Poemas Procurando um Amor
Peguei o amor e balancei bem alto, veio a razão e falou:
- Fantasias não se balança tão alto assim, pois o balanço pode voltar vazio.
☆Haredita Angel - 19.09.20
"Dos meus filhos eu nunca cobrei amor.
Eu cobrei e cobro respeito.
Quanto a me amar, isso é uma decisão deles!"
Haredita Angel
26.12.18
"Seu coração precisa de muitos amores.
O meu coração precisa de apenas um amor...
O Seu!"
Haredita Angel
26.07.2011
O AMOR (soneto)
O sentimento é uma formosa safira
Rútila, que o prazer do sentir enseja
Onde a emoção a companhia deseja
E no coração, aceso, flamejante pira
Tal harmônica lira, na poesia suspira
O abraço cativa, com o olhar se beija
E na amizade, ele, o afeto, assim seja!
É ardor com mimo que n’alma delira
É sempre magia e também é donário
Aquele singular poema no seu diário
Ternura e sedosa flor, enredado voo
Na companhia obrigatório alicerce
Onde no caule do bem ele floresce
Só quem tem, quem um dia amou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/08/2020, 20’01” – Triângulo Mineiro
SONETO (amor)
Se eu fosse o amor, a eternidade eu seria
Um daqueles tempos de romance de outrora
Aos desencontros eu nunca chegaria
E dos minutos eu faria mais que a hora
O melhor da paixão está na quimera
Do olhar que é desviado e que olhou
Dos beijos dados (ah, quem me dera!)
Eu seria o amor infinito, que não passou
Eu seria esse amor literário
Cheio de novela, nunca solitário
Que todos espera sempre no coração
Numa esperança sempre desejada
Que no querer é promessa renovada
Com pitada de cumplicidade e ilusão
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/08/2020, 12’12” – Araguari, MG
paráfrase autor desconhecido
EX AMOR
Foi-se-nos pouco a pouco esmorecendo
os suspiros que na sensação sussurrava
olhos fitos na qual o sentimento falava
que no então, não mais estava cabendo
Os degraus do desejo, fomos descendo
e a admiração já a luz de tudo anuviava
baços, apenas a dissonância despontava
logo no acaso o rascunho ia perdendo
Alma gêmea da minha, na sede figura
como o saciar que para a alma saciou
ou foi talvez, a ilusão, que pouco dura
Nada sei, muito sinto, o que me restou
um dia e outro dia na árida desventura
se chorei, porém, o enrabichado calou.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/11/2020, 11’08” – Araguari, MG
AMOR ARDENTE
Ah! nada é maior do que a surpresa
Do afeto dado, sabendo-me amado
Num coração. Permita-me a riqueza
Deste sentimento, assim, apaixonado
De alma feliz, farta e nada de tristeza
Saudade sem sombra de um passado
A poética cheia de sensação e beleza
Tendo aquele intenso desejo ao lado
Emoção no peito, que traz significado
De gentis suspiros cortando os ares
E permitindo cada olhar enamorado
Assim, ao prazer e sem os pesares
Que Deus nos tenha e nos guarde
No querer sã, dum amor que arde!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/06/2021, 5’45” - Araguari, MG
CONDIÇÃO
Dissolveu o amor e a dor saliva
No vazio. Pondo a alma no cais
Este afeto que já foi muito mais
Está sensação que andais cativa
Solitária a emoção, e pensativa
Sente e chora este mal, e jamais
Pensou ter e que doesse demais
E eu sem ti e cá com a falta viva
Mas amei de todo o bem, amei
Sei que após continuei amando
Assim, lhe vi pelo cerrado indo
Sofrer, porque sei que sofrerei
Pois o ter insiste estar sonhando
Haver-te, o adeus vai possuindo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29/06/2021, 12’17” - Araguari, MG
Metade
Metade da laranja
Parte iguais de um todo
O amor, deliciosa canja
Sem ilusão sem engodo
Sem meias verdades
Sem lodo
Sem meias vontades...
