Poemas sobre mulheres
Efígie
Foi-se como um sonho,
Devaneio de prazeres proibidos,
Deusa foragida do paraíso,
Flecha que acertou o mais destemido,
Desbravador de Quimera e Basilisco,
Um lobo temido,
Que sucumbiu nas graças,
De uma predileção,
Agora resta os encantos,
Na caligem das guerras,
Na esbórnia dos lambareiros,
O cavalheiro tornou-se assisado,
De coração ameno e ponderado,
Aflorado de talentos adormecidos,
Um fabro mudado,
Sua obra aos poucos foi-se talhada,
Dotada de formas delicadas,
Fruto de paixão e inspiração,
Efígie que sobreviverá aos tempos,
Viverá aos atentos,
Encantados por seus condões,
Que embeleza, gera e transforma.
ela se faz de durona,
mas, na verdade é uma proteção
anti-babacas
devido ao tipo de caras que a procuram,
ela é tão docequanto seus beijos
falta alguém que pague o preço
pra descobrir isso..
não me basta sentir de leve
os pingos da chuva,
sou daqueles que dança
em meioas tempestades...
vem, cai sobre mim,
eu amo dançar na chuva..
ela causa tempestades
de sensações,
os olhos faíscam raios e
relâmpagos,
seus beijos, como trovões
estremecem céus e terra..
A velha torre
Ela era uma torre forte, muito bem firmada
mas habitou nela por logos anos um vírus letal.
Hoje essa torre está desmoronando, deformada
extremamente sensível, em uma nevasca sentimental.
Não está pronta para ninguém habitar
está fechada para uma grande reforma
sem querer as vezes despenca, tende a precipitar
e atinge alguém que quis se aproximar
Nesse momento é melhor nem à visitar
suas rachaduras, indicam grande risco
precisa primeiro se alicerçar
e só então levantar, colocar tudo no lugar
Não sei quanto tempo essa pode durar essa reforma,
mas será para o bem de todos que a admiram
no momento, está vazia e totalmente transtornada;
mas garanto, que surpreenderá a todos que a sucumbiram.
Era uma arvore vigorosa de raízes bem fincadas,
com seu tronco bem exuberante e galhos fortes e folhosas,
morada de muitos pássaros, que neles se aconchegavam,
uma sombra fresca oferecia a quem quisesse fugir do sol
e debaixo dela deitar-se e descansar.
Mas não era assim que era vista,
humanos insanos,
amputaram seus galhos
e sem piedade expulsaram os pássaros
e fincaram em seu coração
o que eles chamam de modernidade
mas a raiz dela era profunda
afinal ela era fêmea
fértil e bélica por natureza
com o tempo se refez inteira;
e hoje olham para ela admirados
como pode uma arvore dessas
conviver com a modernidade?
Segredos só dela.
Rosa vermelha
Moça naquele dia que nos conhecemos,
coloquei-me a observar-te.
Nas brincadeiras falei verdades.
Ei moça! Tu arrancaste de mim
o vazio do amor, e encheu-me
novamente com esperança.
Nossas vidas estavam próximas,
mas nunca nos encontramos.
Lá de longe, o destino se encarregou
de mostrar-me você.
Demasiadamente linda,
Brilhante sorriso, cabelo negro.
Neve na pele, pequena de tamanho,
grande em formosura.
Singularidade essencial única.
Moça, tú és real?
Pois naquele dia fiquei na dúvida,
vi na beleza o sinônimo de seu nome.
Os olhares se cruzarem
duas ou três vezes.
Para mim foi boca seca
coração palpitar (como desejo isso novamente).
Perguntei o que te apetece.
Rosa vermelha é sua preferida.
Farei desse poema sua flor.
Irá ler e somente tu saberás interpretar.
Deixa-me ser seu,
que por todos os dias
poemas farei, depois de entregar
meus cuidados e
mostrar que você é única.
Não me importa o passado,
se você estiver disposta
a todos os dias criar um futuro ao meu lado.
Só te peço uma coisa, um abraço.
Abraça-me ao ler isso,
sorria ao me imaginar,
E me convide para sua casa estar.
PAIXÃO DOS CORPOS
Uma coisa é eu te beijar
Outra coisa é me perder
Nos teus olhos me encontrar
E teu coração pedir pra amar você
Não se sintas confiante
Meu corpo sabe o que quer
Tua pele implora pela minha
E você me faz mulher
Mas, é só paixão dos corpos
É loucura, é prazer
Nessa hora até te amo
Mas, depois vou te esquecer
Ela sempre foi linda
Mas hoje, tá mais ainda
Sempre me dizia
Que eu fazia
Um bem danado
No outro dia
Foi embora
E não deixou nenhum recado
Fiquei todo agoniado
De vez em quando aperreado
Achando que era o fim
No dia seguinte
Uma menina veio até mim
E disse assim:
Esquece essa mulher
Não vale a pena chorar por ela
Por mais que ela seja bela
Nunca nem te amou,
Te escutou
Nem sequer te procurou
Quando abri os "zóios" pensei:
Vou construir meu universo
No mundo da poesia
Cada estrela, a luz do verso
Cada verso, um novo dia
E é nesse dia
Que você deve lembrar
Lembrar o que foi bom
E começar a praticar
Você vai ver
Que tem a força e o poder
E o dom de acreditar
Você
Você quem me fascina,
com seu jeito de menina,
o teu sorriso encantador,
que diariamente me ilumina!
