Poemas Profundo
Travesseiro vazio...
(Múcio Bruck)
Busquei por ti em meus pensamentos, no mais profundo de minhas lembranças... nas "gavetas da memória", um único momento em que seu sorriso se fez presente e nada encontre!
Você não estava mais lá, sequer escondida, residindo resignada ou em festa: havia partido, levando consigo de sua silhueta ao desenho de sua alva face, a reminiscência do som de sua voz, quase sempre ávida... o silêncio misterioso ao tocar-lhe a já decorada geografia de seu corpo, quantas vezes inerte no instante da entrega como se ao abatedouro estavas indo de encontro!
Nos dias passantes, não me dei conta de que a distância e a ausência, cada vez mais frequente, ditada pela falta do diálogo, se deram a passos largos... em horas corridas... dias apressados, ou quiçá, foram os meus dias mais céleres que os seus e foi exatamente nesses idos que me esqueci de lembrar em olhar-lhe nos olhos e dar a necessária e devida, melhor, merecida atenção.
Assim, já não mais cabia reconhecer-lhe os valores da mulher que eras, somente que esses "detalhes" que, passados desapercebidos, eram as jóias que me ofertavas... era tudo o que mais importava: e você partiu!
Não mais cabe chorar havê-la perdido, até porque, conta meu coração que nunca a tive.
Não cabe reclamar sua ausência, pois quando a tinha, não percebi quão valiosa me eras!
Estar ao seu lado, ao alcance de meu abraço não tinha preço.
Certo é que não partistes por falta de meu amor, mas porque não fui capaz de conquistar o seu!
Aprendemos a morrer
quando o dormir é profundo
e não há sonhos lembrados.
Na insônia, a vida resiste.
Anjo Bento
Destes que campam no mundo
Sem ter engenho profundo
E, entre gabos dos amigos,
Os vemos em papafigos
Sem tempestade, nem vento:
Anjo Bento!
De quem com letras secretas
Tudo o que alcança é por tretas,
Baculejando sem pejo,
Por matar o seu desejo,
Desde a manhã té à tarde:
Deus me guarde!
Do que passeia farfante,
Muito prezado de amante,
Por fora luvas, galões,
Insígnias, armas, bastões,
Por dentro pão bolorento:
Anjo Bento!
Destes beatos fingidos,
Cabisbaixos, encolhidos,
Por dentro fatais maganos,
Sendo nas caras uns Janos:
Que fazem do vício alarde:
Deus me guarde!
Que vejamos teso andar
Quem mal sabe engatinhar,
Muito inteiro e presumido,
Ficando o outro abatido
Com maior merecimento:
Anjo Bento!
Destes avaros mofinos,
Que põem na mesa pepinos,
De toda a iguaria isenta,
Com seu limão e pimenta,
Porque diz que o queima e arde:
Deus me guarde!
RELEVO SENTIMENTAL
Às vezes, sou um abismo tão profundo,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Sinto vertigem – caindo-me nas entranhas do mundo.
Às vezes, sou uma planície tão extensa,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Perco-me num horizonte vago – sem fim.
Às vezes, sou um deserto tão escaldante,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Não sei se paro ou sigo adiante.
Às vezes, sou um planalto tão irregular,
Que, ao olhar para dentro de mim,
Embrenho-me em depressões cheias de espinhos e cipoal,
Cercadas de montanhas difíceis de escalar.
No mais das vezes, apraz-me ser este relevo,
Pois, ao olhar para dentro de mim,
Sou nova paisagem a cada dia,
Não conheço monotonia:
Se hoje sou depressão;
Amanhã, sou majestosa montanha,
Com meu olhar otimista,
Olhando o mundo a perder de vista;
Depois de amanhã, sou verdejante colina.
Com flores, pássaros e rios de água cristalina –,
Sou vida que não conhece rotina.
Como é bom o despertar, como é bom acordar de um sono profundo e se redescobrir.
Gratidão ao Universo e à Existência.
Que possamos todos resgatar nossos valores que estão adormecidos apenas aguardando o nosso momento...
O momento para o despertar...
O despertar para uma nova vida.
APEGO
Amar-te é um tempo de ódio
Odiar-te é meu profundo amor
Estar nos teus braços é uma vitória rara
Afastar de você é ir de encontro ao fim,
Enterrei-me nos teus pequenos olhos
Infiltrei-me no teu sorriso
Corri para quem me abraçar
Menti para vontade do sofrer,
Cansaço, vazio e exploração!
Porcaria de vida, rica destruição;
Índios inventando nome de gente
Gente que jamais chegou a ser índio.
Ama-me, Apenas
"Deixo que me ame
como quiseres.
Ser amada no
teu profundo silêncio,
quando inquieto rola na cama
sem sono.
Quero ser amada
no teu maior vazio.
Preencher os espaços
desta tua ausência de mim.
Ama-me nesta distância
que te aperta o coração.
Neste teu pensamento
retalhado por finas farpas
de saudade.
Sou amada no teu
sorriso escondido,
nas palavras caladas.
E ama-me
em nossas
lembranças guardadas.
Te pertenço em teu
melhor desejo...
No fechar de teus olhos
antes de adormecer.
Ama-me apenas.
Sem trair-me.
Ama-me nesta noite,
e em todas as outras
que não me tens
em teu leito.
Faz-me feliz
teu jeito guardado
de amar-me.
Amando-me em teus medos.
No pranto caído.
em teimosia de me querer.
Ama-me, apenas.
Apenas por não poder
esquecer-me..."
