Poemas Nordestinos
O tempo está sertão! Um espelho de nós, talvez. Mas repare bem, cuidadosamente... há milhares de folhas no chão. Um outono fora de época.
O sertão da cidade de São Paulo está no frio/calor do concreto triste, suas vidas miseráveis que com as sobras vivem. A miséria, em qualquer canto, é o diagnóstico de uma sociedade que possui patologia moral.
Um dia a tempestade chegará até no sertão mais seco e não vos assuste, apenas abra os braços e se encharque.
Eu sou da caatinga do sertão do nordeste, sou da garoa do sudeste, sou do cerrado do centro oeste, sou dos pampas do sul, sou da selva do norte, eu sou BRASILEIRO
O sertanejo se alegra, com a chuva no Sertão. Madruga logo cedinho, levando consigo seu gibão. Vai pra roça, no sustento de seu pão.
"Assu, pátria amada do meu sertão, ressecada, sem inverno e de verão. Calor não falta, suor e 'fogueirão'. Brasa tem de sobra para esquentar nossa paixão. Quero ver derretidinho o seu lindo coração."
A chuva chega forte, saciando a sede do meu sertão, enchendo o barreiro e os olhos do guerreiro que trabalha na plantação.
No centro do sertão, o que é doideira às vezes pode ser a razão mais certa e de mais juízo!
Sertão é isto: o senhor empurra para trás, mas de repente ele volta a rodear o senhor dos lados. Sertão é quando menos se espera.
Vejo o amor como chuva no sertão, como uma benção merecida, que renova a esperança em nós e faz brotar de novo a vida.
Olhar vazio que se alastra pela plantação, praga, seca do sertão, primazia do destino, franqueza no hino, turbulência meteórica, retórica diagramica, sexasional do vértice, me oriento com a palavra, o exemplo modifica o mundo, teste interno, desejo eterno, só faço o que acho correto, sonhei no deserto, voei com o vento, superei a dor e lamento, coração pulsante no peito grita, sufoco na vida, pigmentos na pele, mais melanina inerte, antes que a alma congele e o corpo dissolva, furo a bolha, faço escolhas, capacidade, simplicidade, só quero a verdade, me misturo na cidade, monstruosidade.