Poemas para Mariana
Poeminha: “ O meu bairro”
No meu bairro tem árvores onde mora bem-te-vis
Tem Mariana que mora próximo ao supermercado
João mora pertinho de mim.
Eu moro aqui, na rua Principal.
Na minha rua tem sorveteria, igrejas e um hospital.
No meu bairro tem de tudo; Banco, padaria e banca de jornal. Ah, tem parquinho para crianças e rampas para quem é especial.
Meu bairro tem um nome bem bonito; Capanema. Nome indígena que tem oito letras.
A casa da vovó e do vovô fica numa rua bem estreita. A rua estreita se chama Leveza.
Eu amo andar pelo meu bairro. Fico tão feliz que até esqueço que aqui existe tristeza.
Mares Macia Mariana
De bela pele oblíqua se faz rubro
De cada som estimulante
De cada tom bruto
De cada bruta natureza
Branca, eneveia o toque da pele
Vermelha, de baques de águas calmas
Preto, pérolas se faz o olhar
Azul, de meu mar
Tormento em devaneios
Meus, para os seus
Conflitos em dialetos debatemos
Da Tempestade marítima
Sumica meu amor
Devotada, afogada em tu
Ser, é o livre que passa em suas ondas
Minha maré, meu amar é.
MAR que vem e me agora
Em desespero de olhar
Que vácuo me consola
De saber de vai chegar
E dizer para eu parar de se besta
Em pensar
Mas no fim IRA me amar
No simples NA de Mariana.
Att. Aurora N. Serra de Mendonça
Nego, sente o drama
Mariana ainda tá na lama
Entre o sucesso
A desordem e o regresso
O verde da esperança desbotou
Amarelou
E a bandeira tão bonita se sujou
Dando murros
Não passa nada
Derrubo muralhas
Enquanto sou muro
É que "o mundo é diferente
Da ponte pra cá"
Não sou Ponte Preta
Sou São Paulino
Treinando na Barra Funda
Torcendo pra barra não pesar
E a lama romper a barragem
Oro e desejo
Falar até mesmo
A lingua dos anjos
Dos Santos
Mas só falo a lingua portuguesa
Ainda que cheio de gírias
"Gíria não, dialeto"
Faço versos
Vendo beleza em tudo no universo
O lixo pra uns, é luxo pra outros
"Porque até no lixão nasce flor"
E mesmo que essa flor tenha espinhos
Confie
Ainda que doa
"Entre o corte da espada
E o perfume da rosa"
tipo "mulher ingrata
Que te beija e te abraça
Te rouba e te mata"
A vida é loka
"Ore por nós pastor
Lembra da gente"
Espiritual,
Racional,
MC: 16:20 já diz
"Os sinais os seguiram"
"No culto dessa noite
Firmão segue quente"
Mariana ainda conta 1,2,3
Vixi, já até perderam as contas
Ou pior, pararam de contar
Nego, sente o drama.
Mais um desastre ambiental
Nossas autoridades e a classe empresarial nunca são atingidas diretamente, pois estão sempre no topo da pirâmide. Descem apenas após o acidente, discursam, lamentam e voltam para o topo. E de lá reinam.
Última parada - Estação Brumadinho -
A serra ruída e os destroços deixados pelo caos...
O cobertor de lama arregalado sobre todos
e a montanha descendo voraz morro abaixo,
lá embaixo os gritos emudecidos dos sujeitos silenciados
dentro da tumba de rejeitos do concreto duro e frio
que pelo caminho foi se perfazendo o barro.
A dor de quem viu tudo ruir,
o terror de quem estava lá pela segunda vez
chorando o Rio doce, o Paraopeba, possivelmente até o São Francisco.
Os animais soterrados, sufocando sob toneladas de lama
e a cama dura, agora leito das vítimas dessa realidade cruel.
Personagens de histórias brutalmente interrompidas.
A crueldade da trama de quem despejou a sua lama no quintal do vizinho:
- Nos inúmeros terreiros e quintais inundados e que deixaram de existir.
- Nas hortas, lavouras e roças inteiras que não serão mais cultivadas.
E no leito sujo dos rios, os passos encravados no barro, das pessoas enrijecidas na fuga, congeladas de tanto pavor.
Rompeu-se em Mariana a Barragem do Fundão.
Em Brumadinho arrepiaram-se todos ao ver se esvair a sua maior promessa de riqueza, no Complexo do Feijão,
a sua maior empresa transbordou-se num mar de lama
e em inundação jamais vista pelo volume e devastação,
acabou com o conto de fadas da inocência da extração mineral sustentável.
Final da Sul-Americana
Um time do estado Catarinense
Um avião que caiu e matou
Os jogadores da Chapecoense.
Entre os minérios de ferro
Entre a Vale e a sua imagem
Já não sabem o valor da vida
Será que vale uma barragem?
Mar de lama em Mariana
Um desastre industrial
Destruição,mortes,contaminação
Causou o maior Impacto Ambiental.
Sem falar em Brumadinho
As sirenes não tocaram
Onde estão os responsáveis,
Pelas vidas que ali se acabaram?
