Poemas Marcantes de Amor
Inevitável é o olhar
o pulsar no peito
imaginando amores
inevitável é você
quando quer superar
e ser...
"" Acabou o dominio
agora somos os donos do mundo
herdeiros por natureza
de toda beleza, imensidão
ninguém pode cercear o direito do outro
o poder antes podre, agora agoniza
sabendo que não pode intervir
somos senhores de tecnologias a postos
apenas botões, como os da mala do terror
da guerra,
que agora virou caçada
de Pokémon...
muito cuidado senhores políticos
para vocês
o mundo está virando uma caixa de descarga...
"" Não entre
se ao entrar, procurar alguma saída,
seria como dizer
cheguei, mas não se iluda
mesmo estando aqui
sempre estarei de partida...
"" Quem temerá as distâncias dos pensamentos
somente as tardes e as longas saudades
os acasos cometidos na fúria do tempo
ilesos sentimentos que por fim foram purificados
num poema de amor
quem fará a diferença
nessa crença sem despudor
talvez a dor (sic)
decerto ela saiba onde está o vaso quebrado e vazio
perdido da sua perfeita e insubstituível flor...
"" Não emendo razões que já perderam a validade
nem compro trajes modelados em vão
sua hora é qualquer uma, a minha não
penso em mãos que procuram abraços
e em corpos sedentos de amor
seria impossível a ternura em seu colo
ou foi apenas o tempo que não se tocou
éramos os atores da cena
que mesmo pequena, era pura imensidão
restou um retrato na parede do quarto
onde um dia, houve algo a mais do que paixão...
"" Como descortinar a verdade, escondida em seu olhar
se a tarde se entrega sutilmente, para de noite receber o luar
é simples e contraditório, mas te ver mudaria tudo
te ouvir secretamente na alma, pode não ser tão fácil
os olhares do universo se inspiram para te dar poesia
e suas mãos outrora inquietas, subornam a felicidade
há momentos que a vida pede passagem, e leva tudo
com um rio que devagar muda a todo instante
já não é o mesmo teatro de rapina, nem o mesmo céu que nos governou
somos partes de uma linda história de amor
apenas isso...
"" O que há de se dizer quando o silêncio é soberano
quando ouvir o seu recado?
alguém pensa que sabe tudo
quando escuta ruídos na madrugada que sempre lembram
um amor que partiu
abrem-se as portas que por anos estiveram lacradas
volta o passado numa viagem sem fim
vieram meninas e meninos inteligentes,
ditando novas idéias
novos ideais
mas tinha uma velha chata
que tudo criticava, tudo sabia
e sendo a dona do destino
se mantinha...
quanto tempo ainda restará antes da partida do poeta
antes de outras novas vozes chegarem
os ônibus trazem novidades para a feira
que sempre convence com poesia
comprarei outro livro
para livrar-me da ignorância, dos medos
pois é receoso ficar à margem de uma estrada
onde um boiadeiro desapareceu...
Conta pra mim
.
Ontem eu vinha por um incerto caminho, quando ao olhar para o chão vi uma nota de 100 reais. juntei pensando logo em quem poderia ter perdido, sinceramente acho o valor da honestidade muito maior que os 100 pilas e devolvê-los ao seu legitimo dono seria um afago em minha alma cristã, então segui e logo adiante encontrei outra nota. fiquei pensativo, pois parecia que alguém ia à minha frente, deixando propositadamente, notas pelo caminho. alguém a testar meu caráter, minha ambição, meu desejo de justiça. logo eu que não sou materialista nem apegado a bens que não me pertencem. assim pensei se achasse outra nota não iria pegar, quando para minha surpresa logo em seguida havia no chão um maço de notas de 100 reais o que me fez lembrar logo do famoso golpe do paco
e agora, pegar ou não pegar, pensei que por ser uma quantia expressiva, talvez alguém reclamasse a perda dos valores e eu poderia enfim devolver tudo. recolhi as notas, guardei no bolso e segui meu caminho.
dúvidas povoaram a mente
quem teria perdido o dinheiro?
faria muita falta?
era dinheiro suado pelo trabalho ou oriundo de negócios ilícitos?
como não tive noticias de um possível dono e
depois de algum tempo, resolvi que deveria dar um destino ao achado...
depois de contado, deu o valor de 18.200 reais.
o que você me aconselharia a fazer com o dinheiro?
E amanhã
quando a saudade se fizer presente
quando nossas bocas pedirem mais que a presença
quando o céu compactuar com a gente
e permitir...
estejamos lá, para fazermos tudo novamente
mais uma vez..
"" Vai que de repente a gente se acha
se olha, se abraça
e descobre que um no outro é o nosso lugar...
Só após te encontrar eu consegui entender: as flores que desabrocharam e morreram no decorrer da minha vida foram necessárias para que o fruto do amor verdadeiro nascesse no meu peito.
O destino nos escolheu e o meu coração você colheu. O meu amor é todo seu!
