Poemas lindos de amor

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Porque, no momento em que partirmos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro

Primeiro tira as fraldas. Depois pode falar de amor. Desculpa, é que acho que pra amar de verdade é preciso ter muita maturidade emocional.

É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.

Ouviu, menina? Nessa vida você tem sorte, tem muito amor ao seu redor. Você não consegue ver? Cultiva, sua boba. Cultiva e colhe flores bonitas. Perfumadas… Cultiva!

Acho uma graça essas pessoas que acham “o amor da vida” umas 5 vezes por ano.

Independente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende

...não se interrogava em saber se o amava. O amor, no seu entender, devia surgir de repente, com ruídos e fulgurações, tempestade dos céus que cai sôbre a vida e a revolve, arranca as vontades como fôlhas e arrebata para o abismo o coração inteiro. Ela não sabia que nos terraços das casas a chuva forma poças quando as calhas estão entupidas, de maneira que se pôs de sobreaviso, até que subitamente descobriu uma fenda na parede.

Agora eu não sinto mais nada, nem amor, nem ódio. Para mim, você não existe mais.

Porque se desse, se eu pudesse, se desse mesmo pra te amar, seria amor e ponto final.”

O Mestre do Amor semeou as mais belas sementes no solo da alma e do espírito humano.

Se nossos semelhantes pudessem constatar nossas opiniões sobre eles, o amor, a amizade, o devotamento seriam riscados para sempre dos dicionários; e se tivéssemos a coragem de olhar cara a cara as dúvidas que concebemos timidamente sobre nós mesmos, nenhum de nós proferiria um “eu” sem envergonhar-se.

Em amor, se é preciso explicar, então já não se deu o entendimento profundo, a adivinhação da verdadeira necessidade do outro.

Você agora me vai achar piegas, mas deixa eu perguntar. Você não acredita em amor?

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

Afastarei você com o gesto mais duro que conseguir, e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove, e que sua precisão de mim não passa de fome. Acho que é isso que você não é capaz de compreender, que as pessoas, um dia, passam a não querer mais o que têm. E a gente esquece sabendo que está esquecendo.

E quem foi que falou que só se demonstra amor com beijos, presentes ou serenatas?

É garçom, não entendeu errado não. Um amor sem gelo, copo triplo, bem misturado, mas sem gelo! Certas coisas prefiro quentes, o amor é uma delas.

Deixa de besteira, o ontem não vale mais. Larga de bobeira, o verdadeiro amor nunca se desfaz.

E a doença que era o amor de Swann se havia multiplicado tanto, estava tão estreitamente emaranhada a todos os seus hábitos, a todos os seus atos, a seu pensamento, sua saúde, seu sono, sua vida, até mesmo àquilo que desejava para depois de sua morte, formava com ele tão praticamente um todo, que não se poderia arrancá-la dele sem destruí-lo quase por inteiro: como se diz em cirurgia, seu amor não era mais operável.(Um amor de Swann).

Eu ainda não sei controlar meu ódio mas já sei que meu ódio é um amor irrealizado, meu ódio, é uma vida ainda nunca vivida. Pois vivi tudo – menos a vida. E é isso o que não perdoo em mim, e como não suporto não me perdoar, então não perdoo aos outros. A este ponto cheguei: como não consegui a vida, quero matá-la. A minha cólera – que é ela senão reivindicação? – a minha cólera, eu sei, eu tenho que saber neste minuto raro de escolha, a minha cólera é o reverso de meu amor; se eu quiser escolher finalmente me entregar sem orgulho à doçura do mundo, então chamarei minha ira de amor.

Clarice Lispector
Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Uma ira.

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