Poemas Góticos de Amor
ELA/DELA
No silêncio do quarto, só dava para escutar aquele barulho irritante, e por mas que Ela quisesse não poderia parar de ouvir.
Seu coração alertava da existência Dela, e que trancada no quarto não impediria Ela lembrar da dor que sentira. Cada turutú descompassado Ela dava um passo a frente e sem perceber já estava tão distante que nem lembrava porque de esta lá, Por que?
Seu coração havia sido ferido por alguém que fazia de sua vida um objeto para quem pagasse mais, brincou de sonhar com os sonhos alheios, foi covarde, e sua maior covardia foi nao deixar que Ela saisse do quarto dando lhe sua presença em doses homeopática, toda vez que sentira a necessidade do sabor do amor.
A presença em passo curtos porém fortes, seu cheiro doce e marcante; fez Dela alvo inatingível. Só que não para Ela! É Dela o dom de machucar, mas é Ela que agarra em seus cabelos, arranhando suas costas, beija como ninguém nunca beijou a boca Dela.
Vejo o brilho do sol, e esse mar com águas tão transparente que dava para ver os peixes e seu pequeno cardume, nadam como fossem uma bailarina, que lembro o doce balançar Dela. Com a mão na cintura e olhar verde com de mar.
Mar, peixes e bailarina... que droga! Tudo o que vejo Dela me faz lembrar. Como não pulo nesse abismo, faria falta?
Sim, faria falta sim. Acabei de desistir, pularei nesse abismo sem fim, será muito rápido e quase sem dor. Se Dela só resta 1minuto do seu amor, voltarei ao quarto ajeitarei os seus retratos, lhe darei um beijo, um abraço até amanhã eu acho.
O silêncio é um amigo que nunca nos engana, uma alma invadindo nosso ser. É algo bonito, precedendo a saudade. E quando estamos amando, ele preenche nosso vazio, talvez de um amor não correspondido. Silêncio também é a parte mais gostosa da palavra amor. Sabemos do existir de um sentimento verdadeiro um com o outro. Também este, nos faz pensar num encontro amoroso, para mim são fragrâncias, pra quem não muito escolhe, contudo tão pouco se precipita. Quando feito silêncio, o amor vem, não importa onde chegará, ou onde irá, ou até mesmo qual distância percorrerá. Se somos merecedores ou não. Ah! todavia, se falasse o silêncio? Diria:-Eu te amo, te quero, você me quer, mesmo sem nunca nos termos vistos! Não somos nós os escolhedores pro amor! Silêncio, correspondente ao nosso sentimento. Então, quem foi que disse,que o Amor pode acabar?
Se a palavra é de prata,
o silêncio é de ouro.
Quietude
Precisamos de momentos de silêncio e solidão, onde a única certeza que temos é a presença de um Deus Onipresente e o toque da brisa suave. Corremos o risco de voltarmos ao tempo, nas lembranças de outrora, entretanto, nelas não podemos permanecer. O silêncio atento torna as palavras como remédio para o coração. Mentalmente falamos consigo, mas do lado de fora a vida vai acontecendo minuto após minuto. Essa experiência é diferente para cada pessoa, é uma estrada pela qual poucos viajam. A mudança interior faz-se necessária, pois uma mente reta produzirá condutas retas. Ao trilhar por essa estrada é fundamental o desejo de mudança e assim tudo e todos a nossa volta colherão os frutos dessa introspecção. Sentir-se bem em um mundo onde as coisas e relações têm sido tão superficiais é apreciar a leveza da vida, mesmo diante de momentos tão dolorosos e pesados. Toque a si mesmo para que os outros venham ser tocados com o seu melhor e verás a beleza nas coisas simples da vida.
Texto: Silvia C. P. Lima
A SEREIA
A madrugada acordou com o Canto da Sereia
Todo silencio tinha a exaltação das tormentas
Trovoes e relâmpagos rasgavam os céus
Iluminando aquela noite escura... E
Eu ansiava pelas manhãs de primavera...
