Poemas Nostalgia
Arrancaria eu os olhos do coração?
Pra assim perder a emoção
De vê-lo novamente?
transformaria então,
nostalgia consequentemente...
CHEGA UM DIA
Como tudo na vida, chega um dia. Chega um dia que a gente se apaixona, chega o dia que nós amamos e nosso corpo todo corresponde aos calafrios do amor. Um dia chega o sufoco. Chegam às brigas. Com o tempo, chega o dia que não dá mais, e o dia que cada um irá seguir seu próprio caminho sozinho.
Queremos uma vida nova, não suportaremos a rotina nem mais um dia. Chegou o dia que nós decidimos mudar o endereço do GPS da nossa vida e vamos à busca de algo novo. O que é o novo, nós não sabemos, mas vai chegar um dia que iremos saber.
As horas passam ligeiro, os dias nos passam a perna e tombamos no dia da TPM. Chega um dia que ela vai embora e nos permitimos sentir um sentimento por dia. O dia do alívio, onde voltamos a sermos quem realmente somos.
Chegam-se os dias festivos, batizados, aniversários, formaturas, casamentos, nascimento dos filhos e assim por diante. Chega o dia nostálgico, a pilha de fotos de um lado do sofá e você de outro. As lembranças, promessas, as expectativas, os sonhos e junto delas a realidade. Tudo junto em uma fotografia. Chegam-se as lágrimas, dias de saudade.
Os dias chegam e nunca ficam. Chega um dia novo todo dia. Os dias velhos também chegam para os amantes da nostalgia. Tudo tem seu dia, cada um com a chegada merecida, a entrada triunfante. Mas bom mesmo é quando chega o dia que aprendermos a valorizar cada dia nosso, com as suas angústias, sua correria, sua calmaria, seu tédio todo, a alegria passageira, as noticias boas, a superação de noticias más, enfim, a felicidade de mais um dia que chega.
Me joguei do abismo para o encontro com a vida;
Re encontrei os amigos, de toda forma meu recanto;
Relembrando historias, nostalgia me veio logo;
De que momentos bons não duram por muito tempo;
Hoje guardo a lembrança, olho pra traz e sei de que fui/sou felizardo;
Na medida de que a vida me concede coisas boas ao mesmo tempo me tira;
Me vi no presente, momentos depois me vi recordando o antigo presente,
Repentino
Nossa musica nunca mais tocou. Aquele abraço nunca mais rolou. O meu colo ainda espero em ti e ainda tenho medo de me sentir assim. Aquela velha nostalgia me encontra e me faz querer chorar. Você me falou pra não me preocupar. Que era uma coisa besta. Pena que suas palavras brigam com meus sentimentos.
Sei que quando nossas íris se encontram, elas contam historias. Elas ficam felizes em relembrar aquela cena. Você sentado na janela, fumando mais um cigarro enquanto eu deitada materializava o futuro perfeito, com muitas xícaras de café e um cachorro grande. Mas aí, você se transforma. Vira as costas e não quer mais saber. Dói. Dói por ser tão perfeito.
Nove meses para ser feliz. Nove meses para parar com essa mania de sofrer. Sinto-me como uma aprendiza. Uma criança que não sabe de nada e com medo do futuro. E você como um professor as vezes sem paciência. Lamento não te dar as maçãs.
Eu te encontrei e quis duvidar da possível razão de ser feliz. Mas quem imaginaria?
Me tira daqui, me leva pra longe e diz mais uma vez que o amor ainda existe. Que todo aquele rímel borrado não voltará. E que as flores colhidas do jardim serão para coroar uma rainha.
Certeza? Nenhuma. Vontade? Muita. Amor? É o que não falta.
Eu só espero ansiosa o dia que vou ser coroada rainha de mim.
"Tão perto de mim, mas não posso tocá- la, procuro um jeito de você me ver, lamentos, minha querida, meu peito sangra....
Olhar tão doce, como um beijo que nunca será esquecido,
Envenena a alma, transforma os sentidos,
Palida pele, reluz com os primeiros raios do luar
Esqueço-me do mundo, nada mais sinto,
Ate que um cheiro familiar me apresenta, de volta à realidade,
Sons ecoam, ressoar de um sino,
Volto a ser criança, pequeno, apenas um menino,
Desperto de um "transe", extasiado, paralisado,
O mundo em preto e branco ganha cor,
Começando pelo brilho de um olhar,
Que estará sempre em meus sonhos,
Tento manter o foco, mas tudo até sempre me fará lembrar..."
Carvalho Do Dia
"08-12-2015"
Hoje eu acordei
com o gosto de você
na boca,
seu cheiro em mim
uma coisa sua que
ficou aqui...
No meu travesseiro
encontrei um fíu
do seu cabelo, laranja,
como um lembrete
de um daqueles
momentos loucos
que vivemos por alguns
instantes, amantes, talvez.
