Poemas sobre Cães
É muito comum circular pelas redes sociais fotos de cães e gatos mal tratados ou que precisam de adoção. Estas ações são nobres com estes seres vivos em apuros. Na verdade, nenhum ser vivo mereçe isso...
Mas o que você está fazendo com o seu semelhante?
Ser humano não precisa de adoção?
As crianças não precisam de amparo e alimentação?
Você não se solidariza, pois elas são mais "difíceis de adestrar"?
Você finge "cegueira social" pois eles não se contentam apenas com ração e água?
Você chama atenção para os animais, pois (ainda) não existe "Hoteis para crianças"na qual quando você viaja ele ficaria lá?
Com tristeza, percebo que o ser humano não compreende (ou foge da compreensão) que o cãozinho de amanhã precisará ser cuidado pela criança de hoje.
Não maltrate nem desampare nenhum ser vivo, mas NUNCA ESQUEÇA que o ser humano faz parte desta fauna.
Diga não ao desamparo e a violência infantil.
CASAIS CÃES E GATOS!
Você é um deles?
Que está tudo bem e por uma bobeira, capricho, se arranham?
Vendo o perfil um gato e um cachorra, podemos ver que mesmo pela natureza contraditória comportamental e sentimental de ambos, é possível se dar bem mesmo que tudo pareça impossível. Existiu atração, respeito e nasceu o amor. As pessoas cão e gato são assim, parece que tudo é para dar errado, mas tem o fascínio um pelo outro, pelas diferenças que os unem e um sentimento que os invadem e lutam para dar certo. Use a inteligência emocional para que as diferenças sejam menores dia a dia, utilizando desta magia que os uniu, lapidando a forma de conseguir transmitir os sentimentos de raiva, discordâncias em diálogos profundos, mas com palavras medidas, leves, cultivando principalmente o tom de voz sem tons graves, altos, harmônicos, onde a linguagem corporal e vocal pareçam uma música suave e sempre orquestrando eu entendo você.... quanto mais pausado o som, sem ironias nos tons, mas o cão e o gato vão conseguir ouvir e refletir. Lembre sempre que a sabedoria é o conciliador e o equilíbrio.
Cães são encantadores e mestres em demonstrar amor
São puros, leais, bons companheiros
Mas o mundo não tem sido fácil para muitos deles
São tantos em condições precárias e de sofrimento.
São tantos que neste momento se encontram acorrentados a beira da loucura
São tantos amparados em um canil minúsculo, porque é tudo que o abrigo tem
São tantos caindo em mãos erradas
São tantos com fome, frio e medo nas calçadas.
São tantos sendo chutados e afastados
São tantos crédulos na última esperança
São tantos levados para o sofrimento
São tantos com as asas arrancadas
São tantos e tantos cães em diversos contextos envolvendo maus tratos, que não se dá conta de listar.
E tudo que nos resta, além de se indignar, é entender cada vez mais esse tanto de sofrimento, e lutar.
A gente só luta com o que conhece, é ele, o conhecimento, que impulsiona e da combustível para Lutar
Lutar, Dar Voz, Compartilhar, Conscientizar e Acreditar.
Colaborar para o andamento desta grande jornada que é a causa Animal, para um mundo mais justo, onde os animais possam viver com respeito e dignidade.
Há que ter esperança.
Vivemos uma história de amor
Onde os cães ladram e a caravana passa.
Eu não gosto e nem preciso importar-me com
o que os outros pensam a meu respeito.
Nem responder a quem me ofende
Estranho este nosso desencontro
que acabou sem começar.
As feridas, embora estejam fechadas, cicatrizadas,
podem sangrar sem serem vistas.
O homem que eu amo é a parte.
A parte de mim mais bonita e talvez a mais poética.
Embriagou-me com o seu beijo
Como um vinho doce numa taça alegre e deslumbrante.
Tentado imaginar tantos segredos
tantos sussurros na madrugada quente
como o nosso coração.
Senti a maciez dos teus dedos na minha pele, pele arrepiada.
Cheia de desejo nesta manhã.
Orvalhada de esperança, de sonhos simples, de brincadeiras.
Somos um casal bem apaixonado.
Sempre abraçados, agarrados à loucura.
No nosso, só nosso, quarto feito de sonhos e fantasias!
