Poemas inteligentes
Não é verdade que as pessoas param de perseguir os sonhos porque envelhecem, elas envelhecem porque pararam de perseguir os sonhos.
Abraçar é dizer com as mãos o que a boca não consegue, porque nem sempre existe palavra para dizer tudo.
Eu, viva e tremeluzente como os instantes, acendo-me e me apago, acendo e apago, acendo e apago. Só que aquilo que capto em mim tem, quando está sendo agora transposto em escrita, o desespero das palavras ocuparem mais instantes que um relance de olhar. Mais que um instante, quero seu fluxo.
E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou. Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
De nada sei. Que se há de fazer com a verdade de que todo mundo é um pouco triste e um pouco só.
E achava bom ficar triste. Não desesperada (...). Claro que era neurótica, não há sequer necessidade de dizer.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.
Aprendi que mais vale lutar do que recolher tudo fácil. Antes acreditar do que duvidar.
Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero. E agora só quereria ter o que eu tivesse sido e não fui.
Há um grande cansaço na alma do meu coração. Entristece-me quem eu nunca fui, e não sei que espécie de saudades é a lembrança que tenho dele. Caí entre as esperanças e as certezas, com os poentes todos.
Eu tropeço no possível, e não desisto de fazer a descoberta do que tem dentro da casca do impossível.
Repudiei sempre que me compreendessem. Ser compreendido é prostituir-se. Prefiro ser tomado a sério como o que não sou, ignorado humanamente, com decência e naturalidade.
Não, não deixes teu pescoço aos grilhões da sorte. Mas deixa tua mente destemida cavalgar triunfante sobre todos os azares.
Eu uso essa palavra porque nunca tive medo de palavras. Tem gente que se assusta com o nome das coisas.
Chegou a reconhecê-la no tumulto... através das lágrimas da dor que jamais se repetiria de morrer sem ela, e a olhou pela última vez para todo o sempre com os mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos olhos que ela jamais vira no rosto dele em meio século de vida em comum, e ainda conseguiu dizer-lhe com o último alento:
- Só Deus sabe o quanto amei você.