"" Para quem ficou apenas com o silêncio
eu até gritei demais
sufoquei a alma
em busca da emoção
em busca de uma razão
que pudesse fazer você ouvir
o que dizia meu coração
e essa sensação
de que tudo foi em vão
abriu em meu peito uma certeza
certeza de que nunca fui nada pra você
nada além de uma simples passagem
tá certo, fui apenas passagem
aquela que acontece por acaso
aquela, que ninguém dá valor
mas espero que entenda
você foi a coisa mais importante
que aconteceu em minha vida
e independente daquilo que sou pra você
quero que saiba
que você foi e é meu único e inesquecível amor...
"" Não aja como se eu soubesse quem é você
pois que de fato não sei
há vestígios que sigo, mas caminho em ambiente escuro
esperando sua luz
somente o amor será capaz de abrir uma porta e deixar a claridade entrar
até lá, seguirei, acreditando que somente por amor você irá se revelar
estarei te esperando
" Estou pensando em nós dois
não posso me conter,
a saudade veio me pegar
ela quer saber, onde está você
se o seu lugar...é aqui
onde está você que não em mim
lembra dos sonhos que sonhamos
e dos amores que praticamos
hum,saudade veio me pegar
nessas lembranças que eu sei
estão em mim
e nunca irão me abandonar...
'OUTUBRO'
Há multidões em ruas coloridas,
betumes.
Fogos e tantos fungicidas,
artifícios.
Representa-se 'partidos',
'fatias'.
Céus de esperanças,
exageradas mudanças...
País de adornos,
adereços desabrasileirados.
Ilusão paraense,
paulistano,
nordestino.
Covis Inter-raciais disputando palanques,
qualidades,
personagens,
discursos.
Mistura embaída,
bandeiras coloridas...
Subsiste-se eloquente até a data prevista.
Impetuosos nas pranchas de sonhos,
anseios.
Todavia,
são balões que esvai-se no espaço.
Tácitos desesperados,
agora desalentos,
brasileiros,
utopias...
'SER...'
Sou rima,
lençol,
pecado...
Semente esparramado,
seca,
freático...
Soldado ferido,
insensato,
solitário...
Calabouço,
místico,
para-raios...
Perdido em multidões,
nuvens,
bárbaros...
Embatucado,
solstício,
açoitado...
Sou pedras,
lanças,
armaduras...
Loucuras,
ferraduras,
homem de aço...
'SOMOS ARTISTAS...'
A vida pendurada na janela.
Avenidas em molduras,
martelos.
Antes a paisagem fosse risonha,
cantada à beira-mar,
neblinas suaves,
amplificadas.
A vida sempre ecoa,
mistérios,
limoeiros,
marteladas...
Pequenos e grandes passos se vão,
agora nevoeiros,
escadarias.
Matéria diluída,
sem paradeiro,
saguão.
Deixar-nos-emos saudades.
Eis o retrato da vida:
passageiro como trem!
Bela arte,
invenção...
'HIPERTEXTO'
Absorvo cliques secretos,
cursor entre páginas,
colunas.
Anônimo sem eco.
Virtual,
visceral,
subscrito...
Ausento realces,
linhas,
endereços.
Incógnito 'fontes',
cobertores,
diálogos.
Plagio códigos,
bibliotecas...
Ratifico o abandono,
trilho embaraçado.
Invento faces,
ego gelado.
Sou impressão nos dias de chuva,
'Web matéria',
punhados de agravos...
'JOSÉ ERA SINOPSE'
José era sinopse,
linhas vazias,
extinção.
Apanhara estrelas,
sonhos avulsos.
Jogara com o destino.
Equilibrou partidas.
Abandonou-as.
Caiu,
levantou-se...
José era sinopse
Imbuíra melancólicas pressuposições,
caminhos tortuosos,
veredas.
Correra de encontro aos ventos,
equilibrando-se em cordas,
fumaredas.
Sem orações,
abraços,
ou reiterações...
José era sinopse,
mas transformou-se é compêndio,
documentários.
Fixou amor,
caracteres,
permanência.
Redige a própria história.
Com seus conglomerados temas,
tenta haurir reflexões,
escrever trajetórias,
poemas...
'ANO POLÍTICO'
Tempo de cidadania,
dos indecentes.
Das escolhas dos representantes,
do 'NADA SERÁ COMO ANTES'.
Dos reflexos que não mudam,
mudas que não brotam em meio a tantos fertilizantes,
terra boa para plantar,
cultivar...
Elegemos nossos reflexos.
Elegantes estampados na tribuna,
triunfantes.
Roedores sem identidade?
Que nada!
Fazemos parte!
Há muito da nossa cultura no palanque,
cultura irritante...
É também o ano das equivalências,
cidadãos plantando esperanças em meio ao sol.
Dos que tentam transformar o desequilíbrio das formas.
O céu não transmudará repentinamente,
já é tarde!
Esperarmo-lo ei há tantos anos.
A 'identidade' já estar enraizada em naufrágios,
sufrágios,
símbolos covardes...