Poemas Góticos de Amor
Às vezes
Às vezes buscar palavras no silencio é a melhor forma de obter uma resposta.
Às vezes acreditar no inacreditável é uma forma de torna possível o impossível.
Às vezes o fracasso não é o fim, apenas o inicio de um futuro desconhecido.
Às vezes descobrir um segredo nem sempre é o fim de um mistério.
Às vezes o reconhecimento não quer dizer aceitação.
Às vezes a força é a maior fraqueza.
Às vezes o desanimo nos convida a ficar com a depressão.
Às vezes identificar não quer dizer reconhecer.
Às vezes não lembrar não quer dizer que esqueceu.
Às vezes entender não é compreender.
Às vezes viver não é necessário para se dizer que estar vivo, é preciso participar das atividades deste mundo seja elas insanas ou não.
Fria Madrugada
Nessa madrugada tão fria o silêncio consome a terra e o vazio que domina as escuras ruas e esquinas de cada lugar, da pra se ouvir o canto do silêncio, que surge como uma suave e tranquila melodia.
E como num passe de magica suje a luz do dia, que trás consigo todos os sons atordoantes da rotina do dia a dia.
E como por encanto vem o por do sol, ele se esconde para que possamos ver a beleza do luar. E depois lá esta ela de novo, a fria madrugada nos oferecendo o silêncio e o vazio das ruas e esquinas de todo o mundo.
MEUS OLHOS
Meus olhos não dão conta de vêem
O tanto de silêncio ajuntado
Encima de tudo, camada espessa,
Massa profunda, cheiro sem cor.
Meus olhos não cabem a visão
Dos teus, simulação de vertigem,
Porta fechada, desabrigo,
Corda fornalha, os meus tição.
E não dão conta da claridade
Luz de eletricidade,
Sem tamanho.
Nem choram o tanto dos teus,
Lembrança que me faz tentar,
Um choro, um pingo... Não sai.
Meus olhos não são do mesmo tamanho
Da solidão, sol a pino,
Quando de um galho de cima
Um passarinho me lembra
A calma do teu amor,
A lentidão do teu beijo,
O interesse regressivo,
Por ti, que já contei em resposta.
Por mais que eu abra os meus olhos
Tentando a visão do que sei,
Envolto em mim, passeia e queda,
Não, em altura, em largura
Em comprimento e fundo,
Eles decifram a visão do mundo compacto,
Que minha vida é.
Um alqueire, talvez menor,
Uma testada, talvez, menor,
A casa dos anões, talvez menor,
Mesmo em sendo, meus olhos,
Ainda são muito menores.
O SILÊNCIO
O momento esperado, o silêncio das ondas.
O sobressalto que o mar não tem mais para agora
Enseja com a minha coragem e minha própria tormenta
De navega-lo, remando o meu amor
Singrando, faltando-me a visão do porto.
Ainda não me digas
Se pernoito ou sigo
Deixa-me ver teus olhos na manhã
A minha pressa são a claridade nova
A tua boca falando por mim
E o mar não me diz nada assim
Do modo impenetrável
Como via a minha alma
Que já se alenta e se acalma, e se detém
Fintando a tua face docemente
Do que já virou fagulhas
O mar é só um refletor
Uma lembrança mais perto
De todas as manhãs que vão chegando
De todos os sins que de tua boca
Correm no vento e vão se espalhando
Pingando este céu de águas
Molhando os meus olhos de esperança.
UMA TENTATIVA
Revolva-se o bom do tempo,
Todo silêncio.
Estanque-se os batimentos dos corações,
As pancadas das águas no fim do mar,
Silencie a abelha em sua arquitetura
Doce, doce.
Clareia e o mundo guisa, e faz barulho.
Quando não se emudece com o teu grito.
Tempo, para o silêncio,
Ou dá uma trégua
Da comoção de se estar vivo.
Vivo e só.
Morto e vivo, uma contracena,
Mentiras reveladas ao vento. Deus,
Feridas sem o vermelho rubro,
Tampa que não cobre a extinta morada.
De vertentes escorra, repúdio –
Tal como acostumaram a morte.
Mais uma vez, o silêncio invadiu minh'alma...
