequência mostrando seu corpo nú, claro, imagens censuradas. O comentário de minha mãe foi o mesmo que provavelmente muitas e muitas pessoas de sua época fariam e fazem: “- é para se aparecer?” Imediatamente respondi que não e que a pessoa é artista.
Entendo minha mãe pensar dessa maneira, afinal, ela foi criada em outro tempo e acabou de dar partida em sua vida digital, ou seja, acabou de mergulhar em um mar onde as pessoas diferentes podem ser elas mesmas por através de todos os muros de preconceitos, ainda lhe custará um par de anos até que entenda que o mundo evoluiu. Por isso, não julguem a ela nem aos que ainda não entendem nosso progresso. É uma questão de tempo.
No momento que falei a ela que a pessoa das fotos é artista, também lhe disse: quando é uma modelo na playboy, não tem problema? E se fosse o ensaio sensual de uma bela mulher? Essas seriam aceitáveis?
Minha mãe parou para pensar, não me respondeu, mas percebi que se pôs a mudar de opinião.
Nem tudo é preconceito, às vezes é só desinformação e desatualização.
Somos cristãs e isso não anula o respeito que tenho por qualquer ser humano, independente de sua profissão, cor, sexualidade, religião ou estilo de vida. Aliás, não deveríamos ter que militar em favor das pessoas por elas serem diferentes de nós, a evolução mental deveria ser natural, já que não é, vamos mostrar EM AMOR a quem ainda não entendeu que ser diferente é bom.
Ah! O perfil que mostrei a minha mãe é do @jupi77er
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
E agora ?
Assim perguntava a menina para a sua mãe. Isso era rotina, a qualquer problema ou dúvida, ela corria para a saia da progenitora, pedindo ajuda, mesmo que fosse apenas um sorriso de aquiescência ou pela graça do fato. Nem sempre obtinha respostas, mas tentava, sem saber que a cansada mãe não sabia tudo. Cresceu e aprendeu muita coisa por conta própria, experiências boas e ruins a fizeram entende melhor a vida. Este é o caminho - abrir as asas e voar sozinha - enfrentando tombos e sequelas, mas tendo o porto seguro na hora do pouso: o colo da mãe.
Saudade da minha que foi embora há pouco tempo, está em paz e sei que se eu tiver tropeços, ela ainda tem um sorriso maroto como a dizer: filha, bem que avisei...
Direitos reservados
Hoje
4 anos de mãe e filha apartadas
Para sempre, aquela despedida
Que nos tira meio
De atenção, carinho discussão, tato, cheiro
A pior dor do mundo
Que não tem consolo
Que a gente até se distrai
Frases feitas, reais
Dizendo que viveu bem a vida partindo aos 84
Mas a verdade
É que deveria ser vitalícia
Injusta partida
Que pune, fulmina
Dor seca
Lacrimejos
Tenho um olho que chora,
Sensível demais no lacrimejar
Desde pequena, minha mãe disse
Que esse olho se põe a chorar.
Tenho um oceano dentro dele
Barulho, uma onda, o sopro do mar
Tem mais do que eu poderia descrever
Tem mais do que eu poderia declamar
Tem devaneio e tem lapso
Tem um brilho apaixonado
Tem esperança ao pôr-se o sol
Trago lembranças e outras,
Quem mais poderia entender
O olho que chora mais do que vê.
Mãe, eu sei que as coisas tão mudando
Nosso dinheiro multiplicando
Fiz em uma semana o que a gente não tinha em anos
Eu saí da lama derrapando
Porque dar à luz é diferente de ser mãe
Criança precisa de limite, atenção, amor e cuidado e não ter todos os seus desejos e caprichos satisfeitos, assim que fecham a boca. Ser pai e mãe, definitivamente não é fácil. Educar uma criança é uma das tarefas mais difíceis que existem, por isso os pais são tão permissivos. Dá trabalho ensinar, às vezes, é dolorido dizer não, manter a postura perante o não dito dá trabalho e, sobretudo, dar exemplos dá muito trabalho, mas não conheço forma mais rápida e eficaz de se educar uma criança que o exemplo. As crianças má educadas e sem limites não têm culpa por serem assim, a culpa é de seus pais desregrados e sem nenhum compromisso com os princípios e valores que devem nortear a educação de uma criança. Dar à luz todas as mulheres dão, é um ato quase instintivo de preservação da espécie, ser mãe já é outra história e nem todas conseguem fazer jus a esse título tão nobre por diversas condições e motivos. As que enfrentam todas as dificuldades e conseguem ser uma boa mãe têm o meu apreço e respeito. Tenho enorme admiração por essa espécie tão rara que também me parece estar em vias de extinção: Mãe!
O meu primeiro salário, assim como muitos eu entreguei nas mãos da minha mãe, isso porque na sétima série eu precisei parar de estudar para ajudar minha mãe, inclusive nós conseguimos o meu emprego juntos, ela foi comigo no primeiro dia.
Muito tempo depois, bem mais velho, quando noivei e comecei a planejar a minha vida fora de casa, que parei de ajudar, a pior fase já tinha passado e ela estava estabilizada.
Continuei ajudando até o fim, mas sou grato a ela por ter me ensinado o valor das coisas e dos meus esforços, o dinheiro meu amigo é combustível importante, mas não tanto quando perseverança.
M'ais!
Maaaaiiissss....
Uma mãe preta invisível
Lacrimessangra sobre
O corpo visível de seu filho morto
Sujo coração foi achado
Por mais uma bala perdida
Em mais uma periferia de
Salvador Bahia.
