Poemas Noites Fria
Nossos pensamentos se cruzam, e se encontra nessa noite fria, criando ligações para aquecer os nossos coraçãos.
Faz as memórias de nois dois, em perfeita sincronia, deixar essa maravilhosa noite mais marcante para nós.
Fecho meus olhos, e penso em você também pensando em min.
E desejo que a noite seja longa, para quando eu acordar, perceber a imensa saudade que sinto por você.
Te amo e boa noite...
Fecha o dia todo dia
o cinzento céu - pesada tampa...
Um cinza, cor fria cobre a terra
transforma em noite o dia.
Noite pardacenta
Só com a luz da Lua e das estrelas se alimenta.
Noite que das cores mais coloridas esvazia o dia...
Noite que se esparrama.
Pássaros se recolhem em seus ninhos, entre, das árvores, as ramas.
Voltam para o aconchego do lar os homens...
A luz que clareia o dia fecha os olhos, deixa tudo no escuro ficar...
Querem eles também descansar.
Abraço, aconchego, chamego...
No lar querem eles encontrar.
Alimento, braços que os aninham,
Não há luz que faça falta
quando calor há no ninho.
Fria Madrugada.
Lá estava ela na fria madrugada
Fria como a madrugada
Querendo ser poetisa
Quem diria! Mal ela sabia
Ela pra mim é que era a mais bela poesia.
Ela sempre quis ser feliz e aproveitar
Queria ver o mundo e também dançar
Eu só queria ser a música pra acompanhar a linda dança
Me sentir emocionado e voltar a ser criança.
Adoraria ser uma canção no ouvido dela um dia
Imagine ser ouvido por essa princesa
De coração nobre e alma serena
Tão pequena, quase um metro e cinquenta...bem
Mas ela é consciente e sabe o tamanho que tem.
Amo as noites que vivi acalentado
Pela graça indizível de estar ao seu lado
Mas dos meus passos ela fugiu, foi ponte que partiu
Eu trago a doçura, mas quem sou eu?
Se ela quer provar a amargura.
Temperatura cai, madrugada fria
Espera pelo dia, como quem espera a vida
Se encolhe no quanto do quarto pra se esconder
Mas fugir como se a guerra é dentro de você?
Teme a escuridão e o silêncio fala alto
Te deixando no chão, tomando sua fé de assalto
Não vê a hora da luz entrar pela janela
Quando o sol nasce e a verdade se revela
Vejo a lua,
pequena e branca
pálida em sonhos
divagando em luzes
que esmaecem na madrugada fria
percebo essa lua,
assim em fascínio,
como mulher
frente ao sentimento puro
do amor e ao da ternura,
és mulher, ó lua!
entendes do coração
e pela noite leva sonhos
aos que prestam em ti
toda atenção.
O amor e como um dia, começa lindo
E claro, depois esquenta e acaba
Escuro e frio como uma noite de
Inverno.
A noite engole o dia
Cai uma chuva fininha.
O dia vira noitinha.
Tudo lá fora vagarosamente escurece.
O dia entre sombras desaparece.
O verde da relva seca umedece.
Torna-se cinza na cortina da noite que pouco a pouco desce.
Passa o tempo escuro.
No passado a noite fica.
Chega a luz – novo futuro.
FRIO (cerrado)
Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...
Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença
Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?
Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"Noite...
Escuridão...
Silêncio...
Frio..
E eu aqui deitado.
Sem meu lenço...
Medo...
Dor..
Onde será que...
Deixei meu amor?
Por favor
Uma dose
De
Poesia...
E tragra um cobertor...
Tempestade
Bem forte
lá fora
E eu aqui
Com medo
Que vai e vai
Em outroura.
Cama gelada
Quarto escuro
Eu
Quase sempre
Me sinto
inseguro.
Lá embaixo...
Às vezes
Sozinho também
Eu preciso
Eu preciso de alguém?
Por quê
É tão bom
E ruin ficar
Sozinho?
...
Sono pega
Acho que vou dormir
Será que alguém
Antes de sonhar
Pensa em mim?
É... chega disso!
Boa noite pra vocês
Fiquem com Deus."
beijos que fazem minha alma sangrar
minhas noites são nas esquinas
em busca de prazer
e cigarro barato um gole de bebida
mesmo que seja as crias do inferno
sinto o prazer exposto na minha pele.
A noite, ainda molhada de chuva e frio, espreita por entre luzes;
enevoando a vidraça, é gélido o ar...
Acomodou-se o vento que assoviava pelas frestas,
escondeu-se do seu próprio esvoaçar...
Guardou suas ondas e adormeceu,
recolheu-se em seus segredos, o escuro mar...
Só nos navios, que nunca descansam,
marinheiros de outras terras passam a noite a trabalhar...
Na noite
encontramos o desejo,
o calor,
o toque,
o beijo
que acelera nosso coração.
A mão
que percorre o corpo,
o desejo
de sentir,
de gritar,
de ouvir.
O corpo
cada vez mais perto,
mais único,
mais entrelaçados
pelo abraço
que nos tornava um
Nos passos da morte,
no toque frio
da noite escura
todos definhamos,
a passos lerdos
do inevitável.
De um sonho magnífico,
certa noite despertei.
Olhei para o lado e lá estava a menina...
cabeça apoiada no meu peito,
biquinho de passarinho,
como se quisesse um beijo.
Colada em mim, abraço apertado,
escondendo-se do frio.
De um sonho magnífico,
tornou-se tudo real.
Sorri e voltei a dormir.
"(...)O vento vem vindo de longe,/a noite se curva de frio;/debaixo da água vai morrendo/meu sonho, dentro de um navio... (...)".
(do poema "canção", do livro 'Obra poética' - Pág 18, - J. Aguilar, 1958.)
Estar com você me encanta...
Logo hoje à noite, quando vem o frio...
Vou preparar um bom vinho e uma manta...
E o resto? Nem se preocupe, é secundário!
Frio; calor
Dia; noite
Seco; molhado
Frente; atrás
Passado; futuro
Leve; pesado
Doce; salgado
Você; Eu
E o amor continua assim, como as leis da física, atraindo os opostos.