Poemas para a Mãe

Cerca de 8368 poemas para a Mãe

Mãe entre Ciprestes -

Mãe que vives entre ciprestes e ventos
intacta como o silêncio ...

Mãe-terra, na terra serena,
adornada de mim,
feita de noites e Sóis
beijada pela Lua!

Mãe das pálpebras caídas
que não arde nem fala ...

Mãe do azul que nos legou
sob um mar de ventanias,
agreste e verde,
com vontade de ficar!

Mãe pura sobre os sonhos
com passos de andorinhas
cansadas de voar ...

Mãe! Intacta e casta como a água
que cai de todos os silêncios
sob as lousas frias, brancas,
que se fecham em saudades ...

Ó minha mãe ... minha Mãe ...

(Dedicando à tia Maria Eduarda Salgueiro estes versos, neste novo estar, da sua vida ... agora!)

Inserida por Eliot

⁠A Teus pés querida Mãe pomos
as horas que vivemos: os sonhos, as dores, as desilusões ...
Que Teus olhos, esses que trespassam
a linha dos poentes horizontes,
se inclinem para cada um de nós,
que Teu olhar posto nas curvas da
Eternidade possa abraçar os destinos
que vivemos ...

"Cheia de Graça Mãe Pia
defende-nos do inimigo
e na última agonía
achemos em Ti abrigo!"

Nossa Senhora ampara os nossos malogrados corações ...

Inserida por Eliot

⁠Do Nascimento à Vida do Poeta -

Numa tarde quente de Abril
minha mãe levada a parto
sofreu venturas mil
ao parir-me nesse quarto.

Nasci em dia sem razão
dum porquê que me transcende
a Vida comeu-me o coração
como um verso que nos prende.

E assim no quarto escuro
da minha longa podridão
nasci velho prematuro
com mil facas na mão.

E na verdade que perdura
num presente que é ausência
meus olhos de loucura
eram filhos da demência.

E sentia um vazio
que não podia compensar
minha mãe que me traiu
deu-me à vida p'ra penar.

Havia em torno Primavera
mas em mim era Inverno
ter morrido, quem me dera,
estava longe deste Inferno!

E o Pai que nunca tive
foi carrasco do Poeta,
mas quem sofre e sobrevive,
se não morre, recupera ...

A esperança estava a meio
entre os dois que era eu
e a metade de estar cheio
foi a dor que não doeu!

É o amor exactidão
p'ró destino indisponivel
mas quem sabe se a razão
não liberta o impossivel!

E p'ró mistério de chegar
fui matando a paciência,
fui levado a deixar
tão cedo a inocência ...

Fui velho ao nascer
num sangrar até doer,
velho sou e hei-de ser
sempre velho até morrer!

Inserida por Eliot

⁠A Culpa do Poeta -

Minha mãe eu sou poeta
num mundo sem sentido
a lágrima d'um Touro, (asceta)
que da manada está perdido ...

Não estou vivo nem estou morto!
Minha mãe que culpa tens?...
Não tens culpa deste aborto!
Diz-me ó morte quando vens!!...

Minha mãe de quem a culpa
se não é minha nem é tua?!
Quem me deu a triste luta
que m'enlouquece pela rua?!

Sou o grito d'um vulcão
que quer a terra prometida,
que mentira d'alcatrão
numa estrada à deriva!

Sou culpa e condenado,
assassino sem ter morto,
sou um preso não julgado
nas cadeias deste corpo.

E que culpa terei eu
de estar vivo num caixão?!
O destino quem mo deu
foi alguém sem coração ...

E que culpa tem a vida
deste gosto amargo e doce
que uma gente desconhecida
ao meu corpo sempre trouxe?!

Vou pegar o meu destino
como um touro em plena Praça!
Mas a Glória do bovino
é ser morto por ter raça!

Fecho os olhos, lembro a vida,
ai esquece-la quem me dera,
minha ânsia consumida
é só culpa do Poeta!

Inserida por Eliot

⁠Adeus Mãe -

Adeus mãe, quero morrer
vou partir p'ra qualquer parte
vou-me embora p'ra esquecer!
Vou aonde?! Ninguém sabe!

Vou além do que é possivel
adeus mãe, quero morrer
este mundo é invisivel
quero dele me perder!

Nunca soube onde viver
nada fui e nada sou
adeus mãe, quero morrer
não sei bem aonde vou!

