Poemas Profundo
Morro de amor por você,
Mulher que é minha inspiração,
E nesse poema profundo, posso dizer,
Que és a dona do meu coração.
garoto do olhar profundo
por que me olhava assim?
começou com troca de olhares por instantes
você sempre passava por mim e
olhava no fundo dos meus olhos
por que me olhava assim?
de uma coisa eu sei
você teve interesse… mas eu
não tinha certeza sobre o que eu sentia.
Quando a humanidade acabar,
O esforço será em vão,
Pessoas inocentes
Tentando se salvar da escuridão.
Pagando pela crueldade dos outros,
Elas correm da morte,
Alcançando fragmentos de vida,
Acreditando-se na sorte.
Crianças caídas no chão,
Aglomerados rezando,
Pessoas gritando por ajuda
E pais desabando.
Seu amor ao seu lado
Com o olhar destruído
Exibindo o desespero vasto
De você ter morrido.
Até o momento chegar,
Onde não terá mais ninguém,
Nem felicidade, nem vida,
A Terra, do Sol, tornou-se refém.
A RAZÃO DO MEU AFETO
Gosto de quintal,
do gosto da fruta tirada do pé.
Gosto de jardins,
de noites com cheiro de jasmim.
Gosto das lembranças
de domingos de horas sem fim.
Lembranças de um país rural, profundo, ancestral, que ainda vive em mim.
Valéria R. F. Leão
Cicatrizes
Marcas que vão além do corpo
Gritos que não gritei, e mesmo assim fiquei rouco.
Lágrimas que não caíram no chão, fortes mágoas no coração.
Coisas que não digo pra ninguém, a sorte é que a alegria me detém, mas desde muito cedo eu fiquei neste desdém.
A solidão, um abismo negro e profundo,
Onde me afogo em lágrimas amargas,
Sem esperança de salvação, sem alívio para a dor.
A cada suspiro, um pedaço de mim se desfaz.
Que em silêncio profundo, tenhamos coragem de encarar o abismo de nossa cegueira.
Que em silêncio profundo reconheçamos as trevas que nos assombram, que assombram a nossa alma, buscando o autoexame que traga aos nossos olhos, à nossa mente, a luz que possa nos despertar, nos libertar das masmorras do pecado, do egoísmo, do orgulho, do mal.
Percebo afinal meu pecado...
Em silêncio mais profundo...
Faria piedade a toda a gente...
Esta pena, esta dor...
Este é o preço da vida e todo o seu valor...
Horas que perdemos...
Vão pelo espaço acompanhando os astros...
E todo este feitiço e este enredo...
Na luta dos impossíveis...
Tão profundo meu segredo...
Das profundas paixões...
Dor infinita...
De guerra e amor e ocasos de saudade…
Da alma o profundo e soluçado grito...
De que fui para ti só mais um neste vasto mundo...
Hoje triste ouço a solidão...
Da luz que não chegou a ser lampejo...
Da natureza que parou chorando...
Diante meu descontamento...
A vida é assim, uma ânsia…
Fazes o bem...
Que terás o mal por paga...
E o sonho melhor bem pouco dura...
Por tanto querer-te...
Recebi amarguras...
Pouco antes...
Nada agora...
E a princípio não percebi...
Como chegastes...
Partiste...
Mas levastes um pouco de mim...
Na profundidade dum desencanto...
Fiz-te doçura do meu coração...
Não compreendestes...
Mudarás, todos mudam...
Mais tarde em tua vida, um dia, hás de tentar
revolver da memória este tempo de agora…
E sentindo então o vazio...
Lembrarás do deixado para trás...
Não se vive outra vez...
E o tempo a tudo vence...
Fostes embora...
Mas fiquei em paz...
Sandro Paschoal Nogueira
Você sabia que a depressão é que nem uma sereia?
muitos caem no seu canto encantador, porém quando você chega muito perto ela te afoga no mar fundo e vazio
Quero poder mergulhar
profundamente no teu olhar,
um oceano profundo,
enigmático, um lindo lugar
até alcançar o teu âmago,
fazer parte dos teus pensamentos,
acender o teu semblante
quando eu estiver por perto
e partilharmos momentos memoráveis
daqueles nos fazem
perder a noção do tempo.
se perder num lugar,
Onde o encanto se encontra,
Onde a raiva não se vê,
E o amor não se desmonta.
Um paraíso.
