Poemas que falam de Mulher e Mãe Guerreira

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O ser humano é estranho.
Briga com os vivos e leva flores para os mortos.
Lança os vivos na sarjeta e pede um “bom lugar para os mortos”.
Se afasta dos vivos e se agarra desesperados quando estes morrem.
Fica anos sem conversar com um vivo e se desculpa, faz homenagens, quando este morre.
Não tem tempo para visitar o vivo, mas tem o dia todo para ir ao velório do morto.
Critica, fala mal, ofende o vivo, mas o santifica quando este morre.
Não liga, não abraça, não se importa com os vivos, mas se autoflagela quando estes morrem…
Aos olhos cegos do homem, o valor do ser humano está na sua morte, e não na sua vida.
É bom repensarmos isto enquanto estamos vivos!

Bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães",
Se os filhos acordassem sensíveis a uma tamanha gratidão,
Se os corações de todos fossem presenteáveis,
Se o amor por todas elas fosse coberto de obediência, respeito, carinho e cuidados.

Ah, bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães", se os filhos ouvissem seus conselhos como ouve o melhor amigo, se eles a tratassem realmente todos os dias como uma joia de grande valor, e pensassem bem antes de lhe responder indevidamente.

Bom seria se todos os dias fossem o "Dia das Mães", e os filhos não as abandonassem depois que crescessem ou constituíssem suas próprias famílias, nem as rejeitassem pelas consequências da idade que o tempo traz.

Bom seria, sim, se todos os dias fossem o "Dia das Mães", e a gente pudesse florir a vida dela como florimos hoje, e dizer a cada amanhecer sem ser preciso tantas festas aparentes... "Mãe, eu amo você"... Bom seria... Se todos os dias fosse mesmo o Dia das Mães.

A pobreza e a esperança são mãe e filha. Ao se entreter com a filha, esquece-se da mãe.

E tal, balbuciando, ama e obedece / à sua mãe, mas, quando adulto, / deseja vê-la enterrada.

Ser mãe não é uma profissão; não é nem mesmo um dever: é apenas um direito entre tantos outros.

Uma boa mãe dá ao enteado um pedaço de bolo igual ao que dá ao próprio filho, mas fá-lo de maneira diferente.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

E você, sozinho e pensativo em sua dor, buscará sua mãe e esconderá seu rosto nesses braços; no seio que nunca muda encontrará descanso.

Um filho pergunta à mãe:
- Mãe, posso ir ao hospital ver meu
amigo? Ele está doente!
- Claro! Mas o que ele tem?
O filho, com a cabeça baixa, diz:
- Tumor no cérebro.
A mãe, furiosa, diz:
- E você quer ir lá para quê? Vê-lo morrer?
O filho lhe dá as costas e vai...
Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo:
- Ai mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!
A mãe, com raiva:
- E agora? Tá feliz? Valeu a pena ter visto aquela cena?
Uma última lágrima cai de seus olhos e acompanhado de um sorriso, ele diz:
- Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer:
- "EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ VINHA!"
** Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, alegria e festa... **

AMOR ETERNO

Mãe e filha estavam caminhando pela praia.
Num certo ponto, a menina perguntou:
- Como se faz para manter um amor?
A mãe olhou para a filha e respondeu:
- Pegue um pouco de areia e feche a mão com força...
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia coma mão, com mais velocidade a areia escapava.
- Mamãe, mas assim a areia cai!
- Eu sei, agora abra completamente a mão...
A menina obedeceu mas veio um vento forte e levou consigo a areia que restava em sua mão.
- Assim também não consigo mantê-la em minha mão!
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
- Agora pegue outra vez um pouco de areia e deixe-a na mão semi-aberta como se fosse uma colher... bastante fechada para protegê-la e bastante aberta para lhe dar liberdade.
A menina experimenta e vê que a areia não escapa da mão e está protegida do vento.
- É assim que se faz durar um amor.

De mãe!
Certa vez perguntaram a uma mãe qual era seu filho preferido, aquele que ela mais amava. E ela deixou entrever um sorriso e respondeu:
"Nada é mais volúvel que um coração de mãe". E, como mãe, lhe respondeu: o filho predileto, aquele a quem me dedico de corpo e alma é...
O meu filho doente, até que sare
O que partiu, até que volte
O que está cansado, até que descanse
O que está com fome, até que se alimente
O que está com sede, até que beba
O que está estudando, até que aprenda
O que está nu, até que se vista
O que não trabalha, até que se empregue
O que namora, até que se case
O que casa, até que conviva
O que é pai, até que os crie
O que prometeu, até que cumpra
O que chora, até que cale
E já com o semblante bem distante daquele sorriso completou:
O que me deixou, até que o reencontre.

Parabéns pelo seu dia!

Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É leva-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina.

Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores.

Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: ‘e se tivesse sido meu filho?’

Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho. É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas.

Ser mãe é ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro.

É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar.

Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento.

Ser mãe é estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.

Mãe: a palavra mais bela pronunciada pelo ser humano.

Mãe carinhosa e dengosa
Mãe amiga, mãe irmã
Mãe de todos nós, mãe das mães
Mãe dos filhos
Mãe-pai: duas vezes mãe
Mãe lutadora e companheira
Mãe educadora, mãe mestra
Mãe analfabeta, sábia mãe
Mãe do silêncio, mãe comunicação
Mãe dos doentes e dos sãos
Mãe de quem magoou e de quem perdoou
Mãe rica, mãe pobre
Mãe dos que já foram, mãe dos que ficaram
Mãe dos guerreiros e dos guerreados
Mãe que sorri, mãe que chora
Mãe que abraça e afaga
Mãe presente, mãe ausente
Mãe do sagrado, mãe da luz
Mãe de Jesus e mãe nossa.
MÃE, simplesmente MÃE!

