Poemas Nordestinos

Cerca de 1560 poemas Nordestinos

⁠Sertão!

Esse é o meu sertão
lugar de rara beleza
do roceiro e do peão
do verde da natureza
quem nasceu na região
ora a Deus em gratidão
pela fartura na mesa.

Inserida por GVM

⁠UM CUSCUZ.

No sertão ou na cidade
o cuscuz é uma raridade
que nasceu na natureza...
não conheço um nordestino
que no café matutino
não sirva um desse na mesa.

Inserida por GVM

⁠Terra amada!

O Nordeste é um harém
nas praias e no sertão
um povo que trata bem
quem vem de visitação
e as belezas que aqui tem
não tem em outra região.

Inserida por GVM

⁠A natureza aqui investe
no verde da plantação
no mar de azul celeste
e nas belezas do sertão
quem fala mal do nordeste
só pode ser cafajeste
ou quem não vale um tostão.

Inserida por GVM

⁠Nato compositor


Sou um nativo,
Trovador lá do sertão.

Vou improvisando sozinho,
Com as dores do meu coração.

A bota de couro
Vai chiando no estribo,
E o meu cavalo,
Vai levantando poeira no estradão.

Derramando lágrimas,
A nevoeira vai acentando no chão.

Levo comigo,
Uma sacola em mãos,
Mantimentos,
Um deles arroz e feijão.

Levo também meu amigo,
Um cachorro da raça pastor alemão.

Naquela fronteira,
Antigamente eram tudo flores.

Depois que decidi,
Amanheci deixando saudades.
Nem disse adeus,
Parti não devendo um tostão.

As aves que voam no céu,
São minhas companheiras.
Para onde eu vou,
Elas migram comigo ao léu.

Na cintura,
Uma fita de couro suporta meus trajes.

Entender minha jornada,
Não é tão fácil assim não.

Se canto sentindo tormentos,
Espanto até os que comigo vão.

Mas logo tudo se acalma,
E eles voltam a comer,
Nas palmas de minhas mãos.....

Não posso mudar o meu destino,
Faço de mim o meu próprio momento.

Sou tímido,sou expressivo
Um nato compositor,
Ingênuo,
Natural e acaboclado...

Tem horas que sou civilizado.
Outras horas um índio mestiçado...

Passivo,paciente e de boa mente.
Vou compondo canção.
Para todo tipo de gente.

Insisto,
Porque tenho fé em Jesus Cristo.
Ah! Se não fosse ele.
Nessa hora eu estava era frito....

O fim de tudo para mim.
É um segredo ainda não revelado.
Vou vivendo meus dias.
Com o meu lápis sempre apontado.

Do nascer do sol,
Ao poente de cada tardinha.
Tomo banho no Ribeirão.
E aproveito pesco sardinhas.

A cair da noite.
Pego no sono profundo.
Ao acordar.
Faço meu precioso café.
Para esquecer,
Até que sou desse mundo.....




Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠VIAS!

Por esse país desatino
andei sem ter medo nenhum
quem vem do sertão sem destino
o difícil se torna comum
qualquer um pode ser nordestino
mas nordestino não é qualquer um.

Inserida por GVM

⁠Nossa terra é um presente
lugar que se vive bem
aqui o mar tem água quente
e o sertão é um harém
é fácil falar da gente
difícil é viver contente
sem ter o que o nordeste tem.

Inserida por GVM

⁠O poeta das poesias.


