Poemas para quem Partiu dessa Vida
Bela lua
A lua surgiu de manso e em soluço entrou pela janela;
abriu a fechadura da alma. Ao relento adormeceu.
Soterrou a desesperança quando o meu sol pousou em ti.
Quando
Quando eu me desfizer
nestas letras virtuais
encoberta de névoa e pó
nada restará!
Faça-me um favor...
Diga ao mundo
que cada silaba escrita,
emana grito moribundo,
traz consigo sentença expressa
(absolvição e condenação).
Cada palavra descrita...
É proscrita.
É maldita.
Se não versa
fica aflita.
Eclipse
Abriram-se as portas da noite;
alisei teus segredos aos ventos.
No varal pendurei as horas,
o amor se fez ao relento.
Num fio do cabelo
a lua pousou
debruçando-se na janela.
Eu te pertenci
em meus sonhos
a luz da vela.
Ventos adversos
sopram agora acordados;
redemoinhos de um sentir
sem saber para onde ir.
A lua deita-se...
num corpo acuado.
Meia-luz
Quando me deito em ti.
Olho-me nas letras,
atiço as palavras,
leio-a página a página
esculpida com as ferramentas
que traduzem o que é o amor.
A saudade que existe
escuta o bater do coração,
esfoliando em sons,
fazendo voar
até aos mais altos
dos meus sentires.
Plena
Sinto tuas mãos.
Teu aroma. Teu beijo.
Teu corpo todo. Cada detalhe.
Entalhe de uma obra esculpida.
Vem minha querida!
Reviva, acrescenta. Há vida.
Beba doses havidas
misturada com paixão...
Bem sabes que passa.
A paixão passa.
O fogo consome.
Consome-me. Consumo.
Com sumo farto de suor.
Ame-me. Inunde-me. Afunde-me.
Precioso presente.
Dê de presente, presente,
semente do amor.
Em ti presente. Em mim ausente.
Sabes agora quando sorrir
e quando ficar caliente.
Sabes a importância de segurar as mãos.
Sabes o que e quando falar.
Sabes o que eu sinto.
Quando olho nos olhos,
nos teus, me molho.
O lábio sorvido umedece.
O amor em momento algum se ilude.
Preenche-me. Enobrece. Fiz tudo que pude.
Beija-flor
Só queria de ti um beijo,
para saciar um desejo.
Aquecer minha alma
e te fazer sorrir.
Alma que não beija
não senti cheiro.
É vida que não flameja,
sem luz no candeeiro.
Beija-flor beija essa flor,
em troca dê-lhe calor.
Flor que beija
a alma graceja.
Reproduz vida no canteiro.
Polemiza e voa faceira
levando no bico doce sabor.
Beijo a flor onde ela for!
Pensares
Cerram-se os olhos.
As pálpebras lacram-se.
Amor tecendo...
Em penumbra.
Em clausura.
Em pensares.
Sonoridade da voz
que ouves...
Balança as cordas da alma.
Dança em liberta aragem
nos braços da liberdade.
Revire-me em páginas silenciosas
(devaneio dos dedos teus)
(tez dos segredos meus).
O quão há no canto.
Há saudade.
Diz-me então?
Ouça! Não lamentos
meus pensamentos!
Quando deitas naquela cela
não há lamúria nem sofrimento.
Sós dois corpos em aquarela
pintando amor a luz da vela.
Vejo-te e deixo-te bela.
Na janela suave imagem
fluindo em sentinela.
OLHOS DOS MEUS OLHOS
Meu cárcere?
Eu faço!
Em momentos fortuitos.
Mais uma vez me desgraço
olhar aqueles olhos tão bonitos.
Olhos esmeralda, nos olhos dela.
Luz que jamais tinha visto tanta,
nos olhos dela, dos olhos dela,
o Infinito estrelar se agiganta.
Sei que não posso tê-la muito.
O universo que pertenço
não é o mais puro e nobre.
Reflete no espelho opaco
retrato farrapo,
um ser tão pobre.
Diante de seu mundo tão denso.
aninhar-se no mesmo buraco
não é isso que estou propenso.
Ela é bela em tudo!