Você quem me encanta,
com esses olhos tão lindos,
dia verde dia amarelo,
porém sempre inconfundíveis!
Você é aquela pessoa,
que todos desejam ter,
mas sempre agradeço a Deus,
por você na minha vida aparecer!
Você quem é a moça mais companheira,
pronta pro que der e vier,
tem um caráter tão compassivo,
é realmente uma menina mulher!
Você é aquela princesa,
que todos os dias eu digo,
uma pessoa contagiante,
que tira o meu medo de qualquer perigo!
Você quem me entende nos dias de sensibilidade,
mesmo eu sendo chato,
você me escuta e me atura,
por isso sinto que me ama de verdade!
Você quem tira o meu tédio,
e arranca qualquer solidão,
é você quem me faz chorar de alegria,
e sempre, sempre alegra meu coração!
Você quem eu quero proteger,
de todo e qualquer perigo,
pois se te acontece algo ,
eu sinto como se fosse comigo!
Você quem me faz escrever de madrugada,
até mesmo sem gostar,
mas, quando se trata de você,
é uma pessoa que eu amoo me declarar!
Você quem me fazer ser meloso como neste poema,
você quem me faz ser meloso como agora,
más eu tenho certeza ,
que esse simples poema ficará na minha e na sua memória!
Você quem me faz ser bobinho,
você que me faz bem de segunda a segunda,
você que não consigo confundir,
pois você pra mim é e sempre será ÚNICA!
EXISTO
Estou no meio do caminho,
E não posso voltar atrás,
Tento seguir a estrada,
Mais ela é longa demais,
A dor é grande e bate em meu peito,
Não sei se sou capaz de prosseguir,
Olho e olho, nem tenho mais onde ir.
O tempo passou,
O que antes me assustava,
Hoje já não me assusta mais,
O que ontem eu temia,
Hoje me fortalece mais,
A dor que antes me abatia,
Não passa de uma coisa incomoda e passageira.
Desprezo tudo de lindo que me disse um dia,
Eram palavras frias e vazias,
Aliás o que queria de mim?
Eu já não existo,
E na angustia de não existir,
Acabo fingindo existir,
O que de mim já não sobra,
Senão apenas a pele de minha existência,
Fraca e continua como minha respiração,
E o leve bater do meu coração.
Logo eu não existo mais.
BEIJO DO MAR
Sou poeira de um sonho que tive,
No qual o mar, vinha me beijar.
Poeira de areia,
Fina que lhe escapava entre os dedos.
Em um sonho,
Que sonhei a muito tempo,
No qual você, vinha me amar.
Ao acordar suada,
Pude sentir, ainda em meus lábios,
O doce sabor úmido dos seus beijos.
Mais mesmo ao acordar,
Percebi que o sonho, tinha sido,
Sonho dentro de sonho.
E que talvez você nunca saberá,
Do amor que sinto.
Talvez em sonho seu,
Você descobrirá, o doce sabor,
De me amar.
Equilíbrio
Garota,
Você não tem que carregar todo o peso do mundo nas costas
Você já tem o próprio peso para carregar
Além disso,
Não é você que leva o mundo,
É o mundo que te leva
A algum lugar
O mundo está dividido em vários pesos
Cada um deve saber carregar e suportar o seu
É assim que o todo flui
Não existe uma pessoa capaz de carregar o mundo todo
Senão, não existiria esse grande universo,
Que nos torna pequenos
e muitos
Abrigando esse grande número de pessoas
É preciso saber balancear e dividir
Não carregue o peso do outro
Pois assim o seu próprio peso pode te esmagar
Pois quem irá carregar?
O peso que você carrega
É proporcional ao seu tamanho
Tamanho da sua alma
Tamanho da sua força
Por isso, não reclame,
Tudo foi feito sob medida
Para que toda a energia cósmica possa funcionar
E assim, percorrendo caminhos,
Atravessando desertos,
Navegando em rios e mares
Tropeçando, pulando e recolhendo pedras
Seguimos nossa estrada,
Aquela que escolhemos trilhar
A trilha da vida
Que o nosso instinto,
Que o nosso destino,
O nosso caráter ou a nossa essência
E os nossos antepassados
Estão a nos guiar.
Brasileiras são curvas,
dessas pra afrontar,
no balanço dos quadris,
que vão ao ritmo do mar.
São bossa e samba,
são miscigenação.
Têm a leveza de um grão de areia,
são damas de coração.