E eu colhia pérolas na aurora
. E eu chorava mares...
Atravessando os rios...Encantada ...!
"Falta-me tato para lidar com a tua ausência ...
Perdido, ... sufoco o grito e silencio ...
Paro, ... processo os fatos, e sigo ...
Escolho cultivar apenas boas energias e as levezas que precisamos ...
Acredito, ... e de olhos fechados lhe tenho próxima.
Sinto os efeitos do teu olhar, dos teus sorrisos, e a felicidade renasce em mim; sorrio mais uma vez.
Vida são sonhos ...
Sonho você !!! "
SENTIMENTOS
No silêncio da noite,
A solidão vem de açoite,
E num amanhecer gelado,
Assento-me calado,
E fico a observar a correria,
De uma vida que está vazia,
E virá outra manhã cinzenta,
Trazendo dor no peito,
Dor que me atormenta,
De dia e no meu leito.
E um dia novo virá,
Outra noite aparecerá,
E outras lutas,
Outras disputas,
E atrás daqueles montes,
Outros horizontes,
Novos mares,
E outros ares,
Novos ventos,
Novos sentimentos.
Autor: Agnaldo Borges
16/09/2014 – 01:35
Hoje e amanhã
Vejo... Olhos fechados.
Cheiro... Não respiro.
Ouço... Silêncio.
Falo... Boca imóvel.
Sentimentos... Na presença d'Ele.
Caminhando... Guiado por Ele.
Cansado... Descansando para um novo Plano.
É nos momentos barulhentos que percebemos o quanto o silêncio é bom.
Melhor calar-me e sair como sábia do quê falar e sair como um nada.
Se algum dia eu dizer "o mundo está perdido", com certeza quem estará perdida sou eu.
Me cobre, me ajude, mas por favor, não me julgue!
Somos filhos do nosso amanhã, e infelizmente, prisioneiros do passado.
Me diz o que pensas e te direi se me é útil.
Me diz o que achas e direi se me interessa.
Me diz porquê veio, e lhe direi o caminho de volta.
Me diga suas intenções, e veremos se são verdadeiras.
Me diga o que és e te direi o caminho do paraíso.
Me diga a verdade, e farei dela um veredito.
Me diga o que sonhas , e sonharemos juntos.
Me mostre sua alma, que te mostrarei meu coração.
Me diga se me ama, e te direi "sempre te amarei".
Me cante uma música, e cantarei junto a ti.
Me leia um capítulo, e juntos leremos um livro.
Me recite uma poesia, e seremos eternos apaixonados.
Quando as palavras não surtem mais efeito, o silêncio fala
Quando as atitudes não existem mais, o tempo demonstra a realidade
Quando o amor não é mais compreendido, a solidão mostra quem você realmente é.
Adoro o "silencio" da noite...
aqui da varanda consigo ouvir o deslizar das águas do rio...
Envolto em breu total ele deve estar cantarolando pelo aumento das águas em seu leito...
mel - ((*_*))
Silencio os meus defeitos conscientes não por ignorar a sua existência, mas por fazê-los compreender que sou determinada e responsável por minhas escolhas.
O meu direcionamento segue fluxo ao conhecimento e disposição no amor que emprego em tudo, em todo o momento. Mesmo que para isso seja necessário silenciar atitudes alheias que rompem os mais raros valores que construí e fortaleço.
É preciso mais do que inteligência para me subestimar, precisa ter alma, e alma só faz o bem.
A solidão eu sei que muitos temem,
o silêncio não pode romper a esperança.
Está só é imaginar coisas incríveis
para realizar, onde existe esperança
haverá um novo início de algo mais
acontece.
Solitárias e Solidões
Na pequena cidade, no silêncio noturno e pacato,
quase fantasmagórico e solitário de suas ruas,
não há quem caminhe por entre elas,
cada qual se refugia entre os seus muros de concreto.