Almardente
Trinta cavalos a galopar,
quarenta colmeias a zumbinar.
Cem cães de caça a uivar,
cinquenta hienas a debochar.
“Como é o dia perfeito?”
Frívolo, furibundo, frio.
“Afinal, o que define algo bem-feito?”
Tudo aquilo que, em minh’alma, crio.
Duzentos violinos a orquestrar
este macambúzio imortal.
Ora, ora! Que abuso!
Tu só sairás quando eu mandar.
Tempestade, queime alegremente
tudo aquilo que era frio. Faça-o quente!
Dessa forma, em minha face surgirá sorriso demente
pois renascerá minh’almardente.
“Afinal, o que é uma alma?”
É tudo que compõe tua anticalma,
é sentimento alógico justaposto com adama.
Ensurdece-te com a frequência
alucinante que toca na minha cabeça.
Rasteje. Berre. Implore.
Trevo ser, suma! E, por mim, ore.
Amor de cães e gatos.
Nós, cães e gatos, quando partimos dessa vida, os nossos pais dizem que nos transformamos numa estrelinha do céu.
Quando eu virar uma estrelinha, senta com a tua filha, mostra-lhes o firmamento, escolhe uma estrela, e diz: esse gato virou estrela porque foi descuidado.
Mas ele, tentou nos dar o seu melhor, "acariciou as nossas pernas com a sua cauda, massageou a nossa barriga com as suas patinhas gordas, nos trouxe lagartixas de presente” para demonstrar o seu amor, ele foi um bom gato, e hoje ilumina a nossa noite.
Não é por mal eu ficar abraçadinho com cães, é que percebi que eles não são somente animais de estimação, mas sim amigos que sempre podemos precisar em relação aos homens que usam a palavra amor em forma de camuflagem.
*3°Filho da Tia Otília*
ESPERANÇA
Como é possível
Viver abandonado
Misturados com os cães e gatos
Sem nenhum
Ser racional
Para conversar?
Quando chove
Molha-se
Quando faz sol
Fica atrás
Da sombra da esperança.
Não dêem aos cães o que é santo, nem atirem pérolas aos porcos; eles poderiam pisá-las com os pés e, virando-se, despedaçar vocês. (Jesus)
“Para um asno, o feno é mais bem-vindo que o ouro”. (provérbio latino)
Podemos lembrar também do Mito da Caverna, de Platão, onde o escravo que se liberta das correntes e experimenta a liberdade e a realidade que até então desconhecia, sente vontade de compartilhar sua experiência e conhecimento aos demais que continuam escravos no interior da caverna. Não é compreendido por eles que por pouco o matariam.
A palavra “santo” é também traduzido por perfeito. Nem todos estão aptos para compreender coisas mais elevadas e devemos nos contentar em fazer-lhes bem dentro do possível.
Insônia
Os cães sempre latem ás seis da manhã
Freios dos carros e ônibus cantam nas ladeiras
O domingo se levantando de sábado
E eu indo pra cama, ainda acordado.
É impressionante a quantidade de cães vira-latas abandonados nas ruas das grandes cidades, cães enganados por seus donos com o discurso de "vamos passear" e sem desconfiarem; pois diferente dos seres humanos, os cães são fiéis e não mentem sentir o que não sentem; são despachados como uma bituca de cigarro para fora dos carros. Quantos cães desorientados, perdidos e sem saber dos perigos que os aguardam vagam pelas ruas, farejando uma forma de encontrar seus antigos lares, com fome, com sede, exaustos de uma jornada inútil, sem um destino real.
Muitos cães morrem durante essa viagem sem volta, cães anônimos, sem voz para gritarem, sem forças para se manifestarem. E a culpa dessa chacina que acontece todos os dias, não é de um típico assassino com uma arma na mão, se engana o cidadão que acredita na falsa ideia de Pôncio Pilatus do "lavo minhas mãos", pois é impossível se isentar dessa responsabilidade levando em conta que atrás de todo cão abandonado, sempre existe um ser humano desumano e cruel que analogamente os leva para um matadouro.
http://www.facebook.com/rascunhosescondidos
VARANDO A MADRUGADA
Noite já alta
Os cães ladram
Os gansos grasnam
Destravo o trinco da porta
Espio lá fora
Só uma tênue luz
Da lâmpada no quintal
Celular vira lanterna
Nada lá fora
Silencia a baderna
Clico a escuridão
Me recolho
Está frio
Volto pra cama
Me aconchego
Sossego...
mel - ((*_*))
Viagem imaginária
Na viagem imaginária,
Não tem grito de quero-quero
Nem latidos de cães na chegada.