São sereias, são litoral,
daquele que te banha a ilusão.
DE NATUREZA SELVAGEM
De onde vim deixei um mundo inteiro
Minhas várias gerações
Trazendo opções
De habitar novas versões
Descobri mistérios
Entrei em vales
Acendi fogueiras
Dancei em rodas
Usei ervas
Cantei para lua
Amei ao sol
Pisei na terra
Em cachoeiras lavei-me
No mar mergulhei
Mergulhei em mim
Renasci
Renasço todos os dias
Abraço
Almas que chegam
Lavo pés, beijo mãos
Recebo bênçãos
Aprendo lições
Boas vibrações
Eu me enxergo
Eu sou vista
Eu vivo grandes conquistas
Eu sirvo
Com todos os meios
Eu curo
Com todas as fontes
Eu tenho
O mundo de onde vim
Minha origem
Eu mantenho
A verdade eu carrego
Eu entrego
Eu pinto um livro
Aquarelando as páginas
Com tons, pétalas e
O brilho de lágrimas
De fé e devoção
Que me comovem
Me movem
Me convém
Convencem
A viver a natureza selvagem
De quem eu sou
FONTE DE LUZ
Energia radiante
Das mãos
Do centro de si
De dentro do plexo
Perplexo
Não em excesso
No tanto certo
Fluxo constante
Raio de luz
Fonte de paz
Sementes jogadas
Sopradas
Derramando em nós
Abençoando
Alma cintilante
Doçura, ternura
Sorriso brandura
Reina divina
Acolhe, escolhe
É colo e aconchego reais
CHUVA DE OURO
Se não ela, quem?
Ouviu o chamado e foi preparada
Com seu olhar leve e profundo
E esse nome que é chuva de ouro
Que antes usava brilhos e couro
Agora sua veste é leve e fluida
De aparência enfeitada
Anda hoje encantada
Abrindo caminho para a gente passar
A descobrir os grandes mistérios do mundo
Num giro contínuo que faz levitar
Caminho para emoções mais doídas
Trabalhando o que ficou para trás
Honrando e vivendo por seus ancestrais
Convocando a uma grande oração
Transposição do interior que grita e agita
De um exterior que pondera e comporta-se
Conveniente ao meio em que está
Dos mistérios da existência terrena
Guiados pela chama interior
E assim ir rodando e sentindo o chamado do sim entoar
Buscando uma razão para erros explicar
Por que existimos? Sabes dizer?
Um diálogo amoroso, trajeto precioso
Mestre em ensinar pelos caminhos do amor
Os fundamentos da nossa existência
Descoberta que altera os rumos da vida
E reverbera na roda a dançar
Rumo à consciência do propósito da alma
Que pela família viemos para cá
Salve, salve mãe natureza
Nos tornamos canais do amor
Expansão da consciência divina
Vestidos de almas humanas
A nos deixar envolver pela beleza da vida
Te agradecemos irmã mais querida
Chuva de ouro, Cássia mais linda.
Estamos aqui todos nós aprendendo, não viemos com um manual de sobrevivência,
Todos temos medos e inseguranças, até mesmo o homem de ferro tem medo, porque nós meros humanos e sem armaduras seríamos diferentes...
Temer o amanhã, o adeus ,e até mesmo a felicidade pode se tornar uma fuga sem volta, essa fuga além de não dar morada a coragem te fazer viver uma vida sem sabor , te faz aceitar a eterna comodidade, mesmo sabendo que a eternidade aqui na terra não há...
Não zombo dos medos, porque sei o quão sérios eles são, mas te ver fugindo e agredindo a si mesmo por não querer me deixar ir é uma forma de me matar a cada dia...
Sempre foi mais fácil ficar olhando para o céu enquanto as nuvem partiam.
E eu sempre quis ser as nuvens, mudar de formato e pode ir a todos os lugares ,contemplar de cima a pequinês humana que tanto me fazia querer crescer voando...
Hoje olho meu álbum tentando reconhecer a garota que queria voar e vejo que ela agora só quer pousar, pousar na paz do dia a dia, conseguir levantar de cabeça erguida ainda que os pés não saiam do chão; a garota de ontem esperava ansiosa o final de semana para viajar , hoje ela viaja em seus pensamentos que outrora a fazem levitar; a garota que de criança sabia que o tempo não andava e sim corria, que tanto temia a virada de ano e não gostava de festas natalinas, hoje queria que do lado da família e amigos passar todas essas datas pertinhos...
ontem meu relógio parou e até agora não consigo lembrar o que fazia naquele horário; a vida corrida desgasta os sapatos o tempo e até as lembranças...
E meus cadernos ainda com páginas em branco e sem que eu tenha o que escrever, estão envelhecendo, sem serem escritas novas histórias, esta sim é uma triste forma de morrer...
(lin) Dona
Ela tem o mundo todo. Mas só quer o seu espaço. Onde anda conquista. É a dona do pedaço.
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