Poemas Góticos de Amor
NÃO DURMAS 🦋
Não durmas por favor
Olha que as dores habitam
Em mim, como o silêncio
Que descansa nos meus olhos
Vê, sente a minha alma
Nesta inquietude que tenta
Adormecer em mim
Como o vento que faz lá fora
Nas soltas palavras entre a brisa
Que se sente em pensamento
Sentinela com asas nas dores
Que tento com fúria minha guardar
Torno os sonhos num orvalho
Nuns sons despedaçados no regresso
Folhas secas que teimam em cair
Não durmas neste deambular meu
Pelas palavras da minha escrita
Letras que escrevo com sentido
Sentimento que tenta voar ao infinito
QUIETUDE INTERIOR
(16.10.2018).
O meu despertar se entrega
Perfeitamente ao silêncio,
Que banha os sentimentos,
Fazendo-me viver a cada momento.
Um eterno aprender com a doçura
Do rosto humano! Contemplando
O essencial de si mesmo,
Dando quietude interior.
Viver devagar
Esta noite eu escolhi...
Por viver devagar
Por ouvir o silêncio
Por enxegar no escuro da alma
Por alimentar lindas e sinceras saudades
Por conviver, amar, exaltar e me entreter com meu ser
Por agradecer pelos mistérios passados
Por aguardar pelos mistérios ainda tão bem guardados
Na noite eu me encontro com a calma, faço as pazes com a paz, eu escolho a paciência.
Pelo menos hoje, optei por viver bem devagar...
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
A NOITE
Oh! jornada negra! O silêncio debruçado
Lá fora... um raio rasgando o céu, espia
A minha alma, teimosa, cheia de porfia
Fria, chuva que cai, molhando o cerrado
No horizonte desfalece a luz do fim do dia
No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado
E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado
Troando a solidão da chuvosa noite vazia
Devassa... oh! jornada escura de loucura
Que estardalhaça no peito suspiro fundo
E excarcera o medo sem qualquer ternura
Pobre umbroso de arrelia, e moribundo
O sono, pávido e prostrado de amargura
A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 25 de outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Barulho
O silêncio do campo
que a escuridão faz mais termo.
Silencio de vento dormido.
De campo e vento.
Campo,campo.
O silêncio das raízes,
sofrido silencio opresso,
silencio de terra e sombra.
Sombra,terra.
Ó silêncio da montanha
que a distância faz mais fundo.
Silencio de ar e nuvem.
Silencio de ave ausente.
Nuvem,ar.
Ó silêncio dos silêncios,
silêncio de negro poço,
secreto silêncio intacto
de peito que o amor secou.
Ó silêncio, silencia,
que este é o caminho mais ermo
que o silêncio devastador.
Silêncio de poço negro,
negro poço que secou.
Dias cinzentos
Exerço o meu descanso
Liderança do meu silêncio
Vida que passa a correr
Anjo que fez pausa
Voando todos os dias
Deixando a sua marca
Recebendo seus recados
Tentando entregar milhões de pedidos
Aqui fecho os olhos e recarrego as baterias
Deixando a noite se envolver e sentir o seu frio me trespassando
Assim irei aglomerando o meu viver
Assim respiro....
(Adonis silva)10-2018)®
escuto seus passos na solidão
ninguém compreende...
perfeito... silencio
tantas vozes te dizem o que fazer,
tudo que quero esta no vento,
quando paira sobre alma...
mais nada parece importar.
quando duvido dos sentimentos apenas tenho o silencio.
nas perfeição das cinzas dessa vida,
estou perdido dentro de mim,
tantas contradições são o além,
de onde obtive forças para continuar...
de aonde estive a sentir seu coração...
o tempo ganhou a evolução do seu amor...
O silêncio
As vezes o silêncio so precisa de um pouco de espaço pra ficar.
As vezes ele só precisa de um pouco da sua atenção para ensinar...