Reluzentes olhos, estes provocantes;
que de outros, os seus me deixou mudo,
daquele instante em diante.
Dois corações
A cada passo que ela dá
transbordam versos.
Por onde ela passa,
poesia a lhe seguir.
Tudo silencia e escurece,
deixando-nos a sós...
diante de nós adormece.
Mulher de beleza completa,
na certa se acha em defeito.
Só desfruto-a sob efeito;
sempre em sinal de alerta.
Tropeço nas letras
inspirando-me tanto,
ao ponto do punho a disparar,
brancas folhas dançar
desenhando todo encanto.
O que a ela tem de sobra,
que me encantou de começo...
a luz, isso nela transborda,
a luz dela é tanta, não meço.
Que se for de seu desejo,
planto dois corações no peito.
Tentei, juro que tentei,
Aquietar esta alma ligeira,
Ter meu lugar no mundo, de qualquer maneira...
Mas não nasci pra isso, ou ninguém me convenceu
desfazer as malas ...e ficar !
Não dá, tenho pressa, tenho sede de vida...
Tenho urgência em dizer,
Tenho urgência em saber,
É um rebuliço que trago de outras vidas,
Meu mundo é muito simples,
Mas poucos entendem o que busco.
E o valor que dou em coisas que são banais para alguns mortais.
Simplesmente EU...
Ela está se sentindo tão cansada
presa em um mundo tão artificial
ela coloca seu sorriso de mentira e todos acham que é real
presa em seu mundo e isso cansa
seus olhos estão vermelhos e inchados
lágrimas que parecem não ter fim
e sua alma está destruída
ela possui um coração desleal
e com um tempo ela se tornou um robô sem vida
amores feitos de plástico
e sonhos arruinados
ela está tão cansada (ela quer desistir)
ela está tão cansada (ela já desistiu).
Pétalas de flores
invadem a sala
colorindo o chão
desnudo e vazio.
Notas de música ecoam
enchem o ar de esperança
Uma nova vida renasce
das cinzas.
Porque o Amor?
EU digo que de nada valeria viver mil anos sem ter amado alguém.
Porque o amor acaba?
O verdadeira amor nunca acaba... E mais feliz quem amou...
Porque o Amor doí?
Porque o amor e Forte, tudo sofre, tudo suporta...
Porque o amor machuca?
Porque ele não e de pedra tudo ele sente...
Porque o amor doí tanto?
Porque e o sentimo mais sincero...
Porque o amor pode esta do seu lado?
Porque o amor e cego, ele não ve apenas sentir...
Porque o amor existe?
Porque todos podem ter o amor, ele não pode ser comprado...
Porque o amor e assim?
Porque não se explica o amor, apenas se senti...
Porque o amor nos faz sofrer?
Porque ela ama, sem esperar nada em troca...
" De nada valeria viver a vida toda, sem poder sentir o verdadeiro amor"
Helen e Flavio
Aprendi a andar descalço, sem que as pedras do destino ferissem meus pés expostos.
Aprendi a viver sozinho, mesmo na escuridão se abre um novo caminho.
Aprendi a sorrir para dor, seja ela o tanto dolorida for.
Aprendi que algumas amizades são passageiras, apenas apagam a poeira.
Aprendi que é difícil um amor de verdade, pois a maioria aproveitam de sua ingenuidade.
Aprendi que dificuldades são sazonais e que Deus sempre nos salva nos finais.
Aprendi que algumas pessoas são ingratas, mas sempre tem as que te abraçam.
Aprendi a ver injustiças e maldades,
que nao deixaram saudade.
Aprendi que na vida temos chuvas e temporais,
mas também Arco Íris e esperança demais.
Aprendi que alguns te fazem chorar,
outros te fazem sonhar.
Aprendi a dor do sofrer,
mas também o sorrir de viver.
Aprendi que o próximo devo amar
para poder me libertar.
Aprendi que devo perdoar simplesmente,
aquele que trouxe a tristeza para gente.
Aprendi a aceitar minha vida,
mesmo que um pouco sofrida!
Sergio Fornasari
Acontece que vivemos em processo de mudança constante e temos de aprender a lidar com isso. Não espere que nada jamais mude, porque as coisas não vão permanecer do mesmo jeito para sempre.
