Poemas Nostalgia
Ficamos sempre com a sensação de que poderíamos ter feito melhor....
Às vezes, é só mesmo sensação....
Dizemos que o tempo tudo cura.... Meia verdade.... O tempo ajuda a curar feridas mas nunca traz as pessoas que perdemos. Fica um vazio inconsolável, uma cadeira por ocupar, um sorriso no pensamento, palavras e palavras em silêncio.... Ficam as memórias e recordações somente.... Até que possamos estar juntos naquele mundo espiritual... Que cremos existir algures.... Essa convicção é que nos faz continuar a caminhada....
Sabemos que existe um lugar especial onde estão todos os nossos ente queridos. Mas custa olhar para o lugar e ver um vazio.... Um vazio que ninguém mais ocupará....
As lembranças são como vinho de uma boa safra guardadas na garrafa da memória. Vez ou outra, por mero descuido ou propósito a abrimos e nos embriagamos de saudades.
Há pessoas que ficam presas na infância e adolescência vendo e guardando coisas do passado sob a desculpa de nostalgia, acabam sendo irresponsáveis e atrasando a própria vida.
Não se iluda com jovialidade do seu presente pois um dia quando se olhar no espelho perceberá que ela também já virou passado
Sobre esse dia... Recém outono, chuvoso, um tanto triste, ou talvez melancólico. Talvez sejam meus dramas internos. Mas eu sinto. Não quero fingir que não esta tudo bem, até porque agora não esta.
Logo tudo passará...
Dentro do tempo a potência vital é dilacerada pela onipotência que cessa o todo. Aproveite os momentos como algo sui generis, ímpar, singular, raro, extraordinário e incrível, porque no corredor da vida o refúgio da existência torna-se nostalgia decorrente do tempo.
São tantos eus que carrego comigo ao longo da vida que acabei ficando com os passos lentos, com o olhar cansado e com essa alma nostálgica de quem esqueceu os sonhos em algum canto da memória.
O que você viveu ou aprendeu, será sempre seu!
Isto, ninguém te rouba, pois o cofre será a sua memória.
Olhando pela janela do trem, me lembro perfeitamente de quando era menina. Sonhos e mais sonhos cheios de fantasia. Chega meu local de embarque. Já sou uma mulher? Parte de mim acredita que sim, pelas responsabilidades do dia a dia.
E a outra parte ficou no trem, vagando entre pensamentos e fantasias, fugindo da realidade e sendo feliz. Ela está vivendo! A menina vive, penso eu. A mulher, sobrevive.
Vasto quando aberto, parece tão solido de longe, como se pudéssemos caminhar sobre ele. Azul ou verde, intenso, como um sonho dentro de outro sonho. A espuma branca das ondas que aparenta querer nos dissolver na areia. Sabemos que é perigoso quando bravio, e nos arriscamos a nado sob o risco de naufrágio, atraídos ou pelo gosto salgado do caldo ou pelo canto doce da sereia. Selva marinha rasa e profunda, jardim de nuvens distantes, litoral de praias cheias de gente e orlas de solidão. Tempestades no pacífico, calmarias no atlântico, brincar nas águas, fazer amor no oceano. metade da minha alma é feita de nostalgia, a outra de maresia. Maré cheia, maré vazia, como o pulsar de um coração apaixonado, barcos navegando sem destino, tempestades e trovão, tem um pedaço de mar cravado em cada gota da minha biografia.
Por muito tempo andara em uma estrada conhecida, por vezes, esbarrava em algumas paisagens lindas. Entre idas e vindas, passeios e estadias, pensamentos e devaneios, me veio uma lembrança muito gostosa de sentir. Foi um momento nostálgico. Uma retrospectiva de um quinquênio passou em minha cabeça numa fração de segundos. Foi intenso, foi estarrecedor. Me pego pensando nesta nostalgia que me fez viajar em preciosas lembranças. Penso na dor que os nós causam quando não podemos expressar o sentimento vivido; talvez esse seja o real significado de viver um momento nostálgico, um retrato guardado no porão da memória: olhar pros nós da algia que você sente. De imaginar O nós que se foi um dia e, que, por um momento, virou uma dor sem medida. A nostalgia de hoje me fez lembrar de nós, dos nós, e de como esse nós foi feito e, consequentemente, como foi desfeito. A lembrança de hoje me fez lembrar dos nós, de nós, e de como doeu em mim quando o nó se desfez. O nó da algia que sinto hoje me traz O nós que vivi outrora. Nunca tinha parado para contemplar a paisagem da estrada que sempre passei, nela tinha uma estação; ali, passavam-se trens com várias locomotivas. O nós começou ali quando a porta se abriu, quando o coração se abriu. E não poderia ser diferente... no final da estação a porta se abriu, descemos, um nó se formou, a porta se fechou. Ficou a lembrança. Ficou a dor prazerosa de sentir a mesma sensação de quando O nós aconteceu. Ficou a dor do nó. Depois de tanto sentir, talvez tenha encontrado o verdadeiro significado da nostalgia: reviver a dor do nó que não consegui desatar e nem mesmo expressar.
Todos os bons momentos que poderíamos ter vivido juntos, momentos que foram alvo de promessas algumas vezes, esses já não podem mais ser vividos, muito menos contemplados pelo doce som de sua risada, nem pelo brilho suave de seu olhos.
Uns cantam quando riem, outros quando choram, eu quando bebo, porque choro rindo, misturando todos os sentimentos em uma só dose