Já não quero o amanhã
o amanhã faz-me sofrer
minha vida foi tão estranha
adeus mãe, quero morrer!

Inserida por Eliot

⁠Mãe -

Se escutasses este fado
minha mãe a esta hora
esse teu olhar cansado
não teria ido embora.

Tu partiste e eu perdi
teu regaço doce e quente
minha mãe quanto eu sofri
ao partires para sempre.

Esse teu último olhar
foi p'ra mim último beijo
minha mãe vi-te a chorar
numa ânsia, num desejo.

Minha mãe, ó minha mãe
se na vida tudo passa
por que não passa também
esta dor que ainda me abraça.

Inserida por Eliot

⁠Oração à Senhora da Graça -

Senhora da Graça
Mãe dos desvalidos,
dos sem esperança, caídos
em busca de um caminho
de Fé e confiança!
Escuta a oração,
a prece, a petição,
que deixamos a teus pés
neste instante de solidão.
Senhora que não descansas
que proteges as crianças
no ninho do teu regaço,
abençoa a nossa mágoa
e alumia a escuridão
que em tantas horas sem vida
nos invade o coração.
Deixamos a teus pés,
Senhora da Graça,
as dores e os cansaços,
os medos e as tristezas,
todos os sem fé,
cada dor dos nossos Passos,
quem nos ama e nos odeia.
Tudo, Senhora,
sobre o vosso altar,
junto à vela que se ateia
ao critério do vosso olhar!
Senhora cheia de Graça,
no teu encanto, no teu sorriso,
o Olhar de Deus esvoaça
e eu encontro um sentido!
Meu porto! Meu amparo!
Minha casa!
Torna as nossas dores
mais leves e o nosso acreditar
com mais esperança.
Senhora da Graça, lança sobre nós
bençãos de amor, de paz e confiança!

Inserida por Eliot

Saudades dela, saudades de minha mãe.


Saudades dela
Saudades de minha mãe
Hoje o dia seria só dela
Alegria contagiante
Sorriso inigualável
Vai tristeza embora
Isso não combina com ela
Deixa a música tocar
Vamos dançar
Lembrar os tempos de alegria
Agradecer a sorte de sermos filhos dela
Os momentos passam
Mas viver sem lembrar é impossível
Temos tanto para contar
E hoje reunidos compartilhamos o nosso melhor
Deu aquela pontadinha de saudade
Sentimos falta
Mas calados nós olhamos
Um abraço gostoso, um sorriso no rosto
Uma saudade combinada com o amor
E a certeza de que aonde estiver se orgulha de nós
Somos parte de você
Cuidamos do que deixou
O seu bem mais precioso
Que para nós tem muito valor
Os valores de uma vida
Que sempre nós ensinou
Base firme, solida
Um exemplo de amor
Hoje somos um pouquinho
E tentamos seguir o exemplo
De tudo que nós passou
A noite chegou
Mais um dia se acabou
E você minha mãe querida
Será sempre meu amor.



Poesia de
Islene Souza
Enviado por Islene Souza em 08/05/2016
Código do texto: T5629522
Classificação de conteúdo: seguro

Inserida por ISLENESOUZA

⁠Uma Estrela Que Nasce,Antes Do Céu.


Uma estrela,em algum momento vem.
Uma estrela,uma mãe de luz.
E quando é manhã,é porque o Sol,está.
Em uma beleza azul,o Sol irá fazer algo além.
Quando um azul,surge do nada,o amor se retrata.
E uma estrela,ofuscando significados,retorna ao seu céu.
E traz,o dia azul.
E faz,o céu girar.
Uma estrela conhecida,por brilhar mais do que as outras, pelo menos ao meu olhar,e coração.
Uma luz que contorna o céu,e vai.
É o Sol que vem,pois é mais um dia.
O Sol é luz de amar.
Amor de você,por ser uma estrela feliz.
Algumas vezes,aquela luz parece ser,de uma estrela pequena,com um ardor sem segundas intenções.
Em outras vezes,é uma estrela maior,em céus de papel.
Linda estrela,de todas as manhãs.
Das maçãs,das oliveiras,e dos jardins.
Luz do dia,luz na agonia do frio,luz em lagos,e em agrados.
Estrela amarela,pelo amor,no entardecer um alaranjado momento.
Estrela que guia,cartas ao vento,certas cartas de amor.
Luz por onde for,pelo tempo do amor,estrela Sol.
Estrela apaixonada, apaixonante e certamente,amor.
O céu é a sua liberdade.
O azul,é a sua perdição.
O céu tem outras estrelas,mas o Sol é somente nesse sistema.
Seu sistema solar,grandioso e equivalente em beleza.
Mas os céus,nesse planeta azul,são os lugares dessa estrela maior.
Lindo Sol sem neblinas.
Linda luz,que fascina.
Luz do amor que fica,estrela-mãe de todas as manhãs.
Para toda a eternidade,Sol.