Gostos mudam, planos mudam, pessoas mudam... E se você não sabe lidar com mudanças, já está na sua hora de mudar.
Tudo na vida é passageiro, inclusive a própria vida.
Experimente a vida com contrastes: seriedade e humor
Experimente-a com suavidade e intensidade
Viva com personalidade e preencha os lugares com individualidades
Agir igual te deixa na moda e longe de si mesmo...
Perceba a vida a seu modo, observe
Tão bonito respeitar as diferenças de cada um
Conviver é desafiador todos os dias em seus inúmeros enigmas
Entender de verdade cada ser humano que cruza seu caminho é realmente raro
As formas de se expressar são diversas, e a que mais influi é a energia
Precisamos uns dos outros pra saber
Saber outras formas de agir
Outras formas de pensar
Outros contrastes
Outras respostas
Outras percepções
Às vezes é realmente necessário conhecer o escuro pra saber o que é luz
Mas não se esqueça da sabedoria que vem de Deus pra todas as coisas que você possa imaginar
Não deixe de consultar a verdadeira resposta que você não encontra em mais ninguém.
Hoje sentei em minha mesa do trabalho logo cedo,
Pensando em tudo que eu havia de fazer...
E um calorzinho gostoso em minha orelha direita me preenchia suavemente, e me tocava delicadamente
Até que percebi o que acontecia: minha janela estava com as persianas levantadas
E o sol vinha me dizer bom dia ternamente, aquecendo meu corpo e iluminando meu ambiente...
Tive que escrever! Que afago gostoso... que dose de bom humor, logo cedo!
Agora as nuvens já escondem os raios... mas foi o suficiente para que eu me apercebesse
Da beleza da vida, de quão é importante, muitas vezes, abrir a nossa janela, e deixar o que vier entrar... levantar as persianas, e receber gratuitamente o que nos é dado, todos os dias...
Obrigada, Deus, por tudo.
Deixo uma lágrima cair sobre a mesa, e volto aos meus afazeres...
Diferente.
Para morrer basta estar vivo.
Há dias em que morrem mais notáveis do que em outros.
Essa semana foram vários nomes expressivos.
A notícia aparece primeiro na internet, depois na TV, nos jornais e logo depois nas revistas semanais e mensais.
Se forem artistas, suas pinturas e esculturas sobem de valor e se forem escritores, músicos e cantores seus livros e discos somem das prateleiras, logo aparecendo as edições especiais, comemorativas da vida, da obra e morte do famoso.
O assunto logo é esquecido pela mídia voraz que vive de assunto vivo e mortes recentes e se o famoso for muito famoso, poderá ser lembrado depois de um ano, depois de cinco, dez e algumas vezes tem sido comemorado o centenário da morte de alguns deles.
Há uns poucos pobres, incultos e miseráveis que quando morrem são assunto e manchete.
Moradores de rua esfaqueados e bandidos são manchete, mas para eles não há lembrança que dure mais do que a do jornal diário, num prova inequívoca que a igualdade entre os homens é pura balela e que nem todos são, nem nunca serão iguais, a não ser perante a Justiça Divina, que iguala na morte o que nunca foi igual em vida.
Pouco sabemos do prêmio ou do castigo que nos espera, mas há os que garantem que o inferno de uns é aqui e agora.
Às vezes parece que morri dentro de mim, pois eu já não me sinto mais eu, já não me reconheço mais. Quando olho o reflexo no espelho já não sou mais eu ali, não sei como pode alguém ainda vivo morrer em si e dentro de si, e torna-se prisioneiro nessa capa que se chama corpo.
O que será que se passa comigo, afinal não sou eu mesmo aquele iceberg todo de certezas e razoes, razoes essas que desconhece impugnações, que se mantém a salvo das muitas criticas e de repente (boom) mais uma bomba explodiu no meu inóspito e esmo campo minado que tem sido a minha vida.
Parece que bebi do cálice perdido, sim aquele mesmo que escorria nos maliciosos e misteriosos lábios da morte. Não posso aceitar que de uma hora pra eu já não consiga reconhecer esse sujeito que habita o meu ser, e ser mais é o que sempre quis.