Poemas Nordestinos

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Mote: Tudo que foi de Beleza/ Deus colocou no Sertão

As estrelas encravadas
Reflete a luz no chão
E no sertão a visão
É sempre mais contemplada
O povo faz feijoada
Tudo come de fartura
E a brincadeira que dura
Vai ser sempre o peão
Tudo que foi de beleza
Deus colocou n o sertão

Inserida por MissolaArezza

Sou peão, sou matuto.
Conheço o sertão
Trabalho, estudo
Sou empresário do meu próprio pão
Pensar em ir as grandes metrópoles
Isso não,
Moro na roça sou o meu patrão.
Não sou mandado porque conheço
Conheço o meu pedaço de chão
Na cidade não,
vou ser empregado, vou ter um patrão.

Inserida por cantodapoesia

Amores passageiros são como chuva de verão...
Amores impossíveis são como chuva no sertão...
Amores duradouros enquanto dura a ilusão...
Amores verdadeiros? Ah, esse sim não se apaga não...

Inserida por camilasenna

O sertão ta secou e a chuva não chega

Mais um ano difícil para o sertanejo

Esperando a chuva, ele faz o manejo

O sonho acaba a fartura da mesa

O milho resseca o feijão fraqueja

O filho mais novo se Poe a chorar

Só come no almoço não tem o jantar

Do verde do mato só fica a lembrança

Acaba a comida fica a esperança

Cantando galope da beira do mar



A luta é constante por sobrevivência

E o sertanejo tem força tem raça

Esquece os lamento tomando cachaça

Pra enganar a mente e cria resistência

Apela pra deus espera a ciência

Falar se o inverno já vai começar

Se Ha previsão pra chuva chegar

Ele faz uma festa chama um violeiro

Faz a cantoria e Le paga em dinheiro

Cantando galope na beira do mar

Inserida por batistagames

Os meus sentidos na suas mãos
Desnorteando assim
Foi como chuva no meu sertão
Linda lua de marfim.

Inserida por EDBarros

SOZINHU I SEM CARINHU

Ficu aqui nu meu sertâo
Sozinhu i sem carinhu
I guanu a noiti veim
Eu chóru baxim
Soluçanu cum as solidão

A lua quânu si achêga
Derramânu sua luiz
Si dismancha tudinha
Ao vê minhas tristeza
Qui nas noite inté reluiz

To aqui sozinhu
Nessi mundão
Oianu ao longi essa imensidão
Ah! Solidão qui martrata
Tantu esse solitáru coração

Intão, sinhá Mariquinha
Óie pra essi seu Caipirinha
Que fica ancim tão sozinhu
Esperanu por essa doci minina

Vô ti mandá meu retrato
Pra se vê se tudo dá certo
I ocê intão se arresórve
Casá mais ieu di uma vêiz

Inté, intão!
E fique logo boazinha!
Mariquinha du coração!

Inserida por anaferreira

REZA PRA SINHÁ MARIQUINHA

Nossa Sinhora du Sertão
Atendi minhas oração, Santinha!
Nois tudo tá cum sodade dela
Cure logo a sinhá Mariquinha

Santu Antônho
Padruêro das muié sortêra e incalhada
Trati di cunsertá logo a sinhá
Que só farta ela sará
Pra nois dois si casá

São Pedru e São Juão
Padruêro das festa junina e dus quentão
Vê se arruma logo a bichinha
Pra nois dançá quadrilha
E sortá balão

Nossa Sinhora dus Bom Zóios
Cuidi das vista da Mariquinha
Ela tem di ficá bão de logo
Pra modi as borbulêta pudê oiá
E pros iscrito do praneta cumentá

Ocês tudo, Santu e Santa!
Trati di iscurta meus pidido!
Oiá bem o que ocês faiz!
Quero se casá cum a Mariquinha
Tê duas minina
E treis rapaiz

Ocês tome tento! Vice!

Inté, intão!

Inserida por anaferreira

Da gente simples meio do sertão.
Espere amor, hospitalidade e generosidade
dos filhos deste solo.

Experimente o cuscuz, o leite e o rubacão.
Dance e se diverta em noites
de Santo Antônio, São Pedro e São João.
Tem canjiquinha, milho verde e algodão.