No mar ondulado em que vivi,
Foi um sertão pantaneiro de coração fértil e bem regado,
Ali nasceu uma família,
Que viviam do seu suor derramado,
Naquele tempo,
Veio em minha imaginação,
E tentei fazer uma canção dedicada,
Buscando em meu mundo de sonhos,
Em uma época cheia de realidades,
As estradas eram turvas,
Mas meu olhar sempre estava aguçado,
No Teatro da vida,
Ainda me lembro,
Nada era e nunca foi premeditado,
Tudo foi ao vivo,
Naquele cenário lindo , alegre e inusitado,
As estrelas guias iam sorrindo,
Pareciam que iam dizendo,
Do seu jeito sereno como garoa fina caindo,
E ao mesmo tempo,
Como um nevoeiro fechado,
Aqueles sorrisos lindos de outrora,
Era de mamãe e papai,
Irmãs ,titias(os) e primos(as) e outras senhoras
Chamado por um destino,
Deixei tudo e fui embora,
Inspirado em minha própria criação,
Fui vivendo e atropelando,
Balançando e caindo,
E levantando quase toda hora,
Sem álcool e sem tequilas,
Em pouco tempo fui aprendendo,
Ser inspirador por dedicação,
Um mero rimador indexado,
Avante em minhas escritas,
Um tropeiro nessa longa estrada,
Varei campos e fazendas,
E vicinais nessa jornada,
Deus sempre em primeiro lugar,
A chinela chiava que até quebrava,
Escolhendo palavras em um alfabeto desconhecido,
Fazia levantar poeiras debaixo de chuvaradas,
Inspirações faceiras,
Heranças de uma infância,
Que trago comigo desde o ventre que nasci,
A luta é batuta,
E o meu coracao é aquebratado,
Sou da terra e sou do ar,
Sou do Mar e desse imenso Sol sagrado,
Não sou indigente,
Sou humano e sou gente,
Que também erra e comete pecados,
Sou do poema,
Sou dessa confraria,
Sou de Deus e sou da lua,
Sou uma vida que está a deriva,
Sou eu mesmo em minha imaginação,
Que inspira no lindo Azul do céu,
Porque foi esse que me deu,
Esse dom de ser,
O poeta das poesias....


Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠Ida e volta!!!

A Beleza aqui aflora
tem do sertão ao mar
um clima que revigora
bem fácil se apaixonar
mesmo quem foi embora
até hoje ainda chora
pedindo a Deus pra voltar.

Inserida por GVM

⁠AQUARELA DO SERTÃO

Entardece na cidade,
o céu é alaranjado,
se misturam novas cores
e ele fica avermelhado.
Aquarela do sertão,
nuvens pintadas a mão,
arte viva no roçado.

Inserida por RomuloBourbon

⁠TOCAIA (soneto)

Ao sopro do vendaval no cerrado
No céu azul da vastidão do sertão
Segue veloz os sonhos do coração
Entre os uivos do já e do passado

A quimera, se acautela na ilusão
Prudente, contra o sentir errado
Tenta equilibrar estar apaixonado
Pra não sufocar a sofrida emoção

Na procela no peito esganiçada
Brami uma dor abafante e escura
Que perambula pela madrugada

E, em aflitivos véus da sofrência
Dando-lhe, assim, ar de loucura
No amor valência é ter paciência

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠OUTONO EM POESIA (soneto)

Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida

Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida

A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia

No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

Meu amor de ontem
Ele havia chegado.
Foram 25 cinco anos de sertão. Barba por fazer, desodorante faltando, mal-cheiro falando.
Português capenga, só ficava rachando lenha, trabalho braçal mesmo. Verbalizar algumas palavras somente depois de uns goles de pinga.
Até que morava bem, num “igarapé” fresquinho às margens do Rio das Mortes, uns 100 quilômetros da cidade, na seca. Na chuva nem tiro ideia. Ventilação só do vento nos buritis.
Lugar bonito por lá. Tem duas estações: a seca e as águas. Ouvi dizer que vendem perfumaria nos alagados.
Vizinhança próxima, toda sorte de animais silvestres e rastejantes.
Ele me explicou bem como era feliz. E fez esta viagem com proposta de sermos mais unidos.
Na verdade fiquei embasbacada e pensando se o banheiro
tinha lixa de pé e “bidê”.
Olhei sua camisa de um algodão rústico e desbotado, seus pelos agora também descoloridos saindo revoltos entre os botões.
O vento derrubou meu chapéu panamá e ele não se inclinou para pegá-lo.
Disse que tinha hóspedes e muita pressa.
Saí da conversa com um calor sufocante e uma pergunta im- pertinente.
“Será ele o mesmo que tanto amei ?”
Ele virou Anhanguera e não o reconheci.
Lembranças, às vezes, é um lugar confortável.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury


No sertão pra apaixonar
Basta aproximar
Dois dedinhos a prosear
Já começa a encantar .
A moça antes vexada
Já começa a ser ousada
Quer usar de atrevimento
Pra arranjar o ca samento.

