Poemas Nordestinos

Cerca de 1586 poemas Nordestinos

Renascer verde.

Quando o meu Senhor ordena
que a chuva caia em cima
dessa seca que condena
o sertanejo se anima
quando o verde entra em cena
se transforma em obra prima.

Inserida por GVM

Renovação.

A chuva já está aparecendo
também floriu no meu roçado
pouco mais estarei colhendo
tudo aqui que foi plantado
e o sertão está renascendo
com o espírito renovado.

Inserida por GVM

Segue a vida!!!

A terra as vezes crua
sem água no vilarejo
a seca ainda continua
sem vencer nosso desejo
e toda origem se perpetua
na vida do sertanejo.

Inserida por GVM

Falta!!!

É preciso fazer uma ressalta
porque não temos atenção
a temperatura aqui é alta
maltrata a plantação
não é só a chuva que falta
falta saúde e educação.

Inserida por GVM

A sertaneja.

A chuva que se deseja
por aqui anda pequena
mas a oração na igreja
permanece firme e serena
assim é a vida da sertaneja
é dura, mas... vale a pena.

Inserida por GVM

Meu cantinho.

Não preciso de mansão
nem de lugar badalado
não quero ter um milhão
me contento com trocado
basta um pedacinho de chão
e a patroa do meu lado.

Inserida por GVM

Minha terra.

Ouço o canto do azulão
transmitindo confiança
o meu pedacinho de chão
não sai da minha lembrança
das manhãs do meu sertão
que plantei tanta esperança.

Inserida por GVM

Vida no campo.

Isso que é vida decente
o que eu chamo de riqueza
quando Deus está presente
ser feliz é uma certeza
perto do amor da gente
no coração da natureza.

Inserida por GVM

Aconchego.

Uma casa arborizada
um olhar e um balanço
o cheirinho da namorada
um abraço e um avanço
uma rede bem armada
um sorriso e um descanso.

Inserida por GVM

A terra seca
O vento que não sopra
os pássaros que não cantam
o sol que estremece as árvores;
Secas.
Maria na janela.
o sol queimando o vento
o vento que não sopra
o sol queimando Maria na janela
o bem-te-vi que não canta
Soalheira e silencio
Ar morto e viscoso
o céu sem nuvens
janela sem Maria
Um fim de janeiro, nos confins do sertão.

Inserida por onne

Sem água.

Essa é a imagem que vejo
não há nada que me iluda
só destrói nosso desejo
já virou Deus nos acuda
mas que pena o sertanejo
sofrer assim sem ter ajuda.

Inserida por GVM

Eu sou.

Sou nordeste brasileiro
em cada palmo deste chão
sou a luz do candeeiro
que ilumina o coração
sou o sangue do vaqueiro
derramado no sertão.

Inserida por GVM

Isso é Brasil.

O nosso dinheiro sumiu
há tempo ninguém recebe
isso é a cara Brasil
não se come e não bebe
o meu prato está vazio
e o governo não percebe.

Inserida por GVM

Povo do interior.

Por aqui não tem maldade
povo humilde sim senhor
que sente felicidade
até quando faz um favor
como é bom a tranquilidade
que existe no interior.

Inserida por GVM

Secura.

Tem poeira neste chão
é sinal que tem secura
sem água não tem pão
que alimente a criatura
e o retrato do sertão
nunca troca de moldura.

Inserida por GVM

Virgulino e Maria.

Quantas batalhas venceu
da cara feia não temia
de combate nunca correu
cabra macho de valentia
mas Virgulino tremeu
e o coração se rendeu
aos encantos de Maria.

Inserida por GVM

e sempre fora como a imensidão do mar,
porém, os dias castigam tanto,
que daqui a pouco virá Ser(tão), seco e árido.

Inserida por xlucvvs

Adeus meu chão.

Eu tinha uma vaca leiteira
do meu boi sinto saudade
a minha égua galopeira
vendi por necessidade
quando passei na porteira
a saudade foi inteira
e o coração pela metade.

Inserida por GVM

Vida de mato.

Tem rio por entre a mata
tem galope no alazão
a colheita é sempre grata
com as delícias no fogão
não quero ouro nem prata
basta essa vida pacata
que tenho no meu sertão.

Inserida por GVM

Sem luxo.

É pela enxada que puxo
respeito e consideração
eu não preciso de luxo
de carro nem de mansão
basta a terra que repuxo
ter a comida no bucho
e muita paz no coração.

Inserida por GVM