Poemas inteligentes

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.

Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder. Quem quer nunca há-de poder, porque se perde em querer.

Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.

Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são.

Se fiz alguma coisa boa em toda a minha vida, dela me arrependo do fundo do coração.

A maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.

Sentir é criar. Sentir é pensar sem ideias, e por isso sentir é compreender, visto que o Universo não tem ideias.

Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.

O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!

Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: viver não é necessário, o que é necessário é criar.

É preferível suportar os males que temos do que voar para aqueles que não conhecemos.

E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vida dos insetos...

Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer alguém da sua angelitude – mas que trabalheira!

Sempre me senti isolado nessas reuniões sociais: o excesso de gente impede de ver as pessoas...

Quem cedo e bem aprende, tarde ou nunca esquece. Quem negligencia as manifestações de amizade, acaba por perder esse sentimento.

A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.

Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.