Inserida por RuthCOS

⁠FIM DE TARDE

Cindindo a vastidão do céu do sertão
Do planalto, num entardecer encantado
Sulcando as nuvens com raios dourado
Devassando o espanto, e sedutora visão

E no horizonte sem fim do torto cerrado
Ei-lo purpureando em toda a amplidão
Abarcando o cenário com tal composição
De matizes, alumiado por dom imaculado

Brilha, e se eleva em busca do infinito
O findar do dia, no céu é manuscrito
Auroreando a inspiração, numa poesia

Cheio de escarlate, assim, a cintilar
Que se vê na fulgência deste lugar
Vai-se a luz, e vem a noite sombria...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20/08/2020, 17’00” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Música
Compositor Poeta Adailton
Eu só volto para você se você prometer morar comigo no sertão
Se você voltar para mim eu prometo lhe dar meu coração.
Fazer muito amor.
O galo é o nosso despertador.
Cedinho já estamos de pé.
No fogão a lenha fazemos o café.
Eu só volto para você se você prometer morar comigo no sertão
Se você voltar para mim eu prometo lhe dar meu coração.
Lá no Sertão a natureza é bela
No cavalo eu boto a sela
Deitar na rede
com a água do pote matar a sede.
Eu só volto para você se você prometer morar comigo no sertão
Se você voltar para mim eu prometo lhe dar meu coração.
Lá no Sertão o nosso amor não fica para depois.
O Rancho é pequeno, mas no meu coração cabe nós dois.
Eu só volto para você se você prometer morar comigo no sertão
Se você voltar para mim eu prometo lhe dar meu coração.
Poeta Adailton

Inserida por adailton_ferreira_2

⁠Luar do meu sertão




Vivo no meu mundo sonhando,
E sinceridade falando,
No universo em que vivo,
Me sento para compor agora,

De manhã bem cedinho,
Antes de raiar o dia,
O meu galo carijó,
E o meu despertador,

Suas asas batem forte,
La no galho do paiol,
Levanto da minha rede,
Acendo o fogão de lenha,

Minha chaleira na chapa,
Esquenta que relampeia,
Chaminé feita de barro,
Abro a tampa para soltar a fumaça,

La na gruta,
Os bezerros berram de fome,
Abro a janela de madeira ripada,
Um odor invade a cozinha,

É o cheiro da relva,
Misturado com o gramado,
Flores de framboesa,
Cerejas e hortelãs,

Meu Deus do céu,
Esse mundo é bom demais,
A capa fina de neve,
Cobre o cerrado na montanha,

Vou para o piquete,
E laço meu manga larga,
Seu nome é travesso,
E de sua mãe é beleza,

Jogo a cela no seu lombo,
Ele parece que vai saltar,
Sua felicidade é tanta,
Que relincha nas estribeiras,

Sem esporas e sem chicote,
Damos uma volta na fazenda,
Juntamos a vacada,
Para o alimento das crianças,

Duas tetas pros filhotes,
E duas para o leite e o queijo,
Na garoupa um laço de corda,
Material de primeira,

No roçado,
Milho ,arroz e feijão,
Do outro lado,
Canavial e algodão,

Uma época é soja e trigo,
Girassóis na vastidão,
Suas cores amarelas,
Dói até minha visão,

Nem sei se estou sonhando,
Ou ainda acordando,
Toco viola,
Para saborear o que estou falando

Ahooooo pedaço de paraíso
Se compus essa canção,
É porque moro aqui no fundo,
No luar do meu sertão.....


Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa

Inserida por JoseRicardo7

⁠Do sertão ou da cidade
seja homem ou menino
não importa qual idade
sua vida ou seu destino
pois é na dificuldade
que brota a honestidade
da raiz do nordestino.

Inserida por GVM


DAQUI!

Sou filho desse sertão
que o lampião ilumina
sou do arado do chão
onde a semente germina
sou cria da região
sou da nação nordestina.

Inserida por GVM

O vaqueiro lá no sertão
Come muito macarrão
Com arroz e feijão,
Junto do seu alazão.

Inserida por Assisnetolibano