Solitária condição fortuita ou não,
as pessoas vão-se embora, migram pelo mundo a procura de si.
Vilas de campos verdes e pastos,
de fortalezas-morros e estradas curvilíneas,
habitados pela simpatia de seus concidadãos,
uma hospitalidade com aroma de café,
solidões acompanhadas de broas e pães de queijo.
Solitárias são as margens de rios que secam aos poucos,
que surpreende um filho que outrora não alcançava as suas ‘funduras’.
Solidões somos muitas entre as matas, o canto do canário, a chuva fininha a cair.
História e sabores das Minas em mim veladas pelas areias do tempo em nós.
Eu falo do descaso, por acaso, do acaso.
Não pare de pensar, pare para pensar:
como o silencio não se cala, só para,
esperando a para, da fala...
TEMPO
O tempo vai passando...
Parece me tomar os sonhos.
A passagem do tempo,
O silêncio dos dias,
O sussurro das madrugadas,
Os lamentos das noites intermináveis,
Ecoam o som do final dos tempos.
Do nosso tempo.
Um tempo sonhado, desejado,
Descrito em versos e pensamentos.
Um tempo de espera....
Sem saber se ainda é do que foi ou se já era.
Um tempo que será para sempre relembrado com ternura.
Eternizado nas páginas do livro do mundo incrível.
Nas lembranças do que foi poeticamente vivido.
Por ser tão intenso não coube no mundo real.
Por ser tão real ficará gravado em nossos corações.
Um desejo imenso, intenso, real,
Embora sonho permanece em um silêncio profundo,
De um momento mágico.
Um silêncio que resume o ápice do amor.
O silêncio também é educação
A educação é dada a todos!
Mas o que se entende dela na prática é realmente individual.
Cada um tem seu jeito!
Mas alguns querem cobrar o que não dão.
Enquanto outros transbordam o que faltam em alguns.
Pura verdade!
Te Intriga nosso silêncio, irmão?
Não concorda com nosso segredo?.
Já construíste seu templo no coração?
És um real obreiro sem medo?
Quando nele te recolhes, o que mais importa?.
Talvez lá encontre nas chamas de lareira
Pedaços de alguma lembranças já morta
Alimentando as brasas da fogueira
Se são coisas mundanas. Ignora-as.
Sabes bem que para lá delas,
aquilo a que chamas de tempo
e que usas para medir silêncios,
não existe! Somente são como caravelas
Vem e vão ao sabor do vento.
Pelas regras da matéria e não do Espírito,
o silêncio pode ser um curto e surdo intervalo
Que habita entre duas batidas do coração.
No teu, ele é dificilmente perceptível, um estalo.
No meu será dolorosamente infinito.
Agora, se para ti o tempo não existe,
porque te há de intrigar o silêncio?
Não vale a pena, não é triste
Conhecer-te a si mesmo?
E se me disseres o que vi em ti,
Glórias, prestigio, honrarias sem fim?
Direi que sem erro o que vi...
Foi aquilo que faltava em mim.
Claudio – 24/05;2016
Perguntei ao Pai Oceano
o que era o silêncio
e Ele me respondeu com o rumor das ondas...
Perguntei a Mãe Selva
o que era o silêncio
e Ela me respondeu com o farfalhar das plantas...
A saudade e o momento feliz
Permanece doce e em silêncio.
E com aquele jeitinho,pensa fazer carinho
no meu sencível coração. "
É noite no cerrado
Cai a noite no cerrado
E o silêncio floresce
Estrelas lado a lado
Da lua que se oferece
Junto vem a melancolia
Inundando o imaginário
De sonolenta monotonia
No poetar de um solitário
Já não se ouve a vereda
Comigo o breu algemado
O sono na inação enreda
Na noite que cai no cerrado
Luciano Spagnol
Fim de maio, 2016
Cerrado goiano