Desperto contra meu próprio olhar
Entre as brasas frias de um sonho
Queimando no céu com ínfimo pesar
Fugindo de um semblante tristonho
Em situações de conforto traiçoeiro
Meu cérebro encontra suas ruínas
Entre as gélidas garras do nevoeiro
E na distância de uma voz trêmula
Meio ou totalmente ofuscada
Tento me erguer perante à flâmula
Envolto em sua bruma dourada
Em pisos de vidro num jogo mental
Cegado por seu olhar sorrateiro
Me encontro em um desejo carnal
Entre eu, eu mesmo e o nevoeiro
Agora sou um corpo que navega
Em um riacho vivo em tormenta
Dedilhada em uma onda incerta
Confundido em cinza e magenta
Navegando por sóis em inércia
Ordenado por lascívia e desejo
Despejado em escárnio e covardia
Me encontro no calor de um beijo
Abaixo de uma lua outrora fria
Flutuando no tártaro do nevoeiro
PINGOS DE SANGUE
Às vezes me deixo magoar
Por pessoas insignificantes
Pessoas que juram amor
De maneira apedrejante
As perguntas sobre meu avesso
Parecem óbvias aos meus olhos
E não conheço uma resposta
Que satisfaça meus anseios
Mas sou poeta, sou poeta!
Posso me transformar no que quiser
Por ser poeta sou profundo
Sou pobre, sou rico, sou imundo
Mutações são necessárias
Quando há insignificâncias
Que perturbam a mente
Talvez o que me incomoda
Esteja na importância dada aos fatos
E há uma força incrível
Que me mantém de cabeça erguida
Mesmo pingando sangue.
A loucura.
Os anos passam em fragmentos,
A cada momento fica mais difícil encontrar você,
O aconchego de seu abraço escapa ao cair da noite,
Nós estamos cada vez mais longe.
Em busca de cada fragmento de seus beijos,
Você ainda será minha dona como a força do mar,
Minha querida este era nosso segredo.
O nascer de um novo dia leva embora um pouco da dor,
Entorpecido de solidão ao escutar nossa música,
As memórias colidem na realidade obscura,
Nossa chama suave, não esquenta mais.
O desejo de uma última dança com você,
Sozinho bailando na escuridão, guiado por sua luz e brilho,
A música toca mais alto anunciando nosso amor,
Sinto você em meus braços, as lágrimas rolam.
Uma alucinação tão vívida,
Este sussurro gélido e cortante dilacera meu coração,
Aquele último respiro profundo em busca de ar.
Quem poderá salvar está alma?
Exílio Nublado
O lençol me afaga a pele
Suave, mas é traiçoeiro
Ele me cura a angústia
Mas é na cura que ele me fere
E eu me levanto ao avesso
Triste, mas com esperança
De evitar o pedregulho
Que já me causou o tropeço
E eu insisto nas erratas
Ingênuo, mas já sabendo
Que o caminho que percorro
Já tem minhas pegadas
E eu não estou sozinho
Isto é, fora eu mesmo
E eu tento me abraçar
Mas eu sou só espinhos
Ó MEU AMOR
Do meu ser
Vem de agora
E sem hora
Vem pra ti
Ó meu amor
Logo tu
Que tanto dizes
Emudeces perante mim?
Que tal sería se diante, me ouvisse dizer palavra assim?
Nessa moleza te enxergo
Te seguro para que não caias
Te seguro pela cintura
Te aparo
Para que saibas
Que não quero te ver cair
Mas me debruço sobre ti
E te protejo e te abrigo
Mas isso é o mesmo que cair
E se cai, que eu vá junto
Que te conheça
Bem profundo
Que me perca nos teus beijos, que essa amor seja fecundo
Eu sou o melhor e o pior de mim.
Barulho e silêncio.
Piada errada as vezes certa.
Caio em tristeza profundas e levanto em alegrias transbordantes...
Sinto muito e muitas vezes nada.
Acredito, desconfiando e acreditando.
Vou para lugares em meio a conversas que ninguém suspeita.
A arte é um sentimento que vibra e que concentra.
Não existe um lugar que se compre "sentir arte".
Pois arte só se vive sentindo.
Colo-água
Alguém precisa mergulhar em você e
Repousar em seus braços-oceanos
Receber seu largo sorriso-lago
Ficar em seu abraço-dique
Ouvir sua doce palavra-rio.
Essa pessoa é você!
Todo dia, navegue go! go! Até
Você-córrego silencioso
Sem euforia e encontre
Consigo-mar profundo
Banhe-se de si
Pessoa-cachoeira.
E diga: “aqui eu fico!”
Não se abandone!
Mesmo nas incertezas do seu
Eu-correnteza
Diariamente seja seu principal
Eu-afluente!