O silêncio e pai da sabedoria, irmão da sensatez, é o único momento onde se pode refletir realmente sobre o que somos, quem somos e o que seremos. As vezes o silêncio esta aqui e voce nem percebe porque ele chega assim, devagar
...devagarinho ele toma conta de voce, e quando voce ver e sómente o silêncio que ira te satisfazer.
natureza há censura e nem literatura,
ou tão apenas o silencio.
que se abateu, abate ou genocídio ecológico,
tudo está bem já apagamos o fogo.
e o silencio exclamou...!
Ao recebermos uma provocação, o silencio é muitas
vezes a resposta mais adequada, pois o objetivo do
provocador geralmente é apenas desestabilizar-nos....
O DESPREZO DO SILENCIO
Marcial Salaverry
O desprezo do silêncio
é nossa melhor defesa,
doi mais ao agressor,
do que uma resposta à altura,
pois o que ele espera,
e nesse pensar até se desespera,
é o prazer de nos haver atingido,
de sentir nosso viver ferido...
Dando apenas nosso desprezo,
calar-se-á mais fácilmente...
Assim, o silencio somente,
faz calar essa infeliz mente,
realmente, uma mente demente...
O som lá fora
faz tudo aqui dentro
parecer silêncio.
Tudo o que eu construí
parece durar
até o fim desse barulho
que não é meu.
Fadado a sobreviver
aos escombros,
minha covardia reza
para que da próxima vez,
façam barulho por muito mais tempo.
SAUDADES
Saudades...
Só o silêncio explica.
Pra solidão o peito parece pequeno;
A falta cala os argumentos...
Quando contar os dias;
É colecionar lágrimas.
Caminhar
o ar, o silêncio atmosférico
cada passo calejado
até quando o corpo aguentará
a intensidade de buscar?
um norte, um horizonte melhor.
ir ou estar?
Onde está o caminho para vivênciar?
o ar puro de viver em paz.
MINHA PRAÇA FLORIU
Demétrio Sena,Magé - RJ.
Os abraços guardados no silêncio;
numa voz escondida em minhas mãos;
nos carinhos fluentes entre os dedos
ou desvãos e passeios dos meus olhos...
E na relva cheirosa dos cabelos,
dos relevos, as rampas de seus ombros,
meus apelos de afeto vão brincar
como alegre menino em chafariz...
Só confie no amor sem profecia,
no carinho sem arma e prevenção,
na magia sem truques de sentidos...
E aposte no dom do meu não sei;
dessa lei permeada pela graça;
minha praça floriu para você...
Sinto sua presença na minha solidão, diante dessa árvore, faz silêncio meu coração; observando as lembranças de um tempo que não voltará mas não.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
Sinto uma dor forte sem machucados visíveis.
Sofro em silêncio, por fora nem parece, mas por dentro eu grito em agonia.
Sinto que se eu falar de nada vai adiantar, pois minha realidade só eu conheço.
Tenho vontade de sumir, pois nada faz essa dor cessar.
Tento ser forte para não afetar os outros, pois eles já tem seus próprios problemas.
Uso a razão para continuar o caminho, enquanto meu psicológico afunda mais a cada dia.
Peço a Deus para me ajudar, não sei até quando vou aguentar levar as coisas dessa forma.
Será que existe uma cura? Bem tento aproveitar os breves momentos de tranquilidade que tenho para tentar esvaziar um pouco esse copo que está perto de transbordar.
Assinado: Júnior
madrugada
a noite afora
a insônia escancarada
o urro do silêncio chora
a alma despedaçada
as teclas mudas, e vai-se a hora...
o sino da igreja calado
os amantes não sussurram
o relógio amofinado
pro peito os anseios empurram
e a secura do cerrado
e o tempo não passa. Murmuram!
exausta a cama
e o vazio de sua ausência
acordado. Olhar na lama
e me engole, sem paciência
está noite um drama!
amanhã reticência...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19/09/2019, 03’05”
Araguari, Triângulo Mineiro
__________________________
"Hoje, sou silêncio
Vento frio
incompreensão".
__________________________