Poemas Góticos de Amor
MALALA
Grita ao mundo, Malala
Que nenhuma bala te cala
Escuta, Malala
O som da guerra, o silêncio da Opressão
Vencer a batalha de mulheres que unem a fala
E lutam para defender a Educação.
Um dia a vitória virá...
Malala, as marcas em seu corpo
Não calaram seu coração
Sua história nos ensina e ecoa como lição:
Que ninguém cala, a menina Malala!
No mundo tem adeptos
Sementes em solo fértil
Malala, você inspira gerações!
Num tempo em que bons exemplos
Hoje, são raras exceções!
Sigo no silêncio pra não me entreter
Vai que um dia eu gosto e começo a ver
Além do que era pra ser
Eu sei que eu posso e às vezes recebo
Alguns outros chamegos
Mas é pela gente que eu prezo
No interesse por uma outra qualquer
Ah, como amo o silêncio, o observar da natureza, o canto dos pássaros.
Gosto do meu silêncio e pouco sou de conversar ou falar, pois percebi o quanto minha liberdade de pensamento ofende os que habitam na prisão da inconsciência.
Não quero nada da vida senão a liberdade de existir, de pensar e viver viajando pela superfície dessas bagunças.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
NO SILÊNCIO DA NOITE.
Eu busco avistar te
Nos lugares mais distantes.
Quando penso encontrar te,
Em meu mundo, meu instante.
Em meus sonhos eu te vejo.
Como homem, meu amante
E os seus beijos tão ardentes.
Despertando meu viver.
É triste.. muito triste.
Quando chega o entardecer.
É triste a minha vida
E o meu mundo sem você.
Já é tarde, muito tarde.
Já é tarde, mas dá noite.
Eu aqui estou sozinha.
E você está tão longe.
A lembrança vem buscar me.
Para onde eu não sei.
Carregou me em seus braços.
Foi então que desmaiei.
Acordei já era tarde,
De um novo amanhecer.
Meu coração bateu mais forte,
Quando olhei para você.
Era apenas a sua foto
Que sorrindo estava pra mim,
Com ela está esperança,
De que você volte logo e me diga assim.
EU TE AMO.
INSATISFAÇÃO
Pela manhã o silencio dos homens
Faz frio e a chuva cai
Proporciona prazer o som que
o gotejar produz ao tocar as folhas
das arvores e os telhados das casas
As nuvens no céu são densas
quase não se pode enxergar os montes
O cão ladra, uiva
talvez sentido o cheiro do cio
Os pássaros surpreendem
voam e cantam como se fosse
um dia ensolarado de primavera
E o homem que percebe tudo isso, murmura
"No silêncio a alma grita
Porém, é tão grande esse silêncio
Que nem mesmo a própria alma escuta
Mas ele é assim, tão lancinante
Que eu sei que o próprio Deus garante
A alma o sente."
Edson Ricardo Paiva.
O medo da solidão assusta-nos, porque é no silêncio do mundo que ouvimos o próprio eu de modo muito profundo.
Você morria pra mim
a cada falta de gesto.
No silêncio,
emocional distância
em um corpo presente.
Na narrativa de retrair,
as migalhas ao chão e
seu coração necrosado.
Eu fui dando caso perdido.
É melhor um fim consciente,
que uma vida tentando se enganar.
No cilêncio da noite
Busco no silêncio da noite uma solução para os meus problemas...
A noite logo, logo, vai embora, e a manhã já vem chegando...
E os meus pensamentos viajam por dimensões, mergulhados no passado de um amor mal resolvido...
O verão já se decipou, e lá vem a primavera, e agora o que fazer que não estou mais com ela.
Com os olhos cansados e tristonhos, eu não consigo parar de pensar nela...
Robson de Carvalho
O tempo levou
Carregou com peso
Nós estávamos caindo
No silêncio profundo
Naquele quarto escuro
Diminuindo o ritmo
Não pude encontrar
Saída mais leve
Corri contra o vento
Pra poder caber
Me desmanchei em segredo
Tentando entender
Clareando o caminho inteiro
Deixar ir, deixar ir
Chuva forte
Vem sem avisar
Invadindo a alma
Você sabe que eu posso ir mais alto
Te olhando de longe
Minha janela sem trava
Está sempre aberta
MEU SILÊNCIO
Eu consigo ouvir o som ensurdecedor do meu silêncio.
Um silêncio que não é completo e nem poderia ser.
O pulsar de cada artéria do meu corpo grita mais alto que um agonizante soldado ferido.
Mas, as falas dentro de mim, tornam-me mais audível, viva, serena.
Quisera ser somente eu e o meu silêncio.
Necessário é que seja assim.