Inserida por FFabricioHerenio

⁠"Minha mãe aplaudiu tão alto que eu nunca percebi quem não aplaudiu"

Essa frase resume o tipo de Mãe que quero ser para minha Filha(o) Autista: Aquela que vibra por cada conquista, que faz o amor e o apoio ecoarem tão forte que nenhuma crítica ou olhar alheio pode abalar. Quero ser a Mãe que transforma os desafios em celebração e, com orgulho, aplaude cada pequeno passo, porque cada um deles é uma vitória imensa!
Sigamos firmes, sendo sempre a torcida mais barulhenta e o suporte mais forte.

Inserida por sukapriscile2015

⁠NÃO MINIMIZE A DOR DE UMA MÃE ATÍPICA

Cada batalha invisível que ela enfrenta carrega um peso imenso, mesmo que muitos não vejam. Ela luta diariamente com amor, cansaço e força, sempre colocando as ecessidades do Filho(a) Autista em primeiro lugar. Às vezes, o que ela precisa é apenas de compreensão, de um abraço bem forte, um olhar de apoio e o reconhecimento de que sua jornada é única, mas que sua resiliência brilha em cada passo!

Inserida por sukapriscile2015

Série: Minicontos

⁠MINIMIZOU
Um dia minha mãe furiosa perguntou: Quem comeu o pudim de jiló na geladeira?
- Resmunguei! - E ela logo relutou: Não faça rodeios, seja breve e conte tudo...

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Sempre que possível, valorize seus pais e sua mãe. Lembre-se de que estão sempre ao seu lado, e que um dia eles se vão, deixando-lhe com saudades. Então, aproveite o tempo que você tem com eles e mostre o quanto os ama. Além disso, não se esqueça de dar o devido valor às pessoas que já estão em sua vida há muito tempo, pois elas também têm sonhos e desejos que não foram realizados. Valorize-os e reconheça o quanto eles significam para você.

Com lágrimas nos olhos, escrevo este texto com muito carinho. É triste pensar que muitas crianças não tiveram a oportunidade de realizar seus sonhos jovens, pois foram tiradas cedo demais deste mundo. É uma tristeza ainda maior quando pensamos que, muitas vezes, essas crianças não tiveram a chance de receber o carinho e os valores que somente um pai pode oferecer.

É triste ver como poucos filhos dão valor aos seus pais e avós, enquanto outros vão para festas, causam confusão, usam drogas e desrespeitam a autoridade de seus pais que envelhecem. Há tantas crianças que não tiveram oportunidade de conhecer seus pais e avós, que não tiveram a chance de receber carinho e amor. O que elas mais desejariam seria ter um pai e uma mãe que dessem valor a elas e demonstrar afeto.

LIÇAO DA CONZINHA

Observando enquanto minha mãe cozinhava aprendi uma coisa muito importante.

Para chegar no tempero certo ela nunca coloca uma única quantidade de sal, mais sempre em pitadinhas até conseguir.

Comparando essa experiência com nossa vida, percebi que o diabo nunca lança suas armadilhas de uma vez ele vai colocando uma pitadinha de cada vez no coração da pessoa, uma vaidade aqui, um sentimento ali, um pensamento lá até no final conseguir seu objetivo central, tirar a pessoa dos bons caminhos.
E se vc deixar levar, pensar que um pouquinho não tem problema, só mais um pouquinho, lembre-se é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Inserida por GABRIELBRANDAO