Meu corpo pede...
Minha mente implora por silêncio...
É sempre um prazer viver este momento...
No silêncio eu me descubro...
Descortino a oportunidade de navegar em meio ao mar interior...
No silêncio, as fantasias se vão... restando apenas o meu eu...
Todas as armadilhas da mente me levam a uma profunda inquietude comigo mesma...
Menos decisões, mais reflexões...
Menos tumulto, mais calmaria...
Hoje, quero ouvir a linda sinfonia do meu eu interior...
Não tenha medo do silêncio.
Ele é a sua voz ecoando sem ser ouvida por quem realmente deveria.
Você!
FALA
Sei pouco do que pensam que sei
Se falo a evitar o silêncio
Que se veste das vestes da morte
É que temo estar morto, e sem saber
Falando sei que estou vivo,
Estando calado, quieto, forjo um sorriso
Só para verem que ainda estou vivo.
E por desatino assim determinei pra mim,
Que a vida é a fala. Tanto que o morto cala,
E o seu silêncio definitivo é escabroso,
Afigura-se uma vontade de não mais falar
Estampada no seu rosto.
Também não e dado a quem já foi,
Deixar sua voz, outras palavras
Que tinha por dizer.
A morte é uma surpresa
E se percebe quando a boca se fecha,
E o coração se cala, como se tanto fez,
O que fez e sentiu, e tanto faz
O que não resta mais.
Qualquer estória, em qualquer pé
É um bom motivo pra parar,
A sua história fica pra quem bem quiser,
Falar, contar.
Calou-lhe a voz, foi-se a foz
Que espargia palavras, vida,
Que vida é falar.
NO SILÊNCIO...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar
uma mão que se entrelaçasse à minha,
um olhar que no meu se perdesse,
um abraço que me aquecesse corpo e alma,
alguém que me amasse como sou...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar
vibrações com sons de palavras sensatas e verdadeiras,
a verdade dos meus sentimentos,
a harmonia entre meus sonhos e a realidade,
o sentido que cerca a vida que vivo...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar,
interesses sem o ranço do mesquinho,
a forma verdadeira da imagem que reflito no espelho,
o início e o fim dos meus pensamentos...
Se eu pudesse nesse silêncio encontrar um sentido...
Encontraria a mim mesma.
NOITE...
Lua, estrela, núvens,
sonhos, desejos, ilusão.
A paisagem é escura
tudo é silêncio,
tudo é paz...
Uma paz irreal,
uma paz quieta, calma,
uma paz sem paz...
NOITE.
Momento de pensar, sonhar
recolher do ser.
Momento de confronto,
confronto entre sonho e realidade.
NOITE...
Momento de viver,
momento se sonhar,
momento de ser...
Ser da noite...
Voz íntima
A voz do silêncio toca meus Eus
Se perde, se encontra em palavras
Gestos doces, olhar suplico,
Lábios semi-abertos, voz rouca
Fêmea completa, na dança perfeita de corpos e pele
A voz do silêncio toca minhas entranhas,
atiça, chama teu beijo, tuas mãos famintas
e livres, exploram meus recantos sinuosos...
Vem, desvenda meus segredos,
minha voz que te chama, te aquieta,
provoca e canta as canções insanas,
reais, virtuais ou não...
...Tão íntima...
Talvez, seja apenas um sussurro de minha voz,
que ainda não foi ouvida...
Meu silencio meu amigo
pessimismo inimigo
Que vem sempre atormentar
E pensar já não consigo
Não consigo avaliar
Parece que cada vez que eu penso
Aumento o peso a carregar
E o medo e tão intenso
Que não consigo mais pensar
S A U D A D E
O seu silêncio infindável
Entristece...
A minha alma de menina
E o meu coração de mulher!!
No chão e no teto, o silêncio
Com tantas palavras a se falar
No olhar forte, um lamento
Esperas...buscas...