Lixos jogados no chão e nos rios
Causando a poluição
A natureza manda sua resposta
Com a chuva vem a destruição.
Rio de Janeiro e São Paulo
Dois grandes Temporais
Enchentes,deslizamentos,perdas
Deixaram vitimas fatais.
Tão jovens sairam de casa
Pelos sonhos foram guiados
Mas la no Ninho do Urubu
Pelo fogo foram Ceifados.
Uma perda no Jornalismo
Um Helicoptero e um caminhão
Entre morte e heroismo
Entre emoção e comoção.
Um homem,um presidente
Um governo ou uma sentinela?
Falta alimentos e medicamentos
Na Crise da Venezuela.
Um surto ou a maldade?
Um ato deshumano
Mais vidas foram levadas
No massacre em Suzano.
Na rádio,Internet,Televisão
As tragédias são anunciadas
Terra,Água,Fogo,Ar
E também pessoas assassinadas.
A cidade do era.
Era uma vez, uma barragem,
Era uma vez, uma cidade,
Era uma vez, um povo feliz,
Era uma vez, aquele criança,
Era uma vez, aquele senhor,
Era uma vez, aquele amor,
Era uma vez, o início da dor.
Era uma vez, o jantar em família,
Era uma vez, a bela igreja,
Era uma vez, aquele escola,
Era uma vez, a quadra de bola.
Era uma vez, o churrasco e a festa,
Era uma vez, a tradição e a reza,
Era uma vez, o casamento,
Era uma vez, a lua de mel,
Era uma vez, o turista,
Era uma vez, a água pura,
Era uma vez, a manga madura.
Era uma vez, a vizinha e o vizinho,
Era uma vez, a mão e seu filhio,
Era uma vez, o amor e o drama,
Era uma vez, Mariana.
A morte de Bento Rodrigues
O que eu posso fazer é um poema,
Já que o meu dilema
Ninguém vai escutar.
A lama lambeu Mariana
E numa atitude insana
Passou também a vomitar.
Ficou tudo dejetado
Que até o meu compadre
Veio a se afogar...
Pobre de Bento Rodrigues
Que morreu soterrado
Na Barragem do Fundão.
O culpado, segundo atestado
Foi um tal de Samarco
Que fazia a exploração...
Agora ficou complicado
Pois até em Espírito Santo
Essa lama chegou.
Tudo foi contaminado
Pelo pior dos pecados
Que é a ganância
Desse povo explorador.
Leandro Flores
BH, 09/11/2015
*Em solidariedade as vítimas no desastre ambiental em Mariana-MG.
Por que tudo tem de ser dividido?
Por que agora é só oito ou oitenta?
Por que ninguém se reinventa?
Agora só existe direita e esquerda.
Nesse país, é anjo ou demônio
Pesadelo ou sonho.
Só existe um partido bom
Só existe uma tragédia boa
Só existe um candidato bom
Só existe um motivo pra orar
Só existe um motivo pra ajudar.
Vai lá!
Divide esse país
Ele é grande demais...
"Ah!se eu pudesse
Me separava de nordeste!"
Quem sustenta esse país covarde?
A média da classe média?
A metade que gasta o bolsa família?
Quem tem mais direitos?
A metade homem ou a metade mulher?
O pai do filho ou o pai da filha?
Ele grita vitimismo. Ela sussurra machismo.
Ah! Senhor dito cujo.
Tu que é metade branco,
Não xinga a Taís Araújo.
Tu que é metade preto
não expõe teu pranto.
Fica quieto, metade preto.
Pra meia metade,
neste país não tem preconceito.
Por que tem cores pra uns
E para outros temos cores rivais?
Não somos todos iguais?
Por que quando estamos
Sem eira nem beira
Inventam logo umas bandeiras?
Qual fé te conduz?
A da cidade luz?
Qual você mais ama?
A cidade da lama?
Sabe por quê tudo nos divide?
Porque a gente divide tudo.
O mundo está chorando pelos cantos.
A sede está barrenta e o Rio Doce ficou amargo.
O som da bomba parou corações e partiu vários em todo o mundo.
As ondas do mar fizeram uma criança dormir eternamente, mas a guerra ainda continua viva.
Guerra por tudo, guerra por nada, guerreando pela paz, matando pela vida, cada um por um ideal sem lógica.
Vejo seres pensantes agindo como irracionais.
Qual a cura para dor do mundo?
- Lais Rosa e Sinail Junior
'ACABOU O QUE ERA DOCE"
As veias vertiginosas que serpenteavam descendo a serra rumo ao mar marcando nas terras mineiras por onde passavam foram subitamente acometidas de um "derrame" que as fizeram explodir trazendo consigo ao invés de Água cristalina que distribuia vida por onde passava ,a vermelhidão do descaso a lama da irresponsabilidade os rejeitos dos abastados para sufocar e matar os menos afortunados e desavisados que sossegadamente estavam em seu caminho.
Morte no Rio Doce!
Acabou o que era doce!E o moribundo rio se arrasta em seu leito de morte,morte que se estende em todo seu percurso dentro e fora de seu leito!
E agora?