Tem gente festeira, animada, bonita e tem emoção.
Fala mais alto o amor do seu povo por este chão.
Da raiz alagoana a alma brasileira fulgura.
Ao som de Fanfarras, Pássaros e solidão.

No alto das pedras desta terra
a imagem de Deus se Fez revelar.
Que um lugar simples como Ouro Branco
pode-se extrair a alma de poeta em qualquer lugar.

Visite Ouro Branco, visite Alagoas.

Texto de Douglas Melo.

Inserida por douglasmeloideias

Minha prima querida.
Garota do meu coração.
Engraçada, meio maluca
essa é minha flor do sertão.

Inserida por warleywaf

O homem do interior

É seu doutô, la no meu sertão é anssim,
No cantá do galo eu abria o zoi,
A lui do candinheiro, inquanto a mué cuava o café e barria o terrero,
Eu la ia pú curá, atava a vaquinha tadinha tom magrinha, dava dó inté de oiá,
A primeira caneca de leite, num derramava do tacho, bebia, dexava descer guela a baixo.

Inserida por jcob2168

Poesia - O caboclo do Sertão

Sou matuto, sou da roça, tenho orgulho da mão grosa, sou amante do sertão. Sou caipira, minha nossa senhora, ando de pés no chão.
Sou sacudido no machado, gosto de lidar com gado montado no meu alazão.
Para espantar os mosquitos uso a fumaça do meu pito e clareio a noite com luz do lampião.
La o sol se esconde mais cedo por detrás do arvoredo da noite não tenho medo me adormeço na solidão.

Inserida por jcob2168

Maldita seca que racha o chão de meu querido sertão
Que afasta seus filhos
Dor tão doida de deixar a terra natal
Terra tão querida
Ao mesmo tempo tão árida
Árida como os rostos que vejo nas janelas
A olhar o céu...

Inserida por LeticiaPessoa

Os retirantes caminham
Pelo vasto sertão.
Olhando para o céu
Esperam
Que o azul caia no chão.

Inserida por VanessaCarvalhoo

Vem no sertão!

Espero que você venha
tomar sopa de osso buco
tirar leite na ordenha
chupar manga e beber suco
fazer fogueira de lenha
e ouvir muita resenha
no sertão de Pernambuco.

Inserida por GVM

Talvez.

Sertão que te vejo
porque tanta nudez
sem o verde gracejo
que a chuva não fez
meu maior desejo
é ver o sertanejo
sorrindo outra vez.

Inserida por GVM

Retirante.

Ninguém deixa uma região
só porque não lhe quer bem
quando alguém deixa o sertão
já fez de tudo e nada tem
receba bem o nosso irmão
dê respeito ao cidadão
e a terra de onde ele vem.

Inserida por GVM

SERTÃO SECO.

Por aqui só tem verão
a chuva é uma raridade
a água vem de caminhão
nem sempre tem qualidade
e só quem vive no sertão
sabe o que é dificuldade.

Inserida por GVM

ARIDEZ NO CERRARDO

A sequidão ainda a porta
Lá fora, por aí, acinzentado
Espalha o sertão com vida semimorta
Brilhante o sol roborizado
A secura parece que corta
E o silêncio destrói...
À melancolia pouco importa
Em nada corrói
E aos sonhos, não comporta...

Aridez, rodeia a minha casa
Com uma manta marrom de poeira
Em algum lugar você dorme, em brasa
Em algum lugar, assim, como queira!
Não ao meu lado, desasa...

Junho se vai lentamente
Em algum lugar, longe
Como eu, o teu sono ausente
Inconstante, monge...

Você está em algum lugar
No meio da minha saudade
Não vai entender, vai julgar
Dessaber, do amor, deslealdade...

O vento está girando ao lado
O pequizeiro está tranquilo
O meu poema está fustigado
Embriagado a ilusão, restilo

Escassez, de você no cerrado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
13/12/2019, cerrado goiano

copyright © Todos os direitos reservados
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

Inserida por LucianoSpagnol

Lá no meu pé de serra
Deixei ficar meu coração
Ai, que saudades tenho
Eu vou voltar no meu sertão

Inserida por pensador

Ara chão!

⁠Surgi o sol na alvorada
com seus raios de quentura
quem no sertão faz morada
investe na agricultura
deixa o chão da terra arada
que na primeira chuvada
no plantio vai ter fartura.

Inserida por GVM