No verdadeiro par
Igualdade
No genuíno amar
Unidade
Única forma de atar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Cerrado goiano - 12/07/2015 - 20'58"
ARDOR DE AMOR
Me dizes que dá sorte eu tenho
Uma dita para assim ocupar-te.
Quero ter-te, saibas por amar-te
Nesta poesia claramente venho
Tempos, no agrado me empenho
Sempre desejando poética dar-te
Em gestos, num todo não parte
Pois, é amor na razão que tenho
Tentei no soneto ser um bardo
Encher-te de poesia e contento
E no teu aplauso ser o felizardo
Na prosa, busquei ter um talento
Catando o verso, mais puro e alto
E, aqui te dou e com ele te exalto!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/07/2021, 19’24” - Araguari, MG
ESPERAR
Não mais te darei o canto do amor tanto
E nem tão pouco a sensação por te amar
Siga-te no teu canto, quieto, e, portanto,
Permita-me idear na poética, e devanear...
Não mais te darei aquele desejo, encanto
Nem acalanto. Pois, a mim torou-se pesar
Fique aí, por aí... no teu qualquer recanto
Onde os versos não possam te encontrar...
Desejo-te mais e mais, e estar, bem mais
Pois cá, o meu coração tá cheio de canção
Esperar? Minh’alma saiu da beira do cais...
Largais o tempo, se foi, agora outra razão
As rosas marcadas de paixão, aquelas tais
Não mais. Te amar, somente na inspiração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/09/2021, 19’45” – Araguari, MG
SONETO DE AMOR
A prosa traz meu encanto, meu amor
Assim que ela versa o versar enamora
Sussurra, delira, e se esquece da hora
E a quem lê a sensação sente o sabor
Quando sai da imaginação, a compor
A ilusão é enlevada, poética, embora
A rima ao poeta seja caixa de pandora
Ah emoção... ajudai-me a dar-lhe flor
Ternura, uma ávida trova de um amar
Que nasce da sede e brota a embalar
Cada sentimento que o afeto conhece
O que ao arrebatado assim lhe parece
Aquece, e puxa a emoção pra poetizar
Pois, é a paixão no soneto a se revelar
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2021, 18’32” – Araguari, MG
ETERNO AMAR
O amor, em seu eterno amar
Deixou-me o afago pela dor
O ato de se doar com a flor
E o enamorado suave olhar
Quando não pude dele gozar
Fiz do sentimento um sofredor
E se deste pecado fui pecador
Perdão... pois, cá o meu tarar!
Feliz e na sofrência, quem não?
Parte da poética do coração
Que nos leva a rir e a chorar
Mas, também, tem o agrado
Ah! ser amado, apaixonado
Ah! como é singular estar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 janeiro, 2022, 15’57” – Araguari, MG
FRENESI (soneto)
Medo, mas pro amor não cabe dúvida
No seu o meu olhar eu assim o queria
E, em teus abraços minha alma o poria
Em frêmitos, sem vacilar, toda a vida!
Ausência, no desejo é uma poesia ferida
E no peito os suspiros é uma desarmonia
E assim, aos ventos trovas de amor diria
Pois, se tem vontade deve ser obedecida
E nestes versos de um carinho infinito
Não se pode ter rimas com teor aflito
Se grito: é porque só quero te ter aqui...
Então, vou trasladar esse doce lamento
De paixão, e tão repleto de sentimento
Pra saudade. Dessa distância. Um frenesi...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
BENVINDA MANUELA (soneto)
Quando a primeira vez revelaste pra vida
Do amor acordaste, em devoção inteira
- Dentro do coração do desejo foi parida
Desabrochando o afeto da filha primeira
Com olhos rasos d’água suspirou o dia
Em anunciação, emoção, em alto volume
Nasce tu, criança, a flor de toda a alegria
Tal como as rosas, de aveludado perfume
E no zelo, por onde a ternura aí passar
Tão esperada, ó anjo pequenino, estrela
Tu, quem veio mostrar como é bom amar
Foi assim que se fez a admiração bela
De modo em nossa existência a brilhar
Benvinda, querida menina: - Manuela!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiano
❤ nascimento da minha sobrinha neta Manuela Naves Abraham