Minha Mãe

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Tenho medo da vida, minha mãe.
Canta a doce cantiga que cantavas
Quando eu corria doido ao teu regaço
Com medo dos fantasmas do telhado.
Nina o meu sono cheio de inquietude
Batendo de levinho no meu braço
Que estou com muito medo, minha mãe.
Repousa a luz amiga dos teus olhos
Nos meus olhos sem luz e sem repouso
Dize à dor que me espera eternamente
Para ir embora. Expulsa a angústia imensa
Do meu ser que não quer e que não pode
Dá-me um beijo na fronte dolorida
Que ela arde de febre, minha mãe.

Aninha-me em teu colo como outrora
Dize-me bem baixo assim: - Filho, não temas
Dorme em sossego, que tua mãe não dorme.
Dorme. Os que de há muito te esperavam
Cansados já se foram para longe.
Perto de ti está tua mãezinha
Teu irmão, que o estudo adormeceu
Tuas irmãs pisando de levinho
Para não despertar o sono teu.
Dorme, meu filho, dorme no meu peito
Sonha a felicidade. Velo eu.

Minha mãe, minha mãe, eu tenho medo
Me apavora a renúncia. Dize que eu fique
Dize que eu parta, ó mãe, para a saudade.
Afugenta este espaço que me prende
Afugenta o infinito que me chama
Que eu estou com muito medo, minha mãe.

Vinicius de Moraes
Querido poeta: correspondência de Vinicius de Moraes

Aula de piano

Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:

Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar

Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré

Vinicius de Moraes
Álbum "A arca de noé"

Nota: Música composta por Vinicius de Moraes e Toquinho

...Mais

Sou...

A menina mulher...
A decidida mais indecisa...
A mãe que quer colo...
A lutadora que nem sempre ganha...
A otimista que se frustra...
A que vive a vida com alegria, mesmo nas horas difíceis...
A que às vezes sente raiva, mas, “por sorte” minha e dos outros, são momentâneas...
A psicóloga que às vezes precisa de terapeuta...
A que ri alto e chora baixinho...
A mansinha que ataca de fera...
A louquinha mais cabeça...
A que gosta de Elvis à Beethoven...
A chorona durona...
A que procura um lado positivo, mesmo nas piores situações...
A que aprende errando...
A extrovertida que adora fazer amizades...
A ouvinte, tagarela...
A teimosa, obediente...
A que ama a Deus incondicionalmente.

As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.

Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.

Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.

Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza.

Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.

Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida.

Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano.

Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.

Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza, e admiram a dádiva que é ser mulher!

Ser mãe...
A mais divina das dádivas que uma mulher
poderia receber do ser supremo.
Somos tão frágeis! Mas, ao mesmo tempo, tão fortes!
Somos capazes de fazer qualquer coisa
para defender nossas crias.
Sofremos por eles e sorrimos ao vê-los sorrir.
Mãe, palavra tão pequena, mas
com um significado tão grande.
Parabéns a todas as mamães
Parabéns a todas, mesmo que as suas mães
não estejam presentes fisicamente,
como a minha não está mais.
O que mais conta é a presença que fica
em nossos corações.

Sou tudo que preciso ser
Sou mãe
Sou filha
Sou amiga
Sou criança
Sou mulher ...
Tenho tudo que preciso ter
Sensibilidade
Simplicidade
Leveza
Gentileza
Amor
Fé...
Deus me presenteou com a vida e
de brinde ...
Me deu a força e
alegria de viver !
E por mais que meus dias sejam difíceis ...
Ele sempre me mostra a saída
Acho que por isso...
Jamais desisto de amanhecer!

A brusca poesia da mulher amada (III)

A Nelita

Minha mãe, alisa de minha fronte todas as cicatrizes do passado
Minha irmã, conta-me histórias da infância em que que eu haja sido herói sem mácula
Meu irmão, verifica-me a pressão, o colesterol, a turvação do timol, a bilirrubina
Maria, prepara-me uma dieta baixa em calorias, preciso perder cinco quilos
Chamem-me a massagista, o florista, o amigo fiel para as confidências
E comprem bastante papel; quero todas as minhas esferográficas
Alinhadas sobre a mesa, as pontas prestes à poesia.
Eis que se anuncia de modo sumamente grave
A vinda da mulher amada, de cuja fragrância já me chega o rastro.
É ela uma menina, parece de plumas
E seu canto inaudível acompanha desde muito a migração dos ventos
Empós meu canto. É ela uma menina.
Como um jovem pássaro, uma súbita e lenta dançarina
Que para mim caminha em pontas, os braços suplicantes
Do meu amor em solidão. Sim, eis que os arautos
Da descrença começam a encapuçar-se em negros mantos
Para cantar seus réquiens e os falsos profetas
A ganhar rapidamente os logradouros para gritar suas mentiras.
Mas nada a detém; ela avança, rigorosa
Em rodopios nítidos
Criando vácuos onde morrem as aves.
Seu corpo, pouco a pouco
Abre-se em pétalas... Ei-la que vem vindo
Como uma escura rosa voltejante
Surgida de um jardim imenso em trevas.
Ela vem vindo... Desnudai-me, aversos!
Lavai-me, chuvas! Enxugai-me, ventos!
Alvoroçai-me, auroras nascituras!
Eis que chega de longe, como a estrela
De longe, como o tempo
A minha amada última!