Poemas inteligentes

Tudo é perfeito até a falta do que fazer aguardando o que se necessita e não precisa resolver.

O velho sempre serve quando as edificações não modificam às acolhidas retificações.

Nas escadas da vida, nossa subida é sempre nosso verdadeiro lar, vamos prosperar.

Quando a sabedoria chegar pra você não corra por vergonha do não ser é o serviço dos arrumadinhos.

Que sorte pra alguns poder liberar os pseudônimos quando chegamos com as caras de frente.

Nossa segurança voa na velocidade do beija flor e nosso casal vive a cantar com amor pro fascínio dá flor.

Não mate nossa saudade com encontros em sonhos não encarnados, aguardando com sabedoria o tempo dos hibernardos.

Vivemos em um mundo onde se têm medo de baleias e, teus risos são, sementeiras das flores, pra manter liros informes.

Há uma hora propícia ao arrependimento: a da morte, quando já não é possível nos arrependermos dele.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

O artista plástico violenta a realidade para melhor ou para pior; é um terrorista bem ou malsucedido.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

Para se alcançar um ideal é necessário ter ambição. E ter ambição é perder de vista o ideal.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.

No silêncio ensinei as harmônicas dos tempos passados, muitos ouviram e não ensinaram, e no faz de contas brincavam, então fazendo tudo, graça e compaixão do tempo, pela coragem do grito que a ninguém fere.

Tenho muitas coisas boas pra compartilhar e certamente nem precisas contar, é que coisas boas, também aqui, sempre chegam sem avistar e avisar.

A verdade é sempre um presente interno que nos chega derrepente, e, embora nos pertença de alguma forma, não lutamos por defendê-la.

Família a qualquer tempo, casa alheia, depende do momento, e, precisão do relógio.

Não podemos nos preocupar com a auto destruição de ninguém, agora, ajudar com alegria os que humildemente veem, castas de família "ad quem".

Pra liberar as renovações, repetidas vezes, é sempre necessário o saber dos porquês, do brotar das gentilezas.

Quando o coração consegue ouvir, todos podem escutar, e, brilhar a íris do olhar.

Norte, sul, leste, oeste, ocidente, e, oriente, sempre solamente um único, noites e dias em conjuntos de dias, merecimento livre dos valores.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

Fernando Pessoa
Poema em Linha Reta