Poluição humana…
Vamos tentar limpar, a Mãe de nós;
Agora que a vimos, limpa a ficar;
Devido a nosso poluir, parar;
Pela a nós vinda, de um vírus; atroz!
Vamos diminuir o poluir;
Que a tanto ser, em tal anda a matar;
Como a pureza, que ela tem pra dar;
Caso o seu chorar, possamos ouvir.
Que bom será, máscaras dispensarmos;
Como as tais que agora todos usamos;
Por termos medo até: do respirar!...
Por nossa Mãe tanto contaminarmos;
No pormos nela, um sujar, que abusamos;
Por pormos nela, um tanto conspurcar.
Com esperança;
Lembra mãe?
Daquele tempo gostoso que não volta,
entre eu e a senhora,
Você era minha heroína, eu só não sabia disso ainda.
Me mandava no mercado na hora do desenho e eu ficava chateado botando sua cabeça a prêmio,
Me mandava estudar praticar ortográfia e eu mal sabia que usaria isto um dia.
Lembra pai?
Daquele tempo gostoso que não volta,
Entre eu e o senhor,
Eu sei que a gente brigava, mas no fundo eu só te admirava.
Quando eu fazia algo errado você tinha que punir,
Da sua cinta da justiça eu tinha que fugir,
Você trabalhava muito pra nossa família sustentar e eu moleque idiota só pensava em aprontar.
Eu lembro,
Daquele tempo gostoso que não volta,
Só estou cantando está canção porque minha mãe me ensinou escrever com o coração,
Só queria poder ir no mercado e ter minha mãe do meu lado,
Ou meu pai me ensinando uma dura lição onde eu não choraria de dor,
mas sim de emoção.
Parece que só durou um segundo, mas eu sei que tive os melhores pais do mundo.
Mãe....
Este dia é sempre um dia triste, não consigo pensar na senhora sem sentir uma vontade incontrolável de derreter-me em lágrimas.
É um misto de sentimentos que invadem o meu ser e estremece até minh'alma.
Uma sensação de vazio sufocante e transbordante como se fosse uma bolha que se auto alimenta da dor de não tê-la comigo.
Um sentimento que carrega em si 30 e poucos anos de lutas e desafios, dores, amores e cafunés.
Uma vida todinha que teve o tamanho de um bebê se comparado a minha necessidade de viver com a senhora.
Ninguém é capaz de saber ou entender o que sinto neste dia, sorrisos falsos, peito apertado, minha vontade era ir ter com a senhora um dia que fosse so pra sentir seu cheiro e receber um dia da sua alegria que contagiava a todos, mas infelizmente Deus precisava da senhora com ele, esse mundo não te merecia.
Mas onde a senhora estiver que tenha um dia maravilhoso, que Jesus lhe abrace e que ao menos meu amor chegue a senhora como uma brisa leve no seu rosto, e que a senhora saiba que foi eu que lhe enviei quando derramei está lágrima.
Te amo mãe um dia matarei está saudade se eu conseguir a honra de ir para o lugar que a senhora está.
Seus netos lhe amam também!
Eu sofri como um adolescente que se encontra sem o pai e mãe mas eu tive mãe sabe? Mas eu fui órfã de carinho.
Mais é como se eu olhasse no espelho e enxergasse somente a mim eu estive sozinha mesmo com alguém do lado,
Eu quis morrer, eu tentei morrer
Mas porque me cortar
Se o mais importante tinha morrido dentro de mim? Os meus sentimentos.
Eu cresci acreditando que a vida era como nos filmes, quando a mãe escuta a filha e apoia ela
Mas a minha mãe quando me escutava me apunhalada era um tiro nas minhas costas.
Talvez fosse o vício dela na bebida
Talvez não me amasse como ela dizia
Gravidez indesejada eu não desejei viver
Mãe!
Eu só queria ter a sorte de ser forte
Não crescer com traumas do passado
Eu não escolhi relembrar
Mas os problemas são como uma caixinha de surpresa não tem tempo para vir.
À minha mãe mais querida
Queria Deus levar - te como levou,
para ensinar ao mundo sua razão
de mãe que de tudo quis abrir mão
e sua razão de ser se proclamou...
Mamãe querida fostes misericordiosa
porque tinha piedade em seu coração...
Foste sempre a minha mãe bondosa
que sempre tinha- me em sua emoção...
No seus abraços sempre bem acolhida
Óh! Minha mãe amada e querida
Estas tu com Deus no assento etéreo
Como Jesus guarda nele seu mistério...
Pois, a cada um Deus deu uma cruz
e na sua sei que estava Jesus,
pois em seu padecer soam rumores
e de Jesus Cristo os seus clamores...
Tão inverossímil é a opinião alheia
tanto quanto ao julgamento em vão,
pois de Jesus Cristo fizeram miséria
e hoje Ele é o nosso maior guardião!
Maria Lu T. S. Nishimura
MÃE
Mãe, és o nosso Astro maior,
A Nossa Estrela de primeira grandeza.
Nós, seus satélites.
Seguimos nossas órbitas,
Ora mais longe, ora mais perto,
Mais sempre no seu entorno.
Hoje, somos Lua,
Que se enche para homenagear e agradecer,
toda luz que recebemos por acréscimo.
Gratidão...
Esposa é Esposa
Mãe é Mãe
E centro de reabilitação é centro de reabilitação.
Não confunda as coisas!!!
A bagunça começa quando queremos assumir papéis ao qual não fomos destinados.
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