Poemas que Falam de Homem

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Todo homem que teve amores verdadeiros, revoltas verdadeiras, desejos verdadeiros, e vontades verdadeiras, sabe muito bem que não tem necessidade de nenhuma garantia extrema para ter certeza dos seus objetivos; a certeza provém das próprias forças propulsoras.

Simone de Beauvoir
BEAUVOIR, S. The Ethics of Ambiguity,1947

A mais triste das vidas e a mais triste das mortes são a vida e a morte do homem que não tem coragem de morrer pelo bem, quando por ele não possa viver.

Antes de se casar, uma garota tem que fazer amor com um homem para segurá-lo. Depois de se casar, ela tem que segurá-lo para fazer amor com ele.

O homem mais sábio que já conheci me ensinou uma coisa que jamais esqueci. E embora eu nunca tenha esquecido, nunca a memorizei também. Então, o que me sobrou foi a memória de ter aprendido algo muito sábio a qual não consigo me lembrar.

George Carlin
Brain Droppings

A educação é o único caminho para emancipar o homem. Desenvolvimento sem educação é criação de riquezas apenas para alguns privilegiados.

Leonel Brizola

Nota: Dito na sede da União Nacional de Estudantes (UNE), no Rio de Janeiro, em 16 de junho de 1961

Eis o que é terrível ainda mais que o sofrimento e a morte dos animais. É o facto de o homem, sem necessidade, suprimir a suprema susceptibilidade espiritual de sentir compaixão e piedade para com os seres vivos como ele. É o facto do homem se tornar cruel violando as leis da Natureza matando para comer.

O olho do homem serve de fotografia ao invisível, como o ouvido serve de eco ao silêncio.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

Não me dou a penitências. Com todo respeito que me merecem os santos, não sou homem de autoflagelações... Não há penitência melhor do que aquela que Deus coloca em nosso caminho.

Muitos procuram a felicidade acima do homem. Outros, mais abaixo. Mas a felicidade é exatamente do tamanho de um homem.

O homem ainda traz em sua estrutura fisica a marca indelével de sua origem primitiva.

Gosto de ver um homem orgulhar-se do lugar onde vive. Gosto de ver um homem viver, de modo que seu lugar se orgulhe dele.

A solidão concede ao homem intelectualmente superior uma vantagem dupla: primeiro, a de estar só consigo mesmo; segundo, a de não estar com os outros. Esta última será altamente apreciada se pensarmos em quanta coerção, quanto dano e até mesmo quanto perigo toda a convivência social traz consigo.

No esforço para compreender a realidade, somos como um homem tentando entender o mecanismo de um relógio fechado. Ele vê o mostrador e os ponteiros, ouve o seu tique-taque mas não tem meios para abrir a caixa. Se esse homem for habilidoso, poderá imaginar um mecanismo responsável pelos fatos que observa, mas nunca poderá ficar completamente seguro de que sua hipótese seja a única possível.

Pois o que são os clássicos senão o registro dos mais nobres pensamentos do homem?

Henry David Thoreau
A desobediência civil. Porto Alegre: L&PM, 1997.

O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo rio, nem o homem é o mesmo homem

Não acredito em nenhum homem porque, infelizmente, tenho muitos amigos e, pra piorar, nasci espertinha.

Se um homem almeja um vida íntegra, seu primeiro ato de abstinência é não ferir animais.

Nem todo homem é grosso, idiota e safado. Nem toda mulher usa salto e maquiagem. Nem todo maconheiro é vagabundo. Nem todo nerd usa óculos e não vai em festas. Nem todo valentão é tão valentão por dentro. Nem toda patricinha é rica e metida. Nem todo roqueiro é do satanás. Nem todo emo se corta. Nem todo gordo come muito. Nem todo magro tem anorexia. Nem todo mundo é como a gente pensa. Pare de julgar e viva sua vida!

O homem é tão bem manipulado e ideologizado que até mesmo o seu lazer se torna uma extensão do trabalho.

O homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o que dê para pegar um lebre. Mesmo assim é o senhor de todos os animais. Põe-nos a mourejar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante.

George Orwell
ORWELL, G, A Revolução dos Bichos, Companhia das Letras, 2007