Poemas Góticos de Amor
O barulho do silêncio é estarrecedor quando não se há a sutileza do vento
Quando não se há um balbuciar de um apaixonado
Quando o silêncio causa desconfianças, despidas de invenção amorosas;
Quando o medo silencia a coragem de amar
Pois é aí que até os sem pudores se calam;
Silencio-me em meia confusão
e vejo o oculto:que nada diz
já dizendo tudo e não há som,
nada que precisa ser dito
e abraço-te com esperança!
____Diana Rios
Emprestar uma parte de seu tempo ao silêncio é adquirir sabedoria para o futuro.
Goretti Albuquerque.
Até pode
A água pode significar força.
O fogo pode significar verdade.
O silêncio pode significar tolerância.
Um grito pode expressar liberdade.
Um sonho pode confundir.
A reflexão lhe dá sabedoria.
O loucura confunde a maioria.
Porém quem poderá julgar da vida o porvir.
Opiniões são dadas como remédio.
A imensidão ignorada.
Ainda que a exaustão Seja um tédio.
Desistir deixa a alma manchada.
O mundo é mágico.
Nosso agir é trágico.
Na verdade o ciclo de destino sempre ofende.
Porque os mistérios ainda vividos não se entende.
Giovane Silva Santos
O Silêncio
Meu sexto Soneto
É verbo no imperativo;
É calar mesmo sentindo a dor;
É o pedido do professor;
É a mais dolorosa resposta para um bom entendedor;
É expressar com um olhar tudo o que sente no coração;
É o momento de oração;
É falar com Jesus;
É suportar o peso da cruz;
É o grito no deserto;
É não dizer aquilo que não vale a pena;
É a noite na cidade em quarentena;
É o porquê que muitos não podem compreender.
E outros não merecem saber.
É,ás vezes, a responsabilidade do que dizemos.
poeta Adailton
Nossas vozes ressoam
Em ritmo suave do silêncio
As nossas canetas gritam
Quando versos são escritos
Nossos "Eu - líricos" se agitam
A eternidade das palavras
Nascem junta, com os verbos
As luzes do palco se apagaram...
Ficou apenas o silêncio...
Vazio ,sem plateia...
Quem disse que o palhaco não é triste?
As vezes um sorriso no rosto esconde tanta coisa...
Pessoas passam ... vao se embora feito o vento..
E eu aprendo...aprendo que o vento é livre..
Ele vai aonde ele quer... ninguém o prende...
Quem sou eu pra te amar assim tanto e tanto?
Quem sou eu pra exigir algo?
Nao sou nada..nao sou ninguem..
Me desculpe pelo meu jeito ... pelas palavras...
Eu sou assim mesmo..desconcertada ...
Mas meu coracao e puro..tem sentimento..
Me desculpe se confundi as coisas...
Nao era pra ser desse jeito...
Mas eu me encantei...eu me perdi profundamente...
Mas vai passar..assim como tudo passa... vai passar..tudo vai ficar bem...assim eu espero
ESCRITA
O silêncio e a escrita
Outra dimensão
Relógio gira as avessas
Adormece o tempo
Passeia a fantasia
Entre contos , músicas, poemas
Faz voar o pensamento
Visita vilas longínquas
Distante do dia a dia
De palavras ditas, repletas de poeira
Temerosas, traiçoeiras
Poesia emudecida, sem espaço
É vida amordaçada
Inquieta monotonia.
Mas os sonhos chegam mansinhos
Dissolvem amarras
Libertam o coração
Escutam os passarinhos.
Caneta entrelaça os dedos
Bailando sobre o papel
Desenha sorrisos , flores
Navega entre amores
A alma aquieta, serena
A escrita encontra seu caminho.
O silêncio é a música da vida.
Nenhum de nós nunca mais cedeu...
Ao devaneio que se perdeu
Custou muito que dizer ao perceber
Que tudo nessa vida ainda pode se perder...
E quem disse que toda música de amor é só puro merchan pra
vender...
Ainda vai ter muito do que se arrepender.
Não que não seja a coisa mais óbvia a se dizer
Mas depois que terminou, nenhum de nós voltou
Não que seja a coisa mais triste a se dizer
Mas é um fato que não há mais amor
Não existe elo algum remanescente
Nenhum verso bonito num sol ardente e poente
Não é a coisa mais certa a se falar agora...
Mas sinto tanto por nós mesmos que nos deixamos morrer
Abrindo mão de tudo que nos ligava
É por isso que existe o negócio do amor
Sempre irá render muito espalhar essa dor
A doce angústia se decompondo
Em tanto mais e até em certo jocoso louvor
De cada dia morrer um pouco
Por tudo abandonado, tão atroz e jogado
Talvez seja por isso que essa música sempre tocou
No silêncio
No eterno luto de intervalos que ousamos chamar de estupor.
A espera dos dias, tão demorados
O eterno amargor por tudo arruinado
Aos poucos é possível ouvir um leve sibilar
Não de pássaros, mas só o tempo gemendo pelo o que ainda
falta levar
Sem chorar
E até indolor, incolor
O silêncio extenua e mata aquilo que queríamos que fosse amor
Gentilmente
O silêncio é interrompido pelo cântico dos pássaros.. melodia que surge ao amanhecer..
Gentileza que possui harmonia, simetria, imponência..
Nos galhos das árvores pousa... suavemente a beleza, a vida, e a liberdade...
Gentil beleza... que canta, encanta, perdura no tempo a luz, o amor, sem exigir nada em troca..
