Poemas Linguagem
A primeira morte acontece na linguagem, nesse acto de arrancar os sujeitos do presente para os fixar no passado. Transformá-los em acções acabadas. Coisas que começaram e acabaram num tempo extinto. Aquilo que foi e não voltará a ser.
O declínio da linguagem e a degradação do imaginário estão sempre de mãos dadas com a corrupção da sociedade e com a decadência da civilidade.
Tento não ensinar apenas fórmulas , mas mostrar a beleza histórico-cultural que a linguagem matemática traz
Terra Estrangeira na sua linguagem artística, conta de forma subliminar como o ‘herói’ Collor, que trocara seu cavalo branco por
um jet-sky, promovera a entrada do capital estrangeiro no Brasil e a retenção do próprio capital nacional aqui.
O gnóstico confunde linguagem e percepção com "materialismo". Conferem a elas figuras e passam a considerar a figura acima daquilo da qual elas vieram. Ou seja. Você usa sua percepção e depois a nega. Gnose é ciência. Nada além disso. Os antigos deram personificações aos elementos da natureza e criaram dela mitos para ensinar os novos alunos das academias iniciáticas.
O homem moderno e sua crença na mente mágica superior, escravo da linguagem e do abstratismo coletivista é mais robotizado, estúpido e decadente que um homem primitivo.
A mera alteração da linguagem proposta pelo politicamente correto não altera corações e mentes, ela apenas alimenta a hipocrisia da sociedade.
A linguagem é uma ciência e uma arte, muito parecida com a arquitetura, a matemática ou a engenharia: existem boas e más construções, e as boas construções valem mais, legam funções melhores e se mantêm de pé por mais tempo.
A linguagem humana, capaz de imensa precisão com milhares de palavras, ainda assim pode ser incrivelmente vaga.
Nós morremos. Esse pode ser o sentido da vida. Mas nós fazemos a linguagem. Essa pode ser a medida das nossas vidas.
Quando se fala em entendimento de linguagem, refere-se a uma linha de pensamento que se difere de uma mentalidade à outra. As pessoas falam e comungam do que experimentam, se elas não possuem o conhecimento de determinada coisa, não adiantará falar com ela sobre tal coisa. Como você vai falar sobre o voo de uma espaçonave rumo a Marte com uma pessoa que só conhece um carro de passeio e no máximo a divisa do Estado em que ela vive! Como você pode esperar compreensão e comunhão de ideias sobre a vida em outros planetas e em outras galáxias com uma pessoa que não acredita nem mesmo que a Terra seja redonda! Certamente, se você for tentar explicar ou falar para esta pessoa sobre uma viagem espacial que você intenta fazer para Marte ela, incrédula, irá te chamar de louco varrido e irá criticar as suas ideias. Astronauta troca ideias com astronauta, e ambos se entenderão, porque estão falando uma mesma linguagem. Um poeta fala sobre poesia para almas poéticas, e ambos se entenderão.
Um coração cheio de amor, fala de amor a outro coração que sabe identificar o amor, pois quem não sabe o que é o amor, jamais o reconhecerá em qualquer pessoa ou qualquer coisa que veja em sua vida, porque tal coração é duro como as pedras e seco como os desertos da terra.
A memória domina mais a linguagem – isto é, o extravasamento dos sentimentos em palavras – do que um de nós gosta de acreditar (...). A memória é mistério e trafega pela linguagem à semelhança do barco a vela pelo mar, impulsionado pelo vento previsível e imprevisível do amanhecer.
A linguagem matemática é uma ferramenta extraordinariamente valiosa para a
compreensão do espaço – tempo em que um indivíduo convive.
A linguagem é a ferramenta básica da inteligência; e a personalidade é a inteligência aplicada às circunstâncias.
O uso de expressões vulgares só funciona quando faz contraste com a linguagem elevada e culta na qual se inserem como pausas humorísticas, Se, ao contrário, elas são a única linguagem de que você dispõe, perdem toda acepção satírica e se tornam, além de obscenas, deprimentes como uma ostentação pública da sua própria miséria.
Há uma diferença abissal entre imitar criativamente a linguagem do povão e falar nessa linguagem por incapacidade de manejar qualquer outra. Os santarrões que não percebem essa diferença, confundindo Louis-Ferdinand Céline com Costinha, fazem, ao contrário, imitação kitsch da linguagem culta, ostentando em público a sua ignorância presunçosa sem notar o que ela tem de radicalmente imoral.