Poemas Nordestinos

Cerca de 1586 poemas Nordestinos

Enquanto o choro é contido
E o sertão galopeia
Me escondo dentro do escombro
Me molho na lua cheia
Em cada verso que entorto
Desvendo a sua teia

Não tem remorso
Ou pecado
O fogo não titubeia
Sorriso já voa largo
Onde a pupila clareia
Não dá pra pedir socorro
Pra quem no amor se margeia

Inserida por pensador

Tudo isso e mais a fome
da cidade e do sertão,
tudo isso e mais o gosto
da pimenta e do limão,
tudo isso, minha gente,
vai perdendo a tradição,
vai ficando na saudade,
na forma de algum refrão,

de algum discurso eficaz
que possa matar a fome
comendo apenas o nome
das comidas de Goiás.

Inserida por pensador

Música Fui morar no sertão
Compositor poeta Adailton
Eu estive pensando
Não faço mais parte dos seus planos
Você me expulsou do seu coração

Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)

Contive meus sentimentos
Vendi o meu apartamento
E fui morar no sertão

Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)

Deixei de ser engenheiro para ser vaqueiro
E fui morar no sertão

Larguei a faculdade
deixei de morar na cidade
Fui morar no sertão
Fui morar no sertão(Refrão)
poeta Adailton

Inserida por adailton_ferreira_1

NO SERTÃO.

Aqui temos o ar puro
nossa tarde é serena
não precisamos de muro
de TV... nem de antena
cai a noite fica escuro
e todo mundo tá seguro
nem precisa quarentena.

Inserida por GVM

⁠SERTÃO EM CHAMAS

Aguenta Umburana.
Suporta Umbuzeiro.
Que o Bombeiro tá chegando
Pra acabar com esse braseiro.

Corre Susuarana
Foje Veado Campeiro.
Que o Bombeiro tá chegando
Pra acabar com esse braseiro.

Resiste Xiquexique.
Força Catingueiro.
Que o Bombeiro tá chegando
Pra acabar com esse braseiro.

Inserida por Negreiros

O Nordeste é animado
Tem danças na região
O forró é do sertão
Piauí dança o reisado
Pernambuco tem xaxado
Ceará dança o torém
Fica de fora ninguém
Bahia, maculelê
Eu duvido que você
Vá querer ficar parado.

Inserida por RomuloBourbon

⁠LUIZ GONZAGA

Ele nasceu em Exu
No Nordeste, no sertão
Terra do mandacaru
Onde cantava o baião
O Brasil ele "ganhô"
Conquistou pobre e "dotô"
Viva o mestre Gonzagão

Inserida por RomuloBourbon

⁠SOU


Sou sede de rio, no

alto verão...

Sou lua de outono,

sou flor do sertão...

Sou estrela cadente,

no céu do oriente...

Sou riso,

sou verso,

sou norte de alguém...

Sou de alguns,

universo...

Sou de você, meu

bem!


Milla Northon.
22/12/2020

Inserida por MillaNorthon

⁠O sertão parece ser tão calmo,
Até o anúncio da irrigação,
O solo se torna alvo,
Na seca se encontra o pão.

Inserida por michelfm

Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai, que saudades tenho
Eu vou voltar no meu sertão

Inserida por pensador

Doutor do sertão

Sou poeta, agricultor e vaqueiro
Sou mais um filho desse nordeste brasileiro,
Da palma verde ao solo rachado
Pense num Nordeste caprichado!

Bebi água de pote e me furei na macambira,
Desde criança era de baladeira
que eu treinava minha mira.
fachear era brincadeira de infância
ô saudade arretada daquele tempo de esperança.

A terra secava que chegava a rachar
Mas eu era moleque e só pensava em brincar.
Baixinha de corpo magrin, mainha mata um leão por dia
E eu comendo meus passarim, só agradecia.

A vida parecia ser pequena, mas nordestino é batalhador
Fui para a cidade grande, me inventei de virar doutor
Ô sofrimento da gota serena,
Trabalhei mais que beata fazendo oração,
Mas só de lembrar do meu sertão, já me corta o coração
Saber que eu tenho água nos canos,
E mainha ainda tá trabalhando as 18 horas do dia
Carregando água pra dar de beber a nossa famia.

Painho eu nunca vi, o Pai de cima levou de mim,
Mas de herança, papai deixou a enxada
Que muito já me servia, era pra ajeitar a terra e limpar o feijão
E foi com isso que mainha nos deu educação.
E hoje, lembrando do meu sertão,
Senti foi falta do meu cuscuz,
Mas tenho fé em meu Jesus
Que um dia eu consigo voltar.
Vou ligar pra minha véia e dizer que me achei
Perdido em outros estados vou dizer quem me tornei;
Sou poeta, doutor e serei sempre vaqueiro
Sou mais um filho desse nordeste brasileiro.