Espero viver o suficiente pra te ver de novo cristalino como dantes e as pessoas sorrindo de novo entorno de ti!
Acho que as lágrimas desse povo sofrido é que vão te salvar,te limpar,porque das autoridades nada ou pouco se pode esperar!
"Lamento de quem só te conheceu vermelho e moribundo,mas que quer te ver quando voltares a se DOCE.
Lutar por alguém faz parte da vida.
Porem a vida nos ensina o quanto apanhamos, o quanto caímos, para que possamos nos levantar.
Eu já errei demais com a pessoa que eu amo.
Mais a cada dia que se passa eu não paro de pensar no quanto os erros nos levam a perfeição.
No final das contas nossos erros nos levam ao aprendizado.
Se cada dia, se cada noite, e se cada pessoa tivesse coragem de dizer o que senti um pelo outro muitas pessoas poderiam ser mais felizes.
Fiz um poema para a pessoa que eu amo.
QUARTO BRANCO
(Rayme Soares)
O frio, o fel, a falsa verdade
Justo aqui neste branco quarto
É quando a mim vem a realidade
E eu que me julgava tão especial
Era meu olhar, minha filha
Creia, nunca me vi de perto
Eu queria ser o gigante que pensava
Mas não me sinto nem isso, nem nada
Os anos que cria ser imenso se foram...
(Queria o seu abraço carente de mim)
(Cadente não, cadente não, só estrela)
Traças no papel do meu livro.
Vivi tanta ilusão, tanta, tanta!
Não posso me abater, eu sei
Meu Deus, quantas vezes mais
Eu vou chorar neste quarto branco?
Te amo
amo não só por amar
amo por teu sorriso
amo pelos seus olhos
amo por seu jeito
amo por sua sinceridade
amo por seu coração
não apenas por seu cabelo azul
mais por cada detalhe seu
por cada conversa
por cada momento
neles entreguei meus sentimentos
e te amo A todo momento
pois essa amizade vai ser eterna
nem a distancia , nem a saudade
limitarao, essa amizade.
Amor ao vento
Tento te encontrar
Tento me reencontrar
Pois quando eu te perdi
Me perdi primeiro
Vaguei nas noites mais escuras
Busquei salvação em coração gelado
Derreteu-se
Deu tudo certo
Esquentou-se
Esfriou-se
Não há mais paixão
Perdeu-se o amor
As chamas foram em vão
Tamanha emoção
Era meu furacão
Bagunçou todo meu ser
Me encheu de esperança
Apagou toda a chama
Me levou em sua bagunça
Grande furacão
Bagunçou meu coração
Reconstruiu sua película
Estraçalhou sem decência
Não nasci poeta.
Mas poeta posso ser
O que não posso é te ter de volta
E contas minhas poesias a você
Quem sabe um dia talvez
Eu não me entregue a alguém
Não é minha vontade
Não é meu querer
Assim como eu não queria
Deixar você
Sei que sou difícil
Nem um pouco fácil de lidar
Mas garanto que comigo
Boas risadas você vai dar
Toda ilusão de amor
Aconteceu
Eu queria deixar a parte boa
Aquela que vc se entrega
A que eu me abro
Sem armaduras
Desarmados
Não consigo
Me lembro de você
Querido diário
Me fecha como um cadeado
Rodeado de pedaços de gelo
Se amar é deixar ir
Por que dói tanto?
Não acredito nisso
Porque eu te amo
E eu não quero te deixar ir
Mas você é um furacão
Na minha vida apenas passou
Bagunçando tudo
No começo eu até gostava
Mas agora dói
Confio no meu amor
Sei que errei
Sei que mudei
Sei que demonstrei
Sei que fiz de tudo
Sei que me entreguei
Ah mas e quando a saudade apertar?
Tome um chá
Escute uma boa música
Assista um bom filme
Converse com amigos
Saia para dançar
Leia um livro
Brinque com seus animais
Faça como eu, escreva
Aprenda um instrumento novo
Aprenda dirigir
Corra
Ande de bicicleta
Aprenda a dirigir
Escale morros e montanhas
Nade no rio
Se houver praia curta uma
Pegue um sol
Leia piadas
Veja uma série
Toque piano
Invada uma festa de penetra
Dance na chuva
Olhe a lua
Tire fotos novas
Atualize suas redes
Compre coisas que sempre quis
Faça academia
Pratique exercícios físicos
Faça uma faculdade
Trabalhe muito
Visite um museu
Conheça a biologia
Seja um artista
Pinte quadros
Viva, e se lembre
Apenas você está com saudades
Há um tempo que tudo é calmo
que os pássaros cantam em sincronia perfeita
há um tempo que não haverá dor
terá sorrisos aleatórios
dia sem cansaço
onde a insônia não nos perturbará
Há milhares de sorrisos
onde os dias serão apenas raios de sol
haverá alegria
haverá paixão
Será um dia diferente de hoje
onde tudo é agitado
os pássaros gritam, não cantam
há muita dor
sorrisos não são frequentes
cansaço extremo
muita insônia e dias sem dormir
não há um sorriso no rosto
onde os dias são chuvosos
não há alegria
há ódio