Calo-me diante do meu silêncio e busco compreendê-lo. Saio do mundo para entrar dentro de mim mesma.
Por vezes falo mais alto que a voz dentro de mim. Perco-me em pensamentos incompreendidos justamente pelo fato de não deixá- los falar.
Aquilo que não é necessário falar não deveria ser dito. Aquilo que não pode ser compreendido deveria ser falado. Por vezes as repostas estão nas horas silenciosas que insistimos em falar.
As vezes no silêncio de mim mesma ouço outras vozes agonizantes, todas fora de mim.
Muitos que não ouvem seu próprio silêncio buscam ser ouvidos por quem não poderia compreendê-lo.
Minha atitude diante disso é o silêncio, silêncio que fala, que sente, que ouve.
Há um certo egoísmo no meu silêncio, e um certo altruísmo comigo mesma.
Calem-se todos, e fale eu! Eu ouvirei meu próprio silêncio. Mas, serei solicita as vozes que me falam.
Ouvirei muito, ouvirei tanto, até compreender a razão do silêncio dessas vozes. Compreenderei o vosso silêncio, e entenderei o meu.
Enquanto ouvem-se as vozes, eu ouvirei o silêncio, e falarei a mim mesma o que é pedido que eu cale. E, neste meu silêncio e no vosso silêncio, compreendo muito mais do mundo do que pelas vozes que me falam.
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ele também é silêncio
É pele do ar
Subjetividade
Paz e esperança
Mistério da criação
Pintor do universo
Vestido de majestade
JESUS. ❤
MUDEZ
De silenciar dores falo com propriedade!
Silenciei-as, silencio-as.
É vício, é praxe
calar a história vivida,
o amor perdido,
a dor mais sofrida.
Calo para não romper os elos
com o passado remoto;
como se falar sobre ele, o maculasse.
E assim, meu mundo interno só cresce,
quase não cabe em si
e a dor se agiganta,
sufoca, anestesia os sonhos!
Como libélula aprisionada,
não mais se debate,
apenas, em silêncio, "se ajeita".
Cika Parolin
Silêncio, entre perguntas, questionamentos que não querem por si serem resolvidas...
Chuva, sorridente como uma criança ao ganhar seu primeiro presente de natal, aqui dentro a ouço sobria, devastando as aguas dos mares do meu peito...
Neblima, fecha e abre estrada como quem dança ao som da música lirica, cá dentro o som alto pertuba meus timbres concetrados ao som do motor lá fora....
E agora sol, o céu repleto de luz, mas as campinas escurecidas pelo tom que natureza os deram, flores esmaecidas, talvez apenas as veja assim...
E pessoas, que vão, sentindo essa energia que o universo traz, vazios, fio por fio que se prende no alto dos morros...
Mas prepare-se, há muito mais que a energia interior, prepare-se pois o dia está só a começar...
Horizonte, veja, a um imenso horizonte, prepare-se...
Srta.Spínola
Palco
Que o silêncio sobre a minha lembrança não se dilua em ausências derramadas,
seja apenas preservada como a única saudade de um coração amigo.
E o tempo, inexistente, nos seja a testemunha muda da minha paixão ferida,
e da minha superação.
Que o outro altar da nossa redenção continue a escancarar a sublimidade
do sentimento humano
e por detrás da coxia nos revele a divindade qual arte que não carece explicação
Que eu te ame, mesmo sem dizê-lo,
e meus olhos te sorriem todas as vezes que encontrarem a ti.
Que o desejo que consumira a minha carne
possa ser comparada ao palco que tem apagada as suas luzes
e apagando consigo a materialidade do espectador, fundi-a
à ilusão de uma nova realidade
dando lugar a novos mundos possíveis
como um último beijo entre dois amantes antes do impensável fim.
Clara Irmã Universal
Clara, tu és espelho onde o Cristo é contemplado
no silêncio fervoroso das irmãs,
virgem prudente que manteve sempre acesa
sua lâmpada de amor e doação.
Dama pobre, tua teimosia foste santa,
em não querer nada além do que supria
mulher forte, de esperanças era prenhe
e às irmãs sororidade infudia.
Mudazinha que Francisco semeou em Damião,
ao seu lado és um ramo valoroso, original
que teu Amado fez crescer qual mãe fecunda em sua casa
e dos Menores, conselheira sem igual.
Ao mundo inteiro, serva amante, teu amor nos clarifica
às exigências do evangelho assumir.
E se no claustro te escondeste toda a vida
ao mundo inteiro o teu brilho reluziu.
''Hera(m)''...
Flores de folhas mais verdes,
que no silêncio da tarde o bosque exala
aroma mais doce na brisa que corre
movendo as folhas até ao vale...!
-- josecerejeirafontes