@CarvalhoEscrito

Inserida por Carvalhoescrito

Seus olhos reluzem
Como brilha o sol no sertão
O calor que neles habita
Invadiu meu coração
Seu sorriso é uma foqueira
Como aquelas de João
Seu beijo é como as cantigas
Que manda embora a solidão
Sua beleza me fascina
Deixa o cabra todo bobão
Seu amor me contagia
Grito isso em todo sertão
Mas a saudade que me habita
Faz tudinho corroer
Ai, quem me dera voltar
Tô morrendo de saudades
Docê.

Inserida por Jean_Quintino

MAR!

Trecho da Peça: O Sertão Vai Vira Mar

Com o tempo, a quentura e a seca começaram a fazer parte do dia a dia de todos.
De tão quente e tão sem chuva, pouco a pouco as pessoas daquela cidade foram indo embora, deixando suas casas, suas histórias e seus animais!
Os animais!
Esses sentiram os efeitos da seca.
Poucos restaram naquele sertão.
Sofreram muito com a saída dos homens, mas tiveram que lidar com o que tinham.
Cada um, do seu jeito foi se preparando para o dia que o Sertão virasse Mar.
Isso mesmo, de acordo com as teorias da Senhora Asa Branca, um dia o Sertão viraria Mar e quem não preparasse o seu barquinho, não teria chance de sobreviver.
Ninguém nunca imaginaria que o grande problema de todos, a falta de agua, seria agora, justamente um novo problema, só que ao contrário, a pá virada virou de vez, e ia ser agua demais, agua pra encher as bacias, lagoas e até uma cidade!
Um mar!

Inserida por ronaldomendesjr

SOLO.

Amanhecer no sertão
é um presente Divino
é sentir a plantação
é ver o sol cristalino
é não ter poluição
é ter orgulho do chão
onde nasce o nordestino.

Inserida por GVM

NO MEU SERTÃO

Hoje no meu sertão o Bode tem que estar cercado, amarrado, vigiado, caba armado, acordado e com os olhos arregalados e ainda assim o Bode é roubado.

Inserida por Negreiros

O pacato cidadão que mora lá no Sertão.
Os calos nas mãos de tanto puxar a enxada.
Da vida moderna não sabe nada.

Levanta o chapéu e da testa pinga o suor.
Pega o lençol e dá nó.
E com a habilidade de uma das mãos apanha feijão.
Olha pro Céu e diz:
“Vixe Maria!” O Sol está no meio do céu! Já é meio-dia.

Em casa o feijão está cozinhado.
De lá do roçado ele sente o cheiro do cuscuz.
Pensando consigo diz:
Ah Jesus! Vou cuidar, ainda tem a carne pera assar.

Almoça o feijão com carne e cuscuz.
Agradece a Deus com muita ternura.
Adoça a vida com um “pedaço de rapadura".

Poeta Adailton

Inserida por adailton_ferreira_1

SAGA DE LUZIA-HOMEM

A seca castigava o Ceará
Luzia era a retirante,
Cabocla formosa do sertão.
Numa região quente elegante
Emprega-se numa obra
P'ra contrução d'um presídio
fino e elegante.

Inserida por WILAMYCARNEIRO

Ara chão!

⁠Surgi o sol na alvorada
com seus raios de quentura
quem no sertão faz morada
investe na agricultura
deixa o chão da terra arada
que na primeira chuvada
no plantio vai ter fartura.

Inserida por GVM

Meu amor de ontem
Ele havia chegado.
Foram 25 cinco anos de sertão. Barba por fazer, desodorante faltando, mal-cheiro falando.
Português capenga, só ficava rachando lenha, trabalho braçal mesmo. Verbalizar algumas palavras somente depois de uns goles de pinga.
Até que morava bem, num “igarapé” fresquinho às margens do Rio das Mortes, uns 100 quilômetros da cidade, na seca. Na chuva nem tiro ideia. Ventilação só do vento nos buritis.
Lugar bonito por lá. Tem duas estações: a seca e as águas. Ouvi dizer que vendem perfumaria nos alagados.
Vizinhança próxima, toda sorte de animais silvestres e rastejantes.
Ele me explicou bem como era feliz. E fez esta viagem com proposta de sermos mais unidos.
Na verdade fiquei embasbacada e pensando se o banheiro
tinha lixa de pé e “bidê”.
Olhei sua camisa de um algodão rústico e desbotado, seus pelos agora também descoloridos saindo revoltos entre os botões.
O vento derrubou meu chapéu panamá e ele não se inclinou para pegá-lo.
Disse que tinha hóspedes e muita pressa.
Saí da conversa com um calor sufocante e uma pergunta im- pertinente.
“Será ele o mesmo que tanto amei ?”
Ele virou Anhanguera e não o reconheci.
Lembranças, às vezes, é um lugar confortável.
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Vida de sertão!

A seca me maltratava
me trouxe judiação
a chuva ameaçava
só não caia no chão
mas se a água brotava
nenhum motivo faltava
pra se viver no sertão.

Inserida por GVM