Gentil beleza... que eu possa aprender com o que canta e encanta..
Gentil beleza... que me faz presenciar as mãos do criador.
Leito
Ouça o silêncio
Veja o que tem a dizer
Teus pensamentos te dirão
Qual direção escolher
Mas não se engane
Pensar é sofrer
Permaneça calado
Permita-se ser cremado
Pois aquele corpo
Não será mais habitado
Apenas seus feitos
Permanecerão acordados
Deixe a misericórdia vir
O vento soprar
Tuas cinzas deste lugar
Pois basta estar vivo
Para a alma sangrar
De total agrado é esse meu mundo...
de correspondência eu... dito em silêncio, um atalho...
caminho de luz, iluminando os focos da minha pequena inteligência ... seria apenas sorte...
imaginar ventos á deriva ou talvez... mirando o norte o sol... firmamento a noite... sincero aplauso... vindo das estrelas
o consentimento de tudo e... isso é pouco o valor que carrego está escondido em repouso sublime gesto dos deuses...
Alucinações 70
Silêncio
Ao fechar os meus olhos, viajo em um encontro de um sorriso inesquecível, que um rosto na minha mente eu guardo, mesmo em um silêncio das ruas e dos bares, que tento te encontrar no calar do meu quintal, em letras a viajar em uma mente sem silenciar, versos e prozas em uma mente solitária ...rsm 02/05/2020
Você me subestima.
Minhas palavras para ti são vazias, ecoam e ao mesmo tempo soam como silêncio.
Sem sílabas, sem vogais
É tudo em vão;
Você não me leva a sério.
COVID (soneto)
Madrugada. Silêncio. A agonia
A treva no aflito recolhimento
A ânsia dum outro momento
Sacode a quietude da poesia
Deveras outro sentimento
Numa contaminação do dia
E então outro tempo teria
Nova era, novo nascimento
A voz de Deus Pai grita
E a das almas responde
Nesta labareda infinita
No peito o medo esconde
Num ruído saído da escrita
Dispersos, filhos de Eva... pra onde?
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 2020- Cerrado goiano
Deusas
No silêncio noturno, pestanejando,
Audível tão somente o ruído da ampulheta,
Memórias da temporalidade,
Tessituras da areia e do vento,
Conflitos prementes da razão,
Uma tempestade de partículas,
Juntas, formando consciência...
Irresignado com o legado cultural,
Entrevi, dentro do Panteão mitológico,
Vênus, a Deusa do feminino.
Ela, envolta de requinte arguto e versado,
Pôs-se a recitar...
“Existe uma verdade cientifica, filosófica,
A mentira, quando repetida
gera crenças profundas, conforta.
A verdade, por sua vez, inquieta...”
Eu, com o cálice na mão,
Condiciono-me, compenetrado,
Ela, com magistral beleza, prossegue:
“Afloramos arguidas,
Distintas biologicamente,
Provemos a vida,
Únicos contrastes.
No corpo social,
Estipêndios menores,
Sem enaltecer o intelecto,
O inventivo, a inovação.
Quanto mais à “alta roda”,
Menos varoas encontramos.
Queres tua prole assim, fadada a essa herança?
Ensina-lhe o caminho da revolução!
Equidade, Respeito,
Sem possessividade...”
Desperto, observo a ampulheta,
A transitoriedade dos grânulos,
As âmbulas intermeadas
Com a consciência formada...
Há tempo, quero te recrutar,
Ativista da causa,
Não me Kahlo!
Paulo José Brachtvogel
A MEMÓRIA DE UM SILÊNCIO 💖
O silêncio sufoca os ruídos da mente
Nas palavras de mil linhas
Ecos do silêncio, suspiro em solidão
Palavras repetidas no orvalho
Madrugada de caminhos
Carecem mensagens de quem amamos
Janelas aprisionadas castigo na alma
Lágrimas de coração mutilado
Nas memórias que o meu corpo sente de ti
Madrugadas fugazes nestes lençóis
Que deixo nas palavras arrastadas em mim
Deste sussurrado grito de frágeis asas
Bebo as tuas letras no cansaço da noite
E faço das fragas de musgo a minha cama
Descanso o corpo já tão devorado por ti
Neste luar de mil beijos
Deixando-me navegar no calor do teu rosto
Nas ondas de tantos beijos dados de ti
Palavras nos ecos feitos em silêncio em cores
De abraços dados no calor que o nossos corpos deixam
No silêncio que sufoca os ruídos da mente neste céu estrelado
SILÊNCIO MEU
O silêncio sufoca os ruídos da mente
Nas palavras de mil linhas
Ecos do silêncio, suspiro em solidão
Palavras repetidas no orvalho
Madrugada de caminhos
Carecem mensagens de quem amamos
Janelas aprisionadas castigo na alma
Lágrimas de coração mutilado
Do silêncio que ouço
Da paz que transmite ao meu corpo
Mas nenhum alimento para a alma
Minha mente inquieta
Procurando algo que acalma
Das lembranças de um dia cruel
Inocência sem razão perdida
Dos céus lágrimas caíam
O dia mais triste se mostrava
Marcado pelas cinzas
Ao ver meu corpo tomado por chamas
Meu ser inundado pelo medo
Lutando para ter novamente sossego
A morte me acolhe de bom grado
E minha alma aflita vagando
Aos poucos se apagando
Procurando a esperança
Que um dia se perdeu
Num sopro da escuridão
por vista, enfim, se acendeu.