Histórias demonstradas nas paredes
Estímulos inversos
Torturas em versos
Silêncio
No ar, pensamentos vãos
Espiadas noturnas
Fragilidade noturna
Silêncio
Químicas controversas
Esferas dispersas
E nada brusco
Silêncio
Contida escuridão
A base cravada num vento leve
Nem sussurros, nem delírios
Estímulos inversos
Torturas em versos
Silêncio
Na noite suas palavras estarão mortas
E no frio você vai estar sofrendo em silencio
E nos seus sonhos você vai ver frieza em meu olhar
E na hora H você vai precisar de alguém para desabafar
Os espíritos de seu ego vão te esperar
É você quem vai decidir para que plano você quer ir
Céu ou inferno? É você quem irá decidir!
"O que lhe deveria ter sido dito ...num silêncio que incomodava
E que me fazia ficar sem jeito?!
O que poderia ter lhe dito que me favorece; aos teus olhos tão doces e seu sorriso tão tímido e sereno
Seu jeito de falar as coisas meio que me incomodavam e o seus doces olhos me diziam algo que ainda não estava pronta pra decifrar.
Nada saira da minha boca e deixei-te desconfortável...não era a minha intenção fazer acontecer ... mas acredite só , o que o coração sente que importa !
As palavras já não importavam... minha respiração diminuía a cada instnte a cada sorriso, olhar e tudo ...
O mundo não importava desde que você estivesse lá ...
O sonho tão profundo e ao mesmo tempo tão raso e impossível ,e deixara confusa e com medo de amar :D"
O que lhe deveria ter sido dito ...num silêncio que incomodava
E que me fazia ficar sem jeito?!
O que poderia ter lhe dito que me favorece; aos teus olhos tão doces e seu sorriso tão tímido e sereno
Seu jeito de falar as coisas meio que me incomodavam e o seus doces olhos me diziam algo que ainda não estava pronta pra decifrar.
Nada saira da minha boca e deixei-te desconfortável...não era a minha intenção fazer acontecer ... mas acredite só , o que o coração sente que importa !
As palavras já não importavam... minha respiração diminuía a cada instnte a cada sorriso, olhar e tudo ...
O mundo não importava desde que você estivesse lá ...
O sonho tão profundo e ao mesmo tempo tão raso e impossível ,e deixara confusa e com medo de amar :D
Socorro...
Seria apenas um grito
Ou mesmo um alarme
Contrastando com o silêncio
Oco deste dia sem sol
Rasgaria o espaço
Romperia a alma fria
Onde já não mora a calma.
Seria apenas um brado
Onde o som se faria calmo
Como a crua realidade
Onde o espaço se encheria
Ruminando triste a imensidão do tempo
Rompendo o pranto
Ora já tão envelhecido
Será sempre um pedido desesperado
Onírico, estranho, desafinado
Como o gemido de um animal acuado
Olhando em volta uma saída
Reagir, quem sabe resolvesse?
Derrubar as barreiras deste gelo seco
Onde a cada instante desfigura a forma.
Dicotomia
É noite, é noite...
O silêncio é escuro
A escuridão grita.
A calma vem lenta
Os olhos fecham
Não dormem
Os sonhos povoam
Um canto tímido
No canto da cama
No canto do quarto
No canto da sereia.
E AGORA?
O que faço com os espaços vazios quicando em meus dias?
O silêncio é pesado demais para esta minha alma velejante carregar.
Meu barco da vida, a mercê dos dias, navega em desalinho.
Estou à deriva.
Arrasto-me em aglomerados de sentimentos, hóspedes das palavras ecléticas e dos sonhos voláteis.
O vento sopra e empurra as minhas horas nessa viagem sem roteiro.
Nada de dor, nada de tristeza, nada de prazer.
Apenas uma realidade, sem sentido, sentida na essência do tempo despido, encarado em seu processo de transformação.
O corpo não pode fazer nada, a realidade do momento é emocional.
À tona, em minha alma, apenas o desejo de voar novamente.
Porém, preciso de paciência, pois antes de levantar vôo
“navegar é preciso”.
ALMAS
Almas inquietas se deparam
e no silêncio das vozes, se falam,
em tratados secretos se calam.
Almas carentes se sentem
e as suas verdades não mentem,
em cumplicidade se acendem.
Almas doloridas se acham,
e na solidão da noite, se abraçam,
em promessas divinas, se enlaçam.