Não tem cheiro de mato
Nem cachoeiras
Na beira da estrada.
Na viagem imaginária não tem limites
Não tem horários
Não tem palpites
Não tem contato.
Na viagem imaginária não tem obstáculos
Nem pra voar
Nem pra sonhar,
Assim, terá tudo o que você criar.
Boa noite
Boa noite pássaros voam, cães latem e pessoas são imprevisíveis, não aposte no interior do que não pode ver.
Ale✍️
Mescalina na água cristalina,
nuvens ligeiras no céu, cães e gatos de papel.
Meus olhos derretem e inundam o chão
Estrelas de fogo cobrem meu corpo
Num piscar eu vejo trilhas feitas por pianos, acordes suaves em meus ouvidos, gritos pingos d'água eu ouço vindos do infinito.
A luz da lua invade meu quarto secando o chão, trompetes voadores círculos sagrados imergem em minha imaginação,
Meu corpo quieto flutua ao lado do meu cérebro.
Pingos de sonhos começam a sair do teto me levando para baixo
vejo meu medo passar pelo meu cérebro cheio de luzes e cores.
Refletindo a sombra do meu corpo o sol começa a surgir entre olhos fechados.
Eu sentado acordo com a impressão de ter sonhado.
Quando os cães morrem
Vão para um céu especial
Com plantações de ossos
Para serem roídos
Em tardes preguiçosas.
Com águas frescas
Para saciar sedes animais
E refrescar línguas enormes.
Com lugares amenos
Para deitar e coçar
Coceiras e pulgas.
Com quintais e gatos
Para rosnados ferozes
E dentes cheios de ameaças.
Mas as noites são tristes
No céu dos cães.
À noite, olham para a Terra,
Uivam lamentos
E choram,
Inconsoláveis,
A falta de seus donos...
Ouça os cães uivando fora do tom
Para um hino chamado "fé e miséria"
E sangrando, a companhia perdeu a guerra hoje.
A Cidade do Poeta
"Sob o sol do Sul, um ipê se aproximava
do andarilho com seus cães. Mas, metralhadoras
na favela...
Ainda assim,
o artista libertou os domesticados:
bem se escondeu; mal correu — desacorrentado.
Pródigo, o ipê ofertava ao poeta
seu raro amarelo nítido: ensinava
que o belo é meio, não um fim, ao infinito.
Mas, metralhadoras numa vilela...
De longe, saltitantes, bem e mal
retornaram às coleiras imaginárias
do consagrador de palavras,
mas o amarelo inovador com gravidade
foi ferido
no cantarejar das metralhadoras
na viela:
um pequeno lusíada mestiço,
num beco brincando com a vida,
morreu — sem saída."
Leões na rua & deambulando
Cães com o cio, enfurecidos, espumando
Uma besta encurralada no coração da cidade
O corpo da sua mãe
Apodrecendo no chão veronil
Ele abandonou a cidade
Foi para o Sul
E atravessou a fronteira
Deixou o caos & a desordem
Para trás
Por cima do ombro
Uma manhã ele acordou num hotel verde
Com uma estranha criatura gemendo ao seu lado.
Suada lamacenta da sua pele brilhante.
Estão todos?
Estão todos?
Estão todos?
A cerimónia está prestesa começar.
Acordem
Acordem!
Vocês não se lembram onde foi
Terá este sonho parado?
A serpente era ouro pálido acetinada & encolhida
Tínhamos medo de tocá-la.
Os lençóis eram quentes e mortas prisões.
E ela estava a meu lado, velha,
Ele é, não; jovem.
O seu escuro cabelo ruivo.
A suave pele branca.
Agora, corre para o espelho da casa-de-banho,
Olha!
Ela vem para cá.
Não consigo viver em cada lento século do seu movimento.
Deixo a minha bochecha escorregar
O ladrilho fresco e suave
Sente o bom e frio sangue borbulhante.
Os silvos suaves, serpentes de chuva...