Mais intenso do que
qualquer uma das outras vezes
nos provocamos, aprazerdes,
uma suavidez em te tocar com
calma, e devagar te sentir
teu gosto bom, com morangos
sim, nos sentir e consentir
delícia, prazer, êxtase que
os anos não vão extinguir.
Mesmo sem saber
se ainda vou te ver
e ate quando vou poder
te ver, eu curto você, abraço você
arrepio você, devoro você, mordo você
beijo você, aperto você
e sempre solto você,
vejo você ir e vir,
sempre é bom te rever
hoje eu acordei com
o gosto de você.
A caminho do trabalho, fumando um cigarro
vi um senhor tamborilando em uma grade
Lembrei de mim mesmo quando pequeno
O hábito de dedilhar os portões sempre me acompanhava,
algo que me fazia imensamente alegre.
Hoje batuco um cigarro em quanto caminho,
e a vida me leva para frente e para trás no inspirar e expirar de fumaça e lembranças
Deixei de dedilhar portões mas não deixei de ser feliz afinal
Sabiás e Bem-te-vis
(Gleidson Melo)
Sabiás e bem-te-vis fazem uma festa grandiosa do amanhecer em Recife. O brilho do sol aquece a areia da praia. A paisagem deslumbrante e banhada pelas ondas do mar verde-esmeralda faz o dia resplandecer com harmonia e felicidade. Num clima de beleza sem igual, quero passar os meus dias. Com tranquilidade, o meu desejo é o de viver e poder viajar no vento, que acalma e funciona como terapia d’alma. Nos cajueiros frondosos, os pássaros repousam nos galhos e se alimentam dos frutos doces e carnudos, dando um ar de graça e equilíbrio com a natureza. A cidade festeja o ano inteiro e a cultura regional põe à prova um sabor todo especial e cativante para os visitantes, que cruzam as pontes em busca de novas descobertas e do prazer de estarem presentes. Em paz, descanso na sombra dos coqueiros, embalado ao som de uma música tipicamente regional.
Passas as noites em branco,
cansado, sem forças, mas pintas.
Na tela, vês uma janela,
mesmo sentindo que estás-te nas tintas.
Se pintas aquilo que sentes,
não mais finjas a tua dor.
Não ocultes as linhas da tela
que reproduzes com tintas sem cor.
Se sentes e choras, pintor ,
que a arte não pode mudar-te.
Deixa levar-te pelo vento
que os pincéis hão-de abraçar-te.
Mas caro pintor, chorar por amor
não é deixar de sentir a paixão.
Pega na tela, e faz-te a ela
que o cavalete suporta a razão.
Lembras-te dela, ao ver na janela,
sem que ela saiba da tua existência.
Inspiras-te nela, e pões na paleta
as tintas da inocência.
E nas tuas mãos arrasadas, manchadas
de tonalidades sem cor,
pousa a tinta, que passa na tela
para expressar o que sentes pintor.
Liberta essa dor, caro artista.
Liberta o furor, suja essas mãos.
Levanta os pincéis, pousa a bebida,
onde te vais afogando em vão.
Já pensou que quando você era criança todo mundo gostava de você? Não? Nunca parou pra pensar? Então pare agora.
Mesmo que sua fralda esteja cheia, ou você esteja toda suada, os adultos sempre olham pra você com um olhar meigo, um olhar amoroso e carinhoso. Sim, todos te pegam no colo quando você chora e tenta te acalmar, todos falam delicadamente com você, quando criança. E qualquer coisa que uma criança faça, como até mesmo enfiar o dedo no nariz e depois na boca é motivo de risada.
Porque ? Porque não tratarmos a todos como se fossem crianças? E eu não digo no aspecto de tirar responsabilidades ou diminuir maturidade, mas sim de tratar com amor o próximo, com respeito, de amparar quando preciso, mesmo que por coisas bobas.
Que a infância possa nos invadir sempre, e que faça dos nossos corações a inocência brotar.
Ver-te.
Desculpa sonho meu, mas já nem posso ver-te,
já não posso toca-lo, senti-lo ou ama-lo. Ver-te
é como caminhar na praia e não poder mergulhar
em suas águas, é ouvir a voz do vento e não sentir
teu frescor. Ver-te é como tocar a rosa e sentir
seu espinho a sangrar meus dedos. A ferir a alma
no impace do desejo. Mas o que sangra é o meu
peito que em meio ao deserto de ilusões ao longe
ver-te no infinito do desejo alheio, ver-te partir
sem medo. Meus olhos já não o alcança, nem o faz
voltar com meu canto e assim percebo que não
mais encanto esse ser. Pra onde foi sonho meu?
Viajou longe pra nunca mais voltar ao conto de
meu desejo.
Queria ser como um pássaro, para nas asas do vento poder voar.
E queria ser como o vento, para no céu sem limites poder soprar.
Queria ser como um peixe, para no mais profundo dos mares mergulhar.
E queria ser como o imenso mar, para nas grandes fronteiras do mundo circular.
Eu queria um dia voltar a inocência, e correr pelas ruas sem medo de errar.
E como uma criancinha boba, sem saber dos desafios que poderiam me encontrar.
