Poemas Profundo
O texto da Jolie (a nossa cadela) é o texto mais profundo que eu já escrevi em toda a minha vida. E é um texto direcionado pra alguém que nem sabe ler... Pois é, a vida e as suas ironias.
Esse é o texto mais profundo que eu já escrevi, Jolie. E olha que engraçado, o texto é pra você, que nem sabe ler.
Eu gosto de ter as minhas reflexões, de refletir, de ter a sensibilidade, mas o que eu tenho que trabalhar, e o que eu já venho trabalhando, é isso: por mais profunda que seja a reflexão, que não seja algo que me leve pro fundo.
A vida é como águas profundas. A maioria apenas conhece a superfície, poucos mergulham mais profundo... e haverá sempre um mundo ignorado por nós.
O sorriso dos lábios, muitas das vezes esconde o choro profundo do coração, que é transparecido no olhar.
Saber quem é seu pai, quem é sua mãe, onde nasceu e assim por diante, é um conhecimento muito superficial em comparação com o que somos na realidade.
É no deserto que conhecemos mais profundo nosso Deus, como disse o profeta Oseias: “Eu te conheci no deserto, em terra muito seca”. (Os 13.5). Será se isso estaria implicitamente nos dizendo que é no deserto que aprendemos a [nos calar para] ouvirmos a voz do nosso Criador?
Não quero ninguém chorando em cima do meu caixão ou se lamentando quando eu morrer.
Só quero que sorriam e sigam suas vidas, peçam para que Deus me aceite no céu, se assim eu merecer.
É como se eu estivesse me afundando no mar, e a pressão da água me leva cada vez mais pro fundo. Você sente a pressão, e se acostuma com ela, e de repente se pega achando que chegou ao destino mais profundo, quando na verdade não. O mar é infinito.
De tudo o que eu disse, o mais profundo foi quando me calei. As palavras perdem a sua força quando todo o resto do corpo fala.
Cada retrato é uma perspectiva diferente do mesmo ponto, mas nossa essência é a mesma em todas as óticas.
Sou tão superficial ou tão profundo quanto pareço ser. Depende do espírito de quem se dispõe a mergulhar.
Eu tenho medo dos meus abismos, e creia, não é por não saber o que existe dentro deles, é exatamente pelo contrário.
Íntimo, intenso, profundo, belo e triste... e nessa arte de poetizar a vida; a morte, a dor, paramos para observar; sentir, tentar entender, meditar, tomar alento e depois; depois prosseguir. Há quem ignore que só compreendemos os sinais, quando já é tarde. Difícil é sentir na pele e não ter mais o abraço.
Quem compreende de fato a vida, está com ela, está nela desde o mais alto do cosmo ao mais profundo abismo.
Saudades e anseios por um lugar em que só escuto falar, mas que no profundo sei que este lugar é o meu lugar de origem.