Poemas pequenos Carlos Drummond

Cerca de 217 poemas pequenos Carlos Drummond

Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! Ser ‘gauche’ na vida.

(Do poema "Sete Faces"/in: Alguma Poesia, 1930.)

Inserida por portalraizes

"A fé e a incredulidade trocam de lugar a todo momento no homem curioso”.

(em "O avesso das Coisas". São Paulo: Editora Record, 2007.)

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Árvore

Tentamos proteger a árvore,
esquecidos de que é ela que nos protege.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
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Zen
Prática budista que faz falta a governantes e políticos:
exige meditação profunda.

(In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Voz
Cala-te, mas que não seja demasiado,
para não perderes o uso da voz.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

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Autógrafo

Pedir autógrafo a autor lisonjeia sua vaidade
sem melhorar a qualidade da obra.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
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Automóvel

Veículo que desperta o desejo de ir a
alguma parte já superlotada por veículos idênticos.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por portalraizes

Bem
Há boas ações que se praticam porque
não foi possível deixar de praticá-las.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Cão
O fato do cão ser fiel ao homem não quer dizer
que ele aprove as ações do dono.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Cão
Rendo homenagem ao cão; ele late melhor do que eu.

( In: O Avesso das Coisas - 6º Edição, 2007.)

Inserida por portalraizes

Banqueiro

O banqueiro ignora que tem dinheiro suficiente
para fechar o banco e começar vida nova.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por portalraizes

Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã.

(extraído do livro em PDF: JOSE (trecho de “O LUTADOR”)

Inserida por portalraizes

Quisera abandonar-te, negar-te, fugir-te,
mas curioso:
já não estás, e te sinto,
E tanto me falas, e te converso.
E tanto nos entendemos, no escuro,
no pó, no sono.

Carlos Drummond de Andrade
A rosa do povo. Rio de Janeiro: Record, 2000.

Nota: Trecho do poema Como um presente.

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Inserida por katiacristinaamaro

Mas foi pintando sujeira
O patamo estava sempre na jogada
Porque o cheiro era bom
E ali sempre estava uma rapaziada

Inserida por backlup

⁠Naquele tempo eu não sabia
Que viver pressupunha um fim
E que sempre haveria
Uma sombra olhando pra mim

Inserida por joaomayamarcelo

"Se era tão sedosa e perfumada
que tudo quanto houvera embriagasse,
É certo que era coisas de mulheres
e homens que a elas se entregassem".

Inserida por Claudia31

⁠Na TV, só teu retrato,
com teu número e teu nome.
Serás mesmo candidato
ou simples sombra que some?

Carlos Drummond de Andrade
Amar se aprende amando. Rio de Janeiro: Record, 2024.

Nota: Poema propaganda eleitoral.

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Inserida por fabriciobandeira

Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?

Carlos Drummond de Andrade

Nota: Trecho do poema Lira Itabirana, publicada no jornal Cometa Itabirano, em 1984.

Inserida por KodaAkinori

Precisamos descobrir o Brasill!
Escondidos atrás das florestas,
com água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.

Inserida por francisca_santos_1

Balanço

⁠A pobreza do eu
a opulência do mundo.
A opulência do eu
A pobreza do mundo.
A pobreza de tudo
a opulência de tudo.
A incerteza de tudo
na certeza de nada.

Inserida por rafaelnovaes