Eu queria voltar ao passado, e como quem hoje sou ir para me encontrar.
E para mim um alerta levar, "o mundo é perigoso mas não chores, pois em tudo vai suportar."
Fecho! Fecho os olhos para a realidade. Ela dói.
Vivo meu vazio coroado por pequenas vitórias que me alimentam
Que me levam, que me empurram para mais um dia em que meu ser se destrói
se constrói...e se destrói.
Sair à rua com as vestes da coragem e deixar fugir mais um dia.
Antes, abraçava a noite; hoje, sou abraçada por ela.
Já não me movo em busca dos sonhos. Fujo da falsa alegria...
Estou sempre só. Esperança é o que me mantém
Da cura, da paz e do bem de alguém
Todo o resto, é nostalgia...
"Depois do beijo sem consentimento
Meus braços se abrandaram pra te receber
Encaixei-me mesmo sem caber
Em meio aquele teu jeito tão desatento.
Teu cheiro percorrendo meus espaços
Palavras necessárias eram agora escassas,
Um rosto libertador num mundo de desgraças,
Teus toques juntando meus pedaços.
Afoguei-me em teus abraços,
Larguei-me na inconsequência
Em meio a crises de abstinência
Nos teus passos descompassados.
De todos os meus romances errados
Esse erro me eclipsou
Tua voz em mim ecoou
Como aqueles beijos roubados."
Não importa o tempo.
Se sol, chuva ou tempestades
estamos sempre aqui.
mesmo que seja apenas um
beijo de boa noite, mas este nos
fará dormir felizes e na forma de
conchinha enlaço-te para aquecer-me.
e em nostalgia relembro das loucuras
de noites passadas e imagino
as travessuras do amanhã.
Esta noite é de aconchego,do apego,
do amor maduro.
Aquele que protege nossos corações
dos medos e das incertezas.
Das costas que acolhe e do beijo que
recolhe no descansar silencioso
onde apenas os corações
ecoam palavras de amor e carinho.
Hoje acordei com saudades do mar...
Água salgada, água de coco, água de chuva...
Onda que quebra, brisa que passa...
Protetor solar, maresia, paladar...
Pés na areia, sol de fim de tarde, sombra de árvore...
Sentidos atentos,
Ausência de relógio,
Bate-papo sem cronômetro,
Tempo vaga sem compromisso...
Abri a janela e olhei o asfalto:
"Como vim parar aqui?"
Como se aqui não morasse...
Como se aqui não tivesse nascido.
O tempo passa e não nos damos conta.
Há tempos caminhei sobre a areia.
No que pensava? Com o que sonhava?
Deixei ali os sentidos,
Assumi o cronograma,
Prometi voltar...
Hoje acordei com saudades de mim...
Amo pensar no que aconteceu
O seu olhar, de encontro ao meu
Sua voz, seu sorisso
O seu jeito de me abraçar
Suas palavras, seu pensar
Transformam-me, fazem me mudar
Sigo com o seu amor
Sinto o teu calor
Sinto quando pensa em mim
Sigo meu coração dentro de ti
Sigo ao seu dispor
Sinto a tua dor
Sigo de você afim
Sinto que vale a pena insistir
Contigo o mundo, vou enfrentar
A cidade vizinha atravessar
E então me bate, a lucidez
Sempre no dia vinte e seis
Pra ti irei telefonar
Só pra ouvir, o seu respirar
A vida irá nos surpreender
Estou lutando com você
Sigo com o seu amor
Sinto o teu calor
Sinto quando pensa em mim
Sigo meu coração dentro de ti
Sigo ao seu dispor
Sinto a tua dor
Sigo de você afim
Sinto que vale a pena insistir
A fumaça do meu quarto
se confunde entre entrada e saida
De fora a vida começa
vizinhos conversam
aqui, até agora nada florece
Coloco uma nova música velha
A vantagem do passado
é que ele ta cheio de maravilhas
a desvantagem é quando a gente fica preso no proprio
remoendo mémorias que normalmente são inventadas
Somos traidos pela memoria
ficamos presos em frames de emoções
Raramente sinceros
o futuro é o desconhecido maravilhoso
o passado, não passa de memes
Preso no fardo,
Do abraço não dado,
Adeus surpreendente,
Coração em pedaços ,
Cada caminho ,
Segue sozinho,
Nós sem rumo,
Nós sozinhos,
Nós que fomos um,
Somos uma bela foto do passado,
Ingrato tempo, sempre ingrato!
E eu? Talvez também de fato...
Se pudesse estaria preso,
Nos domingos de sua cama,
No passado tão ultrapassado,
Mas o que saberia , sem o que hoje sei dos fatos?
Passado fechado,
É sempre o lugar mais fácil de ser amado.
Corvos que me devoram,
Cospem, expõem meus pecados fartos.
Se o que me salva da letargia,
São os rabiscos que faço,
São como corvos em abraço,
Nós na vida nunca mais,
Nós pra sempre no passado,
Tão doce, tão amado...