⁠ERA

Como se fosse hoje, minha mãe partiu
Num treze de maio que o Maio sentiu
Como se fosse a mãe dele a fugir
Para outro maio de sentir
Como ele sentiu.
Era Fátima no altar do mundo
Era esse o mundo de minha mãe
Deixando os que amava em horror profundo
E a Fatinha dela, pequenina, também.
Era o desabar de vidas coloridas
Entre flores vivas, vividas
E num relâmpago destruídas
Por um raio de vidas partidas.
Era, como se fosse hoje, treze de um maio
De há quarenta e cinco idos, falidos
Nos gemidos de minha moribunda mãe
Ao ir-se sem o primogénito ver...
Meu Deus, que razão de sofrer !?
Que castigos!
Só depois de tu ires, ó Cristo é que foi a tua mãe!
Eu que tanto queria partir em vez da minha
Choro agora e sempre, pela manhãzinha
A dor que só sente quem a não tem...

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠MÃE CANTA PARA MIM

Canta:
As tuas ladainhas de embalar,
Nas noites de menino a arfar
À procura de um sono imenso
Com cheiro a fumo de incenso
Para quebrar o quebranto
No desencanto
Do mau-olhado
Rezado e talhado
Na cruz de Cristo
Ensebada
Por mãos de outros usada
Na renegação do malquisto
Que vem pela calada
Na inocência
Até à velhice da demência
Sem nunca parar o maldito
Do proscrito.
Mãe:
Vem.
Canta para mim.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-10-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

VINTE ANOS E

⁠Contei os natais com ela
Maria, minha mãe.
Vinte e tantos no presépio
Comigo, José filho,
Em nome de meu pai, Manuel.

Era a Gruta de Belém,
Porém,
Quase parecendo a outra,
Era o meu Natal puro,
Que os meus de agora esconjuro,
Neste destino cruel!

Foi-se a mãe;
Meu pai, seguiu-a além,
Fiquei eu, menino patético!
Que natal tão estépico,
Mais senil que poético,
Este de agora meu
Pobre que sou pigmeu,
Desde que minha mãe morreu
Há distância de esperanças mil,
Depois das águas de Abril.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 22-12-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠ALTARES

Anos vão.
Construi e tenho no meu quarto
Numa cómoda velha de minha mãe,
Um santuário,
Tipo berçário,
Que acolhe alguns santos
Do reino que Deus tem.

Uns mais que outros, sacrossantos,
Para mim.

E assim,
Talvez pela memória
Feita só estória
De querer afastar medos e quebrantos
Em simples peças de barro,
Já em padecimentos de sarro.

E cada vez mais eu reparo
Que neste mundo às avessas,
A quem faltar fé ou faro
Baterá em portas travessas.

Ravessas, elas só se abrirão
Por senha ou pela beatice,
Sempre esta minha tolice
De não aceitar sermão.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-03-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

⁠O MENINO E A BOLA

Ele ia atrás da bola.
Que belo, ele a correr
O menino de sua mãe,
Que Deus a conserve e tem
No enlace com seu pai,
Em risonho amor de viver.

Chuta, vá meu pequenino,
Afaga os teus pezitos na bola,
Com o esquerdo ou o direito
O teu chutar é perfeito,
Rumo ao verdadeiro destino
Traçado na camisola.

E no passar do sol pela lua,
Pelo fogo, pelo ar, pela água
Sem mágoa
E pela terra,
Um dia, nunca te esqueças
Peço-te, não esmoreças,
Pois a vida será sempre tua
Nua e crua,
Pela verdade que encerra.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 01-04-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

TERRA-MÃE

⁠Vinha o outono, de mansinho, a caminho.
Caíam chuviscos, ariscos, na terra-mãe.

Mostrava ela o interior do útero em ferida,
Naquela terra mártir em sôfrego revolvida,
Depois de lhe apararem os frutos do pão.

Daquele pão que ela nos dá airosa,
Famintos que somos do seu sabor
Que mata a fome da boca e do amor,
Mesmo quando a pedra nos sabe a rosa.

Era aquela terra, seio esventrado
Pela charrua crua e pelo arado,
Que depois serena acolhia a semente
Nas entranhas do húmus complacente.

Parecia-me uma mãe dolorosa
Que tinha acabado de dar à luz
Tantos filhos de uma vez só,
Que até o Criador celeste facundo
Em tom suave e místico, profundo,
Num clarão celeste que cega e seduz
Lhe começou a chamar de forma ardilosa,
Terra-mãe e avó-terra e eterna do mundo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-09-2023)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro