Poemas para Homens

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Três mais há neste mundo pelos quais anelam, pelos quais morrem e pelos quais matam os homens: mais fazenda; mais honra; mais vida.

Toda a sociedade que pretende assegurar a liberdade aos homens deve começar por garantir-lhes a existência.

Aqueles que nunca sofreram não sabem nada; não conhecem nem os bens nem os males; ignoram os homens; ignoram-se a si próprios.

Os homens são geralmente tão avaros do seu dinheiro, como pródigos dos seus conselhos.

Não haveria História mais insípida e insignificante que a dos homens, se todos tivessem juízo.

Os exemplos do passado marcam, sem comparação, mais os homens do que os do século respectivo.

Para bem conhecer os homens, é necessário primeiramente vê-los e praticá-los de perto, e depois estudá-los e meditá-los de longe.

Os loucos progrediram como tudo neste mundo. Agora reflectem e falam como os outros homens. Para distinguir um louco de um espírito são tem de se consultar um especialista.

Todos os grandes homens apenas agem e escrevem para desenvolver duas ou três ideias.

A mocidade expande-se para conhecer o mundo e os homens, a velhice contrai-se por havê-los conhecido.

O senso comum diz-nos que a terra é imóvel, que o sol gira à sua volta e que os homens que vivem nos antípodas andam de cabeça para baixo.

O que me interessa, é a vida dos homens que falharam visto significar isso que tentaram ir para além das suas possibilidades.

Para mim é um fato que, se todos os homens soubessem o que os outros dizem deles, não haveria quatro amigos no mundo. Isto resulta das contendas, que referências indiscretas ocasionalmente originam.

O que se qualifica em alguns homens como firmeza de carácter não é ordinariamente senão emperramento de opinião, incapacidade de progresso, ou imutabilidade da ignorância.

Acreditaria que a embriaguez tivesse sido para os homens a primeira ocasião e a primeira causa do riso; outro efeito próprio e particular do gênero humano.

Há homens que parecem grandes no horizonte da vida privada e pequenos no meridiano da vida pública.

Os homens entregam a alma como as mulheres o corpo, por zonas sucessivas e bem defendidas.

No mundo apenas há duas classes de homens: os que têm e os que ganham. Os primeiros deitam-se, os outros agitam-se.

Os homens poderiam parecer-nos mais justos ou menos injustos, se não exigíssemos deles mais do que podem ou devem dar-nos.

Não se reconhece tanto a ignorância dos homens no que confessam ignorar, como no que blasonam de saber melhor.