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.
E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.
Nota: Trecho da crônica "O Medo do Amor" de Martha Medeiros: Link
Hoje serás meu silêncio mais profundo.
Não cansei de te esperar,
Nem deixei de amar.
Apenas me refugiarei.
Do teu tão pouco em me amar.
O Mais Profundo Amor!
Porque amar profundamente, nem sempre traz alegrias,
E na maioria das vezes é tão arriscado;
Arriscado ainda, quando o amor profundo não é correspondido;
E junto com o amor profundo não correspondido, vem a tristeza, a insegurança;
Vem a sensação de estar iludido e apaixonado por quem não te merece.
Será que vale a pena?
Se você me demonstrasse ao menos carinho, quem sabe assim eu me sentiria melhor;
Desculpa, mais ainda não sou capaz de controlar os meus sentimentos mais fortes.
Não vou negar, que sempre que te vejo, meu coração palpita forte;
Já tentei te esquecer um milhão de vezes!
Mas como esquecer se cada minuto que passo ao seu lado, me sinto feliz, seguro e completo?
Sinto-me com mais força;
Sinto-me como se pudesse voar, parece que nada mais falta!
Os seus olhos,
Eles me traduzem o brilho do sol, assim como o seu sorriso me dá a certeza de que eu te quero cada dia mais e mais, de que eu te desejo loucamente;
E não diga que é da boca pra fora,
Pois tudo que estou sentindo,
Vem de um lugar calmo, pequeno...
Mas que reserva um grande espaço para você.
Esse sentimento verdadeiro vem do meu mais puro e sincero coração.
Em seu olhar misterioso,
eu mergulhei
no mais profundo dos oceanos
me afoguei
até aonde não existia mais agua
ao ponto de encontrar sua alma
a alma do meu amor
do meu jasmin
que exala os perfumes aromaticos sem fim
Que entra pelas minha narinas
e toca meu coração
exalando a brisa do amanhecer
entre as cortinas do quarto
invadindo o meu ser
Trazendo a fragrância autêntica,
suave e as vezes feroz
que exala meu amor meu jasmin
que perfuma todos as manhãs o meu jardim
Pobre de quem já sofreu nesse mundo
A dor de um amor profundo
Eu vivo bem sem amar a ninguém
Ser infeliz é sofrer por alguém
Permita-se
Mergulhe de cabeça
No lago mais profundo
Nas cores mais brilhantes
No olhar mais verdadeiro
Na alma mais enérgica
Naquilo que não vemos
Naquilo que não somos
No que não entendemos
Mergulhe!
O desejo profundo, o desejo mais real é aquele de aproximar-se de alguém. A partir
daí, começam a ocorrer as reações, o homem e a mulher entram em Jogo, mas o que
acontece antes - a atração que os juntou - é impossível de explicar. É o desejo intocado, em
seu estado puro.
Quando o desejo ainda está neste estado puro, homem e mulher se apaixonam pela
vida, vivem cada momento com reverência, e conscientemente, sempre esperando o
momento certo de celebrar a próxima bênção.
Pessoas assim não têm pressa, não precipitam os acontecimentos com ações
inconscientes. Elas sabem que o inevitável se manifestará, que o verdadeiro sempre
encontra uma maneira de mostrar-se. Quando chega o momento, elas não hesitam, não
perdem uma oportunidade, não deixam passar nenhum momento mágico porque respeitam
a importância de cada segundo.
Lidar com o pensamento profundo, não esses que apenas arranham a superfície do ser e qualquer copo de um belo vinho dissipa, mas aqueles que no recôndito da alma se entranham com realidades paralelas, desenterram dores, trazem a tona, verdades que você enterrou o mais profundo no oceano de tua alma esperando nunca mais confrontá-las. Estupido humanos somos, sempre esquecemos das tempestades.
Ei me diz, agora que a verdade te desnudou o que fará?
Seja o amor profundo em minha vida,
a solidão que ressenti a aurora,
que se rompi na madruga,
em brumas que desdem a magia da alma
que aflora a natureza
sendo boa ou má vorazmente
representa seu amor selvagem
na voz do vento e do luar,
beleza que desabrocha
entre os carvalhos o orvalho
da manhã, esperança do amor,
divino como luz que paira pelos montes...
dando formas e jeitos a sua alma,
sentido do profundo desejo
que se espalha pela terra...
doce destino te conhecer...
sobre tudo o nada,
o vazio que paira sobre flagelos
os sonhos que os tenho
como as águas dessa cascata
reputo cada emoção
que se passa em meu coração
ainda á tenho momento por momento
vento que sopra sem destino,
as vezes esbraveja sonhos,
derruba coisas espero durar para sempre,
então vejo um recomeço,
singular na solidão, esbravejo
e bocejo pois então sonho mais uma vez.
Meu profundo amor...
Se você contar todas as estrelas no céu ...
Quantos luares... e por de sol...
E outros tantos amanhecer...
Todas as chuvas que caem nos oceanos...
Os grãos de areia que viajam com os ventos nos desertos...
O perfume de todas as rosas do mundo...
todos os sorrisos de crianças que brincam nos jardins...
então saberás o quanto eu AMO-TE!
Peço-lhe Afrodite “Deusa” do amor que toque no mai profundo interior do coração dessa mulher que tanto desejo;
Para que minhas artes manhas surtam efeito contra as barreiras de seu confinamento pessoal;
E que meu amor consiga transpassar sua timidez para realizar os teus mais loucos desejos íntimos;